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quinta-feira, outubro 27, 2011

esquema "Ricos cada vez mais Ricos e os Pobres para a Prisão" a funcionar em pleno

























Já se sabia, os 17 ex-governos do Euro vão perdem soberania, face à instauração em curso do Governo Económico Único Europeu liderado pelo eixo Franco-Alemão. A consultora na EU Maria João Rodrigues disse ontem que “os lideres europeus devem estar totalmente desesperados, para estarem dispostos a considerar que a nova solução para salvar a economia europeia venha dos seus principais parceiros externos, via FMI. Se vierem a aceitar isto, entrarão na história mundial como aqueles que enterraram o projecto europeu e transformaram a Europa num actor de segunda linha”
(ler o resto)


O sistema (des)informativo neocon/neolib transmite as noticias gota-a-gota, avulso e independentes umas das outras, como se não existisse uma estrutura global de dominação de onde partem todas as decisões. Stiglitz afirma que as políticas de austeridade são “um pacto de suicídio” para a maioria das economias mundiais – e a razão de ser da austeridade, especialmente para as economias ocidentais, é apenas uma: continuar a absorver e a injectar no sistema financeiro global todas as emissões de moeda que a Reserva Federal dos Estados Unidos decidam imprimir para repor os valores fictícios (600 triliões) que se eclipsaram na crise do subprime desde 2008. Para já e como primeiro passo, os bancos portugueses vão ser obrigados pelo Estado a aceitar injectar perto de 11.000 milhões de dólares na nossa economia (7.800 milhões de Euros, como consta na primeira página do Público de hoje).

Após dez horas de reuniões, Merkel e Sarkozy acabaram por convencer a banca internacional a aceitar perdoar metade da dívida soberana grega. Os bancos privados que têm títulos da dívida da Grécia aceitaram perdas de 50% nos seus papéis sem préstimo: o equivalente a 100 biliões de euros (US$ 140 biliões de dólares). E o "fundo de resgate do euro" aumentará dos actuais 440 mil milhões de euros para 1 bilião de euros com o recurso a fundos do FMI. Obviamente, a galinha dos ovos ocos acabará num tremendo conflito na capoeira hiper-inflaccionária, de onde só se sairá através de uma formidável guerreia que mate o galo

Cercar o Parlamento, Expulsar os vendilhões do templo: Este não é o nosso Orçamento.
3 de Novembro


2 comentários:

Fada do bosque disse...

Por falar em vendilhões do templo, Veja esta:

http://economia.publico.pt/Noticia/vaticano-pede-uma-autoridade-publica-global-e-um-banco-central-mundial-1517959
e ainda:
http://aeiou.visao.pt/vaticano-apela-a-criacao-de-um-banco-central-mundial=f629424#ixzz1bvRBG25N

Aqui vai um trecho do livro de Guerra Junqueiro "A velhice do padre eterno" escrito em 1885 e bastante atual.

O Dinheiro de S. Pedro

De tal modo imitou o Papa a singeleza
Do mártir do Calvário,
Que à força de gastar os bens com a pobreza
Tornou-se milionário.
Tu hoje podes ver, ó filho de Maria,
O teu vigário humilde
Conversando na Bolsa em fundos da Turquia
Com o Barão Rothschild.
A cruz da redenção, que deu ao mundo a vida
Por te haver dado a morte,
Tem-na no seu bureau o padre-santo erguida
Sobre uma caixa forte.
E toda essa riqueza imensa, acumulada
Por tantos financeiros,
O que é a economia, ó Deus! foi começada
Só com trinta dinheiros!


http://www.4shared.com/document/IY4QVgfM/Guerra_Junqueiro_-_A_Velhice_d.htm

Karocha disse...

Também li isso, Fada.
E se ele se preocupasse,em limpar a casa dele que anda suja e, muito!!!