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quinta-feira, outubro 13, 2011

Como a televisão pode levar o espectador a acreditar em coisas que não são verdade



o dia de hoje é apenas o primeiro dia do resto da vida de mentiras de Passos coelho; estas medidas são apenas o principio; na Grécia para onde caminhamos a Passos largos, a União Europeia já exigiu a diminuição do salário mínimo nacional

o Estado, a Crise e os Bancos

"A avalanche de notícias a respeito da crise econômico-financeira a cada dia, a cada hora, é tão grande que às vezes perdemos a capacidade de avaliar o processo de forma mais abrangente. No entanto, uma questão que surge de forma recorrente, e confirma um dos traços característicos da actual crise, é a relação dos governos com os bancos (...) O processo de fusão e concentração nesse ramo tão especial da economia – seja nos níveis local, regional ou mundial – terminou por gerar “criaturas” que escaparam a todo e qualquer controle dos seus “criadores” (...) Eles são demasiados grandes para poder falir (“too big to fail”). Uma subtil ameaça velada que passou a pairar sobre a cabeça dos governantes, numa operação coordenada a partir da divulgação dos interesses dos dirigentes dessas mega-corporações do mundo financeiro. E assim estaria fechado o círculo vicioso da pseudo-perenidade dos hiper-oligopólios: foram estimulados pelo próprio poder público a crescer, a ponto de não mais poderem quebrar sob pena de colocar o sistema “em risco”! (Paulo Kliass, na Carta Maior)

Qual é então a verdadeira causa que traz os títeres do Governo tão atrapalhados que não se conseguem desempecilhar com um mínimo de lisura dos cordelinhos com que os fazem mover? Depois do subprime em 2008, (desde esse ano até este momento já faliram 398 bancos de média dimensão nos Estados Unidos), é a borbulha da dívida dos Estados Unidos que está prestes a rebentar de vez:

A dívida dos Estados Unidos, pública e dos privados, incluindo a borbulha dos derivados chega aos 750 triliões de dólares, dos quais, ao ser atingido o momento Minsky, os derivados emitidos por privados (só os 5 maiores bancos têm uma exposição de 238,7 triliões) atingem os 604 triliões, ou seja, 80% do total da dívida. Como se tem visto, o resgate do Euro é uma milésima parte da grande dívida dos Estados Unidos (na proporção de 1 para 600). Seria isto suposto causar tanto caos nos mercados da Europa? - confirma-se que estamos perante uma das maiores operações de especulação de todos os tempos.

Para que se tome um grau de comparação da grandeza do problema, esses 604 triliões de valores fictícios injectados fraudulentamente na economia global pelos Estados Unidos equivalem a uma dezena de vezes o total do PIB mundial e mais de 40 vezes o PIB dos Estados Unidos. (ler o resto)
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