O balanço do ano transacto em Portugal faz-se em duas linhas: tínhamos um governo apostado em gerar descontentamento popular para que fossem cumpridos determinados objectivos. Isso foi conseguido, e foi eleito por ampla maioria um novo governo, apostado em cumprir precisamente os mesmos objectivos.
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Portanto, depois de tudo espremido, resta-nos Sócrates – e que memórias guardamos da sua acção?, na boa tradição portuguesa do “quem quer bolota trepa” (quem quer boa-vida arranja-a), apenas 2 ou 3 coisas realmente importantes (para ele): o safari no Quénia enquanto o país era devorado pelos fogos, a viagem a Itália para tratar de assuntos da UE enquanto as televisões o mostravam a sair de um “vaporetto” em Veneza onde não existe sequer nenhum departamento estatal e agora a mediática queda na estância de neve na Suiça,,,
No mais omisso, como sempre e em tudo - o que é importante (para nós) é quase tudo importado de fora,,,
cartoon de Luis Afonso
* "O balanço de 2005", por Boaventura Sousa Santos, aqui
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