Entre 2 a 7 de Novembro de 2013 a operação "Jazz Steadfast" no Mar Báltico mobilizou cerca de 7.000 homens, incluindo 1.200 soldados franceses, tanques, aviões e uma frota naval – tratava-se do ensaio da recentemente criada Força de Reacção Rápida do Tratado do Atlântico Norte projectada para funcionar em todos os teatros de operação - "há cinco anos que a Rússia se mostra cada vez mais segura de si mesma no Báltico", disse então o ministro da Defesa da Letónia Artis Pabriks: “a operação Jazz Steadfast é importante para nós porque são os primeiros exercícios que nos permitem treinar para defender o nosso território". Tal ameaça seria um cenário improvável, que nunca se verificou nem durante os anos em que os países bálticos se tornaram independentes da União Soviética.
Três semanas depois, a 21 de Novembro de 2013, tiveram inicio os protestos na capital da Ucrânia, uma onda de manifestações cujo objectivo imediato foi mudar o nome da Praça da Independência (Maidan Nezalezhnosti) para “Euromaidan”, de acordo com o desígnio da extrema-direita ucraniana uma vez caçado o poder aderir à União Europeia. O regime democrático eleito caiu em Fevereiro de 2014 e no dia 7 de Março um avião sem identificação levou todo o ouro existente no Banco Central da Ucrânia para os Estados Unidos, provavelmente como garantia de colocar os 44 milhões de ucranianos na esfera da Dívida aos bancos privados ocidentais.
Voltando à operação no Báltico, o General norte-americano Philip Breedlove, Comandante Supremo dos Aliados afirmou então que a experiência de contra-guerrilha liderada pela NATO no Afeganistão não é suficiente, precisando a Aliança de se preparar para as operações militares mais sofisticadas dos exércitos tradicionais. Embora a Rússia não tenha ensaiado qualquer movimento, a NATO convidou observadores russos a participar no exercício "Jazz Steadfast" na clara intenção de provocar tensão nas relações entre o Ocidente e da Rússia de Vladimir Putin, que há muito reclama o direito de defesa de proximidade especialmente no mar Báltico e no Cáucaso, cuja influência tem vindo a ser corroída pelo Ocidente desde o fim do regime soviético.
os novos ares de guerra fria
Desde então, Vladimir Putin tem continuado a modernização do exército russo como prioridade nacional: "infelizmente, o mundo de hoje está longe de ser pacífico e seguro. (...) a instabilidade é crescente em grandes partes do mundo", disse Putin. No ano passado, Moscovo anunciou um aumento de 25% no seu orçamento de defesa, o que já ultrapassa o da França (62,2 milhões de habitantes) ou o Reino Unido (63,7 milhões). A Rússia (142,5 milhões de habitantes) vai gastar o equivalente de 515 biliões de euros até 2020, definindo uma meta para fornecer equipamentos modernos e pelo menos mais um milhão aos 700.000 activos no serviço militar. Irão ser construídos dois mil e trezentos carros de combate, 1.200 helicópteros, 15 navios de superfície e 28 submarinos. Em operações que lembram a Guerra Fria, bombardeiros russos aproximam-se agora periodicamente do espaço aéreo da NATO. Como contra-informação, é agora informado que os caças britânicos descolaram 29 vezes entre 2010 e 2012. A Letónia comunicaram que aviões russos sobrevoaram o seu território “quase 37 vezes”, só em 2013, enquanto tais incidentes ocorriam, uma ou duas vezes por ano, nos últimos cinco anos. A actividade naval também teria recrudescido - "Estamos a fazer o nosso melhor para reforçar a cooperação (...), temos de continuar a demonstrar a nossa intenção e capacidade de defender os nossos interesses", disse o general Charles H Jacoby, chefe do Comando Norte (NORTHCOM) das Forças Armadas dos Estados Unidos. As manobras terrestres da Rússia estariam também a preocupar os países vizinhos, particularmente como a designada "Zapad-103", realizada na Bielorrússia em Setembro´de 2013 descrita pelo Kremlin como exercícios de treino antiterroristas.
Marcha Nazi em Kiev |
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