A corrupção no sector do petróleo no Iraque está a contribuir para financiar a insurreição no país, com cerca de 50 por cento dos lucros do contrabando do crude a irem para as mãos dos rebeldes, informou o diário New York Times citando responsáveis norte-americanos e iraquianos. Os responsáveis apontam vários exemplos. O presidente da Comissão para a Integridade Pública no Iraque, Hamza Radhi, diz que um dos membros da Assembleia Nacional é acusado de roubar milhões de dólares destinados à protecção de um oleaduto muito importante, e que poderá ter desviado este dinheiro para financiar a insurreição. Outro caso apontado é o do director de uma grande fábrica de armazenamento de petróleo perto de Kirkuk, no Kurdistão, que foi recentemente detido junto com outros funcionários e agentes da policia local – todos acusados de terem ajudado a organizar um ataque com morteiros junto às instalações de armazenamento, que priovocou vários incêndios e obrigou ao encerramento de todas as actividades petroliferas da zona, contou um funcionário da empresa que explora o petróleo no Norte do Iraque e que preferiu manter o anonimato.O ministro iraquiano das Finanças calcula que entre 40 e 50 por cento dos lucros da venda de petróleo no mercado negro estão a ir directamente para os bolsos dos insurrectos. Segundo Ali Alawi, há rebeldes infiltrados em cargos de responsabilidade no sector do petróleo. Cúmplices sabotam então os oleadutos ou atacam os camiões, esvaziando-os e vendendo o produto no mercado negro. “É uma verdadeira ameaça à segurança nacional”, afirma Alawi. No ano passado, ocorreram 186 actos de sabotagem na infra-estrutura do petróleo, causando perdas de 5230 miliões de euros, segundo o Ministério do Petróleo.
* sobre o livro em epigrafe:
Em Corrupção à Americana, os consagrados jornalistas Amy e David Goodman partem impiedosamente para o ataque e desafiam o poder da Casa Branca. Correndo atrás da verdade e sem medo de expô-la, a dupla prova definitivamente que há algo de muito podre no reino do Tio Sam. Amy, que já foi celebrada por militantes como Michael Moore e Danny Glover, dá voz às poucas cabeças pensantes interessadas em mudar o mundo e escancara todas as atrocidades cometidas pelos políticos, empresários e aqueles que se dizem representantes da imprensa. Mais do que um livro, Corrupção à Americana é documento fundamental.
* História antiga: Mark Twain e a Corrupção
no romance "A Idade Dourada" ("The Gilded Age: A Tale of Today"), já Twain se referia ao "pintado a ouro", e não ao ouro própriamente dito - tema que foi depois apropriado por diversos historiadores para descrever todo o principio de uma época e história dos primórdios do sistema politico-económico nos EUA assente sobre esquemas corruptos.
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