Pesquisar neste blogue

domingo, março 18, 2012

o "perdão" da divida grega

"Portugal vai no caminho da Grécia se apenas cortar o défice" (Papandreou) e outros

Uma operação financeira de corte de cabelo (haircut) consiste em cortar uma parte ao valor de mercado de um activo que vai ser usado como garantia. O tamanho do corte reflecte o risco associado com a futura realização do activo. No entanto, o credor permanece na sua posse com uma penhora (lien) para a totalidade do activo (wikipedia) Numa relação jurídica , um penhor é uma forma de garantia concedida sobre um item de propriedade para assegurar o pagamento de uma dívida ou o desempenho de algum outro compromisso. No contrato o proprietário do imóvel (neste caso do povo grego ou do povo português), que concede a garantia, é referido como o hipotecado e a pessoa ou instituição que tem a vantagem da garantia penhorável é referida como o proprietário do bem penhorado (lienee)

Revisão da matéria dada; a falsa ajuda da Troika

A Grécia conseguiu assegurar uma taxa de participação de 84% no acordo de troca de dívida por novas obrigações gregas, que poderá ser ainda maior se as cláusulas de acção colectiva forem activadas (obrigam os reticentes a aceitar o mesmo acordo dos voluntários). Bancos portugueses são responsáveis por 1500 milhões deste total. A declaração à imprensa do governo sobre o acordo pode ser vista aqui.
Esta troca de dívida era necessária para que o novo "resgate" fosse disponibilizado à Grécia, com o intuito místico de reduzir a relação de dívida com o PIB para 120% até 2020. No mundo real, como a Grécia continua mergulhada em austeridade, a situação vai continuar a piorar, como é atestado pelos 350.000 gregos que perderam o emprego em 2011 e o desemprego jovem na ordem dos 50%.
Para Mario Draghi, presidente do BCE, está tudo perfeitamente encaminhado. A desconexão entre a ideologia e a realidade é palpável. Entretanto, o lucro do BCE quadruplica em 2011...
(fonte: CADPP)
.
.
.
"Mesmo com o novo acordo de troca de dívida, a economia grega sujeita à austeridade continua a morrer pedaço a pedaço, criando a inevitabilidade de um novo e maior incumprimento no futuro" (via CADPP)

Sem comentários: