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A eleição providencial de Durão Barroso inaugurou entre nós a governação assente em Mentiras, fazendo alinhar o país, já de si fiel aliado na NATO, nas aventuras guerreiras dos Neocons de Washington. Até aí, dentro dos parâmetros normais do espectáculo rotineiro, as coisas tinham sido feitas dessimuladamente. Mas esse mundo paradisíaco de exploração fácil tinha acabado.
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Jorge Sampaio, o 1º pilar da República, como bom anglófono, sabia isso e mais o que nós não sabemos. À cabeça do 2º pilar do Estado, o Poder Judicial, pontificava uma personagem próxima da nulidade, como muito bem convém àqueles que pretendem passar a mensagem de que a Magistratura e os Juizes são independentes ad-nihil da sua marca de classe social elitista. Souto Moura conviveu e coloborou pacificamente com as nomeações de Celeste Cardona para o Ministério da Justiça, Adelino Salvado para a Policia Judiciária e com o branqueamento do Ministro da Defesa Paulo Portas no seu envolvimento no “Caso Moderna”. No 3º pilar do Estado – na Assembleia da República uma chusma de irrelevantes deputados enburguesados, muito civilizadamente, acocorava-se a ver Portugal cair em politicas próximas da extrema-direita e ver o pequeno partido CDS (9% dos votos) ser encarregado do desmantelamento do Estado Social.
¿Então?, mas não havia oposição?,,, claro que sim. Ferro Rodrigues, Paulo Pedroso e toda a direcção do Partido Socialista são autênticamente chacinados na praça pública pela acção concertada de divulgação do “escândalo Casa Pia” congeminado nas repartições da Procuradoria Geral da República e do Ministério da Justiça.
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Com o distanciamento que já levamos, é então já possivel classificar o que se passou como um Crime contra o Estado de Direito!
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Agora que o essencial está feito, a dias do acto de trespasse do palácio de Belém era esperado um acontecimento bombástico em que assente o relançamento politico “da outra face da mesma moeda”. O P”S”, a cujas hostes Jorge Sampaio pertence, sabe que com a previsivel eleição do Senhor Silva, o homem-providencial-que-vai-pôr-ordem-nisto o seu papel se limitará a arcar com o odioso do que foi feito, situação com a qual foi conivente.
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Nuno Melo, o porta-voz do CDS no Parlamento já veio a público dizer que “estas noticias se prendem únicamente com o julgamento do processo Casa Pia em curso” (eheheheheheh, adoramos estes bétinhos do partido popular)
Mas,,, será Durão Barroso, alguma vez, chamado a depôr no Parlamento sobre os crimes cometidos contra o Estado de Direito? - Temos a palavra e, depois do marketing, o que nos resta do Voto. Não perca - vamos intervir nos próximos episódios.
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