Lenine argumentou que o aparecimento no principio do século XX dos cartéis monopolistas bancários e industriais teria como consequência uma explosão do capital financeiro. De acordo com Lenine,
no último estádio do capitalismo quando se verifica a perseguição dos grandes lucros, muito maiores do que aqueles que os mercados internos poderiam oferecer,
o capital passaria a ser ele próprio um “material de exportação”. Tal facto levaria à
divisão do mundo entre as empresas monopolistas >>> o Imperialismo é o estádio superior do capitalismo >>> assente nos monopólios e na exportação de capitais (muito mais que mercadorias – muito, muito mais, diriam os neoliberais), prática que tem como uma das consequências o colonialismo.
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É de novo de colonialismo que tratam as conclusões do G20, ao converter o até à pouco considerado irrelevante FMI num “
novo banco central mundial”. Esta odiosa instituição é de facto a grande ganhadora da reunião desta espécie de concertação social mundial, entre patrões (os G8) e os sindicatos dos países emergentes que fornecem mão de obra e outros produtos baratos (que completam o G20, ou seja, 70% do PIB mundial)
De modo prático e efectivo, “
os empréstimos” do novo FMI reciclado pelo G20 (
sustentados com dinheiros públicos e garantias dos Estados nacionais) serão destinados a salvar as mesmas companhias multinacionais e bancos transnacionais que geraram as crises nos países emergentes - que nunca mais passam de “
subdesenvolvidos” (para utilizar o termo capcioso usado pelo Imperialismo, porque o conceito de “
desenvolvimento” não tem de ser de facto igual ao imposto financeiramente pela norma ocidentalizante)
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