Em principio, o movimento “Ocupem Wall Street” estaria com a maioria dos norte-americanos, e todos os outros movimento similares que um pouco por todo o mundo vão surgindo, como entre nós a manifestação deste sábado dia 15: nós queremos atender às necessidades básicas das pessoas, não queremos investimentos que beneficiem apenas a ganância dos corporações instaladas à sombra do Estado (em Portugal, por exemplo, essas corporações serão as empresas do PSI20 e os parasitas dos partidos da burguesia que vivem de contratos ocultos por ajuste directo). Nesse sentido, uma larga maioria da população, senão 99%, estará de acordo com uma agenda que defenda os seguintes pontos:
1 - Mais impostos para os ricos e para as corporações
2 - Limitar a acção da NATO, pôr um ponto final nas guerras, fazer regressar os soldados às suas bases nacionais, fazer cortes nas despesas militares
3 - Protecção da rede de Segurança Social, Serviço Nacional de Saúde tendencialmente gratuito para todos (como existe em Cuba)
4 - Fim da exploração imperialista dos recursos naturais em beneficio de uma ínfima minoria, principalmente os do petróleo e dos grandes negócios relacionados com essa área.
5 - Transição para uma economia de energias limpas, invertendo a tendência para a degradação ambiental
6 - Protecção para os direitos dos trabalhadores, com especial ênfase nos contratos colectivos de trabalho, criação de empregos e aumentos salariais
7 - Expulsar os lobies financeiros para fora da política
Obviamente, os governos, dominados pelos interesses económicos das elites, vão na direcção contrária daquilo que os povos pretendem: “Deus criou os EUA para comandar o mundo”, diz o republicano pré-candidato Mitt Rommey à presidência. “Deus não criou este país para que fosse uma nação de seguidores. Os EUA não estão destinados a ser um dos vários poderes globais em equilíbrio”. Simbolicamente, o discurso foi feito num colégio militar no estado da Carolina do Sul. É gente deste calibre, de velhacos fundamentalistas religiosos, que são os aliados naturais do nosso insignificante Cavaco Silva e seus apaniguados
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