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Sila, ditador romano (138 aC - 78 aC)
E como, de cada vez que se fala de Israel se celebram os 60 anos de terrorismo no Médio Oriente, cita-se um velho recorte do Diário de Notícias de 1 de Agosto de 1947 que então titulava “o Terrorismo na Palestina”, (um relato neutral num tom tão verosimil que realça a diabolização dos terroristas de sinal contrário nos dias que correm) quando ninguém mencionava ou falava no então recentíssimo martírio do “holocausto”, uma “epopeia” que só seria ficcionada cerca de duas décadas depois. (e abençoada nas sinagogas mediáticas contemporâneas)
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A notícia do enforcamento dos sargentos britânicos causou emoção em toda a Palestina e a indignação em Inglaterra, principalmente nas cidades donde eram naturais os sargentos: “Um agente da polícia cortou a corda com que um dos sargentos fora enforcado e quando o corpo caíu no chão produziu-se uma tremenda explosão. É que dentro do saco que o sargento tinha enfiado na cabeça estava uma bomba que rebentou ao contacto com o solo. O corpo do sargento ficou completamente esfacelado, sendo os despojos atirados a grande distância. Alguns dos soldados que estavam próximo ficaram feridos. O outro cadáver foi retirado com todo o cuidado e verificou-se que também havia no saco uma bomba, que não explodiu. Um aviso impresso em inglês e em hebraico, preso a um dos corpos, tinha escrito: “É a sentença da “Irgun Zvai Leumi” pronunciada pelo seu alto tribunal”. (a seita era chefiada por Menachem Begin e participou na guerra ao lado dos alemães).
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“Nenhum dos anteriores actos terroristas praticados pelos judeus causou tanta emoção como estes enforcamentos (...) O presidente do municipio de Bristol, cidade natal do sargento Mervyn Price, declarou: “Trata-se de um crime horrível cometido contra a humanidade. Todo o Mundo civilizado deve sentir horror por este nefando crime”
“O secretário colonial Arthur Creech Jones disse hoje no Parlamento: “Na longa história de violência na Palestina nunca se deu um acto mais cobarde do que o assassínio premeditado e a sangue frio desses homens inocentes, depois de terem sido detidos como refens durante mais de 15 dias. O termo “cobardia” foi calorosamente apoiado por toda a Câmara (...) a Palestina nunca poderá ser reconstruída com derramamento de sangue”
“O alto comissário Sir Alan Cunnigham permanecerá no seu posto até que a Comissão de Inquérito das Nações Unidas enviada à Palestina se apresente em Nova York em 1 de Setembro com o seu relatório”
Apesar das práticas odiosas, como é sabido a ONU, a “comunidade internacional” gerida pelos 4 dragões vencedores da 2ª grande guerra, legalizou o terrorismo como prática de emancipação, decidindo a favor da fundação unilateral do Estado Sionista. A menos que José Manuel Fernandes pense que a História e a Injustiça já estão definitiva e irreversivelmente escritas e gravadas na pedra de monumentos mentirosos, convinha, a bem da lógica e do racionalismo, reconhecer de facto os actuais “terroristas” que lutam pela sobrevivência na Palestina como os futuros governantes de amanhã.
Oxalá!
que é uma corruptela portuguesa da expressão árabe InchAlláh,
"Deus Queira!
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