Jerónimo de Sousa considerou hoje em Bruxelas que "seria um disparate, uma precipitação dizer 'saímos do euro' e ponto final". Para o líder do PCP, Portugal "andou para trás" desde que aderiu à União Europeia e à zona euro" e pronto, lá está, "para andarmos para a frente", teremos que nos sujeitar à eventual caridade dos ricos, submetermo-nos a que as decisões sejam tomadas fora da nossa soberania como povo independente.
Ora, o Euro é o veiculo facilitador do negócio do Endividamento. Portanto, nesta moeda só existem duas faces, a dos que vivem à pala da exploração do povo pelo controlo, garantia e usurpação do aparelho de Estado (os únicos europeistas são aqueles que já embolsaram ou esperam vir a embolsar os fundos provenientes dos cofres comunitários)
e nós os outros,
os que temos a honra de pagar a bica n vezes mais cara (2) que com o Escudo, como se Portugal tivesse o mesmo nivel de salários que os paises europeus. Como sempre, a opção euro é defendida pela classe dominante e condenada pela maioria dos utilizadores/ consumidores/ explorados conscientes. Pelo meio vai ficando a massa inerte dos indiferentes, aqueles a quem os italianos chamam de "cogliones", os gajos que têm opinião contrária aos seus próprios interesses. Será o camarada Jerónimo um "coglione"? é um caso a estudar pelas sebentas das escolas liberais das meias tintas
(1) o Complot Bancário Europeu repreendeu a Comissão Europeia
(2) até a direita conclui a inflação provocada pelo Euro prejudica a riqueza das nações sem moeda própria: How Asset Price Inflation Destroys the Wealth of Nations
Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
Pesquisar neste blogue
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
na verdade, o Euro é a crise.
não adianta os pseudo-experts pagos a peso de ouro para mentir e enganar as pessoas, virem dizer que sair do Euro agrava a crise, porque o Euro É a crise.
(claro que se deve sair de forma responsável e faseada)
esta é mesmo das pouquíssimas coisas em que estou de acordo com o pcp.
não percebo muito bem porque é que o bloco de esquerda defende continuar com o Euro e com a UE, mas depois já quer sair da NATO.
coerência ideológica é coisa que eles nunca tiveram.
são um grupelho da treta, o pcp dá-lhes baile em tudo, organização, coerência, etc, etc concorde-se ou não com a ideologia do pcp (e eu discordo e detesto) tem que se reconhecer que eles até são coerentes.
já o be, é uma coisa que não se entende.
Só os homens responsáveis dão muitas vezes um passo à frente e de seguida dois passos atrás.
ou é ao contrário? dois passos à frente e depois, em caso de inoportunidade, um passo atrás para consolidar a posição. Contas feitas nesta estratégia teorizada por Lenine avançámos 1 passo.
portanto, o PCP devia dizer logo, como 2 passos à frente, que devemos sair do euro, sem "ses" nem meios "ses"
Enviar um comentário