É público e cada vez mais notório para cada vez mais gente que os Estados Unidos têm utilizado o petróleo para pagar as suas guerras sujas. Dissemo-lo aqui, em Março/05 no post “Petróleo, Poder, Armas e o Genocídio como Negócio” - os EUA ganharam muitos mil milhões de Dólares só pelo facto de terem travado a 1º guerra do Golfo em simultâneo com o conceito de venda do petróleo a novos preços, ao mesmo tempo que arregimentando inúmeros países para uma ampla Coligação 75% dos custos militares foram suportados por esses mesmos países. Na segunda guerra contra o Iraque o eixo Franco-Alemão recusou-se a pagar a agressão, (a uma região onde os dois paises tinham relações comerciais estabilizadas) mas na inflacção provocada nos actuais preços do petróleo o esquema utilizado tem sido o mesmo. O preço do petróleo só “estabilizará quando ultrapassar a meta dos 100 dólares por barril. Sabe-se também que, no auge da presente ultrapassagem do pico das reservas deste combustível, as do gaz existirão um pouco mais além.
Quando no passado dia 10/12 assinalámos aqui, na foto com Vladimir Putin, a posse do anterior chanceler alemão Shroeder como CEO executivo do nóvel gasoduto (NGEP) do monopólio russo da Gazprom a construir para abastecer a Europa através do Mar do Norte – quisemos enfatizar a natural aproximação do Eixo França-Alemanha com a Russia – uma macroestrutura politico-económica num novo alinhamento que se sobrepõe às eventuais cores ideológicas dos governos naturalmente transitórios.
A seguir, serão as clivagens, dentro da União Europeia, pelos paises dirigidos por governos de politicas pró-americanas,,,
Esta parece ser, ao ter um antigo chanceler tão bem colocado, uma jogada brilhante da Alemanha. Poder-lhe-á garantir a Energia no futuro perante hipotéticas interrupções causadas por guerras ou conflitos políticos ao mesmo tempo que desempenhará o papel de distribuidor previlegiado para toda a restante Europa. Ajudará ao ressurgimento da Rússia do mesmo modo que precipitará o declínio do Império americano. Isso é bom para a Europa. Cumprir-se-á a previsão de Emmanuel Todd de que a América passará a ser apenas mais uma potência entre outras de igual gabarito a nível mundial.
É natural que o "povo revolucionário laranja”da Ucrânia se venha a arrepender de ter apostado no cavalo errado, ao acolher as bases militares yankees. Já vinham sendo avisados desde 2002 e este episódio terá influência imediata nas próximas eleições de Março. Realmente tudo parece ir decidir-se em torno das grandes reservas do Cáucaso. Foi isso que a Rússia, cujas exportações de petróleo e gaz representam mais de 60% do PIB, quiz agora avisar no primeiro dia da sua histórica entrada para o grupo do G8.
desenvolvimento posterior:
* Ministro britânico culpa a Russia
* a "Ucrânia queria as duas coisas"- ser pró-americana e ter preços subsidiados,,, quem é que eles farão lembrar?
* Resumo de artigos sobre o Gaz do "Império do Mal" no Reseau Voltaire
Sem comentários:
Enviar um comentário