Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
Pesquisar neste blogue
domingo, maio 29, 2005
“In Vino Veritas”
A Globalização está a matar o que cada vinho, um depositário único da civilização ocidental, tem de especifico, porque o objectivo já não é a qualidade, mas a quantidade. É sobre isso que “Mondovino” fala.
Com a entrada das Multinacionais no que antes era uma produção local, (com os pequenos produtores a criarem o vinho como quem cria uma obra de arte), a distribuição do vinho transformou-se num negócio milionário à escala do planeta. Só restam duas alternativas: ou os produtores vendem as vinhas aos tubarões que as querem comprar ou ficam à margem dos grandes circuitos de Distribuição, que através de grandes empresas como a gigante americana “Mondavi” formatam um gosto universal e asséptico usando truques como a crítica psicológica “especializada” da revista “WineSpectator” ou da contribuição “tecnológica” de gurus consultores para o emprego generalizado de novas técnicas de vinificação, que uniformizem o produto face ao Mercado. Nos “bons velhos tempos” do Fascismo o vinho dava de beber a um milhão de portugueses e dele dizia ironizando o Abel Pereira da Fonseca, que fazia uma zurrapa nuns barracões ali para Xabregas, que “até de uvas se podia fazer vinho”. Tal como nos diz o mais famoso consultor enólogo de hoje, Monsieur Rolland: “em qualquer parte se pode fazer vinho”.
O conceito da zurrapa alastrou,,, e pelos vistos o fascismo que vitimiza os consumidores agora à escala global através das grandes cadeias de distribuição,,, também.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário