
o ministro das finanças
Vítor Gaspar voltou a recusar a reestruturação da dívida: "Se Portugal tivesse de reestruturar a sua dívida estaria em causa a capacidade do Estado de pagar salários e pensões" - É sabido que o Estado cobra muito mais impostos que o valor que paga em compomissos sociais;
se "não podem pagar salários e pensões" o que é que fazem ao dinheiro colectado pelo Fisco? a
longa lista de medidas anti-crise tomadas desde 2008 não lhes chega? a explicação é outra - para além do rebentamento da bolha imobiliária (estimada em 90 mil milhões) talvez aqui fossem convocados os compromissos que já somam
60 mil milhões assumidos com as parcerias público-privadas, politicas iniciadas com os governos de
Cavaco Silva para empregar as
clientelas partidárias do bloco central...
e mais disse o ministro que o "Orçamento do Estado para 2012 é um
orçamento de esperança,
que vai levar a um caminho de crescimento e prosperidade, e
apelou a um consenso entre os 3 maiores partidos" - e aqui é que bate o ponto:

os mesmos que gastaram à tripa forra, usufruiram de privilegios nunca vistos e conduziram o país ao actual estado de contas que não estão pagas, são os mesmos que se preparam para
empochar mais umas volumosas tranches das "ajudas a Portugal", a começar pelos 12 mil milhões que a
Europa obriga os bancos a usar (incluidos na "ajuda dos 78 mil milhões do FMI/Troica) para proporcionar crédito a quem eles muito bem entendem. E
disto entende o 1% dos ricos muito bem, pelo menos desde o novo-riquismo que foi dado à "nova vida da economia portuguesa" aquando da adesão à CEE (1986). Um tal manancial de fundos (falava-se em 450.000 contos por semana), passe a análise das puras burlas então verificadas, não trouxe, como se sabe, um desenvolvimento sustentável ao país. O que trouxe foi uma nova nomenklatura; por exemplo, os jipes e suvs toyota
para fins agricolas passaram a ser conhecidos por
Infadaps, enquanto a agricultura era desmantelada a favor das grandes cadeias de distribuição multinacionais.
Sempre a crescer: crescer para cima uns
(a minoria)
crescer para baixo outros (a grande maioria)

Com a globalização as condições de base mudaram,
hoje a coqueluche dos ricos é o avião privado. Se um qualquer funcionário da política (imaginemos um torres couto &associados do século XXI) quiser obter uma migalha do rico, documente-se e fale-lhe de marcas de jactos privados - o homem ficará extasiado com a conversa e é bem capaz de embarcar na canção do bandido. Mas
os bandidos somos nós, o povo, os responsáveis pela
economia estar a crescer abaixo de zero...
Os povos da Europa devem opor-se à tentativa de instauração do "Governo Económico Único Europeu", que mais não será que uma correia de transmissão das ordens do Imperialismo norte-americano no seu esforço para globalizar a CIA e a NATO
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