Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
Pesquisar neste blogue
sexta-feira, fevereiro 28, 2014
veja-se como é adoravel ver os conservadores a desancar os ultraconservadores
ou seja, preparando o caminho para o regresso da "Oposição" na ilusão de que votar nos conservadores do Partido dito Socialista irá desfazer o que quer que seja que o actual governo fez, antes pelo contrário, quando e se o P"S" chegar lá, as medidas decretadas pelo PSD-CDS que roubam a maioria dos portugueses serão imediatamente legalizadas à luz de uma maioria parlamentar de dois terços, permitindo esta obter a mudança constituicional necessária para que o esbulho passe a ser Constitucional
quinta-feira, fevereiro 27, 2014
sair do Euro
Os beneficios do "euro" foram só para as elites, aos pobres coube nas sortes lançadas pela grande coligação PS-PSD-CDS pagar as dividas e os juros de um desenvolvimento ficticio, porque os indices de avaliação deveriam ser as pessoas, não os números fabricados pelos donos de Portugal. Um país de economia fraca não pode ter uma moeda forte - o défice, isto é, o prejuizo, se "isto" (a totalidade dos portugueses), fosse uma "coisa" que pudesse ser gerida como uma empresa comercial) - no final de 2013 atingiu 7,2 Mil Milhões de euros. Entretanto o Estado está já a pedir emprestado mais 3 Mil Milhões para se financiar em 2015!! pagando juros de mais de 5% aos credores... Para somar à desgraçada politica onde nos enfiaram, ao aderir ao "euro" ficámos sem capacidade de poder decidir sobre como se pode alterar a sujeição a essa autêntica burla que é o endividamento - e um país sem moeda é um país sem soberania.
quarta-feira, fevereiro 26, 2014
a Parceria de Comércio e Investimento entre os Estados Unidos e a Europa
é uma Carta Constitucional que terá de ser obrigatoriamente aceite pelos paises mais débeis para a desregulamentação económica, para um maior ataque aos empregos, e para o fim da Democracia; enfim para a continuação da politica de submissão e empobrecimento dos mais fracos para beneficio do enriquecimento das Corporações Transnacionais mais fortes. Alerta publicado pela filial em Bruxelas da "Fundação Rosa-Luxemburgo".
O acordo do "Comércio e do Investimento de Parceria Transatlântica" (TIPT) é um tratado abrangente de livre comércio e de investimentos em fase de negociação envolvida em secretismo entre os paises da União Europeia e dos Estados Unidos. A intenção de iniciar as negociações TIPT foi anunciada pelo presidente Barack Obama no seu discurso do Estado da União, em Fevereiro de 2013, e a primeira ronda de negociações teve lugar entre a Comissão Europeia e as autoridades norte-americanas em Julho do mesmo ano. O objetivo é apressar as negociações o mais rapidamente possível, para que os detalhes não tenham tempo de entrar no domínio público, na esperança de que possam ser concluídos antes dos povos da Europa e dos EUA descobrirem a verdadeira escala da ameaça TIPT.
Já ouviu falar no tratado Trans-Atlântico...? assuntos como a agricultura, consumo, cconomia, meio Ambiente, Finanças, Geopolítica, Política, Saúde, irão estar sujeitos às mais insanas e opacas leis norte-americanas e aos seus lobbys a actuar na Europa - em breve e sem recurso possível teremos as multinacionais que pertencem aos banqueiros, a governar definitivamente as nossas vidas!
Enquanto as autoridades de ambos os lados reconhecem que o objetivo principal do TIPT não é o de estimular o comércio através da remoção de taxas aduaneiras entre a UE e os EUA, uma vez que estas já estão em níveis mínimos, o principal objetivo do TIPT é, na sua própria definição, a de remover as "barreiras" de regulação que limitam os lucros potenciais a serem feitos pelas empresas transnacionais em ambos os lados do Atlântico. No entanto, essas "barreiras" são, na realidade, alguns dos nossos padrões sociais e regulamentos ambientais mais valiosos, tais como direitos laborais, as regras de segurança alimentar (incluindo as restrições sobre os OGM), regulamentos sobre o uso de produtos químicos tóxicos, as leis de privacidade digitais e até mesmo novas salvaguardas bancárias introduzida para evitar uma repetição da crise financeira de 2008. Por outras palavras, a aposta nos riscos sociais com a finalidade de obter lucros para privados não poderia ser maior.
A somar à agenda de desregulamentação, o TIPT também busca criar novos mercados, abrindo os serviços públicos e os contratos do governo à concorrência de empresas transnacionais, ameaçando apresentar uma nova onda de privatizações em sectores-chave, tais como saúde e a educação. E mais preocupante que tudo, o TIPT visa conceder aos investidores estrangeiros um novo direito de processar governos soberanos obrigando-os a enfrentar tribunais ad hoc de arbitragem pela perda de lucros resultantes de decisões de políticas públicas. Este mecanismo de "Investidor-Estado", uma solução enormemente controversa, "eleva efectivamente o capital transnacional a um estatuto equivalente ao do próprio Estado-Nação, e ameaça minar os princípios mais básicos da democracia e da igualdade na UE e nos EUA.
o TIPT é, portanto, correctamente entendido não como uma negociação entre dois concorrentes e/ou parceiros comerciais, mas como uma tentativa das Corporações Transnacionais para ganhar como prémio a abertura e a desregulamentação dos mercados de ambos os lados do Atlântico. Há uma crescente de preocupação entre os cidadãos da UE e dos EUA face às ameaças representadas pelo TIPT e diversos grupos da sociedade civil estão já juntar forças com meios académicos, parlamentares e outros funcionários das governações locais para evitar a assinatura prévia de negócios fora dos padrões sociais e ambientais relacionados com as ameaças expostas. (E esta viagem de Cavaco aos Estados Unidos insere-se claramente neste objectivo). Todos os cidadãos são portanto encorajados a juntar-se à resistência e a entrar em contacto com os grupos de trabalho em campanhas locais - ou a iniciar os seus próprios meios para impedir a entrada em vigor deste absurdo acordo.
O acordo do "Comércio e do Investimento de Parceria Transatlântica" (TIPT) é um tratado abrangente de livre comércio e de investimentos em fase de negociação envolvida em secretismo entre os paises da União Europeia e dos Estados Unidos. A intenção de iniciar as negociações TIPT foi anunciada pelo presidente Barack Obama no seu discurso do Estado da União, em Fevereiro de 2013, e a primeira ronda de negociações teve lugar entre a Comissão Europeia e as autoridades norte-americanas em Julho do mesmo ano. O objetivo é apressar as negociações o mais rapidamente possível, para que os detalhes não tenham tempo de entrar no domínio público, na esperança de que possam ser concluídos antes dos povos da Europa e dos EUA descobrirem a verdadeira escala da ameaça TIPT.
Já ouviu falar no tratado Trans-Atlântico...? assuntos como a agricultura, consumo, cconomia, meio Ambiente, Finanças, Geopolítica, Política, Saúde, irão estar sujeitos às mais insanas e opacas leis norte-americanas e aos seus lobbys a actuar na Europa - em breve e sem recurso possível teremos as multinacionais que pertencem aos banqueiros, a governar definitivamente as nossas vidas!
Enquanto as autoridades de ambos os lados reconhecem que o objetivo principal do TIPT não é o de estimular o comércio através da remoção de taxas aduaneiras entre a UE e os EUA, uma vez que estas já estão em níveis mínimos, o principal objetivo do TIPT é, na sua própria definição, a de remover as "barreiras" de regulação que limitam os lucros potenciais a serem feitos pelas empresas transnacionais em ambos os lados do Atlântico. No entanto, essas "barreiras" são, na realidade, alguns dos nossos padrões sociais e regulamentos ambientais mais valiosos, tais como direitos laborais, as regras de segurança alimentar (incluindo as restrições sobre os OGM), regulamentos sobre o uso de produtos químicos tóxicos, as leis de privacidade digitais e até mesmo novas salvaguardas bancárias introduzida para evitar uma repetição da crise financeira de 2008. Por outras palavras, a aposta nos riscos sociais com a finalidade de obter lucros para privados não poderia ser maior.
A somar à agenda de desregulamentação, o TIPT também busca criar novos mercados, abrindo os serviços públicos e os contratos do governo à concorrência de empresas transnacionais, ameaçando apresentar uma nova onda de privatizações em sectores-chave, tais como saúde e a educação. E mais preocupante que tudo, o TIPT visa conceder aos investidores estrangeiros um novo direito de processar governos soberanos obrigando-os a enfrentar tribunais ad hoc de arbitragem pela perda de lucros resultantes de decisões de políticas públicas. Este mecanismo de "Investidor-Estado", uma solução enormemente controversa, "eleva efectivamente o capital transnacional a um estatuto equivalente ao do próprio Estado-Nação, e ameaça minar os princípios mais básicos da democracia e da igualdade na UE e nos EUA.
o TIPT é, portanto, correctamente entendido não como uma negociação entre dois concorrentes e/ou parceiros comerciais, mas como uma tentativa das Corporações Transnacionais para ganhar como prémio a abertura e a desregulamentação dos mercados de ambos os lados do Atlântico. Há uma crescente de preocupação entre os cidadãos da UE e dos EUA face às ameaças representadas pelo TIPT e diversos grupos da sociedade civil estão já juntar forças com meios académicos, parlamentares e outros funcionários das governações locais para evitar a assinatura prévia de negócios fora dos padrões sociais e ambientais relacionados com as ameaças expostas. (E esta viagem de Cavaco aos Estados Unidos insere-se claramente neste objectivo). Todos os cidadãos são portanto encorajados a juntar-se à resistência e a entrar em contacto com os grupos de trabalho em campanhas locais - ou a iniciar os seus próprios meios para impedir a entrada em vigor deste absurdo acordo.
terça-feira, fevereiro 25, 2014
diga lá ó colega, quem é que se ri da malta melhor que eu?
na República Romana dizia Marco Túlio Cícero: “o progresso do bem-estar público é um objectivo muito honroso e devemos estar prontos a morrer por ele”. O autor da frase não tem nada a ver com o tribuno Marco António Costa que deixou a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia com uma dívida de 300 milhões de euros, a maior da "republica Portuguesa" entre aspas. Face ao estado na nação, aos seus senadores deu-lhes realmente vontade de morrer, mas de morrer a rir...
outro que se deve estar a rir a bandeiras despregadas com a social-democracia
lá na tumba é o defunto chefe das milicias Jaime Neves
segunda-feira, fevereiro 24, 2014
Nunca esquecer, a Verdade sobre 11 de Setembro destruirá Israel
"Eu tento afastar-me do conforto seguro das certezas através do meu amor à verdade. E a verdade tem-me recompensado" (Simone de Beauvoir). Pois, hoje em dia, tentar saber a verdade só nos tem é lixado.
Quem já questionou a narrativa oficial para os ataques de 11 de Setembro sabe sem dúvida que é imediatamente apelidado de louco conspirador face aos media estabelecidos em cujas palavras escritas se deve inquestionavelmente acreditar. Porém, como o relatório da Comissão Warren sobre o assassinato de JFK, o Relatório sobre o 11 de Setembro foi montado através duma "investigação" do Congresso, mas está a desmoronar-se e a ser revelado por aquilo que realmente é - nada mais do que uma cortina de fumo. Ou seja, já não é uma teoria da conspiração ... é uma conspiração de facto. Quem o afirma fundamentadamente é Alan Sabrosky, um especialista em segurança
"Face à crença do público em geral no relatório oficial, o autor cita uma entrevista com o especialista dinamarquês em demolições Danny Jowenko, mostrando a queda de um terceiro edifício do World Trade Center, o pouco referido WTC7 - "a única coisa que é necessário é dizer às pessoas é que caíram três edifícios e não dois, e o terceiro não foi atingido por nenhum avião, aconteceu por demolição controlada, portanto, e como é inverosimil que uns fossem e outros não fossem, todos eles estiveram ligados a demolições controladas (...) Eu tive longas conversas ao longo das últimas semanas com contactos no "Army War College", e no quartel-general do "Corpo de Fuzileiros Navais", e ficou absolutamente claro que em ambas as instituições é 100 por cento certo de que o 11 de Setembro foi uma operação da Mossad" (Alan Sabrosky, escritor e consultor especializado em assuntos nacionais e internacionais de segurança)
A 11 de Setembro de 2001, uma série de ataques coordenados foram realizados nos Estados Unidos. Não certamente por coincidência a data (3 meses de diferença) é praticamente a mesma do lançamento do Euro, congeminando o ataque económico em gestação ao velho continente. O governo dos EUA afirmou então que 19 terroristas, supostamente filiados na obscura al-Qaeda com base no Afeganistão, tinham sequestrado quatro aviões comerciais de passageiros para realizar os ataques. O relatório oficial dos EUA sobre os eventos de 11 de Setembro vem no entanto a ser amplamente contestado por vários quadrantes nos EUA e no mundo. Com o pretexto dos ataques os EUA , sob a administração do ex-presidente Bush , invadiram o Afeganistão em 2001 para supostamente atacar a al-Qaeda abrigada pelo então regime Taliban – um partido politico que meses antes tinha reunido em Houston com responsáveis privados norte-americanos sobre politicas petrolíferas de intercâmbio entre os dois países. Com o mesmo pretexto os EUA atacaram o Iraque em 2003 , insistindo que esse país igualmente rico em petróleo estava na posse de armas de destruição maciça (ADM). E a mesma retórica politica de agressões controladas, desde a assinatura do tristemente célebre acordo firmado entre os países ocidentais aderentes à “Operation Enduring Freedom”, tem vindo a ser seguida no Paquistão, Yemen, Somália, Libia e Síria, tendo como próximos alvos tudo o que seja República Islãmica, a começar pelo Irão, cujo primeiro ataque à libertação do petróleo desse país falhou miseravelmente face à intervenção das milícia populares locais em defesa dos seus recursos nacionais.
A 22 de Setembro de 2011 no seu discurso na Assembleia Geral da ONU, o então presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, pediu uma investigação internacional independente aos incidentes do 11 de Setembro dizendo que esses eventos são uma desculpa muito conveniente para declarar guerras – e acrescentou "os Sionistas no poder em Israel (1) apostam nisso como um exercício verdadeiramente de tudo-ou-nada, porque se eles perderem a capacidade de encobrir os factos, se o povo norte-americano alguma vez vier a perceber o que aconteceu, então Israel será riscado do mapa"
(1) o monstro Sionista, nascido da intervenção militar colonialista da Inglaterra e da França no Médio Oriente no final da 1ª Grande Guerra, teve uma eficaz sequência na politica de conluio de Hitler com Pio XII, o Papa Judeu, a partir de 1933
Quem já questionou a narrativa oficial para os ataques de 11 de Setembro sabe sem dúvida que é imediatamente apelidado de louco conspirador face aos media estabelecidos em cujas palavras escritas se deve inquestionavelmente acreditar. Porém, como o relatório da Comissão Warren sobre o assassinato de JFK, o Relatório sobre o 11 de Setembro foi montado através duma "investigação" do Congresso, mas está a desmoronar-se e a ser revelado por aquilo que realmente é - nada mais do que uma cortina de fumo. Ou seja, já não é uma teoria da conspiração ... é uma conspiração de facto. Quem o afirma fundamentadamente é Alan Sabrosky, um especialista em segurança
"Face à crença do público em geral no relatório oficial, o autor cita uma entrevista com o especialista dinamarquês em demolições Danny Jowenko, mostrando a queda de um terceiro edifício do World Trade Center, o pouco referido WTC7 - "a única coisa que é necessário é dizer às pessoas é que caíram três edifícios e não dois, e o terceiro não foi atingido por nenhum avião, aconteceu por demolição controlada, portanto, e como é inverosimil que uns fossem e outros não fossem, todos eles estiveram ligados a demolições controladas (...) Eu tive longas conversas ao longo das últimas semanas com contactos no "Army War College", e no quartel-general do "Corpo de Fuzileiros Navais", e ficou absolutamente claro que em ambas as instituições é 100 por cento certo de que o 11 de Setembro foi uma operação da Mossad" (Alan Sabrosky, escritor e consultor especializado em assuntos nacionais e internacionais de segurança)
a Europa entre Janeiro/2002 e Agosto/2011 |
A 11 de Setembro de 2001, uma série de ataques coordenados foram realizados nos Estados Unidos. Não certamente por coincidência a data (3 meses de diferença) é praticamente a mesma do lançamento do Euro, congeminando o ataque económico em gestação ao velho continente. O governo dos EUA afirmou então que 19 terroristas, supostamente filiados na obscura al-Qaeda com base no Afeganistão, tinham sequestrado quatro aviões comerciais de passageiros para realizar os ataques. O relatório oficial dos EUA sobre os eventos de 11 de Setembro vem no entanto a ser amplamente contestado por vários quadrantes nos EUA e no mundo. Com o pretexto dos ataques os EUA , sob a administração do ex-presidente Bush , invadiram o Afeganistão em 2001 para supostamente atacar a al-Qaeda abrigada pelo então regime Taliban – um partido politico que meses antes tinha reunido em Houston com responsáveis privados norte-americanos sobre politicas petrolíferas de intercâmbio entre os dois países. Com o mesmo pretexto os EUA atacaram o Iraque em 2003 , insistindo que esse país igualmente rico em petróleo estava na posse de armas de destruição maciça (ADM). E a mesma retórica politica de agressões controladas, desde a assinatura do tristemente célebre acordo firmado entre os países ocidentais aderentes à “Operation Enduring Freedom”, tem vindo a ser seguida no Paquistão, Yemen, Somália, Libia e Síria, tendo como próximos alvos tudo o que seja República Islãmica, a começar pelo Irão, cujo primeiro ataque à libertação do petróleo desse país falhou miseravelmente face à intervenção das milícia populares locais em defesa dos seus recursos nacionais.
A 22 de Setembro de 2011 no seu discurso na Assembleia Geral da ONU, o então presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, pediu uma investigação internacional independente aos incidentes do 11 de Setembro dizendo que esses eventos são uma desculpa muito conveniente para declarar guerras – e acrescentou "os Sionistas no poder em Israel (1) apostam nisso como um exercício verdadeiramente de tudo-ou-nada, porque se eles perderem a capacidade de encobrir os factos, se o povo norte-americano alguma vez vier a perceber o que aconteceu, então Israel será riscado do mapa"
(1) o monstro Sionista, nascido da intervenção militar colonialista da Inglaterra e da França no Médio Oriente no final da 1ª Grande Guerra, teve uma eficaz sequência na politica de conluio de Hitler com Pio XII, o Papa Judeu, a partir de 1933
domingo, fevereiro 23, 2014
o Congresso da Troupe Laranja
Como sempre, numa associação efémera de malfeitores de conveniência que tem como finalidade disfarçar a impunidade do banditismo governativo, o momento mais importante é aquele que não acontece
Saída do Euro, Não pagamento da Dívida, impedir a política de Austeridade perpétua
Saída do Euro, Não pagamento da Dívida, impedir a política de Austeridade perpétua
sábado, fevereiro 22, 2014
Operários de todo o Mundo, Uni-vos!
Há 166 anos atrás, Marx e Engels publicaram o Manifesto do Partido Comunista, um libelo que mudou a política mundial mais rapidamente e de forma mais dramática do que qualquer outro documento na História. Com uma prosa de agitação e uma visão profética, revelou a verdadeira força motriz da mudança social: a luta de classes.
Munidos do conhecimento dessas teorias, os indiferentes, os explorados e os oprimidos finalmente encontraram as ferramentas para herdar sobre a terra e não no céu aquilo que os textos religiosos lhes haviam prometido há tanto tempo. E quão perto a mensagem chegou ao século XX, os anos noventa viram os reveses da restauração do capitalismo e a reacção hostil ao socialismo entrar em cena, mas apenas por um curto periodo, para citar os Rage Against the Machine: "Estamos de volta para tomar o Poder!". É certo que já ouvimos isto antes, mas a ideia continua a causar arrepios na espinha a muita gente que está de bem com a rica vida que leva...
na Convenção do Partido Democrata no ano 2000 que nomeou o sonso Al Gore para emparelhar com o bronco George Bush, escassos meses antes do 11 de Setembro...
Irónico, a casa onde Marx viveu em Trier na Alemanha é hoje um Museu gerido pela Fundação Friedrich-Ebert, a mesma Fundação que canalizou os primeiros fundos do imperialismo germano-americana para o partido do Mário Soares logo após o 25 de Abril, investimentos destinados a implantar a social-democracia num Portugal sob a dependência do Ocidente.
Munidos do conhecimento dessas teorias, os indiferentes, os explorados e os oprimidos finalmente encontraram as ferramentas para herdar sobre a terra e não no céu aquilo que os textos religiosos lhes haviam prometido há tanto tempo. E quão perto a mensagem chegou ao século XX, os anos noventa viram os reveses da restauração do capitalismo e a reacção hostil ao socialismo entrar em cena, mas apenas por um curto periodo, para citar os Rage Against the Machine: "Estamos de volta para tomar o Poder!". É certo que já ouvimos isto antes, mas a ideia continua a causar arrepios na espinha a muita gente que está de bem com a rica vida que leva...
na Convenção do Partido Democrata no ano 2000 que nomeou o sonso Al Gore para emparelhar com o bronco George Bush, escassos meses antes do 11 de Setembro...
Irónico, a casa onde Marx viveu em Trier na Alemanha é hoje um Museu gerido pela Fundação Friedrich-Ebert, a mesma Fundação que canalizou os primeiros fundos do imperialismo germano-americana para o partido do Mário Soares logo após o 25 de Abril, investimentos destinados a implantar a social-democracia num Portugal sob a dependência do Ocidente.
sexta-feira, fevereiro 21, 2014
Congressos & Jornadas, Novos Rumos, Compadres & Vigaristas.Gov
Manuel Loff chamou à sua coluna no pasquim da Sonae o estudo "Patronagem e Governos partidários em Portugal no periodo 1995-2009" publicado por uma investigadora da Universidade de Aveiro no qual esta disseca a forma como "o mundo dos negócios" opera integrando sistemicamente uma rede organizada de prestação de favores cujos agentes partidários são cooptados para ascender aos lugares de topo da Administração Central do Estado, transmutando-se entre esta entidade que deixou de representar o interesse público e as administrações das grandes Empresas como caciques à escala local e regional. Resumindo, as nomeações para a cúpula da administração pública em Portugal são influenciadas por interesses partidários para recompensar serviços prestados ao partido que no momento está no poder.
Acrescente-se a este indice de corrupção a grande corrupção das elites de negócios transnacionais concertados em nome do país com as Corporações estrangeiras... e aí temos o miserável retrato social que o Portugal usurpado pela clientela cavaquista está a dar ao mundo.
A mega-operação de propaganda que vem sendo montada é, obviamente, uma mentira. Não existe nenhum crescimento das exportações, nem estas sustentariam um crescimento de uma economia intencionalmente destruida; o que existe é uma diminuição drástica das importações por via dos cortes nos rendimentos de uma classe média que não foi criada por uma produção de bens consistente, mas sim sustentada pela concessão de crédito sem qualquer nexo com a realidade. O ponto onde Portugal está, tem vindo a ser construido pelos sucessivos governos durante quatro décadas. Existe um pacto de regime entre PS-PSD-CDS consignado no Tratado Orçamental que os três assinaram de cerviz vergada à troika, com o pretexto de reduzir a dívida, quando esta de facto está a aumentar, uma politica cujo cimento é o Euro, a moeda forte espalhada a crédito barato para passado oito anos virem cobrar esses empréstimos a juros exorbitantes, forçando o Estado a contrair novos empréstimos ad eternum. E que agora sim, com o "défice limpo", agora é que Portugal vai começar a ser sustentável, quando a maioria da população aufere rendimentos tão baixos que não se consegue sustentar. E, no fim do caminho, dizem-nos que não existe alternativa "aos partidos do arco da governação"...
... dizem-nos que tanto o PS como o PSD e o CDS têm sido bastante responsáveis. Exacto, responsáveis por submarinos, bancos falidos, auto-estradas para nenhures, negociatas obscuras, PPP's, swaps, distribuição de cargos pelas clientelas, favores, má gestão, corrupção, esbanjamento. Chega para lhes avaliar o grau de responsabilidade?
Tudo isto vem sendo feito sob a ideia liberal dos cortes nas despesas de um Estado com demasiado peso na Economia. Na verdade o peso do Estado é o mais elevado de sempre, agravado pelo facto de 11,8% do PIB ser actualmente para pagar o serviço de uma dívida fraudulenta, congeminada pela adesão ao Euro. Foram estes três partidos aderentes confessos do Neoliberalismo que criaram o paradigma. Agora movem-se sombras em cavernas de foruns e congressos reclamando o regresso à social-democracia (sic), ou seja, o regresso ao assistencialismo salazarista da distribuição da "sopa do barroso" aos novos-pobres. É preciso ter lata.
Acrescente-se a este indice de corrupção a grande corrupção das elites de negócios transnacionais concertados em nome do país com as Corporações estrangeiras... e aí temos o miserável retrato social que o Portugal usurpado pela clientela cavaquista está a dar ao mundo.
De propaganda mal enjorcada a pura conversa da treta, já era de calcular:
A mega-operação de propaganda que vem sendo montada é, obviamente, uma mentira. Não existe nenhum crescimento das exportações, nem estas sustentariam um crescimento de uma economia intencionalmente destruida; o que existe é uma diminuição drástica das importações por via dos cortes nos rendimentos de uma classe média que não foi criada por uma produção de bens consistente, mas sim sustentada pela concessão de crédito sem qualquer nexo com a realidade. O ponto onde Portugal está, tem vindo a ser construido pelos sucessivos governos durante quatro décadas. Existe um pacto de regime entre PS-PSD-CDS consignado no Tratado Orçamental que os três assinaram de cerviz vergada à troika, com o pretexto de reduzir a dívida, quando esta de facto está a aumentar, uma politica cujo cimento é o Euro, a moeda forte espalhada a crédito barato para passado oito anos virem cobrar esses empréstimos a juros exorbitantes, forçando o Estado a contrair novos empréstimos ad eternum. E que agora sim, com o "défice limpo", agora é que Portugal vai começar a ser sustentável, quando a maioria da população aufere rendimentos tão baixos que não se consegue sustentar. E, no fim do caminho, dizem-nos que não existe alternativa "aos partidos do arco da governação"...
... dizem-nos que tanto o PS como o PSD e o CDS têm sido bastante responsáveis. Exacto, responsáveis por submarinos, bancos falidos, auto-estradas para nenhures, negociatas obscuras, PPP's, swaps, distribuição de cargos pelas clientelas, favores, má gestão, corrupção, esbanjamento. Chega para lhes avaliar o grau de responsabilidade?
Tudo isto vem sendo feito sob a ideia liberal dos cortes nas despesas de um Estado com demasiado peso na Economia. Na verdade o peso do Estado é o mais elevado de sempre, agravado pelo facto de 11,8% do PIB ser actualmente para pagar o serviço de uma dívida fraudulenta, congeminada pela adesão ao Euro. Foram estes três partidos aderentes confessos do Neoliberalismo que criaram o paradigma. Agora movem-se sombras em cavernas de foruns e congressos reclamando o regresso à social-democracia (sic), ou seja, o regresso ao assistencialismo salazarista da distribuição da "sopa do barroso" aos novos-pobres. É preciso ter lata.
terça-feira, fevereiro 18, 2014
o que nos diz hoje o camarada Mao? que devemos "recusar as concepções anti-marxistas e anti-históricas que reclamam um “capitalismo eterno”
Em 1949, a data em que o Partido Comunista da China liderado por Mao Tsé Tung chegou ao poder e a Revolução Socialista devolveu a soberania ao país, a população chinesa era de 550 milhões. Nesse ano a taxa de analfabetismo situava-se nos 80 por cento... "Ajudando a Mamã a Ler e a Escrever para Aprender a nossa Cultura" é um quadro do camarada Yu Yunjie pintado em 1956, durante as "Campanhas de Combate à Iliteracia" levadas a cabo nos anos 50. A que se seguiria a "Revolução Cultural". Quando Mao Tsé Tung faleceu em 1976 a taxa de analfabetismo tinha baixado para um valor residual de 7 por cento. Nesse mesmo ano a população da China era de 900 milhões de pessoas. Segundo a imbecilizante propaganda ocidental, aparentemente a melhor maneira de duplicar a população, assim a olho, é ensiná-la a ler e escrever e de seguida matar toda a gente...
estaremos dispostos a pagar os custos de uma fraude organizada ao mais alto nível?
Transformámos a politica da Dívida numa moralidade que desviou a culpa dos Bancos para o Estado - a Austeridade é a penitência - a dor virtuosa após a festa imoral - , mas não vai ser uma dieta de dor que todos partilharemos. Poucos de nós
são convidados para a festa, mas pedem-nos a todos que paguemos a conta.
O professor de Economia Política Mark Blyth defende que a Austeridade é um modelo que não funciona, "é uma ideia perigosa" e está a destruir os Estados expostos à crise. Em primeiro lugar não funciona. Como os últimos quatro anos e os exemplos históricos do último século o demonstram, a tentativa do Estado em conter a despesa, barrando os caminhos do crescimento, não pode ter algum resultado prático, nunca quando todos os países a praticam em simultâneo - isso só conduz à recessão global. Em segundo lugar, pedir aos inocentes (aos cidadãos, aos contribuintes) que paguem pelos erros dos culpados (os Grandes Bancos, os Estados) é sempre má politica. Em terceiro lugar, a receita da austeridade apenas enriquece os ricos, não traz prosperidade para todos, contraria o princípio da igualdade de op#rtunidades e só leva à pobreza e à desigualdade social.
relacionado:
“é decepcionante” que os países do Sul não juntem forças para desafiar “o domínio alemão” e propor alternativas"
O professor de Economia Política Mark Blyth defende que a Austeridade é um modelo que não funciona, "é uma ideia perigosa" e está a destruir os Estados expostos à crise. Em primeiro lugar não funciona. Como os últimos quatro anos e os exemplos históricos do último século o demonstram, a tentativa do Estado em conter a despesa, barrando os caminhos do crescimento, não pode ter algum resultado prático, nunca quando todos os países a praticam em simultâneo - isso só conduz à recessão global. Em segundo lugar, pedir aos inocentes (aos cidadãos, aos contribuintes) que paguem pelos erros dos culpados (os Grandes Bancos, os Estados) é sempre má politica. Em terceiro lugar, a receita da austeridade apenas enriquece os ricos, não traz prosperidade para todos, contraria o princípio da igualdade de op#rtunidades e só leva à pobreza e à desigualdade social.
relacionado:
“é decepcionante” que os países do Sul não juntem forças para desafiar “o domínio alemão” e propor alternativas"
segunda-feira, fevereiro 17, 2014
os Homens do Presidente
sempre em acção na promoção do crescimento económico
"Porque ligou para uma loja de armas do h#tel de Belo Horizonte?... Se o seu destino era o Rio de Janeiro porque viajou para uma cidade distante fazendo depois dois incómodos trajectos por estrada? quer esclarecer o que o levou a descolar-se aos arredores do local onde o corpo de Rosalina foi encontrado? ... qual o desfecho do processo em Portugal sobre a transferência de valores, "de forma indevida", da vítima para a sua conta bancária? ... pediu à vítima para assinar documentação, "isentando-o de qualquer responsabilidade"? ... Porque marcou encontro com Rosalina, à noite, quando se sabia que com medo ela jamais saía à noite? com quem deixou Rosalina em Maricá?
Para evitar que esta relevante personalidade seja incomodada com inquéritos judiciais incómodos, a Justiça portuguesa resolveu resguardar o arguido no quentinho da sua casa particular - sob o pretexto de que terá angariado mais uns trocos num mero processo de corrupção interna. Apesar de existir um pedido de detenção da Interpol que pode capturar e extraditar o arguido, que pode ser cumprido pelas autoridades de qualquer país, os mandatos de captura internacionais não têm validade legal dentro das habitações privadas em Portugal. Não vá o diabo tecê-las, para sair disto de forma limpa longa vai a azáfama juridico-diplomática.
"Porque ligou para uma loja de armas do h#tel de Belo Horizonte?... Se o seu destino era o Rio de Janeiro porque viajou para uma cidade distante fazendo depois dois incómodos trajectos por estrada? quer esclarecer o que o levou a descolar-se aos arredores do local onde o corpo de Rosalina foi encontrado? ... qual o desfecho do processo em Portugal sobre a transferência de valores, "de forma indevida", da vítima para a sua conta bancária? ... pediu à vítima para assinar documentação, "isentando-o de qualquer responsabilidade"? ... Porque marcou encontro com Rosalina, à noite, quando se sabia que com medo ela jamais saía à noite? com quem deixou Rosalina em Maricá?
Para evitar que esta relevante personalidade seja incomodada com inquéritos judiciais incómodos, a Justiça portuguesa resolveu resguardar o arguido no quentinho da sua casa particular - sob o pretexto de que terá angariado mais uns trocos num mero processo de corrupção interna. Apesar de existir um pedido de detenção da Interpol que pode capturar e extraditar o arguido, que pode ser cumprido pelas autoridades de qualquer país, os mandatos de captura internacionais não têm validade legal dentro das habitações privadas em Portugal. Não vá o diabo tecê-las, para sair disto de forma limpa longa vai a azáfama juridico-diplomática.
relacionado:
* 44 autarcas investigados por corrupção pela PGR (dn)
* Parvalorem entregou ao comprador do BPN 45,7 milhões de euros da compra de dívidas do offshore de Puerto Rico (dn)
* Sociedade que assessorou o consórcio alemão na venda dos submarinos a Portugal, transferiu um valor de 20,2 milhões para contas secretas (cm)
* Tribunal sobre os submarinos: "acusar portugueses de burla é quase um absurdo" (fontes)
domingo, fevereiro 16, 2014
Direitismo, a Cura Infantil do Capitalismo
uma certa imprensa, ligada às opiniões desse autêntico saco de gatos que é o Bloco dito de Esquerda e em geral e às influências mais direitistas na sociedade portuguesa que levam o BE ao colo como muleta de apoio à "reforma do capitalismo", tem um tratamento jornalistico diferenciado perante as candidaturas ao Parlamento europeu. Na página inteira do lado esquerdo está o espaço dedicado ao BE sobre um evento que apenas teria lugar no dia seguinte. Num pequena quadradinho da mesma página vem a noticia sobre a candidatura do MRPP, um evento que tinha ocorrido nesse dia. Uma censura mais sofisticada, porém não andamos muito longe dos piores tempos do fascismo ou do social-fascismo no pós 25 de Abril quando a candidatura do MRPP foi proibida de se apresentar à primeiras "eleições livres"
o Bloco dito de Esquerda defende a manutenção de Portugal no Euro...a renegociação de uma dívida que é impagável e ilegítima, e nunca se lhe ouviu reclamar um Referendo...
... no qual o povo pudesse fazer ouvir a sua voz após um amplo debate de esclarecimento nos meios de comunicação social fazendo ouvir em iguais circunstâncias todas as propostas politicas das candidaturas às próximas eleições. "... a permanência de Portugal no euro é sinónima de uma austeridade sem fim e de um regresso acelerado aos piores tempos do regime fascista de Salazar. Sair do euro é pois um imperativo económico, social e patriótico, devendo tal imperativo merecer um apoio inequívoco dos operários, dos demais trabalhadores e do povo em geral. Tal apoio é tanto mais necessário quanto a saída do euro exige a formação de um governo democrático patriótico suportado por uma forte maioria da população e terá de ser acompanhada por um repúdio firme da dívida pública e pela nacionalização do sistema bancário" (Leopoldo Mesquita, Cabeça-de-lista do PCTP/MRPP ao Parlamento Europeu)
o Bloco dito de Esquerda defende a manutenção de Portugal no Euro...a renegociação de uma dívida que é impagável e ilegítima, e nunca se lhe ouviu reclamar um Referendo...
... no qual o povo pudesse fazer ouvir a sua voz após um amplo debate de esclarecimento nos meios de comunicação social fazendo ouvir em iguais circunstâncias todas as propostas politicas das candidaturas às próximas eleições. "... a permanência de Portugal no euro é sinónima de uma austeridade sem fim e de um regresso acelerado aos piores tempos do regime fascista de Salazar. Sair do euro é pois um imperativo económico, social e patriótico, devendo tal imperativo merecer um apoio inequívoco dos operários, dos demais trabalhadores e do povo em geral. Tal apoio é tanto mais necessário quanto a saída do euro exige a formação de um governo democrático patriótico suportado por uma forte maioria da população e terá de ser acompanhada por um repúdio firme da dívida pública e pela nacionalização do sistema bancário" (Leopoldo Mesquita, Cabeça-de-lista do PCTP/MRPP ao Parlamento Europeu)
sábado, fevereiro 15, 2014
in-out submarines, yep
o caso dos submarinos, como gosta de dizer o Vice 1º Ministro, do qual se ri o próprio, nas suas próprias palavras: "umas vezes vai, outras vezes vem"; como na famosa cena do In-Out de "Clockwork Orange" quem nos dera a nós espectadores injustiçados que o Portas o tivesse (o caso) sempre dentro
não há nenhum negócio que envolva privados em representação do Público com Multinacionais em que estas não se proponham pagar luvas... Mas neste caso o Portas abusou, vinha ávido de fundos para fazer crescer o partido do táxi. E, de abuso em abuso, tem-o conseguido
Os réus foram todos absolvidos. Faltaram documentos e testemunhas que provem os crimes de burla e falsificação de documentos, dizem os tipos que trabalham no Tribunal, orgão que considerou que o Estado português “dispunha de meios de controlo” do contrato de contrapartidas e “podia renunciar à transacção”. Embrulha
Pelo caminho o Tribunal ainda passou um valente raspanete ao Ministério Público que se atreveu a querer condenar os réus. Afinal quem tutela a Justiça? não é um Ministério que está a sob a alçada do Governo que tem como nº2 o principal suspeito deste caso de corrupção?
Enquanto não se fizer justiça, virão sempre à baila os submarinos. Pormenores dos intervenientes na revista Visão desta semana
e se acontece algo de anormal, a malta do status fica deveras
... surpreendida, não faziam a menor ideia do estado da nação
não há nenhum negócio que envolva privados em representação do Público com Multinacionais em que estas não se proponham pagar luvas... Mas neste caso o Portas abusou, vinha ávido de fundos para fazer crescer o partido do táxi. E, de abuso em abuso, tem-o conseguido
Os réus foram todos absolvidos. Faltaram documentos e testemunhas que provem os crimes de burla e falsificação de documentos, dizem os tipos que trabalham no Tribunal, orgão que considerou que o Estado português “dispunha de meios de controlo” do contrato de contrapartidas e “podia renunciar à transacção”. Embrulha
Pelo caminho o Tribunal ainda passou um valente raspanete ao Ministério Público que se atreveu a querer condenar os réus. Afinal quem tutela a Justiça? não é um Ministério que está a sob a alçada do Governo que tem como nº2 o principal suspeito deste caso de corrupção?
Enquanto não se fizer justiça, virão sempre à baila os submarinos. Pormenores dos intervenientes na revista Visão desta semana
sexta-feira, fevereiro 14, 2014
Cavaco, em 1991 a conversa já era a mesma de hoje
Escassos meses após o desmembramento da União Soviética Cavaco Silva era reeleito 1º ministro com maioria absoluta, o que lhe deu margem para a opção dos "sociais democratas" e a sua contraparte "socialista" na presidência da república, se albergarem politicamente à sombra da dupla Ronald Reagan-Herbert Bush e militarmente sob o chapéu de chuva dos negócios da Nato/Pentágono. Em entrevista à revista oficial do imperialismo-sionista, Cavaco presta vassalagem aos patrões reiterando cumprir a politica para que foi nomeado e consagrado pelos directórios partidários, eles próprios elos de transmissão dos interesses estrangeiros no país
"Sobre a economia: "é fundamental colocarmos toda a nossa fé no sector privado. Nos próximos quatro anos iremos privatizar praticamente tudo que foi (previamente) nacionalizado, trazendo outros investidores privados para novos sectores onde nunca tinham estado antes, por exemplo, nos caminhos de ferro, telecomunicações, até na nova ponte que será construída em Lisboa. O nosso maior problema é preparar a economia para entrar no Mercado Comum em 1992 e na união monetária. Precisamos se apagar as desigualdades entre as diferentes partes da Europa se queremos mover-nos no sentido de uma integração plena (...)
Sobre a Europa: não devemos falar numa federação ou confederação. Devemos avançar em áreas em estudo, como a Politica Externa e a Defesa comum. É crucial mantermos a estratégia de ligação aos Estados Unidos. E acredito ser a Nato absolutamente necessária para a segurança da Europa, criando uma força de intervenção não apenas sob os nossos pontos de vista mas também em ligação com a Nato (...)
Sobre o futuro de Portugal: agora que as atenções estão viradas para Leste, com a estabilidade que temos assegurada para os próximos quatro anos pela nossa maioria absoluta, Portugal permanece um local seguro para os investidores. A Europa do Leste não tem quaisquer condições no momento presente para receber investimento estrangeiro"
"Sobre a economia: "é fundamental colocarmos toda a nossa fé no sector privado. Nos próximos quatro anos iremos privatizar praticamente tudo que foi (previamente) nacionalizado, trazendo outros investidores privados para novos sectores onde nunca tinham estado antes, por exemplo, nos caminhos de ferro, telecomunicações, até na nova ponte que será construída em Lisboa. O nosso maior problema é preparar a economia para entrar no Mercado Comum em 1992 e na união monetária. Precisamos se apagar as desigualdades entre as diferentes partes da Europa se queremos mover-nos no sentido de uma integração plena (...)
Sobre a Europa: não devemos falar numa federação ou confederação. Devemos avançar em áreas em estudo, como a Politica Externa e a Defesa comum. É crucial mantermos a estratégia de ligação aos Estados Unidos. E acredito ser a Nato absolutamente necessária para a segurança da Europa, criando uma força de intervenção não apenas sob os nossos pontos de vista mas também em ligação com a Nato (...)
Sobre o futuro de Portugal: agora que as atenções estão viradas para Leste, com a estabilidade que temos assegurada para os próximos quatro anos pela nossa maioria absoluta, Portugal permanece um local seguro para os investidores. A Europa do Leste não tem quaisquer condições no momento presente para receber investimento estrangeiro"
(as ligações sobre o texto de 1991 referem-se a dados posteriores, até à actualidade)
quinta-feira, fevereiro 13, 2014
e obviamente...
... uma vez que "a coisa" é para ser feita com dinheiro angariado a mecenas do regime, a coisa deve passar a chamar-se "Revolução dos Cravas"
"Sendo, nos termos do artigo 110.º da Constituição da República Portuguesa, a Assembleia da República, um órgão de soberania, não se enquadra no âmbito das entidades beneficiadoras do regime do Estatuto dos Benefícios Fiscais (Capítulo X), aprovado pelo Decreto-Lei nº 215/89, de 1 de Julho, na redacção dada pelo Decreto-Lei nº 108/2008, de 26 de Junho (artigos 61º a 66º). Tão pouco se enquadra na abrangência do Estatuto do Mecenato regulado pelo Decreto Lei n.º 74/99, de 16 de Março (Revogado pelo art.º 87.º da Lei n.º 53-A/2006, de 29/12)" (daqui)
"Sendo, nos termos do artigo 110.º da Constituição da República Portuguesa, a Assembleia da República, um órgão de soberania, não se enquadra no âmbito das entidades beneficiadoras do regime do Estatuto dos Benefícios Fiscais (Capítulo X), aprovado pelo Decreto-Lei nº 215/89, de 1 de Julho, na redacção dada pelo Decreto-Lei nº 108/2008, de 26 de Junho (artigos 61º a 66º). Tão pouco se enquadra na abrangência do Estatuto do Mecenato regulado pelo Decreto Lei n.º 74/99, de 16 de Março (Revogado pelo art.º 87.º da Lei n.º 53-A/2006, de 29/12)" (daqui)
A Flauta Mágica
o principe Tamino fugindo de uma Serpente gigante corre desorientado pedindo aflitivamente ajuda, até que extenuado cai inconsciente. Aparecem três mulheres mágicas (o 3 é o número da manifestação divina) e matam o Monstro. O passarão Papageno acorda o principe e vangloria-se de ter sido ele quem matou a Serpente. Este é o papel dos partidos com assento parlamentar, pior que os Papagenos, são actores de ópera que nunca mexeram uma palha mas já dizem que vão matar o Monstro.
"o fim da Troika, o regresso aos Mercados, o programa Cautelar... e outros Mitos"
Segundo nos dizem, a intervenção externa aconteceu porque o Estado português deixou de poder financiar-se nos mercados da dívida pública. No entanto, a troika deixa o país com uma dívida ainda maior e sem acesso garantido aos mercados.
Para pagar o serviço desta dívida – isto é, para pagar juros e financiar o reembolso da dívida que vence nos próximos anos – o governo português tem dado a entender que Portugal pode dispensar qualquer espécie de “ajuda externa”, regressando aos mercados, isto é, ao dinheir# dos investidores das grandes Corporações Financeiras e Empresariais internacionais
"o fim da Troika, o regresso aos Mercados, o programa Cautelar... e outros Mitos"
Para pagar o serviço desta dívida – isto é, para pagar juros e financiar o reembolso da dívida que vence nos próximos anos – o governo português tem dado a entender que Portugal pode dispensar qualquer espécie de “ajuda externa”, regressando aos mercados, isto é, ao dinheir# dos investidores das grandes Corporações Financeiras e Empresariais internacionais
O peso da Dívida é insustentável.
Na análise realizada no contexto da 8ª e 9ª avaliações do Memorando de Entendimento, o FMI assumia um cenário de sustentabilidade da dívida pública assente nos seguintes pressupostos: um saldo orçamental primário (receitas menos despesas, excepto juros) próximo de 3% do PIB a partir de 2016, um crescimento real do PIB de 1,8% ao ano, uma taxa de inflação de 1,8% e uma taxa de juro dos novos títulos da dívida pública de 3,8%. Neste cenário, a dívida poderia reduzir-se para 60% do PIB em vinte anos, conforme impõe o Tratado Orçamental da UE (...) porém, nas circunstâncias atuais, é pouco credível um cenário de crescimento anual do PIB de 2% ao longo dos próximos anos
quarta-feira, fevereiro 12, 2014
isto sim, é socialismo: uma espécie de Justiça dourada para investidores
Inspirado certamente na justiça especial dos tribunais plenários para julgar os pobres dissidentes do regime salazarista, vingando-se radicalmente da ofensa à igualdade entre direitos dos cidadãos, António José Seguro quer criar tribunais democráticos especiais para os ricos que apoiam e lucram com o regime. A ideia é repugnante, dizem os juristas, porque inconstitucional (estas coisas são contagiosas), "com tanta legislação especial para estrangeiros beneméritos, o melhor é pegar na restante e sistematizá-la num Estatuto do Indigenato", respondem-lhe os jovens turcos do partido. Mas Seguro é imune a críticas. Faz o que lhe determinaram na reunião do Grupo Bilderberg em 2013.
A estratégia do Partido dito Socialista colaborar com propostas concretas como contraparte alternante do actual paradigma neoliberal encaixa que nem gingas na azáfama de Paulo Portas, um caixeiro viajante do regime que anda por aí a vender participações de serviços públicos a interesses estrangeiros como se fossem chouriços em promoção. Portas nunca atingiu perante os poderes ocultos "o estatuto de tipo em quem se pode confiar". É recente o episódio em que Portas espetou uma faca nas costas do ex-ministro das Finanças. Gaspar cumpriu a tarefa para que tinha sido contratado e saiu. Gaspar culpou Portas à posteriori. Portas ganhou importância. Ou não tivesse sido ele o segundo convidado para a reunião do Grupo Bilderberg em 2013 - o que lá se concertou o povo português não tem meios de saber. Mas pode-se facilmente imaginar que, vote o povo em quem votar, o próximo governo seja liderado por Seguro apoiado numa coligação pós-eleitoral com Portas.
O debate é ler o Jornal de Negócios |
Estamos nisto, quando chega Mário Soares a fazer a cama fofinha ao Seguro!: "Quem manda são os mercados, não os partidos nem os políticos (...) os estragos feitos são muito difíceis de emendar, pelo que "pobre de quem se atreva a substituir o Governo” (Soares deixa o aviso porque Soares sabe que o Partido dito Socialista não vai desfazer nada do que estes fizeram, a começar pelo desmantelamento do Código de Trabalho, até ao roubo dos salários dos trabalhadores, passando pelo esbulho fiscal à população em geral, pela lei das rendas de casa, etc... pobre Seguro que virá fadado a continuar a proteger os ricos que investem no endividamento dos pobres.
Cabe ao povo português acabar com a farsa e ganhar soberania
terça-feira, fevereiro 11, 2014
devem ser os Trabalhadores a decidir a Produção
"A competição, longe de visar a perfeição, afoga-se conscientemente em produtos feitos numa massa de bens engenhosamente inventados para deslumbrar o público. A concorrência consegue preços baixos, obrigando o trabalhador a perder-se, empregando as suas habilitações em trabalh# imprestável, esgotando-se, provocando-lhe fome pela sua miserável paga, destruindo-lhe os seus padrões morais, dando-lhe o exemplo da falta de escrúpulos - a concorrência dá a vitória apenas a quem tem mais dinheiro. A concorrência, terminada a luta, acaba simplesmente num monopólio nas mãos do vencedor, o qual depois aumenta os preços o máximo que puder. A concorrência fabrica de qualquer maneira aquilo que as pessoas gostam, de forma aleatória, correndo o risco de não encontrar compradores para os produtos e destruindo uma grande quantidade de matérias-primas que poderiam ter sido de grande utilidade, mas que assim já não são boas para o que quer que seja"
"Nos últimos anos, três ferramentas de gestão estiveram na base de uma transformação radical da maneira como trabalhamos: a Avaliação individual do desempenho, a exigência de "Qualidade total" e o Outsourcing"
"Nos últimos anos, três ferramentas de gestão estiveram na base de uma transformação radical da maneira como trabalhamos: a Avaliação individual do desempenho, a exigência de "Qualidade total" e o Outsourcing"
Economia? "Essa ideia agora é merda, o.k.?"
"Meus senhores, não disseram estar tão contentes com a derrota de Hitler? Ainda o Mundo mal se havia posto de pé por ter abatido o Bastardo, e eis que a Puta (o Capitalismo) que o pariu está de novo prenha" (Bertolt Brecht)
Alfredo Barroso, militante do Partido dito Socialista dixit num "Manifesto contra o Neoliberalismo e a Plutocracia". O produto é de hoje, fresquinho, ainda a saltar, é "a social democraci#", diz ele: "o neoliberalismo é um fenómeno classista. No início dos anos 1980, as minorias mais favorecidas conseguiram uma mudança radical, ao reconquistarem o seu poder e os seus rendimentos até então limitados pelo compromisso social-democrata estabelecido".
Já se sabia, na luta de classes os compromissos tratam sempre de neutralizar os mais fracos. Mas,
foi "anos anos 80 que disse"? como se não tivesse nada a ver com isso?
"Na Casa Branca de Ronald Reagan, não havia pecado maior do que sugerir-se que a América poderia melhorar a sua competitividade, alimentando a indústria privada com dinheir# federal. Economistas do livre mercado de Reagan lançavam-se buscando destruir todas as missões de lobbie sempre que tais propostas de "política industrial" flutuavam em Washington. Não importava que muitas indústrias estratégicas no Japão e na Europa, impulsionadas em momentos cruciais pelos apoios dos governos, fossem ganhando quota de mercado às suas concorrentes norte-americanas. A oposição de Reagan à política industrial foi tão feroz que a própria expressão tornou-se politicamente incorrecta até ao final da década. Durante a campanha de 1988, o que haveria de ser presidente George Herbert Bush ridicularizou o investimento do Estado na Economia como "uma tola abordagem dos "democráticos"...
o negócio destas sinistras personagens era porém outro; as batalhas imperialistas em que se subsumia a economia dos Estados Unidos. Não ligando a politica industrial à politica do Complexo-Industrial-Militar, o resultado da politica Reagan/Bush, no apoio aos esquadrões da morte na América Central, na 1ª Guerra do Golfo... era visivel, incentivando as empresas a seguir estas acções de agressão - sendo livres, as "empresas" que seguissem as tropas, quem quisesse e pudesse
"my Friend Soares!!" o elogio de um actor contratado para o melhor papel da sua vida: ser anti-comunista, fazia coincidar a ficção com a realidade. A publicação em Portugal em Outubro de 2009 do diário do ex-presidente americano mostra como Ronald Reagan via os políticos portugueses, com quem lidou directamente. Soares e Cavaco são os mais elogiados
Alfredo Barroso, militante do Partido dito Socialista dixit num "Manifesto contra o Neoliberalismo e a Plutocracia". O produto é de hoje, fresquinho, ainda a saltar, é "a social democraci#", diz ele: "o neoliberalismo é um fenómeno classista. No início dos anos 1980, as minorias mais favorecidas conseguiram uma mudança radical, ao reconquistarem o seu poder e os seus rendimentos até então limitados pelo compromisso social-democrata estabelecido".
Já se sabia, na luta de classes os compromissos tratam sempre de neutralizar os mais fracos. Mas,
foi "anos anos 80 que disse"? como se não tivesse nada a ver com isso?
"Na Casa Branca de Ronald Reagan, não havia pecado maior do que sugerir-se que a América poderia melhorar a sua competitividade, alimentando a indústria privada com dinheir# federal. Economistas do livre mercado de Reagan lançavam-se buscando destruir todas as missões de lobbie sempre que tais propostas de "política industrial" flutuavam em Washington. Não importava que muitas indústrias estratégicas no Japão e na Europa, impulsionadas em momentos cruciais pelos apoios dos governos, fossem ganhando quota de mercado às suas concorrentes norte-americanas. A oposição de Reagan à política industrial foi tão feroz que a própria expressão tornou-se politicamente incorrecta até ao final da década. Durante a campanha de 1988, o que haveria de ser presidente George Herbert Bush ridicularizou o investimento do Estado na Economia como "uma tola abordagem dos "democráticos"...
Time Magazine, Dezembro de 1991, "Now this ideia is - Shh - O.K."
o negócio destas sinistras personagens era porém outro; as batalhas imperialistas em que se subsumia a economia dos Estados Unidos. Não ligando a politica industrial à politica do Complexo-Industrial-Militar, o resultado da politica Reagan/Bush, no apoio aos esquadrões da morte na América Central, na 1ª Guerra do Golfo... era visivel, incentivando as empresas a seguir estas acções de agressão - sendo livres, as "empresas" que seguissem as tropas, quem quisesse e pudesse
"my Friend Soares!!" o elogio de um actor contratado para o melhor papel da sua vida: ser anti-comunista, fazia coincidar a ficção com a realidade. A publicação em Portugal em Outubro de 2009 do diário do ex-presidente americano mostra como Ronald Reagan via os políticos portugueses, com quem lidou directamente. Soares e Cavaco são os mais elogiados
segunda-feira, fevereiro 10, 2014
o Maoismo na América
“Não devemos ter medo dos confrontos. Até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas” (Charlie Chaplin, banido da indústria cinematográfica norte-americana por ser revolucionário, assumindo a luta de classes em defesa dos mais pobres)
"O uso de uma arma em si não é necessariamente um acto revolucionário porque os fascistas também usam armas, em boa verdade, eles têm mais armas. Muitos dos chamados revolucionários simplesmente não entendem a declaração do Presidente Mao de que "o poder político nasce do cano de uma arma". Muitos acham que o presidente Mao disse que o poder político é a arma, mas a ênfase está no "nascer" - o auge do poder político é a posse e o controle da terra e os respectivos instituições, para que possamos, de seguida, livrarmo-nos da arma. É por isso que o presidente Mao faz a afirmação de que "nós somos defensores da abolição da guerra, não queremos guerra, mas a guerra só pode ser abolida através da guerra, e, com a finalidade de nos livrarmos da arma, é necessário assumir a arma". Mao sempre falou na necessidade de não usarmos armas; se não olhássemos para ele nestes termos, então Mao certamente não teria sido revolucionário. Por outras palavras, a arma segundo todos os princípios revolucionários é uma ferramenta para ser utilizada na nossa estratégia, mas não é um fim em si. Esta é em parte a visão original do "Partido Black Panther".
Huey Newton viria a ser encarcerado com provas forjadas, condenado, exilado, novamente incriminado e finalmente assassinado
Militantes do Black Panther lêem Mao Tse Tung |
Huey Newton viria a ser encarcerado com provas forjadas, condenado, exilado, novamente incriminado e finalmente assassinado
domingo, fevereiro 09, 2014
como os Ministros são vaiados, são os insignificantes ajudantes de sub-secretários a sair à rua
tão-a-ver? uma folha em branco |
Todos os dias salta um rato para os Media com o mirífico messianismo de não roerem mais os calcanhares de quem passa. Por acaso o desenvolvimento tecnológico tem ajudado a classe operária e os seus aliados naturais? ou tem agravado a exploração de quem trabalha e o controlo social através de uma espécie de ditadura de economistas dos patrões?
"A nossa preocupação não pode ser simplesmente modificar a propriedade privada, mas aboli-la, não para conciliar os antagonismos de classe, mas de abolir as classes, não para melhorar a sociedade existente, mas para fundar uma nova" (Marx e Engels)
"O argumento de Lenine, por um lado, revela o verdadeiro estado de coisas, a ligação multifacetada e indissolúvel entre o destino da classe trabalhadora e o da sociedade como um todo. Por outro lado, o proletariado não pode libertar-se sem demolir toda a opressão e exploração, seja quais forem as classes e camadas sociais que estejam a ser afectadas" (Georg Lukács).
A questão da Industrialização para reforçar o poder de Classe está porém respondida; e de há muito tempo:
"A nossa via de industrialização socialista, intimamente ligada ao largo desenvolvimento da revolução técnico-científica, não tem nada de comum e está mesmo em contradição completa com os tagarelas tecnocratas de toda a espécie que a burguesia e os revisionistas propagam actualmente com grande alarido. Os ideólogos da burguesia (os donos dos meios de produção) monopolista procuram enganar os trabalhadores fazendo-lhes crer que a revolução técnico-científica que se desenvolve actualmente no mundo, suprime, por assim dizer, os males do capitalismo de classes e substitui os proprietários capitalistas por administradores tecnocratas. Nesta base, proclamam que o velho sistema capitalista da exploração, a luta de classes e a necessidade da revolução proletária já estão ultrapassados.
Na verdade, por trás da dita "sociedade industrial" ou da "sociedade tecnocrata", dissimula-se a feroz opressão dos trabalhadores pelos monopólios capitalistas e o capitalismo monopolista de Estado. Os revisionistas modernos, que traíram completa e definitivamente o marxismo-leninismo e se puseram ao serviço da burguesia, apresentaram a "sociedade tecnocrática" e o progresso técnico-científico que levam ao reforço e à extensão do capitalismo monopolista de Estado, como "a introdução de elementos do socialismo na transformação gradual do capitalismo (...) "Liberalização e democratização do socialismo", eis como os teóricos burgueses Ocidentais chamam às politicas dos partidos ou países revisionistas, (todas fracassadas).
Deste modo, as duas partes, tanto a burguesia como os que se dizem comunistas, convergem para o mesmo ponto. Procuram fazer subsistir o capitalismo e acabar com o socialismo (...) Ora a revolução técnico-científica não pode mudar as leis objectivas da evolução social para a revolução. A introdução em grande estilo da ciência e da técnica na Produção, à qual os monopólios capitalistas são obrigados a recorrer para fazer face à feroz concorrência interior e internacional para assegurar o lucro máximo, não remove de maneira nenhuma as contradições económicas e de classe tanto das importações como das exportações do capitalismo antigo e do novo, não lhe evita a sua crise irremediável e cada vez mais destruidora. Pelo contrário, reforça ainda mais as contradições e as crises, desencadeia ainda mais o fluxo da luta de classes e conduz, no final de contas, logo que os factores subjectivos estejam no nível suficiente, à Revolução Socialista triunfante" (Enver Hoxha, 1970)
sábado, fevereiro 08, 2014
a Ucrânia no centro do "grande jogo" euroasiático
"Depois de três visitas à Ucrânia em cinco semanas, Vict#ria Nuland explica que nas últimas duas décadas, os Estados Unidos gastaram cinco mil milhões de dólares (5.000 milhões de dólares americanos) para subverter a Ucrânia (usando Nazis), e assegura a quem a quer ouvir que há empresários proeminentes e funcionários do governo que estão a apoiar activamente o projecto dos Estados Unidos para afastar a Ucrânia para longe de sua relação histórica com a Rússia e trazê-la para a esfera de interesses dos EUA (através da "Europa", aka, "vocês sabem... que se fôda a União Europeia", desabafou ela num aparte). Vict#ria Nuland é a (esgroviada) mulher de Robert Kagan, um dos líderes da nova geração de "Neo-Cons". À atenção dos obamaníacos. Depois de servir como porta-voz da "democrata" Hillary Clinton, ela é agora subsecretária de Estado para a Europa e Eurásia" (fonte: Global Reaearch)
Pussy Riot, ao que vieram e como se foram
novo Czar, dizem eles |
É neste panorama que acontece a acção das agora famosas Pussy Riot. Encenada por Igor Mukhin como uma obra de Arte, a acção na Catedral de Moscovo em 2012 é espectacular. Pretende abanar o sistema, cravando uma lança no coração do regime, num pilar como a Igreja Ortodoxa que controla a alienação do povo e sustenta de facto o regime de momento mais conveniente à tradição religiosa, como aliás sustentou milenarmente o Czarismo.
O primeiro impacto mediático passou, e era realmente muito estranho ver que ultimamente só apareciam 2 elementos do grupo, quando no inicio na acção de contracultura que as deu a conhecer eram 8 os elementos da banda, isto é, no Ocidente há 6 condenadas ao ostracismo. E um empolamento mediático fantástico sobre as outras duas que se venderam. Esta citação (abaixo), pouco divulgada, (só aparece nas páginas interiores de um jornal gratuito) explica claramente o que está a acontecer:
Etiquetas:
anticapitalismo,
Ásia,
EUA,
Europa,
imperialismo
sexta-feira, fevereiro 07, 2014
Obama tira dois Coelhos da cartola:
É o Obama que fala ou o Coelho? Clones um do outro, ambos fornecem estatisticas falsas sobre o Desemprego, como mote para o que se tornou o paradigma do actual modo de governação neoliberal: a disseminação de Mentiras de Destruição Maciça.
O desemprego nos EUA, se incluirmos o trabalh# precário de apenas duas ou três horas por semana e os trabalhadores de longa duração que já não constam dos centros de empreg#, a taxa sobe para bem mais que os 10%, e isto porque "a economia está a crescer" umas míseras décimas, não atingindo nem de perto nem de longe no entanto os valores anteriores a 2008 quando as ondas de choque da vigarice financeira exportada dos EUA fizeram a Europa sofrer uma queda de 25% no PIB.
Entretanto em Portugal a taxa de desemprego baixou porque a emigração cresceu, num país onde a economia tem sido meticulosamente destruída por devotos do deus mercado, uma religião que tem por prática a crucificação dos outros. Pior ainda: subiu o empreg# em 9,4 % numa categoria que diz tudo: trabalhadores familiares não remunerados e noutra, subemprego de trabalhadores a tempo parcial cresceu 5,5%. Estamos no bom caminho, temos mais escravos e donas de casa. (ler mais dados sobre esta estúpida fraude no Aventar) - Segundo números confirmados nas estatisticas oficiais pelo jn a taxa de desemprego real está nos 24%
Em Julho do ano passado iniciaram-se as negociações oficiais sobre a "Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento Livre" (TIPT-TAFTA) um Tratado euro-norte americano com o objectivo de estabelecer uma área de livre comércio entre a Europa e os Estados Unidos a ser assinado antes do final de 2014. A propaganda oficial pretende fazer crer que este acordo irá alinhar os padrões económicos de ambas as áreas - mas serão as grandes empresas e os investidores decidir seu conteúdo, a grande maioria dos quais são norte-americanos como se sabe. Em linguagem simples, é uma corrida de fundo para as grandes Corporações sediadas nos Estados Unidos ficarem com as portas abertas, sem entraves, aos 500 milhões de consumidores do mercado europeu, enfiando aqui livremente e sua transgênica carne de frango clonado e a porcaria da carne de porco e vaca injectada com hormonas. Em caso de recusa em aceitar as normas, danos astronómicos e sanções indefenidas irão ameaçar os Estados recalcitrantes. As negociações são secretas, para evitar que a população descubra os verdadeiros problemas, no âmbito social, ecológico, e de empreg# que tal liberdade irá provocar. Por outro lado, cerca de 600 consultores, "assessores" oficiais das grandes empresas têm acesso privilegiado a essas negociações, com a finalidade de vender os seus pontos de vista. (fonte: Tlaxcala)
O desemprego nos EUA, se incluirmos o trabalh# precário de apenas duas ou três horas por semana e os trabalhadores de longa duração que já não constam dos centros de empreg#, a taxa sobe para bem mais que os 10%, e isto porque "a economia está a crescer" umas míseras décimas, não atingindo nem de perto nem de longe no entanto os valores anteriores a 2008 quando as ondas de choque da vigarice financeira exportada dos EUA fizeram a Europa sofrer uma queda de 25% no PIB.
Entretanto em Portugal a taxa de desemprego baixou porque a emigração cresceu, num país onde a economia tem sido meticulosamente destruída por devotos do deus mercado, uma religião que tem por prática a crucificação dos outros. Pior ainda: subiu o empreg# em 9,4 % numa categoria que diz tudo: trabalhadores familiares não remunerados e noutra, subemprego de trabalhadores a tempo parcial cresceu 5,5%. Estamos no bom caminho, temos mais escravos e donas de casa. (ler mais dados sobre esta estúpida fraude no Aventar) - Segundo números confirmados nas estatisticas oficiais pelo jn a taxa de desemprego real está nos 24%
Em Julho do ano passado iniciaram-se as negociações oficiais sobre a "Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento Livre" (TIPT-TAFTA) um Tratado euro-norte americano com o objectivo de estabelecer uma área de livre comércio entre a Europa e os Estados Unidos a ser assinado antes do final de 2014. A propaganda oficial pretende fazer crer que este acordo irá alinhar os padrões económicos de ambas as áreas - mas serão as grandes empresas e os investidores decidir seu conteúdo, a grande maioria dos quais são norte-americanos como se sabe. Em linguagem simples, é uma corrida de fundo para as grandes Corporações sediadas nos Estados Unidos ficarem com as portas abertas, sem entraves, aos 500 milhões de consumidores do mercado europeu, enfiando aqui livremente e sua transgênica carne de frango clonado e a porcaria da carne de porco e vaca injectada com hormonas. Em caso de recusa em aceitar as normas, danos astronómicos e sanções indefenidas irão ameaçar os Estados recalcitrantes. As negociações são secretas, para evitar que a população descubra os verdadeiros problemas, no âmbito social, ecológico, e de empreg# que tal liberdade irá provocar. Por outro lado, cerca de 600 consultores, "assessores" oficiais das grandes empresas têm acesso privilegiado a essas negociações, com a finalidade de vender os seus pontos de vista. (fonte: Tlaxcala)
quinta-feira, fevereiro 06, 2014
La Habana Livre
"Certamente, não queremos que o socialismo na América seja a cópia de um qualquer projecto importado. Ele deve ser uma criação heróica". (José Carlos Mariátegui)
Por estes dias, em Janeiro de 1959, do H#tel Habana Libre (o luxuoso Hotel Hilton, inaugurado havia apenas seis meses, com capitais dos mafiosos norte-americanos), onde se instalou o quartel general da recém-vitoriosa Revolução cubana, contam as paredes e as lendas que ali se travou o inacreditável diálogo em que Fidel, de armas, tendas e bagagens acampadas no átrio, ao escolher os seus ministros, perguntou quem era economista. Che levantou a mão e Fidel imediatamente o nomeou Ministro da Economia. Che, entre uma baforada e outra de charuto, questionou a decisão. Ao que Fidel rebateu: “mas eu perguntei quem era economista e tu levantaste a mão”. E Che: “carajo Fidel, eu entendi que tinhas perguntado quem era comunista”. Che virou Ministro da Economia e ainda por cima presidente do Banco Nacional de Cuba. Notas de "peso", a moeda cubana, com sua assinatura são ainda hoje vendidas como souvenir em Havana.
"O marxismo ensinou-me o que é a sociedade. Eu era um homem de olhos vendados numa floresta, que ainda não sabia onde era o norte e o sul. Se eventualmente não viesse a compreender a história da luta de classes, ou pelo menos ter uma ideia clara de que a sociedade está dividida entre os ricos e os pobres, e que algumas pessoas podem subjugar e explorar outras pessoas, então estaria ainda perdido numa floresta, sem saber de nada" (Fidel Castro)
"Os nossos olhos hoje livres são capazes de ver o que ontem a nossa condição de escravos coloniais nos impedia de observar: que a "civilização ocidental" esconde debaixo da sua vistosa fachada um quadro de hienas e chacais" (Che Guevara)
Por estes dias, em Janeiro de 1959, do H#tel Habana Libre (o luxuoso Hotel Hilton, inaugurado havia apenas seis meses, com capitais dos mafiosos norte-americanos), onde se instalou o quartel general da recém-vitoriosa Revolução cubana, contam as paredes e as lendas que ali se travou o inacreditável diálogo em que Fidel, de armas, tendas e bagagens acampadas no átrio, ao escolher os seus ministros, perguntou quem era economista. Che levantou a mão e Fidel imediatamente o nomeou Ministro da Economia. Che, entre uma baforada e outra de charuto, questionou a decisão. Ao que Fidel rebateu: “mas eu perguntei quem era economista e tu levantaste a mão”. E Che: “carajo Fidel, eu entendi que tinhas perguntado quem era comunista”. Che virou Ministro da Economia e ainda por cima presidente do Banco Nacional de Cuba. Notas de "peso", a moeda cubana, com sua assinatura são ainda hoje vendidas como souvenir em Havana.
"O marxismo ensinou-me o que é a sociedade. Eu era um homem de olhos vendados numa floresta, que ainda não sabia onde era o norte e o sul. Se eventualmente não viesse a compreender a história da luta de classes, ou pelo menos ter uma ideia clara de que a sociedade está dividida entre os ricos e os pobres, e que algumas pessoas podem subjugar e explorar outras pessoas, então estaria ainda perdido numa floresta, sem saber de nada" (Fidel Castro)
"Os nossos olhos hoje livres são capazes de ver o que ontem a nossa condição de escravos coloniais nos impedia de observar: que a "civilização ocidental" esconde debaixo da sua vistosa fachada um quadro de hienas e chacais" (Che Guevara)
quarta-feira, fevereiro 05, 2014
História da Ucrânia
Como nos vão dizendo, "o povo" da Ucrânia têm-se levantado contra o seu Governo, menos se diz que numa briga fútil sobre alianças comerciais. Enquanto este Governo eleito decidiu alinhar-se com a Rússia para fins comerciais, uma minoria de pessoas conservadoras e de extrema direita rejeitam essa opção e dispuseram-se a combater para que o alinhamento seja feito com a União Europeia. A futilidade surge porque não há a menor chance de que a União Europeia jamais venha a admitir a Ucrânia como membro pleno do grupo - a Europa só quer utilizar a Ucrânia como depósito de matérias-primas, como um mercado de 44 milhões de consumidores e, mais importante, como um apoio ideológico para justificar o renascimento do Fascismo na Europa. Entretanto a Rússia apressou-se a providenciar à Ucrânia um plano de ajuda económico-financeira no valor de 15 mil milhões de dólares. Enquanto algumas pessoas possam ser induzidas a temer uma aliança com a Rússia devido aos traumas da História, actualmente esta é sem dúvida a melhor opção económica.
A história do Estado da Ucrânia começa com uma catástrofe. Um crime. Em 1990, todos os edifícios públicos na sua arquitectura clássica, e os mais modernos que albergam os sectores de serviços associados à produção, estão encerrados, desoladamente silenciosos, os átrios esventrados, as persianas destruídas, pelos rombos nas fachadas vêm-se as paredes interiores esburacadas. As cidades parece que haviam sido bombardeadas. Quando as administrações públicas entraram em falência e incumprimento, deixaram de pagar salários, muitos milhares de pessoas, muitas com elevada qualificação académica e profissional, foram obrigadas a fugir para o estrangeiro em busca de meios de sobrevivência.
Há cerca de duzentos anos a região onde se situa a Ucrânia de hoje indefenia-se em redor da “Grande Polónia”, onde se interpenetravam diversas culturas, a Russia multiétnica das estepes a Leste, os ducados e principados Eslavos a Norte, o militarismo da Prússia e da Austria aliados ao fausto húngaro a Ocidente, o Sudeste relativamente despovoado, porém milenarmente influenciado pelos primeiros entrepostos comerciais fundados por colonos da Grécia, a raiz da cultura europeia, a qual no principio alimentou Atenas com o trigo das férteis terras da Crimeia e das pescas no Mar Negro. Tudo isto estava bem presente na memória dos povos locais quando alguns deles em 1791 tentaram unificar-se proclamando a “Constituição Republicana da Polónia”, a qual rezava pela primeira vez na Europa: "Rex regnat et non gubernat" - "o Rei reina mas não Governa" - quem governa é a vontade do povo expressa no Parlamento. A guerreia ao conceito de “união por uma pátria” que se seguiu culminou em 1795 na partilha da Polónia entre as grandes Potências cujo Poder Real concedido por Deus, era dono de um destino para o qual o Povo não era nem ouvido nem achado. Seguiu-se a repressão sobre os dissidentes, o caminho da diáspora …
A Ucrânia é um país relativamente novo, cuja criação tem ligações umbilicais à Europa, mas ainda mais com a formação da Rússia. A sua capital, Kiev, situada rio acima a mais de 600 km da foz do Dniepre data de antes da invasão Mongol no século XIII que destruiu por completo a cidade, situada no coração das estepes circundantes do Mar Negro e do Cáucaso tendo sido desde sempre alvo da tradicional disputa entre turcomanos a Sul, eslavos a Norte e das tribos nómadas de Oriente - o Reino de Kyiv pereceu com a modernidade. Tornadas as ligações fluviais obsoletas para o desenvolvimento do comércio, a Ucrânia moderna fica contudo a dever-se a uma “invasão” procedente do Ocidente, devido à construção do porto marítimo de Odessa numa localização estratégica na margem do Mar Negro, cidade cuja fundação teve lugar um ano antes de mais uma partilha da Polónia.
Foram estrangeiros europeus que fundaram Odessa, com o consentimento tácito do Império Russo segundo a política de expansão inaugurada por Catarina a Grande, a czarina que dá hoje o nome à avenida marginal da cidade. A maioria dos planificadores urbanísticos foram emigrantes da aristocracia francesa, fugidos das agruras da Revolução. Entre eles Armand-Emmanuel de Vignerot du Plessis, o duque de Richelieu, convertido no tutor, mecenas, enfim, o pai e benfeitor das crianças de Odessa; o conde de Maison, que havia sido o presidente do Parlamento de Rouen; Alexandre Langueron, o 2º governador, que dá hoje o nome à praia contigua ao porto, Langueron Point. Os arquitectos que projectam os edifícios são italianos, vindos na esteira dos grandes homens de negócios que emprestaram a língua italiana aos registos oficiais do comércio transnacional. A construção de navios coube por tradição aos gregos. Os fornecedores de trigo (triticum, a gramínea para fabrico de pão), que nos primeiros 100 anos foram a principal razão para a existência de Odessa, foram os latifundiários da ex-Grande Polónia, cujos carregamentos para exportação pelo porto de Odessa provinham principalmente dos campos da Podólia e da Galicia. Entre 1804 e 1813 as exportações triplicaram, o que coincidiu com a fome provocada na Europa ocidental pela desagregação das hostes de Napoleão após a sua fuga para Elba, situação que gerou uma torrente de lucros, dinheiro fácil para a especulação sobre a escassez de cereais.
Novo polo económico, cerca de 2.000 colonos chegaram a Odessa no primeiro ano (1795); o boom resultante da integração do que haveria de ser a moderna Ucrânia no nascente sistema capitalista, em 1812 já tinha atraído um total 35.000 novos colonos. Nesse ano sobreveio o primeiro grande grande desastre. Uma epidema de peste obrigou a fechar todos os edifícios, incluindo o Teatro de Ópera italiana, obrigando a população a permanecer dentro de guetos selados pelas autoridades, patrulhados por presidiários de correntes atadas ao pés com a missão de retirar os mortos e desinfectar as casas.
Richelieu era um homem do Iluminismo na visão sacra, enérgico, austero, de pensamento universal, solitário como todos os padres não infectados pela malandrice pecaminosa. Depositário de tais predicados, Richelieu não depara com qualquer obstáculo à sua nomeação para o cargo de governador da cidade, e depois para governador da provincia da Nova Rússia. A sua missão política seria criar ali uma “nova América”, que pudesse competir com a corrente de camponeses emigrantes de todos os países, libertos do antigo regime de servidão, ensinando-lhes métodos modernos de agricultura e de exercício da liberdade. No total, mais de um milhão de seres humanos foram atraídos para construir as suas casas sob a protecção deste ideal. Germânicos, gregos, moldavos, judeus (shtetls) eslavos da Polónia, técnicos agrícolas suíços. Richelieu assentou sobretudo a sua força política no contingente oriundo dos povos caucasianos de dialecto nogai e tártaros da Crimeia aliciando-os a abandonar o nomadismo por troca com a concessão de terras de cultivo. Decorria o ano de 1814, quando Richelieu, o verdadeiro fundador de Odessa, por entre os lamentos de multidões pesarosas, se meteu no coche e rumou de volta a França, onde seria empossado 1º Ministro em Setembro de 1815, escassos três meses após a derrota de Napoleão em Waterloo.
O primeiro governador russo foi Ivan Inzov, que exerceu o cargo até 1823, sendo substituído pelo conde Mikhail Voronstov. Com este aristocrata russo, educado em Inglaterra, a cidade, a província da Nova Rússia (e ele) enriqueceram. Construiram-se palácios para habitação privada, grandiosos edifícios públicos, foram plantadas vinhas para a produção de champanhe da Crimeia, a enorme villa de Richelieu foi convertida num palácio ao estilo Tudor-Mourisco com 150 quartos. Próspera, distante da capital do Império, Odessa transformou-se em local de exílio para dissidentes, como o poeta Alexander Pushkin, grupos de polacos libertários, comunistas, organizações de oposição do Báltico, homens de cultura, mais tarde na origem da Conspiração Dezembrista de 1825.
A derrota do Império Otomano em 1829 reconhecida pelo Tratado de Adrianópolis concedeu passagem livre às esquadras da Rússia através dos estreitos do Bósforo. Com a intensificação do comércio russo Odessa viveu um novo boom económico. Na Europa a abolição da “Lei dos Cereais” em Inglaterra no ano de 1846 significou a vitória da burguesia industrial sobre a aristocracia agrária, originando um declínio na produção de cereais. A primazia dada a partir de então à produção e exportação de mercadorias industriais obrigou os produtores agrários da Europa à competição com o trigo produzido e transportado da América a alto preço, o que se tornou num problema sério, criando uma crise europeia, que só se resolveria pela Guerra da Crimeia. Esta viria a ocorrer entre 1853 e 1856 (no sul da actual Ucrânia). Envolveu, de um lado o Império Russo e, de outro, uma coligação integrada pelo Reino Unido, a França, o Reino da Sardenha - formando a Aliança Anglo-Franco-Sarda – aliada ao Império Otomano (actual Turquia). Esta coligação, que contou ainda com o apoio do Império Austríaco, foi formada como reacção às pretensões expansionistas russas. Em 1854 uma esquadra anglo-francesa bombardeou Odessa causando prejuízos consideráveis. O estatuto dos portos-livres tinha expandido o comércio, mas pelo bloqueio do seu porto pelas potências ocidentais e pela aplicação de taxas aduaneiras às exportações de cerais para uma Europa em crise, pela falta de diversificação do mercado doméstico, Odessa ficou exclusivamente dependente da economia da Rússia a partir de 1859, ou seja, a data em que a província da Nova Rússia se transformou de facto na Ucrânia, povoada por uma salada de raças de dez nacionalidades.
Em 1897 cerca de 32% da população falava o yiddish (uma corruptela do alemão antigo), constituindo os judeus de Odessa o maior aglomerado de população judaica no mundo do seu tempo. Apesar disso, longe dos habitantes de língua russa, usada por mais de 50% dos habitantes. A terceira língua no país era o dialecto ucraniano, uma corruptela originária dos colonos primitivos, falada por uns meros 5,6% da população mas que trazia à cidade alguns resquícios da cultura mediterrânica, conferindo-lhe uma especificidade que sobreviveu até à vitória da Revolução Bolchevique.
Projectada e construida em 1841 por um italiano, um russo e um inglês, a monumental Escadaria Primorsky, cujo nome significa “na direcção do mar”, dá ao viajante que chega por via marítima uma falsa perspectiva, como se subissem para o Céu… O local foi cenário, no ano de 1905, de um dramático episódio, na sequência das lutas operárias, greves e grandes manifestações contra o regime Czarista, quando a tripulação do couraçado Potemkin saneou os comandantes, tomou posse do navio e entrou no porto da cidade em apoio dos revoltosos. A sanguinária repressão pelas “forças da ordem” que se seguiu seria o mote para as poderosas imagens filmadas por Sergei Eisenstein em 1925, o prodigioso vôo da câmara cinematográfica sobre os 220 degraus que deram definitivamente a conhecer ao mundo a cidade de Odessa. Lá no alto da escadaria, grandiosa vista cá de baixo (da terra), mas minúscula quando se chega lá acima (ao céu), permanece a estátua do Cardeal Richelieu, o primeiro monumento erigido na cidade.
A história do Estado da Ucrânia começa com uma catástrofe. Um crime. Em 1990, todos os edifícios públicos na sua arquitectura clássica, e os mais modernos que albergam os sectores de serviços associados à produção, estão encerrados, desoladamente silenciosos, os átrios esventrados, as persianas destruídas, pelos rombos nas fachadas vêm-se as paredes interiores esburacadas. As cidades parece que haviam sido bombardeadas. Quando as administrações públicas entraram em falência e incumprimento, deixaram de pagar salários, muitos milhares de pessoas, muitas com elevada qualificação académica e profissional, foram obrigadas a fugir para o estrangeiro em busca de meios de sobrevivência.
Há cerca de duzentos anos a região onde se situa a Ucrânia de hoje indefenia-se em redor da “Grande Polónia”, onde se interpenetravam diversas culturas, a Russia multiétnica das estepes a Leste, os ducados e principados Eslavos a Norte, o militarismo da Prússia e da Austria aliados ao fausto húngaro a Ocidente, o Sudeste relativamente despovoado, porém milenarmente influenciado pelos primeiros entrepostos comerciais fundados por colonos da Grécia, a raiz da cultura europeia, a qual no principio alimentou Atenas com o trigo das férteis terras da Crimeia e das pescas no Mar Negro. Tudo isto estava bem presente na memória dos povos locais quando alguns deles em 1791 tentaram unificar-se proclamando a “Constituição Republicana da Polónia”, a qual rezava pela primeira vez na Europa: "Rex regnat et non gubernat" - "o Rei reina mas não Governa" - quem governa é a vontade do povo expressa no Parlamento. A guerreia ao conceito de “união por uma pátria” que se seguiu culminou em 1795 na partilha da Polónia entre as grandes Potências cujo Poder Real concedido por Deus, era dono de um destino para o qual o Povo não era nem ouvido nem achado. Seguiu-se a repressão sobre os dissidentes, o caminho da diáspora …
A Ucrânia é um país relativamente novo, cuja criação tem ligações umbilicais à Europa, mas ainda mais com a formação da Rússia. A sua capital, Kiev, situada rio acima a mais de 600 km da foz do Dniepre data de antes da invasão Mongol no século XIII que destruiu por completo a cidade, situada no coração das estepes circundantes do Mar Negro e do Cáucaso tendo sido desde sempre alvo da tradicional disputa entre turcomanos a Sul, eslavos a Norte e das tribos nómadas de Oriente - o Reino de Kyiv pereceu com a modernidade. Tornadas as ligações fluviais obsoletas para o desenvolvimento do comércio, a Ucrânia moderna fica contudo a dever-se a uma “invasão” procedente do Ocidente, devido à construção do porto marítimo de Odessa numa localização estratégica na margem do Mar Negro, cidade cuja fundação teve lugar um ano antes de mais uma partilha da Polónia.
Foram estrangeiros europeus que fundaram Odessa, com o consentimento tácito do Império Russo segundo a política de expansão inaugurada por Catarina a Grande, a czarina que dá hoje o nome à avenida marginal da cidade. A maioria dos planificadores urbanísticos foram emigrantes da aristocracia francesa, fugidos das agruras da Revolução. Entre eles Armand-Emmanuel de Vignerot du Plessis, o duque de Richelieu, convertido no tutor, mecenas, enfim, o pai e benfeitor das crianças de Odessa; o conde de Maison, que havia sido o presidente do Parlamento de Rouen; Alexandre Langueron, o 2º governador, que dá hoje o nome à praia contigua ao porto, Langueron Point. Os arquitectos que projectam os edifícios são italianos, vindos na esteira dos grandes homens de negócios que emprestaram a língua italiana aos registos oficiais do comércio transnacional. A construção de navios coube por tradição aos gregos. Os fornecedores de trigo (triticum, a gramínea para fabrico de pão), que nos primeiros 100 anos foram a principal razão para a existência de Odessa, foram os latifundiários da ex-Grande Polónia, cujos carregamentos para exportação pelo porto de Odessa provinham principalmente dos campos da Podólia e da Galicia. Entre 1804 e 1813 as exportações triplicaram, o que coincidiu com a fome provocada na Europa ocidental pela desagregação das hostes de Napoleão após a sua fuga para Elba, situação que gerou uma torrente de lucros, dinheiro fácil para a especulação sobre a escassez de cereais.
Novo polo económico, cerca de 2.000 colonos chegaram a Odessa no primeiro ano (1795); o boom resultante da integração do que haveria de ser a moderna Ucrânia no nascente sistema capitalista, em 1812 já tinha atraído um total 35.000 novos colonos. Nesse ano sobreveio o primeiro grande grande desastre. Uma epidema de peste obrigou a fechar todos os edifícios, incluindo o Teatro de Ópera italiana, obrigando a população a permanecer dentro de guetos selados pelas autoridades, patrulhados por presidiários de correntes atadas ao pés com a missão de retirar os mortos e desinfectar as casas.
Richelieu era um homem do Iluminismo na visão sacra, enérgico, austero, de pensamento universal, solitário como todos os padres não infectados pela malandrice pecaminosa. Depositário de tais predicados, Richelieu não depara com qualquer obstáculo à sua nomeação para o cargo de governador da cidade, e depois para governador da provincia da Nova Rússia. A sua missão política seria criar ali uma “nova América”, que pudesse competir com a corrente de camponeses emigrantes de todos os países, libertos do antigo regime de servidão, ensinando-lhes métodos modernos de agricultura e de exercício da liberdade. No total, mais de um milhão de seres humanos foram atraídos para construir as suas casas sob a protecção deste ideal. Germânicos, gregos, moldavos, judeus (shtetls) eslavos da Polónia, técnicos agrícolas suíços. Richelieu assentou sobretudo a sua força política no contingente oriundo dos povos caucasianos de dialecto nogai e tártaros da Crimeia aliciando-os a abandonar o nomadismo por troca com a concessão de terras de cultivo. Decorria o ano de 1814, quando Richelieu, o verdadeiro fundador de Odessa, por entre os lamentos de multidões pesarosas, se meteu no coche e rumou de volta a França, onde seria empossado 1º Ministro em Setembro de 1815, escassos três meses após a derrota de Napoleão em Waterloo.
O primeiro governador russo foi Ivan Inzov, que exerceu o cargo até 1823, sendo substituído pelo conde Mikhail Voronstov. Com este aristocrata russo, educado em Inglaterra, a cidade, a província da Nova Rússia (e ele) enriqueceram. Construiram-se palácios para habitação privada, grandiosos edifícios públicos, foram plantadas vinhas para a produção de champanhe da Crimeia, a enorme villa de Richelieu foi convertida num palácio ao estilo Tudor-Mourisco com 150 quartos. Próspera, distante da capital do Império, Odessa transformou-se em local de exílio para dissidentes, como o poeta Alexander Pushkin, grupos de polacos libertários, comunistas, organizações de oposição do Báltico, homens de cultura, mais tarde na origem da Conspiração Dezembrista de 1825.
A derrota do Império Otomano em 1829 reconhecida pelo Tratado de Adrianópolis concedeu passagem livre às esquadras da Rússia através dos estreitos do Bósforo. Com a intensificação do comércio russo Odessa viveu um novo boom económico. Na Europa a abolição da “Lei dos Cereais” em Inglaterra no ano de 1846 significou a vitória da burguesia industrial sobre a aristocracia agrária, originando um declínio na produção de cereais. A primazia dada a partir de então à produção e exportação de mercadorias industriais obrigou os produtores agrários da Europa à competição com o trigo produzido e transportado da América a alto preço, o que se tornou num problema sério, criando uma crise europeia, que só se resolveria pela Guerra da Crimeia. Esta viria a ocorrer entre 1853 e 1856 (no sul da actual Ucrânia). Envolveu, de um lado o Império Russo e, de outro, uma coligação integrada pelo Reino Unido, a França, o Reino da Sardenha - formando a Aliança Anglo-Franco-Sarda – aliada ao Império Otomano (actual Turquia). Esta coligação, que contou ainda com o apoio do Império Austríaco, foi formada como reacção às pretensões expansionistas russas. Em 1854 uma esquadra anglo-francesa bombardeou Odessa causando prejuízos consideráveis. O estatuto dos portos-livres tinha expandido o comércio, mas pelo bloqueio do seu porto pelas potências ocidentais e pela aplicação de taxas aduaneiras às exportações de cerais para uma Europa em crise, pela falta de diversificação do mercado doméstico, Odessa ficou exclusivamente dependente da economia da Rússia a partir de 1859, ou seja, a data em que a província da Nova Rússia se transformou de facto na Ucrânia, povoada por uma salada de raças de dez nacionalidades.
Em 1897 cerca de 32% da população falava o yiddish (uma corruptela do alemão antigo), constituindo os judeus de Odessa o maior aglomerado de população judaica no mundo do seu tempo. Apesar disso, longe dos habitantes de língua russa, usada por mais de 50% dos habitantes. A terceira língua no país era o dialecto ucraniano, uma corruptela originária dos colonos primitivos, falada por uns meros 5,6% da população mas que trazia à cidade alguns resquícios da cultura mediterrânica, conferindo-lhe uma especificidade que sobreviveu até à vitória da Revolução Bolchevique.
Projectada e construida em 1841 por um italiano, um russo e um inglês, a monumental Escadaria Primorsky, cujo nome significa “na direcção do mar”, dá ao viajante que chega por via marítima uma falsa perspectiva, como se subissem para o Céu… O local foi cenário, no ano de 1905, de um dramático episódio, na sequência das lutas operárias, greves e grandes manifestações contra o regime Czarista, quando a tripulação do couraçado Potemkin saneou os comandantes, tomou posse do navio e entrou no porto da cidade em apoio dos revoltosos. A sanguinária repressão pelas “forças da ordem” que se seguiu seria o mote para as poderosas imagens filmadas por Sergei Eisenstein em 1925, o prodigioso vôo da câmara cinematográfica sobre os 220 degraus que deram definitivamente a conhecer ao mundo a cidade de Odessa. Lá no alto da escadaria, grandiosa vista cá de baixo (da terra), mas minúscula quando se chega lá acima (ao céu), permanece a estátua do Cardeal Richelieu, o primeiro monumento erigido na cidade.
a libertação da Rússia foi a liberdade da Ucrânia
Subscrever:
Mensagens (Atom)