1. Abolir as estruturas da classe dominante
2. Abolir o Comité Central
3. Ou permitir que o Capitalismo selvagem proceda à abolição de valores e pessoas que considera excedentários
Podemos reconhecer não mais que três soluções teóricas aplicáveis ao governo dos povos, a saber:
3. o (Neo)Conservadorismo herdeiro de Reagan e Bush que experimentamos neste momento nasceu da rejeição do liberalismo social e da contra cultura da nova esquerda, representando um realinhamento da politica e a conversão ideológica de membros da esquerda clássica para a direita e vice-versa.
2. o Liberalismo é um sistema político-económico baseado numa pretensa defesa da liberdade individual, contra as ingerências do poder estatal limitando os seus poderes, onde a ordem surgiria espontaneamente da propriedade privada e do mercado livre. "Liberal" deriva do latim “Liber”, definindo na sociedade esclavagista primitiva "aquele que não é escravo". Conceito actualizado por John Locke e Adam Smith nos séculos XVI e XVII a doutrina prega a retórica do individualismo metodológico afirmando que cada indivíduo constitui a unidade básica de compreensão, juízo e acção. Juridicamente significa que as relações de direitos e deveres têm como agentes as pessoas humanas. As colectividades não poderiam possuir direitos ou deveres, mas, na prática, as mega-corporações e monopólios capitalistas fazem tábua rasa da doutrina, subornando e subalternizando governos, invocando amiúde os direitos humanos para tentar justificar as suas actividades de exploração coerciva. A influência no Liberalismo das teorias económicas neoclássicas levou à cunhagem do termo Neoliberal, e finalmente,
1. o Marxismo, desde Marx a Lenine e ao Maoísmo, nas suas inúmeras interpretações, das quais poderá sair uma solução consensual de governo da maioria. O marxismo é um sistema politico filosófico de análise concreta e dialéctica numa concepção materialista da história segundo uma perspectiva de classes sociais cujos interesses se opõem, por oposição ao idealismo das correntes politicas liberais e conservadoras que advogam o corporativismo na acumulação de capital em beneficio exclusivo duma elite de indivíduos privilegiados. O marxismo interpreta a vida social conforme a dinâmica da base produtiva das sociedades e o homem como um ser que historicamente só pode viver em comunidade; o homem livre que possui a capacidade de trabalhar e desenvolver a produtividade do trabalho organiza-se socialmente em torno de uma propriedade comum e de um sistema de trocas entre iguais pelo valor de uso das mercadorias e serviços. Em vez da competição desenfreada e sem regras, o marxismo diferencia os homens dos outros animais e possibilita o progresso e a sua emancipação da escassez da natureza, o que por sua vez proporciona o desenvolvimento das potencialidades humanas em toda a sua plenitude. O ponto de viragem na diabolização do Marxismo pelo mundo ocidental foi despoletado no século XX com os acontecimentos da Praça da Paz Celestial em Pequim (Tian`anmen) em 1989 na República Popular da China. Uma multidão contestatária do regime induzida por interesses estrangeiros imperialistas agiu no sentido da destruição do sistema de propriedade colectiva. A organização social nascida com a independência nacional em 1949 sob a liderança do Partido Comunista seria no entanto salvaguardada, por oposição à tragédia que aconteceu ao povo da Rússia desde a instauração revisionista de um regime de capitalismo de Estado na década de 60.
3. Em prol do (des)governo dos Neoconservadores poderemos esperar uma base social de apoio correspondente a 2/3 dos eleitores do PSD, 100 por cento dos populistas do CDS saudosos do regime salazarista e de 1/3 da família corporativista instalada no partido dito socialista; É gente sem escrúpulos, que pretende a todo o custo resolver a crise do capitalismo selvagem, aldrabando tudo e todos, incutindo nas massas a esperança que um “bom capitalismo” possa ser restaurado; não importa que a origem dos pseudo-financiamentos sejam fraudulentos ou de proveniência criminosa segundo o direito internacional que levou séculos a construir
2. Um governo de Liberais, no estado actual do capitalismo da doutrina de choque, é uma utopia; que a experiência da última década (desde 1998, o princípio do fim do crédito fácil e juros baratos do “socialista” António Guterres) revelou insustentável, mal-teorizado por Giddens e liderado por gente como Tony Blair: uma Tatcher de calças, como se viu. Uma teoria que advoga menos Estado, mas que não abre mão dos negócios corporativos decididos nos comités centrais dos partidos burgueses. Esta forma ilusória de organização do poder conclamará a simpatia de 1/3 da burguesia intelectual do PSD e 2/3 dos simpatizantes do PS. Contam ainda com uma fatia significativa de eleitores do partido dito comunista (PCP) cujos militantes não verão com bons olhos a subalternização do comité central em benefício de formas de luta radicais por acções das maiorias com finalidades transparentes – e não pela conquista eleitoral de lugares na administração do capitalismo. Meio por meio, o Bloco dito de Esquerda caminha no mesmo sentido
1. Os Marxistas, desde que instaurada uma sociedade saudável baseada no conhecimento, (por contraponto à ignorância e despolitização difundida pela propaganda reaccionária e publicidade ao consumo irresponsável) poderiam esperar uma adesão massiva do eleitorado. A população não vota nos partidos revolucionários por medo. Se actualmente existe um corte generalizado de parte dos salários, bens e serviços sociais, se a as pessoas se revoltassem, os cortes seriam totais. Os salários e as pensões não seriam pagos por inteiro porque o Estado não tem dinheiro e depende do investimento externo. Esta é a maior mentira da coligação liberal-neoconservadora instalada no Poder. Empresas e indíviduos continuam, dia após dia, mês após mês, ano após ano, a pagar uma exorbitância em impostos , sendo as contrapartidas prestadas pelo Estado de valor muito menor. Para onde vai o dinheiro dos contribuintes?
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Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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