Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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sexta-feira, abril 01, 2005
a estratégia da Aranha - ou a guerra económica dos USA contra a Europa
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“Os vícios marcantes do mundo económico em que vivemos são o de que o pleno emprego não é assegurado, e o de que a repartição do sucesso e do rendimento é arbitrário e não equitativo”
Jonh Maynard Keynes (1936)
Setenta anos depois, estamos cada vez mais longe de Keynes. Ao abandonar os acordos do pós-guerra firmados em Bretton Woods, que a Europa consentiu em se auto-receitar, o Consenso de Washington instituiu um género de Bretton Woods II (em parceria com a Europa) tendo por alvo os países asiáticos de economia emergente, que pudessem continuar a viabilizar a expansão do capitalismo americano.
A receita ultraliberal do “quanto menos os governos governarem, melhor funcionam os Mercados” exportada pela “inteligentsia” yankee para que os governos Nacionais se abstenham face aos grandes interesses económicos é óbvia: É preciso privatizar porque quanto mais negócios permanecerem na esfera Pública menores serão as oportunidades de obter Lucros, e as maiores empresas são americanas ou suas filiais.
Quando os “tigres” asiáticos fraquejaram foi imperioso reduzir a concorrência, e manejando os mecanismos “Financiamento- posterior aumento de Juros”, os Estados Unidos provocaram a crise num dos parceiros capitalistas: o Japão (1997).
Actualmente, reduzida a expansão asiática á China, e na perspectiva de uma nova crise económica, desta vez generalizada á escala mundial, a nova vítima é a concorrente Europa, como se tornou claro face ao Acordo das Lajes, onde igualmente ficou tambem bem claro quem são os países do novo núcleo restricto de Aliados políticos pró-americanos.
Esta inversão da Politica em que o poder de decisão está confiado a Instituições não eleitas, e em que a gestão corrente dos assuntos económicos compete aos Governos, colocados ao mesmo nível das Empresas, tem dado os seus frutos:
Segundo Edward Wolff autor de “Where has all the money gone”:
- “50% da riqueza criada nos Estados Unidos entre 1983 e 1998 beneficiou 1% das famílias, as que já tinham os maiores rendimentos,,,
- e 90% dessa mesma riqueza beneficiou as que já se situavam nos 20% mais favorecidos”.
Ao prosseguir esta “evolução” a aritmética dos interesses instalados criou um tal abismo entre categorias sociais, que a marcha do sistema económico se tornou incompatível com a Democracia.
A economia americana em 2004 cresceu 3,8% e em 2005 prevê-se que cresça 4,4% enquanto a União Europeia não ultrapassa os 2%, segundo dados do Eurostat.
O Euro voltou ontem ás quedas face ao Dólar, com os investidores especulando acerca do ritmo de aumento das taxas de juro do FED nos EUA.(Publico 2Abril)
Nesta regressão aos tempos da rainha Maria Antonieta, é obvia a razão de Marx, quando afirmou ser a base económica que pré-determina toda a restante vida social.
A nível nacional:
portanto, nada parece anormal, no facto de Francisco Balsemão apoiar o nº2 dacorrectora Londrina que lançou o pânico nos Mercados ao prever o aumento do preço do petróleo para mais de 100 dólares o barril!,,, Trata-se de António Borges o nº 2 da transnacional Goldman Sachs e putativo candidato a dono do PSD, caso as figuras menores indigitadas não dêem conta do recado.
Post tenebras non spero lucem
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