Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
Pesquisar neste blogue
quinta-feira, novembro 17, 2005
Novas do protectorado Lusitano
“As projecções ontem avançadas pelo Banco de Portugal representam um cenário mais pessimista para a economia portuguesa em 2005 do que o utilizado pelo Governo na elaboração do Orçamento do Estado para 2006. Se o PIB for menor em 2005, isso não terá impacto no défice orçamental em 2006?. No OE 2006, o “motor” do crescimento da economia é as exportações (previam-se que crescessem 5,7% em 2006); mas os números do Banco de Portugal mostram uma tendência decrescente para as exportações”.
Significa isto, trocado por miudos, que a “crise” e a estagnação vão continuar, quiçá até a agravarem-se, com o aumento crescente do desemprego e a degradação do poder de compra das classes médias. Imagine-se a favor de quem,,,
A situação não tinha de ser assim. Foi assim desde o Governo de direita de Durão Barroso que em 2001, mandatado por um pacto meio-secreto meio-oficial celebrado nas Lajes, conivente com Sampaio, colocou Portugal na órbita incondicional norte-americana. A opção atlântica era expectável. Portugal é, tem sido nos últimos 300 anos, uma colónia anglo-saxónica de facto, mais precisamente desde Wellington, que nos veio ajudar a expulsar os franceses. Azar foi que nunca mais houve quem os conseguisse expulsar a eles próprios, além bem pelo contrario, do problema se ter posteriormente agravado, com a colonização cultural inglesa. O que não era previsivel quando os portugueses elegeram Barroso, era que este envolvesse o protectorado lusitano em politicas, mais do que de direita, de indole neo-fascista em sociedade com os Estados Unidos e de imediato tivesse dado inicio ao desmantelamento do Estado Social para angariar “mercado livre” para privatizar em favor das multinacionais estrangeiras. Que não se fazem rogadas para vir fazer fortuna de forma usurária, ou não fosse o espirito judaico-sionista-evangélico o de lucrar com os novos pobres a expensas do seu endividamento e da sua subsquente miséria.
É disso que vivem os abutres e também os politicos de direita e da “esquerda fingida” bem instalada no sistema, meros “artistas mediáticos” contratados para espectáculos préviamente combinados pelos gananciosos predadores económicos. Esta “democracia”, mais do que uma comédia lúgrube onde os direitos humanos são deitados ás malvas, repete-se sempre, cada vez mais, como uma Farsa.
Mas afinal, além da Banca e das Empresas Parabancárias (as antigas casas-de-prego do portugal-salazarista, óbviamente evoluiram!) quem recolhe os lucros fabulosos dos enormes aumentos do custo de vida destes últimos 4 anos? dos desmesurados preços dos combustiveis? Do aumento incomportável dos impostos, desde Ferreira Leite, Bagão e agora, na mesmissima linha, do amigo Sócrates das promessas de mentira?,,, para onde vai e a que se destina esse dinheiro? – esse dinheiro é para pagar os custos da guerra, seja contra um “terrorismo” meio invisivel meio inventado, seja em agressões pura-e-duras contra paises onde se vislumbrem interesses económicos para saquear, nomeadamente o petróleo do Iraque e o que mais a seguir se verá.
Estas politicas de rapina e estes alinhamentos criminosos, têm um único fim – sustentar as élites parasitárias, em Portugal imensamente desmesuradas num país pobre e pequeno, que sustentam o Império e por ele são sustentadas, por via do espólio dos mais desfavorecidos nesta sociedade de castas que têm vindo diligentemente a construir à sombra do Bloco Central, desde Abril, nestes últimos 30 anos. Será por eleger o inerrarável Cavaco Silva que o povo português poderá aspirar a inverter esta situação?,,, óbviamente é da gente de Cavaco que tenho estado aqui a fazer e a resumir a triste estória. Daqueles cujo cinismo e hipocrisia lhes permite, com uma mão fazer pactos criminosos com os Neoliberais de Bush, enquanto com a outra mão têm recebido e delapidado chorudos subsidios financeiros da União Europeia. Votar na gente de Cavaco é apunhalar a Europa humanista que conhecemos em prol duma América dos predadores com pretenções a dominar um mundo semi-destruido.
A opção não pode, nem deve, ser resolvida pelas contas viciadas de um obscuro professor de Finanças, um falso cristão meio mudo e nhurro, sem a menor sensibilidade social, para quem não existe vida alguma fora das tabelas do Excel.
Portugueses! Tenham vergonha na cara, se estão a pensar votar num gajo* destes!,,, para nosso Presidente,,,
Ps (* peço desculpa pela ligeireza do léxico empregue, e pelo estilo panfletário, mas estes termos não se destinam a ser lidos pelos “doutores” da tal casta pseudo-erudita,,, justamente a gente de Cavaco – esses, e as Vanessas deste país, têm a “poesia” do Rui Veloso e da Kátia e as obras intelectuais da Margarida Rebelo Pinto)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário