"as dividas são para se ir gerindo" disse o nosso ex-primeiro ministro e actual proto filósofo parisiense
e o Banco de Inglaterra está apostado em dar-lhe razão:
O Tesouro britânico pretende emitir dívida a mais de 50 anos ou mesmo perpétua, revivendo iniciativas tomadas em 1720 e 1932. Portugal emitiu títulos a 99 anos em 1902 no âmbito da reestruturação da dívida. Os títulos de dívida britânica são designados por "gilts". O governo britânico já recorreu à emissão de gilts perpétuos em 1720 a seguir ao estoiro da bolha financeira ligada à Companhia dos
Mares do Sul (a terceira grande bolha financeira depois da das túlipas na Holanda em 1634-1638 e da ligada à companhia francesa do Mississippi entre 1719 e 1720) e em 1932 para cobrir os custos da 1ª Guerra Mundial. Desde 1998 é a referida agência DMO que procede à emissão de dívida em nome do Tesouro. Como curiosidade refira-se que, aquando da reestruturação da dívida portuguesa em maio de 1902, os negociadores conseguiriam que os credores externos aceitassem convertê-la num novo empréstimo amortizável a 99 anos, até 2001, com títulos rendendo 3%. A troca de títulos então feita reduziu a dívida soberana em 38% e diminuiu o serviço da dívida anual em 50%. Esta reestruturação concretizou-se dez anos depois da declaração de bancarrota parcial em junho de 1892. (fonte: Expresso)
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"É possivel encontrar hoje conservadores empedernidos de braço dado com esquerdistas assumidos, cantando em uníssono o refrão da reestruturação da dívida"
(Viriato Soromenho Marques)
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