"Os líderes do G20 comprometeram-se a destinar um trilião de dólares para combater a crise financeira global. Parte desse dinheiro é para ajudar os EUA, cuja dívida externa são 11 triliões de dólares.
Com a crise financeira, a televisão só fala em biliões assim e triliões assado. À primeira vista parece só questão de juntar zeros: um bilião - 1.000.000.000 (9 zeros); um trilião - 1.000.000.000.000 (12 zeros); um quatrilião - 1.000.000. 000.000.000 (15 zeros) e por aí fora. Mas não é bem assim. Um trilião é número escandalosamente elevado, excedendo a nossa habilidade de compreender em unidades monetárias. Li um dia, algures, um bom exemplo do que é um trilião. Imaginemos que queremos reunir um milhão de dólares juntando um dólar por segundo. Um milhão de segundos são aproximadamente 12 dias, portanto, a um dólar por segundo, em 12 dias teremos reunido um milhão de dólares. Mas reunir um bilião de dólares pondo de lado um dólar por segundo já é mais demorado, visto um bilião de segundos serem aproximadamente 32 anos. Se começarmos agora a pôr o dinheiro de lado a um dólar por segundo, teremos um bilião de dólares no ano 2041. E para reunir um trilião de dólares será necessário um trilião de segundos, ou seja aproximadamente 32 mil anos. Só teremos o trilião lá para o ano 34009 (...)
Nesta altura, o Bureau of Engraving and Printing, a Casa da Moeda dos EUA, está a imprimir diariamente 700 milhões de dólares, metade em notas de um dólar e o restante em notas de cem. Há cada vez mais dólares em circulação, mas valem cada vez menos. Nesta altura um dólar vale 75 cêntimos de euro. Mas daqui a cinco anos, quanto valerá?"
Eurico Mendes, in "Portuguese Beat"
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