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quinta-feira, junho 12, 2008

Quem empresta melhora! (caso tenha arregimentado os políticos e a bófia )

1996. Semeia-se na maré alta...
... para colher na maré baixa. 2006.

Depois de Sócrates tomar posse os empresários e banqueiros do "Compromisso Portugal" fazem o diagnóstico da situação: "a vivermos assim estamos falidos dentro de dez anos!"; o nível de produtividade anda nos 55 por cento da média comunitária enquanto o consumo chega aos 75 por cento - ou seja, o nível de consumo é de 30 a 40 por cento superior ao que a produtividade permite pagar". Por osmose com os patrões multinacionais dos quais por sua vez dependem, exigiam: "queremos o nosso dinheiro de volta"; e claro, Sócrates, como bom funcionário da classe social que o investiu, começou a trabalhar no assunto. Mas, como é evidente, não cortou no consumo deles, cortou no nosso. Noutros paises da Europa, as famílias, além de terem um nível de rendimento muito superior ao das portuguesas (o ordenado e pensões mínimas em Itália é de 1000 euros), não dispendem mais de 30 por cento do seu orçamento mensal nos encargos com as habitações.

Há um ditado antigo que diz que quem pede emprestado se converte em escravo de quem empresta. Em termos simples, o dinheiro fresco aparece em circulação através dos sistemas bancários que emprestam dinheiro. Consequências:
- Guerra económica eterna
- Educação falsa, para que se aceite viver gastando mais do que aquilo que as pessoas (ou os países) produzem
- Dependência compulsiva do crédito
- Escasso tempo livre; trabalhar em regime esclavagista para pagar as prestações.
No final do ano passado, os Bancos Centrais emprestaram a entidades dependentes a maior cifra de sempre. Só o Banco Central Europeu sozinho contraiu quase meio trilião de dólares de empréstimos, para que outras entidades bancárias os pudessem re-emprestar sem limites a quem precisa de “crédito para financiar a crise”

a Fraude do século

o Dinheiro é criado como Dívida, não como valor produzido. Uma versão em espanhol do didáctico “Money as Debt”, explica como se cria e funciona o dinheiro. Uma vez visto, o documentário muda radicalmente o entendimento que se pudesse ter de como funciona o nosso agradável mundo financeiro e, por arrastamento, a sociedade. Demonstra a insustentabilidade do actual sistema, que pressupõe o crescimento económico exponencial dentro de um mundo com recursos finitos.
Ficam aqui dois pequenos resumos. A versão integral do documentário (falado em espanhol) c/ 47min, 10seg. está aqui

Parte 1 - 10 min.


Parte 2 – 9,56 min.

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