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E então, se não houve sobressaltos, lá nasceu, sem se dar por isso,
mais um “movimento - que não é um partido (mas que torce por eles, não se explicando como lhes vão irradicar o
corporativismo) - para promover a reforma da democracia representativa e recuperar o poder do povo, usurpado por representantes iníquos”. Muito bem. Não advoga a revolução mas apenas a participação directa dos cidadãos no salvamento in extremis do semi-cadáver capitalista levado a cabo por uma operação cirúrgica de forças moderadas,
conservadoras. O chavão do centrão tinha de constar no programa: "comunistas e fascistas" are not welcome. E quanto ao factor imperialista se diz nada, presume-se seja um estrangeirismo que o povinho irá degolar, como no mito da padeira. Finalmente, quase 100 anos depois surge, definitiva e vox populi, a vingança dos mencheviques, em Alcobaça, ali perto de onde a nossa senhora revelou o 3º segredo de Fátima. Estamos a ver - a
“Democracia Directa” - uma
sigla fanada à esquerda, será, se for, uma espécie de remake da inauguração da primeira real linha ferroviária para Alenquer, mas em versão tgv de fatiota nova, com muitas multidõezinhas a bater palmas. Terá um sucesso garantido. Ou não fosse hoje, dia de grandes notícias
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