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terça-feira, maio 01, 2007

1º de Maio

"As soon as your born they make you feel small,
By giving you no time instead of it all,
Till the pain is so big you feel nothing at all,
A working class hero is something to be",

Três anos depois da condenação dos que ficaram conhecidos como os “Mártires de Chicago” as repercursões sentiram-se na Europa. Assim, em 1889, a Segunda Internacional Socialista decidiu, em Paris, proclamar o 1º de Maio como o Dia do Trabalhador em memória dos operários que morreram em Chicago. Curiosos são os títulos de alguns jornais americanos a propósito das manifestações dos trabalhadores na época. O “Chicago Tribune” dizia na altura: “A prisão e os trabalhos forçados são a única solução adequada para a questão social”. O New York Tribune seguia a mesma linha: “Estes brutos só compreendem a força, uma força que possam recordar por várias gerações”. De facto os trabalhadores portugueses recordaram bem a dica; só em 1974 chegariam aqui as repercussões do tempo da Comuna de Paris - com as novas gerações de "democratas" navegando à bolina de uma sociedade constituida maioritáriamente por intermediários e parasitas - completamente desfazados da ideia de qualquer cadeia de produção capitalista. Não havendo meios de produção capitalista, que poderia a "classe operária" fazer? votar? pois sim. Andámos 30 anos a votar, mas como há mais exploradores do que explorados, vencem as leis do Mercado: as classes parasitárias, a maioria, consubstanciadas no Bloco Central, acabam por ganhar sempre,,, e controlar a seu favor os interesses instalados,
o Zé Mário Branco àcerca de "Resistir é Vencer", em vésperas do 1º de Maio, conseguiu a proeza de fazer passar esta mensagem na tv: - "Esta sociedade não tem conserto; é preciso partir tudo, e a partir daí recomeçar no sentido de se construir de novo outra coisa qualquer"
Sobre a música distorcida de um herói da classe operária veja-se se as imagens não dão mais que razão ao Zé Mário,


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