o Bloco Soviético já caiu, o Bloco Capitalista está em processo acelerado de queda…
mas, independentemente da ideologia formatada por países, uma nova classe burguesa que não reconhece fronteiras nem identidades nacionais, desponta para tomar conta da exploração dos escombros em nome da perpetuação dos privilégios de uma classe dominante transnacional
Ari Shavit no Haaretz:
“A Revolução Árabe e o Declínio do Ocidente”
“Dois tremendos processos estão a acontecer mesmo diante dos nossos olhos. Um é a revolução de libertação árabe (1). Depois de meio século durante o qual os tiranos governaram o mundo árabe, o seu controlo está enfraquecido. Depois de 40 anos de estabilidade decadente o apodrecimento está roer a estabilidade. As massas populares árabes não mais aceitarão o que habitualmente aceitavam. As elites árabes não mais permanecerão em silêncio (…)
O segundo processo é a aceleração do declínio do Ocidente. Por cerca de 60 anos o Ocidente deu ao mundo uma ordem imperfeita mas apesar de tudo uma estabilidade. Isso construiu uma espécie de Império pós-imperial que promete uma relativa calma e o máximo de paz. O despontar da China, Índia, Brasil e Rússia, assim como a crise económica nos Estados Unidos, torna claro que o Império está em principio de desmoronamento (…)
As cenas correntes são similares à Intifada Palestiniana em 1987, mas o colapso remete para o colapso soviético na Europa oriental em 1898. Ninguém sabe hoje onde a Intifada conduzirá. Ninguém sabe se ela trará democracia, teocracia, ou um novo modelo de democracia. Mas as coisas jamais serão iguais” (2)
(original aqui)
(1) O processo de libertação popular árabe no Egipto está a ser combatido com o lançamento governamental da "Operação Ajax"
(2) Nawal El-Saadawi: "Os voluntários que assaltam a multidão de manifestantes no Cairo receberam 50 libras e uma galinha cada um como incentivo pago pelo partido do presidente" (Newsweek)
.
Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
Pesquisar neste blogue
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário