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terça-feira, abril 05, 2005

Petróleo – o fim anunciado do tipo de desenvolvimento energívoro

O ataque a Bagdad foi um ataque indirecto à Europa, como possível Unidade Politica no futuro,que pelo simples facto de cunhar uma moeda forte: o Euro,,, se converteu numa ameaça para a hegemonia Imperial americana.No periodo de escassez de petróleo que se adivinha os USA precisam de eliminar a "concorrência".



“o Frankenstein americano feito de pedaços da Europa que fugiram da Europa” (na precisa imagem dada pelo Prof. Eduardo Lourenço), luta desesperadamente para conquistar o controlo das fontes de abastecimento dos combustíveis fósseis: petróleo e gaz natural, os pilares energéticos em que assenta a civilização ocidental moderna, cuja posse é condição absolutamente essencial para a sobrevivência do seu sistema económico de exploração.
Sem meios militares, a Europa (agora tornada inútil pela sua não necessidade como escudo contra a extinta União Soviética), assistiu perplexa a esta primeira guerra púnica, que na sua novidade, põe fim ao seu tempo de passado milenário e aos seus paraísos mais ou menos perdidos.
A guerra pelo Petróleo desenrola-se em três frentes principais:
1 – A nível interno dos Estados Unidos onde se verificam crescentes dificuldades de recrutamento militar de voluntários, e se enfrenta o crescente desgaste causado pela guerra na Opinião Pública. Com um consumo diário de 70 milhões de barris de crude, o governo aposta tudo na aparência de normalidade com a retoma da economia a uma taxa de crescimento que ultrapassa os 4%, mais do dobro da verificada na EU.
2 – No Iraque/Médio Oriente, para onde convergem todas as forças de subversão à escala planetária, e onde há algum tempo os comandos militares americanos mantêm negociações secretas com a resistência baasista.
3 – No campo económico mundial, pela subida concertada dos preços do petróleo e das taxas de juro do Banco Federal americano, que do centro fulcral do sistema controlam toda a Economia Global:
- nas bombas de gasolina, milhões de consumidores pagam, incluidos nos preços inflacionados dos combustíveis, as guerras do Império.
- quem vive de bens obtidos através de Crédito (países e pessoas) verão os custos dos seus Juros subirem vertiginosamente, pagando assim igualmente os custos de manutenção do Império.
Vae Victis Europa!,,, vencida pelo consumo irresponsável e megalómano dos seus súbditos pró-americanos, porque ludibriados por promessas mirificas dos seus políticos profissionais.

Impact of high prices of Oil On World Economic Growth - ver artigo Aqui
Reflexos da alta dos preços do crude nos paises pobres - ver artigo Aqui

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