Em 2004 era primeiro ministro Santana Lopes, depois de ter sido presidente da Câmara Municipal de Lisboa, quando o
Fundo Financeiro Privado FundBox adquiriu um
imóvel na Estrada da Malveira da Serra com a finalidade de o reconverter para um "Lar de Cuidados Continuados para Idosos". A intenção do investimento é ceder a nova instalação à
entidade pública “
Santa Casa da Misericórdia” mediante o pagamento de uma (provavelmente choruda) renda mensal.

Passados 8 anos, em 2012,
Santana Lopes é presidente da Santa Casa da Misericórdia (SCM), o imóvel construído pela FundBox está pronto, mas o actual staff da SCM (para onde entretanto transitou a
santanete Eduarda Napoleão oriunda da vereação da Câmara Municipal de Lisboa, cargo onde enfrentou uma acção judicial relacionada com a corrupção no caso
Bragaparques)
desconhecia até agora em absoluto a existência desta obra e respectivo contrato. As consequências da pretensa gestão destas coisas ser feita por
indigentes profissionais,
socialite-girls e
corruptos reciclados tem custos não dispicientes.

A obra,
cuja construção custou 5 milhões de euros, está pronta, mas ninguém da Santa Casa mexeu uma palha (nem presumivelmente haverá mais dinheiro) para tratar da segunda empreitada que há-de instalar os equipamentos e mobiliário para o funcionamento proposto para o edifício.
As rendas estão prontas a ser cobradas (se é que já não foram), mas decorrerão largos meses, ou anos, até que o edificio sirva para o uso contratual definido em 2004.
Não interessa. O Fundo de Investimento FundBox, cujo presidente é
Carlos de Sottomayor Vaz Antunes, que
integrou as listas a deputado pelo PSD na 11ª posição
(não ilegível) não sai prejudicado no negócio.
E isso é que interessa. O depósito financeiro da FundBox está alojado na
CGD, inclusivé a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa é
accionista da FundBox com 4,82% do capital. O que está aqui em causa, mais uma vez (e
esta parece ser a matriz na promiscuidade público-privada) é a r
ecolha por privados de grossas maquias percentuais na forma de rendas e comissões extorquidas aos bens públicos
relacionado:
a promiscuidade nas Empresas Municipais ligadas à Câmara de Lisboa
Sem comentários:
Enviar um comentário