Na capa da Time desta semana (para o resto do mundo porque para serviço interno nos EUA o assunto é outro) enquanto que para a Europa se conta os dias da Líbia de al-Gadhafi, com o subtitulo "a nova revolução árabe confronta um ditador determinado a manter o poder a todo o custo. Espera-se uma sangrenta guerra civil à moda antiga"...
... e no corpo do artigo é atribuida ao lider líbio a frase da semana: "My people love me. They would die for me"... ora não foi nada disto que se ouviu em directo a al-Gadhafi, mas sim "(eu) seria um desgraçado dirigente se não fosse amado pelo meu povo; estarei disposto a morrer por ele".
Cabe aqui recordar uma frase do ex-director da CIA William Colby: "a nossa "Central Intelligence Agency" manda em todos meios e pessoas com algum significado nos Media mais importantes"; outra de William B. Bader, alto quadro da mesma CIA: "Existe uma rede incrivel de enormes relacionamentos. Você não precisa de manipular a Time Magazine, por exemplo, porque eles têm pessoas (da Agência de Informações) colocadas ao mais alto nivel da gestão"; e para concluir o desabafo de um simples oficial dos que trabalham ao mais baixo nivel dos contactos com repórteres de rua, citado por Deborah Davis: "Você pode comprar um jornalista mais barato que uma boa prostituta, por duas ou três centenas de dólares mensais" (fonte)
João Soares no frente-a-frente da SicNoticias 28/2:
"suponha que de hoje para amanhã acontecerá uma qualquer revolta popular em Angola. O que dirão então do nosso relacionamento com semelhante regime?"... que desde a ajuda ao MPLA do Cavaco 1º ministro até ao Cavaco presidente tem desempenhado um papel fulcral no relançamento pelo investimento na economia portuguesa servindo-se da matilha de Isabel dos Santos?
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Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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segunda-feira, fevereiro 28, 2011
domingo, fevereiro 27, 2011
o filme da "revolta" árabe
Se olharmos para o mapa das "zonas libertadas" na Libia aparece-nos como claramente demonstrada a ingerência externa a partir do Egipto. Outra das novidades que não é novidade nenhuma é, a utilização pela estimulação da importância egocêntrica da "geração Facebook", com a finalidade de desviar a legitimização dos anseios das grandes massas para os grandes organismos internacionais (FMI, ONU, Banco Mundial,OMC, Nato para os casos de intervenção militar, etc), ultrapassando os governos e anulando na prática qualquer veleidade na criação de governos de esquerda hostis ao imperialismo
Há cinco hipóteses fortes que fundamentam a tese de uma intervenção militar na Líbia
1) As forças revoltosas (controladas pela CIA e pelo Pentágono) não dispõem de capacidade operacional para derrotar as forças de Muammar al-Gadhafi, a menos que surja um "mediador" que garanta um maior aprofundamento da divisão entre facções do exército
2) Consequentemente, manter uma ofensiva rebelde sem êxito imediato para derrubar al- Gadhafi poderia ser diluida no tempo e terminar num fracasso
3) Se bem que existam possibilidades certas que o envolvimento internacional e o estrangulamento económico possam acabar com o regime de al-Gadhafi, a resistência pode alargar-se unindo o povo e jogando contra a intervenção estrangeira
4) Por outro lado, o triunfo das forças rebeldes (um mosaico partido de interesses contrapostos e de grupos islâmicos infiltrados pela CIA) não garante nenhuma espécie de segurança de controlo pelos EUA/UE
5) Por conseguinte, só a solidificação de um processo de "democratização e pacificação" da Líbia (com a ajuda do Egipto, uma massa critica de 80 milhões de egipcios contra 6 milhões de libios) com a participação da oposição politica, pode dar garantias económicas, politicas e sociais a um projecto imperialista pós-Gadhafi
Nestas cinco razões enunciadas se fundamenta aquilo que o Pentágono e a Casa Branca denominam como o "abanão militar" na resolução do conflito com a Líbia e al-Gadhafi
Cronologia dos acontecimentos
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Há cinco hipóteses fortes que fundamentam a tese de uma intervenção militar na Líbia
1) As forças revoltosas (controladas pela CIA e pelo Pentágono) não dispõem de capacidade operacional para derrotar as forças de Muammar al-Gadhafi, a menos que surja um "mediador" que garanta um maior aprofundamento da divisão entre facções do exército
2) Consequentemente, manter uma ofensiva rebelde sem êxito imediato para derrubar al- Gadhafi poderia ser diluida no tempo e terminar num fracasso
3) Se bem que existam possibilidades certas que o envolvimento internacional e o estrangulamento económico possam acabar com o regime de al-Gadhafi, a resistência pode alargar-se unindo o povo e jogando contra a intervenção estrangeira
4) Por outro lado, o triunfo das forças rebeldes (um mosaico partido de interesses contrapostos e de grupos islâmicos infiltrados pela CIA) não garante nenhuma espécie de segurança de controlo pelos EUA/UE
5) Por conseguinte, só a solidificação de um processo de "democratização e pacificação" da Líbia (com a ajuda do Egipto, uma massa critica de 80 milhões de egipcios contra 6 milhões de libios) com a participação da oposição politica, pode dar garantias económicas, politicas e sociais a um projecto imperialista pós-Gadhafi
Nestas cinco razões enunciadas se fundamenta aquilo que o Pentágono e a Casa Branca denominam como o "abanão militar" na resolução do conflito com a Líbia e al-Gadhafi
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sábado, fevereiro 26, 2011
Negócios militares: uma nação independente dentro da Nação
(1) Três telegramas enviados em 2009 pelo então embaixador dos EUA Thomas Stephenson arrasam a organização de Defesa do Estado português – para além da compra de “brinquedos caros e inúteis” como os submarinos, inadequados para as tarefas prioritárias das missões de patrulha das zonas costeiras - o ex-embaixador descreve ainda um país de “generais sentados” (fora os brigadeiros e coronéis) dizendo que os responsáveis da Defesa (cujo comandante em chefe das Forças Armadas é Cavaco Silva) não são capazes de tomar decisões e que “os militares têm uma cultura de status quo, em que as posições-chave são ocupadas por carreiristas que evitam entrar em controvérsias”. O embaixador sublinha ainda que “Portugal tem a mais alta percentagem de almirantes e generais por metro quadrado e por soldado que quase todas as outras forças armadas mundiais. O terceiro telegrama da Wikileaks acusa Rui Machete dignitário do PSD e ex-presidente da Fundação Luso-Americana (FLAD) de má gestão e de se recusar a prestar contas à Embaixada dos Estados Unidos em Lisboa" (Público)
Jornal I 22/Fevereiro: "A venda de armamento está a subir sustentadamente na última década. Desde 2002 o crescimento real foi de 59 por cento". Os dez maiores conglomerados produtores de armas segundo o relatório do SIPRI 2009 (em milhões de dólares):
01 - Lockheed Martin ------ Estados Unidos - 33.430
02 - BAE Systems --------- Grã-Bretanha --- 32.250
03 - Boeing Corp. ---------- Estados Unidos - 32.200
04 - Northrop Grummam -- Estados Unidos - 27.000
05 - General Dynamics -----Estados Unidos - 25.590
06 - Raytheon Corp. ------- Estados Unidos - 23.080
07 - EADS ------------------- União Europeia - 15.930
08 - Finmeccanica ---------- Itália ------------ 13.280
09 - L3Communications ---- Estados Unidos - 13.010
10 - United Techno. -------- Estados Unidos - 11.110
(1) A fotografia em cima à esquerda (publicada no jornal Público) é de uma criança que se "voluntariou" (ou melhor dizendo, foi voluntariada pelos pais) para efectuar exercicios militares no Dia de Defesa Nacional na Escola Militar do Porto
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Jornal I 22/Fevereiro: "A venda de armamento está a subir sustentadamente na última década. Desde 2002 o crescimento real foi de 59 por cento". Os dez maiores conglomerados produtores de armas segundo o relatório do SIPRI 2009 (em milhões de dólares):
01 - Lockheed Martin ------ Estados Unidos - 33.430
02 - BAE Systems --------- Grã-Bretanha --- 32.250
03 - Boeing Corp. ---------- Estados Unidos - 32.200
04 - Northrop Grummam -- Estados Unidos - 27.000
05 - General Dynamics -----Estados Unidos - 25.590
06 - Raytheon Corp. ------- Estados Unidos - 23.080
07 - EADS ------------------- União Europeia - 15.930
08 - Finmeccanica ---------- Itália ------------ 13.280
09 - L3Communications ---- Estados Unidos - 13.010
10 - United Techno. -------- Estados Unidos - 11.110
(1) A fotografia em cima à esquerda (publicada no jornal Público) é de uma criança que se "voluntariou" (ou melhor dizendo, foi voluntariada pelos pais) para efectuar exercicios militares no Dia de Defesa Nacional na Escola Militar do Porto
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sexta-feira, fevereiro 25, 2011
Libia, a segunda etapa da "revolta" colorida pela CIA
Após o fracasso da operação relâmpago shock&awe para expulsar o lider da "Revolução Verde" da Líbia e logo que o exército desmantelou rapidamente a "revolta popular" (uma coisa inexplicável num sistema de democracia de bases) ...
... os promotores da operação avançaram de imediato para uma segunda fase: o lançamento no terreno dos mercenários que al-Gadhafi classificou de pronto como pertencentes à famigerada al-Qaeda, a organização invisivel acusada de terrorismo contra a qual George W. Bush desencadeou um combate que tem posto o mundo de pantanas. Bush e al-Gadhafi de acordo? Confuso? - se os protestos organizados usando as redes de comunicação social a partir do exterior derivaram numa rebelião armada que se aproveita do trabalho psicológico previamente executado sobre as diferenças étnicas na Libia, foi porque os tais mercenários (apresentados no Ocidente como sendo assassinos contratados por al-Gadhafi) são de facto grupos (fundamentalmente islâmicos) mentalizados e treinados no Egipto por forças especiais dos Estados Unidos e Israel - a sua entrada em território líbio (ver mapa em baixo) congregou rapidamente a adesão popular à sua volta nas zonas tribais controladas pelos golpistas. Entretanto, as sanções impostas unilateralmente pelos Estados Unidos (num país semi-árido mas rico em petróleo e que o troca importando a quase totalidade dos alimentos que consome), a ameaça de intervenção armada pela NATO (o petróleo é nosso) e o fechar de portas com a expulsão da Libia da Organização das Nações Unidas fazem adivinhar para breve no país um panorama de fome colectiva generalizada
... os promotores da operação avançaram de imediato para uma segunda fase: o lançamento no terreno dos mercenários que al-Gadhafi classificou de pronto como pertencentes à famigerada al-Qaeda, a organização invisivel acusada de terrorismo contra a qual George W. Bush desencadeou um combate que tem posto o mundo de pantanas. Bush e al-Gadhafi de acordo? Confuso? - se os protestos organizados usando as redes de comunicação social a partir do exterior derivaram numa rebelião armada que se aproveita do trabalho psicológico previamente executado sobre as diferenças étnicas na Libia, foi porque os tais mercenários (apresentados no Ocidente como sendo assassinos contratados por al-Gadhafi) são de facto grupos (fundamentalmente islâmicos) mentalizados e treinados no Egipto por forças especiais dos Estados Unidos e Israel - a sua entrada em território líbio (ver mapa em baixo) congregou rapidamente a adesão popular à sua volta nas zonas tribais controladas pelos golpistas. Entretanto, as sanções impostas unilateralmente pelos Estados Unidos (num país semi-árido mas rico em petróleo e que o troca importando a quase totalidade dos alimentos que consome), a ameaça de intervenção armada pela NATO (o petróleo é nosso) e o fechar de portas com a expulsão da Libia da Organização das Nações Unidas fazem adivinhar para breve no país um panorama de fome colectiva generalizada
(ler análise em IARNoticias)
mapa da "revolta" introduzida a partir do exterior
(clique na imagem para ampliar)
mapa da "revolta" introduzida a partir do exterior
(clique na imagem para ampliar)
o que se passa verdadeiramente na Líbia
A primeira fase do golpe da CIA falhou; Walter Martinez, em colaboração com os enviados especiais da Telesur (23/2)
25/2 - "Venezuela critica 'dupla moral' da comunidade internacional na crise da Líbia"
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25/2 - "Venezuela critica 'dupla moral' da comunidade internacional na crise da Líbia"
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quinta-feira, fevereiro 24, 2011
serviço combinado
enquanto a Libia enfrenta o espectro de uma guerra civil deliberadamente provocada a partir do exterior, e os EUA sofrem acusações por terem (as usual) desprezado os direitos humanos no Bahrein...
... há unanimidade e o uso despudorado do chavão "liberdade" - ao serviço da Nova Ordem Mundial que faz o seu caminho com a colaboração em uníssuno dos maiores embusteiros com as suas sombras esquerdistas (Jung explica isto pelo refluxo de sinais entre o consciente individual e o inconsciente colectivo manipulado pelos simbolos). Assim, vemos todos os que enviam spin para o espaço público, desde grandes conglomerados dos Media, passando por opinadores profissionais até a simples alcoviteiros de blogue corporativo a dizer a mesma coisa. O maior grupo global de Media, a empresa judaico-sionista AOL-TimeWarner, faz capa da revista de maior tiragem mundial com a manchete sobre a "revolta árabe: "A Geração que Está a Mudar o Mundo - Por que é que eles estão a fazer História, o que é que a Juventude pretende da Democracia?",,, no Arrastão: "a Liberdade (reductio ad abstractum) é possível em qualquer lado",,, Esther Mucznik, a agente da Comunidade Israelita de Lisboa: "Se o Islão não é solução talvez a Democracia o seja",,, Renato Teixeira no 5Dias: "Dia 12 e 19 de Março todos à rua para fazer do Marquês de Pombal a nossa Praça da Libertação!" (sem lideres, sem programa de acção, isso é o que o regime quer, para apanhar carne fresca para bastão),,, Eduardo Lourenço: "Não nos iludamos, o Islão não se converterá ao nosso modelo...", ou seja o notável sócio honorário da FLAD cola a sua marca intelectual sobre as guerras religiosas aos cronistas do Correio da Manhã": "Nada feito sobre a moção de censura a apresentar contra os regimes árabes que segregam os cristãos, pela apagada e vil cobardia deste pobre Luis Amado Maomé" (sic),,, por último o caderno editorial do Público: "Chamam-lhe a revolução da Internet, a revolução dos jovens do Facebook, Uma revolução pacifica, sem lideres e sem ideologia (linda esta parte), que ninguém previu, mas que em 18 dias derrubou uma das mais sólidas ditaduras do Médio Oriente. Será a revolução do futuro? Que força é esta, que começou na Tunísia, triunfou no Egipto e ameaça tomar o mundo?" (esperem-lhe pela pancada do mais do mesmo) - tanta verborreia de fundilhos alapados por escritórios e cafés, de gente sem a minima ligação às grandes massas de trabalhadores,
ou como diria uma deputada de um desses partidos do Bloco Central da qual não fixei o nome: "é preciso que alguma coisa mude para que tudo permaneça igual aos tempos do Burt Lancaster", mas com outros actores do malabarismo imperialista - by the way,
a cereja em cima do bolo: "Barack Obama acaba de condecorar George Bush com a medalha da Liberdade", ou seja, condecora o director responsável pela globalização da CIA desde 1976, vice-presidente de Ronald Reagan por dois mandatos, Presidente entre 1881 a 1993 e pai do presidente Bush2 que exerceu o mandato entre 2001 e 2009 ordenando a invasão do Afeganistão e do Iraque, que encerra um ciclo familiar de activação da Nova Ordem Mundial de 33 anos e deixa um legado de violência exercida sobre os povos - e depois de tudo isto o al-Gadhafi lider da revolução na pequena Líbia é que é "o perigoso ditador que se eterniza no poder", Poder com o qual estão a tentar fazer exactamente o mesmo que fizeram ao assassinar o lider do movimento Baas pró-socialista Saddam Hussein (ambos os crimes, entre outros, cometidos pelo conforto do petróleo que o Ocidente não quer pagar pelo preço justo, o que a acontecer libertaria de facto os povos oprimidos)... (ver o aviso de Obama à Libia)
... há unanimidade e o uso despudorado do chavão "liberdade" - ao serviço da Nova Ordem Mundial que faz o seu caminho com a colaboração em uníssuno dos maiores embusteiros com as suas sombras esquerdistas (Jung explica isto pelo refluxo de sinais entre o consciente individual e o inconsciente colectivo manipulado pelos simbolos). Assim, vemos todos os que enviam spin para o espaço público, desde grandes conglomerados dos Media, passando por opinadores profissionais até a simples alcoviteiros de blogue corporativo a dizer a mesma coisa. O maior grupo global de Media, a empresa judaico-sionista AOL-TimeWarner, faz capa da revista de maior tiragem mundial com a manchete sobre a "revolta árabe: "A Geração que Está a Mudar o Mundo - Por que é que eles estão a fazer História, o que é que a Juventude pretende da Democracia?",,, no Arrastão: "a Liberdade (reductio ad abstractum) é possível em qualquer lado",,, Esther Mucznik, a agente da Comunidade Israelita de Lisboa: "Se o Islão não é solução talvez a Democracia o seja",,, Renato Teixeira no 5Dias: "Dia 12 e 19 de Março todos à rua para fazer do Marquês de Pombal a nossa Praça da Libertação!" (sem lideres, sem programa de acção, isso é o que o regime quer, para apanhar carne fresca para bastão),,, Eduardo Lourenço: "Não nos iludamos, o Islão não se converterá ao nosso modelo...", ou seja o notável sócio honorário da FLAD cola a sua marca intelectual sobre as guerras religiosas aos cronistas do Correio da Manhã": "Nada feito sobre a moção de censura a apresentar contra os regimes árabes que segregam os cristãos, pela apagada e vil cobardia deste pobre Luis Amado Maomé" (sic),,, por último o caderno editorial do Público: "Chamam-lhe a revolução da Internet, a revolução dos jovens do Facebook, Uma revolução pacifica, sem lideres e sem ideologia (linda esta parte), que ninguém previu, mas que em 18 dias derrubou uma das mais sólidas ditaduras do Médio Oriente. Será a revolução do futuro? Que força é esta, que começou na Tunísia, triunfou no Egipto e ameaça tomar o mundo?" (esperem-lhe pela pancada do mais do mesmo) - tanta verborreia de fundilhos alapados por escritórios e cafés, de gente sem a minima ligação às grandes massas de trabalhadores,
ou como diria uma deputada de um desses partidos do Bloco Central da qual não fixei o nome: "é preciso que alguma coisa mude para que tudo permaneça igual aos tempos do Burt Lancaster", mas com outros actores do malabarismo imperialista - by the way,
a cereja em cima do bolo: "Barack Obama acaba de condecorar George Bush com a medalha da Liberdade", ou seja, condecora o director responsável pela globalização da CIA desde 1976, vice-presidente de Ronald Reagan por dois mandatos, Presidente entre 1881 a 1993 e pai do presidente Bush2 que exerceu o mandato entre 2001 e 2009 ordenando a invasão do Afeganistão e do Iraque, que encerra um ciclo familiar de activação da Nova Ordem Mundial de 33 anos e deixa um legado de violência exercida sobre os povos - e depois de tudo isto o al-Gadhafi lider da revolução na pequena Líbia é que é "o perigoso ditador que se eterniza no poder", Poder com o qual estão a tentar fazer exactamente o mesmo que fizeram ao assassinar o lider do movimento Baas pró-socialista Saddam Hussein (ambos os crimes, entre outros, cometidos pelo conforto do petróleo que o Ocidente não quer pagar pelo preço justo, o que a acontecer libertaria de facto os povos oprimidos)... (ver o aviso de Obama à Libia)
(clique no recorte para ampliar)
1 cêntimo de cada vez que um palerma, ou um agente de comunicação do Poder, pronuncia a palavra "Liberdade" - um lingote de ouro por cada vez que um judeu Sionista (a sombra politica de Wall-Street) pronuncia essa mesma palavra "Liberdade" - é isto a "democracia", um sistema de representação onde estamos todos a ficar cada vez mais ricos
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quarta-feira, fevereiro 23, 2011
os limites do anti-sionismo
Confesso que foi comovedor ver ontem Benjamin Netanyahu nas tvs a dissertar sobre “democracia nos paises árabes”
Além de não responder às questões que levanta sobre “os limites do anti-sionismo” (se existem limites é porque parte da doutrina Sionista é boa e para ser preservada como decente) o grande Inquisidor de serviço no blogue 5Dias (neste post de carácter ofensivo ad-hominen) acaba de publicar a seguinte sentença:
"António Figueira says:
23 de Fevereiro de 2011 at 1:14
Say no more…
Se isto não é anti-semitismo e alarvidade pura, é o quê?
Xatoo, nos meus posts, o teu tempo de antena acabou"
Só para averiguar se o resto dos autores do blogue acompanham esta politica censória ou se eventualmente legitimam esta tomada de posição, publiquei novamente este comentário na caixa de outro autor, notando se o mais correcto não seria correr dali para fora com o reaccionarismo figueirêudico – senão não se perceberia lá muito bem porque é que houve uma famosa cisão com os autores do Vias de Facto quando afinal se trata da mesma ideologia”. O comentário foi novamente censurado por Renato Teixeira, o que não é novidade, Nuno Ramos de Almeida já apagou outros sobre o mesmo tema - quando se trata de debater assuntos relacionados com a questão judaica no modo actual do Sionismo como doutrina com pretensões à hegemonia universal, os escribas da pseudo-esquerda vergam-se ao poder das cátedras culturais que lhes pagam os salários
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Além de não responder às questões que levanta sobre “os limites do anti-sionismo” (se existem limites é porque parte da doutrina Sionista é boa e para ser preservada como decente) o grande Inquisidor de serviço no blogue 5Dias (neste post de carácter ofensivo ad-hominen) acaba de publicar a seguinte sentença:
"António Figueira says:
23 de Fevereiro de 2011 at 1:14
Say no more…
Se isto não é anti-semitismo e alarvidade pura, é o quê?
Xatoo, nos meus posts, o teu tempo de antena acabou"
Só para averiguar se o resto dos autores do blogue acompanham esta politica censória ou se eventualmente legitimam esta tomada de posição, publiquei novamente este comentário na caixa de outro autor, notando se o mais correcto não seria correr dali para fora com o reaccionarismo figueirêudico – senão não se perceberia lá muito bem porque é que houve uma famosa cisão com os autores do Vias de Facto quando afinal se trata da mesma ideologia”. O comentário foi novamente censurado por Renato Teixeira, o que não é novidade, Nuno Ramos de Almeida já apagou outros sobre o mesmo tema - quando se trata de debater assuntos relacionados com a questão judaica no modo actual do Sionismo como doutrina com pretensões à hegemonia universal, os escribas da pseudo-esquerda vergam-se ao poder das cátedras culturais que lhes pagam os salários
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terça-feira, fevereiro 22, 2011
Modos de Cozinhar a História (1)
semitismo cultural com epilogo numa "estória do judeu Pessoa"
"Durante a guerra franco-prussiana (1870-1871) Nietzsche alistou-se no exército alemão, mas o seu ardor patriótico logo se desvaneceu, pois, para ele, a vitória da Alemanha sobre a França teria como consequência "um poder altamente perigoso para a cultura". Nessa época, aplaudia as palavras do seu colega em Basiléia, Jacob Burckhardt (1818-1897), que insistia junto dos seus alunos para que não tomassem o triunfo militar e a expansão de um Estado como indício de verdadeira grandeza" - a escola historiográfica de filosofia judaizante (que ao canibalizar os valores iluministas da época, por exemplo, pela filosofia da "renascença judaica" de Moses Mendelssohn) advogou a compartimentação de temas isolados por épocas estanques (encarnado pela figura de Jacob Burckhardt, que por surpreendente que possa parecer foi o inventor da expressão "renascença italiana" nada e criada na Suiça em 1855, (1) uma invenção tardia portanto, que tem mais a ver com os interesses a estabelecer na época em que foi escrito o livro do que com os acontecimentos relatados propriamente ditos - os nacionalismos europeus, sionismo incluido), ou seja, trata-se de fabricar História no sentido diametralmente oposto ao da Escola dos Annales dos enciclopedistas do Iluminismo francês (d`Alembert, Diderot, d`Holbach, Voltaire) a filosofia humanista genuina nascida da Revolução que advogava o estudo da História levando sempre em linha de conta periodos longos e as respectivas evoluções interclassistas entre as sucessivas épocas.
"Derrubar ídolos esse sim é meu ofício" disse Nietzsche depois de despir a farda - se a sua empreitada reaccionária tivesse perdurado bem que podia ter servido para derrubar o nosso mito mais nietzscheziano, o do judeu Fernando Pessoa: o poeta da "Mensagem" cuja idiossincracia era a elegia ao nosso promitente ditador - "Mensagem dedicada ao nosso Presidente-Rei" - ditador a sério que era para ter sido Sidónio Pais, mas que por obra e graça de uma abençoada bala nos cornos, não teve tempo para ser; os portugueses de boa cepa, da vinha que alimentou um milhão deles, tiveram de se contentar com o subproduto Salazar. A miséria. Contudo o mito da alma fascista pessoana permanece intacto. E o método historiográfico de estudar e compartimentar as Artes e a Cultura de Burckhardt também (das recentes comemorações oficias da República não saiu nem um indicio da obra de Pessoa relacionada como o Sidonismo - por estas e por outras, e porque o Poder sabe muito bem que a cultura conquista mais mentes que um Exército sem farda de intelectuais desempregados - é que o Ministério veio agora (em época de crise aguda, como Sócrates, Cavaco e quejandos o sabem muito melhor) distribuir generosamente mais uns milhões pelo nicho de mercado dos profissionais da Kultura da classe dominante
(1) "The Renaissance: Made in Switzerland"
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"Durante a guerra franco-prussiana (1870-1871) Nietzsche alistou-se no exército alemão, mas o seu ardor patriótico logo se desvaneceu, pois, para ele, a vitória da Alemanha sobre a França teria como consequência "um poder altamente perigoso para a cultura". Nessa época, aplaudia as palavras do seu colega em Basiléia, Jacob Burckhardt (1818-1897), que insistia junto dos seus alunos para que não tomassem o triunfo militar e a expansão de um Estado como indício de verdadeira grandeza" - a escola historiográfica de filosofia judaizante (que ao canibalizar os valores iluministas da época, por exemplo, pela filosofia da "renascença judaica" de Moses Mendelssohn) advogou a compartimentação de temas isolados por épocas estanques (encarnado pela figura de Jacob Burckhardt, que por surpreendente que possa parecer foi o inventor da expressão "renascença italiana" nada e criada na Suiça em 1855, (1) uma invenção tardia portanto, que tem mais a ver com os interesses a estabelecer na época em que foi escrito o livro do que com os acontecimentos relatados propriamente ditos - os nacionalismos europeus, sionismo incluido), ou seja, trata-se de fabricar História no sentido diametralmente oposto ao da Escola dos Annales dos enciclopedistas do Iluminismo francês (d`Alembert, Diderot, d`Holbach, Voltaire) a filosofia humanista genuina nascida da Revolução que advogava o estudo da História levando sempre em linha de conta periodos longos e as respectivas evoluções interclassistas entre as sucessivas épocas.
"Derrubar ídolos esse sim é meu ofício" disse Nietzsche depois de despir a farda - se a sua empreitada reaccionária tivesse perdurado bem que podia ter servido para derrubar o nosso mito mais nietzscheziano, o do judeu Fernando Pessoa: o poeta da "Mensagem" cuja idiossincracia era a elegia ao nosso promitente ditador - "Mensagem dedicada ao nosso Presidente-Rei" - ditador a sério que era para ter sido Sidónio Pais, mas que por obra e graça de uma abençoada bala nos cornos, não teve tempo para ser; os portugueses de boa cepa, da vinha que alimentou um milhão deles, tiveram de se contentar com o subproduto Salazar. A miséria. Contudo o mito da alma fascista pessoana permanece intacto. E o método historiográfico de estudar e compartimentar as Artes e a Cultura de Burckhardt também (das recentes comemorações oficias da República não saiu nem um indicio da obra de Pessoa relacionada como o Sidonismo - por estas e por outras, e porque o Poder sabe muito bem que a cultura conquista mais mentes que um Exército sem farda de intelectuais desempregados - é que o Ministério veio agora (em época de crise aguda, como Sócrates, Cavaco e quejandos o sabem muito melhor) distribuir generosamente mais uns milhões pelo nicho de mercado dos profissionais da Kultura da classe dominante
(1) "The Renaissance: Made in Switzerland"
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segunda-feira, fevereiro 21, 2011
Construir nas encostas
Previsível, o desastre na Madeira que fez ontem dia 20 um ano, já tinha sido anunciado com antecedência no programa Biosfera na RTP2 em 2008.
Em 2011, um ano depois da tragédia na ilha da Madeira, a oportunidade de reconversão do urbanismo para enfrentar catástrofes ambientais foi desperdiçada. As casas destruidas continuam na sua maior parte a ser reconstruidas exactamente nos mesmo locais e condições. As "ajudas" do governo, apesar da habitual propaganda de ocasião, foram escassas ou inexistentes (265 milhões de reforço do Fundo de Coesão europeu e 31,2 milhões do Fundo de Solidariedade europeu nunca chegaram), encurralados, cada um dos habitantes afectados (como no Brasil) procura safar-se como pode; E as autoridades com poder sobre o Urbanismo "ajudam-nos" continuando a seguir atrás da falta de planeamento e a legalizar a situação arriscada de manter construções nas encostas, linhas de água e no entaipamento forçado de ribeiras. O que lhes interessa é a cobrança de fontes de receita imobiliária e o conceito de “desenvolvimento”... no erro – à espera de nova tragédia:
Em 2011, um ano depois da tragédia na ilha da Madeira, a oportunidade de reconversão do urbanismo para enfrentar catástrofes ambientais foi desperdiçada. As casas destruidas continuam na sua maior parte a ser reconstruidas exactamente nos mesmo locais e condições. As "ajudas" do governo, apesar da habitual propaganda de ocasião, foram escassas ou inexistentes (265 milhões de reforço do Fundo de Coesão europeu e 31,2 milhões do Fundo de Solidariedade europeu nunca chegaram), encurralados, cada um dos habitantes afectados (como no Brasil) procura safar-se como pode; E as autoridades com poder sobre o Urbanismo "ajudam-nos" continuando a seguir atrás da falta de planeamento e a legalizar a situação arriscada de manter construções nas encostas, linhas de água e no entaipamento forçado de ribeiras. O que lhes interessa é a cobrança de fontes de receita imobiliária e o conceito de “desenvolvimento”... no erro – à espera de nova tragédia:
Programa de 26 de Janeiro/2011
domingo, fevereiro 20, 2011
Há zaragata civil nas imediações do USCENTCOM
o Bahrain não é um país; é um território (com o mesmo estatuto de Guantanamo) onde está sediada a 5ª Esquadra Naval dos Estados Unidos e o Comando Unificado para todas as forças de intervenção no Médio Oriente - e local onde estejam aquartelados individuos de tão altas patentes,
e moral a condizer, é porque se podem já considerar como "zonas democráticas libertadas" - que por qualquer acidente fortuito existam populações reinvindicativas em redor das instalações militares é um mero incidente que deve ser sanado com os mesmos meios, isto é, militarmente. Daí o enorme aparato repressivo que a oligarquia do protectorado civil local fez entrar imediatamente em acção. (Robert Fisk: "Imagens de um massacre no reino do Bahrein")
Estados Unidos reconhecem os "anseios de liberdade" onde quer que seja, menos na Palestina
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e moral a condizer, é porque se podem já considerar como "zonas democráticas libertadas" - que por qualquer acidente fortuito existam populações reinvindicativas em redor das instalações militares é um mero incidente que deve ser sanado com os mesmos meios, isto é, militarmente. Daí o enorme aparato repressivo que a oligarquia do protectorado civil local fez entrar imediatamente em acção. (Robert Fisk: "Imagens de um massacre no reino do Bahrein")
Estados Unidos reconhecem os "anseios de liberdade" onde quer que seja, menos na Palestina
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sábado, fevereiro 19, 2011
o bitáite do merceeiro
"Há mais conhecimento, sofisticação, capacidade estratégica e visão de longo prazo no conselho de administração da Jerónimo Martins do que no conselho de ministros"
(lido no blogue Blasfémias)
A mundivisão desta associação de palermas blogosféricos deu-lhes para isto - para admitir que a opinião de uma cadeia multinacional de merceeiros, com acesso a ampla divulgação nos Media, tenha legitimidade para se pronunciar politicamente sobre a organização social de um país. Por via da justiça equitativa da análise, pena é que o salário e as condições de flexibilidade no trabalho do João Miranda não sejam equiparáveis ao salário de um caixa de supermercado
onde estão os produtos nacionais?
(lido no blogue Blasfémias)
A mundivisão desta associação de palermas blogosféricos deu-lhes para isto - para admitir que a opinião de uma cadeia multinacional de merceeiros, com acesso a ampla divulgação nos Media, tenha legitimidade para se pronunciar politicamente sobre a organização social de um país. Por via da justiça equitativa da análise, pena é que o salário e as condições de flexibilidade no trabalho do João Miranda não sejam equiparáveis ao salário de um caixa de supermercado
onde estão os produtos nacionais?
sexta-feira, fevereiro 18, 2011
quinta-feira, fevereiro 17, 2011
os designios dos passos coelhos de serviço à crise fabricada para pôr todos os trabalhadores globalmente ao nivel do terceiro mundo
Violentos protestos eclodiram hoje em frente e dentro do parlamento do Estado norte-americano de Wisconsin onde Scott Walker, a jovem estrela do partido Republicano empossada como governador apenas há seis semanas, pretende aprovar...
... uma nova lei anti- sindical destinada a despojar os trabalhadores do sector público do direito de negociação em contratos colectivos de trabalho; uma tal lei, que incentiva os contratos precários individuais, a ser aprovada, obrigará os trabalhadores a pagar mais 5,8% pelo sistema de saúde privado e mais 12,6% pelos prémios de seguros médicos obrigatórios (fonte). Walker diz que esta é a única forma para pagar (em 3 anos) o défice do Estado que se situa actualmente nos 3,6 mil milhões de dólares...
"o povo unido jamais será vencido", cantam os manifestantes (de onde é que nós nos lembramos disto?) Entretanto existe gente literalmente acampada no hall de entrada do parlamento
... uma nova lei anti- sindical destinada a despojar os trabalhadores do sector público do direito de negociação em contratos colectivos de trabalho; uma tal lei, que incentiva os contratos precários individuais, a ser aprovada, obrigará os trabalhadores a pagar mais 5,8% pelo sistema de saúde privado e mais 12,6% pelos prémios de seguros médicos obrigatórios (fonte). Walker diz que esta é a única forma para pagar (em 3 anos) o défice do Estado que se situa actualmente nos 3,6 mil milhões de dólares...
"o povo unido jamais será vencido", cantam os manifestantes (de onde é que nós nos lembramos disto?) Entretanto existe gente literalmente acampada no hall de entrada do parlamento
quarta-feira, fevereiro 16, 2011
efeméride sobre o sistema eleitoral burguês
em 16 de Fevereiro de 1936 a Frente Popular vence as eleições em Espanha com uma diferença de 150 mil votos sobre a Frente Nacional.
Em 14 de agosto, Franco tinha invadido a cidade de Badajoz, massacrando milhares de prisioneiros na passagem. Em 19 de Agosto de 1936, o poeta Federico García Lorca é fuzilado pelos militantes do partido franquista perto de Granada. O generalíssimo Francisco Franco, líder dos nacionalistas rebeldes espanhóis, é proclamado chefe de Estado e “Caudillo de España por la Gracia de Dios” em Burgos a 1 de Outubro de 1936. No dia 6 de Novembro, depois da derrota das forças socialistas em Toledo, o primeiro-ministro Largo Caballero é obrigado a abandonar a capital Madrid. Em 20 de Novembro de 1936, o fundador do movimento fascista da Falange Espanhola (em 1933), José Primo de Rivera, é executado pelas forças que restavam do governo popular da Espanha. Em 1933, as eleições "democráticas" tinham trazido os conservadores de volta ao poder sendo Francisco Franco então promovido a major-general. Depois do aniquilamentos dos opositores o ditador Franco, formado como militar desde os 14 anos, governou a Espanha até a morte em 1975, transmitindo o poder incólume da oligarquia do país para a Monarquia dos Bourbons. A ditadura prosseguiu mascarada de democracia e finalmente o conflito entre "esquerda e direita" tinha terminado, meio milhão de mortos depois
* relacionado:
Bush apoyó la participación de España en el G-20 para obstaculizar la regulación de flujos de capital
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Em 14 de agosto, Franco tinha invadido a cidade de Badajoz, massacrando milhares de prisioneiros na passagem. Em 19 de Agosto de 1936, o poeta Federico García Lorca é fuzilado pelos militantes do partido franquista perto de Granada. O generalíssimo Francisco Franco, líder dos nacionalistas rebeldes espanhóis, é proclamado chefe de Estado e “Caudillo de España por la Gracia de Dios” em Burgos a 1 de Outubro de 1936. No dia 6 de Novembro, depois da derrota das forças socialistas em Toledo, o primeiro-ministro Largo Caballero é obrigado a abandonar a capital Madrid. Em 20 de Novembro de 1936, o fundador do movimento fascista da Falange Espanhola (em 1933), José Primo de Rivera, é executado pelas forças que restavam do governo popular da Espanha. Em 1933, as eleições "democráticas" tinham trazido os conservadores de volta ao poder sendo Francisco Franco então promovido a major-general. Depois do aniquilamentos dos opositores o ditador Franco, formado como militar desde os 14 anos, governou a Espanha até a morte em 1975, transmitindo o poder incólume da oligarquia do país para a Monarquia dos Bourbons. A ditadura prosseguiu mascarada de democracia e finalmente o conflito entre "esquerda e direita" tinha terminado, meio milhão de mortos depois
* relacionado:
Bush apoyó la participación de España en el G-20 para obstaculizar la regulación de flujos de capital
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... "é preciso fazer sacrificios"
Existe a "crise", não há dinheiro para as funções sociais essenciais de competência do Estado, e no entanto, por motivos que escapam à soberania democrática da população do país,
para a empreitada imperialista das forças armadas, uma empresa estranha aos interesses da generalidade dos cidadãos:
"há urgência em gastar (mais) 1 milhão e meio de euros a contratar serviços e comprar material necessários à constituição, projecção e manutenção no teatro de operações de uma força da "guarda nacional republicana" - nem "republicana" nem "nacional" porque colabora na invasão fascista e no saque de paises estrangeiros
Assim sendo, será oportuno reportarmo-nos áqueles que são os patrões dos gestores desta horda armada a peso de ouro pelo dinheiro espoliado aos contribuintes - ou seja, um olhar para aprender um pouco mais sobre o ministério da Defesa dos Estados Unidos
* 'Era dos regimes apoiados pelos EUA acabou', diz o Presidente do Irão
* Boaventura Sousa Santos defende acções coordenadas para fazer implodir o sistema capitalista
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terça-feira, fevereiro 15, 2011
13 Fevereiro: o Holocausto de Dresden
se os que escreveram o "antigo testamento" juraram a pés juntos e puseram por escrito que existem espiritos, devemos honrar o espírito destas vítimas, nunca esquecendo o dia 13 de Fevereiro de 1945. Estes corpos não são de judeus, por isso devemos pugnar para que estes mortos não sejam negados
600 mil bombas sobre uma única cidade: "Vocês rapazes queimaram isto de fio a pavio, converteram este sitio numa simples coluna de fumo. Morreu aqui mais gente nesta tempestade de fogo, que morreu em Hiroshima e Nagasaki, as duas cidades juntas" (Kurt Vonnegut)
segunda-feira, fevereiro 14, 2011
Falência e Recuperação, Tiro e Queda
Dias Loureiro revelou na comissão de inquérito que o libanês El-Assir é amigo do ex-presidente norte-americano Bill Clinton e do rei Juan Carlos de Espanha, com quem jantou várias vezes - 'El-Assir não se dedica ao comércio de armas. Perguntei-lhe e ele disse-me que não.'
"A corrupção é o cancro da democracia. Corrupção e democracia são incompatíveis. (...) o que se passa em Espanha é que já ninguém tem medo de ser corrupto porque os que o são continuam a ser eleitos" (Baltazar Garzòn)
O relatório elaborado pela Comissão nomeada pelo próprio causador para “investigar a crise” acaba de concluir que a situação provocada pelo anunciado crash de 2008 poderia ter sido evitada (NewYorkTimes). Não, não podia – porque se tratou de uma conspiração no processo de acumulação capitalista destinada a concentrar em cada vez menos mãos o poder de decidir como e quem beneficia da rede global de emissão de dinheiro e da actividade comercial de especular com as dívidas contraídas por instituições ou países.
O relatório de 576 páginas “acusa como grandes responsáveis os Reguladores (FDIC, Bancos Centrais, etc.), a Reserva Federal, Governos (1) e Executivos pagos a peso de ouro” – “(...) a maior tragédia é aceitarmos que ninguém poderia ter previsto que isto ia acontecer” – afinal os grandes culpados da grande hecatombe estão identificados, conclui o relatório...
...tudo começou em Bill Clinton, que no ano 2000 aceitou que os derivados emitidos pela Banca ficassem livres de controlo regulatório (senão seria a falência imediata). Foram gastos milhares de milhões pelos lóbies favoráveis a desregulamentar o mercado dos Derivados; e o segundo grande culpado: Alan Greenspan, apontado como “o exemplo principal de negligência, primeiro pela desregulamentação completa, e segundo, por não ter identificado os activos tóxicos (2) que os bancos foram acumulando nos balanços falsificados (senão teriam falido antes de os emitirem)
A admnistração Bush é poupada, apenas criticada pela “resposta inconsistente”; e Henry Paulson por ter dito em 2007 que “a crise do subprime” estava contida. Não por ter mentido.
Depois do interregno desde 2008 os grandes bancos voltaram este ano em força para participar no Fórum Económico Mundial dos ricos em Davos. Trouxeram uma mensagem muito clara para os governantes das principais economias mundiais: não exagerem nessa conversa da regulação. Introduzida a retórica da regulação financeira nos seus discursos (menos na implementação), a cimeira de Davos vem vincar de forma mais evidente quem é que manda. O Bancos foram claramente ameaçar os governos a não regularem o sector bancário e financeiro, argumentando que sem os bancos não haverá financiamento para investimentos e recuperação da economia, isto é, nas palavras do presidente do banco Intesa: «quem detém o capital para haver investimento e recuperação económica são os Bancos, meus senhores, não são os Estados. Os senhores já não têm capital para reanimar as economias; os governos, as empresas e os cidadãos estão em dívida para connosco. Somos nós que somos decisivos»
a “crise” de 2008 foi deliberadamente provocada pelos bancos i.e. poder financeiro numa clara opção pela concentração capitalista - os beneficiários da “crise” são a Goldman Sachs, JPMorgan, Citigroup, Bank of America, (e avulso o investidor judeu-nazi Georg Soros) como mega-entidades bancárias que se propõem especular (legalmente, segundo a lei feita pelos próprios) com Estados inteiros. Falta precisar que estes bancos regionais, via BCE , são meros distribuidores do negócio (2) comandado a partir da Reserva Federal norte americana (3)
(1) Exemplo notável é o ex-governador do BdP, Vitor Constâncio, que, na qualidade de um dos mais voluntariosos angariadores de juros do negócio, foi premiado com a promoção a vice -presidente do BCE
(2) a Crise provocada e os lucros da Banca nacional
(3) a Crise provocada por Wall Street: Big Bad Bankers, Zachary Karabell na Time Magazine
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"A corrupção é o cancro da democracia. Corrupção e democracia são incompatíveis. (...) o que se passa em Espanha é que já ninguém tem medo de ser corrupto porque os que o são continuam a ser eleitos" (Baltazar Garzòn)
O relatório elaborado pela Comissão nomeada pelo próprio causador para “investigar a crise” acaba de concluir que a situação provocada pelo anunciado crash de 2008 poderia ter sido evitada (NewYorkTimes). Não, não podia – porque se tratou de uma conspiração no processo de acumulação capitalista destinada a concentrar em cada vez menos mãos o poder de decidir como e quem beneficia da rede global de emissão de dinheiro e da actividade comercial de especular com as dívidas contraídas por instituições ou países.
O relatório de 576 páginas “acusa como grandes responsáveis os Reguladores (FDIC, Bancos Centrais, etc.), a Reserva Federal, Governos (1) e Executivos pagos a peso de ouro” – “(...) a maior tragédia é aceitarmos que ninguém poderia ter previsto que isto ia acontecer” – afinal os grandes culpados da grande hecatombe estão identificados, conclui o relatório...
...tudo começou em Bill Clinton, que no ano 2000 aceitou que os derivados emitidos pela Banca ficassem livres de controlo regulatório (senão seria a falência imediata). Foram gastos milhares de milhões pelos lóbies favoráveis a desregulamentar o mercado dos Derivados; e o segundo grande culpado: Alan Greenspan, apontado como “o exemplo principal de negligência, primeiro pela desregulamentação completa, e segundo, por não ter identificado os activos tóxicos (2) que os bancos foram acumulando nos balanços falsificados (senão teriam falido antes de os emitirem)
A admnistração Bush é poupada, apenas criticada pela “resposta inconsistente”; e Henry Paulson por ter dito em 2007 que “a crise do subprime” estava contida. Não por ter mentido.
Depois do interregno desde 2008 os grandes bancos voltaram este ano em força para participar no Fórum Económico Mundial dos ricos em Davos. Trouxeram uma mensagem muito clara para os governantes das principais economias mundiais: não exagerem nessa conversa da regulação. Introduzida a retórica da regulação financeira nos seus discursos (menos na implementação), a cimeira de Davos vem vincar de forma mais evidente quem é que manda. O Bancos foram claramente ameaçar os governos a não regularem o sector bancário e financeiro, argumentando que sem os bancos não haverá financiamento para investimentos e recuperação da economia, isto é, nas palavras do presidente do banco Intesa: «quem detém o capital para haver investimento e recuperação económica são os Bancos, meus senhores, não são os Estados. Os senhores já não têm capital para reanimar as economias; os governos, as empresas e os cidadãos estão em dívida para connosco. Somos nós que somos decisivos»
a “crise” de 2008 foi deliberadamente provocada pelos bancos i.e. poder financeiro numa clara opção pela concentração capitalista - os beneficiários da “crise” são a Goldman Sachs, JPMorgan, Citigroup, Bank of America, (e avulso o investidor judeu-nazi Georg Soros) como mega-entidades bancárias que se propõem especular (legalmente, segundo a lei feita pelos próprios) com Estados inteiros. Falta precisar que estes bancos regionais, via BCE , são meros distribuidores do negócio (2) comandado a partir da Reserva Federal norte americana (3)
(1) Exemplo notável é o ex-governador do BdP, Vitor Constâncio, que, na qualidade de um dos mais voluntariosos angariadores de juros do negócio, foi premiado com a promoção a vice -presidente do BCE
(2) a Crise provocada e os lucros da Banca nacional
(3) a Crise provocada por Wall Street: Big Bad Bankers, Zachary Karabell na Time Magazine
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domingo, fevereiro 13, 2011
ora até que enfim que temos um governo liderado por um tipo esperto...
ao sabor dos lobies de influência, em 1990 o então primeiro ministro foi obrigado a tratar de baixar 20 por cento o preço dos medicamentos genéricos; em 2011 com "a nova intervenção activa neste segundo mandato", Cavaco Silva trata agora de tentar impedir que o Serviço Nacional de Saúde prejudique a subida dos lucros das multinacionais farmacêuticas (ler mais)
* sobre a mesma familia politica na Europa ler: "Máfia – Padrinhos, Pizzarias e Falsos Padres", um livro de Petra Reski
* Pela redução dos deputados PS-PSD-CDS
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* sobre a mesma familia politica na Europa ler: "Máfia – Padrinhos, Pizzarias e Falsos Padres", um livro de Petra Reski
* Pela redução dos deputados PS-PSD-CDS
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vamos falar de tamanhos...
Você não é o centro do Universo
a estratégia de dominio por consenso
Nem revolução islâmica nem rebelião popular - o Egipto marcha até à "democratização" imperial made-in-USA. Fim de festa. O Exército iniciou a retirada das barricadas da Praça Tahrir no Cairo e os civis colaboram na limpeza da praça. O objectivo foi acabar com o ditador-marioneta mas preservar a ditadura-marioneta. A "saída democrática" não é uma solução islâmica como apregoam os "progressistas" e a esquerda neoliberal, mas uma opção concertada entra a Casa Branca de Obama, os falcões do Complexo-Industrial-Militar e a lógica bancária de Wall Street. São eles de facto os donos do Egipto (IARNoticias)
para aprofundar o tema:
* "O novo governo militar deverá devolver as liberdades democráticas roubadas ao povo egípcio e cessar o bloqueio cruel imposto ao povo palestino aprisionado na Faixa de Gaza. Se não o fizer, será a continuação do murabakismo sem Mubarak. A pressão popular deve continuar"(Resistir)
* Chomsky: "a situação actual do Egipto é um problema para os Estados Unidos"
* Mubarak, contas na Suiça, propriedades na Grâ-Bretanha e nos EUA: o que a revista Forbes não disse
para aprofundar o tema:
* "O novo governo militar deverá devolver as liberdades democráticas roubadas ao povo egípcio e cessar o bloqueio cruel imposto ao povo palestino aprisionado na Faixa de Gaza. Se não o fizer, será a continuação do murabakismo sem Mubarak. A pressão popular deve continuar"(Resistir)
* Chomsky: "a situação actual do Egipto é um problema para os Estados Unidos"
* Mubarak, contas na Suiça, propriedades na Grâ-Bretanha e nos EUA: o que a revista Forbes não disse
sábado, fevereiro 12, 2011
qual “democracia” qual carapuça...
quando os agentes da alta burgesia transnacional falam em “democracia” falam da conjugação de mercado livre com representação parlamentar; nada mais que isso – desfeito o equivoco, sabe a verdadeira razão porque o povo esteve nas ruas no Egipto?
A corrupção não é coisa que seja nova no Egipto (ou já agora, em Portugal, ou nos Estados Unidos). O que é um elemento novo é a raiva que se espalha naquele país e noutros através do Médio Oriente e norte de África. E isso deve-se principalmente ao facto que o preço dos alimentos, uma boa parte dos nossos orçamentos familiares, estão a disparar para níveis insuportáveis. Porquê? Graças à concentração dos especuladores em torno da banca. Os governos estão a ajudá-los a eles e fazem orelhas moucas às dificuldades que a inflação provoca nos povos e, como se não bastasse, ajudando a afogá-los ainda mais com impostos. Todo o cêntimo conta para repor o dinheiro que os banqueiros fizeram evaporar na crise.
Especulação com os bens essenciais, mais uma cortesia monetária de Wall Street. (Commodity speculation = revolta) Fazendo jogos financeiros com a fome dos povos
Não é toda a gente que se pode gabar de obter biliões de dólares da Reserva Federal norte americana, que os envia a juro baixo para os Bancos Centrais de todo o mundo.
A maioria das pessoas trabalha para obter o dinheiro que consegue levar para casa. Isto cria um problema real para as pessoas cujos rendimentos estagnaram ou até declinaram… enquanto os Governos fazem chover triliões sobre os bancos para lhes cobrir as perdas nos jogos especulativos de que só lhes sobrou papel tóxico – o que é que esses bancos (de acumulação capitalista cada vez mais concentracionária) estão a fazer livremente no mercado com esse dinheiro?
Eles continuam a jogar com ele, “aquecendo” os preços, dos cereais, do crude, do gáz, arroz, borracha, cobre, etc. Não existe razão nenhuma na oferta&procura para os preços das matérias primas terem subido para os valores onde estão agora. Trata-se de especulação pura assente nas ajudas em dinheiro fabricado que têm sido entregues aos bancos. Provavelmente, face à revolta dos povos, os preços virão a cair – mas entretanto dezenas de milhões de pessoas são lançadas na miséria, na fome, ou no mínimo verão o seu modelo tradicional de vida decair de forma vertiginosa
A corrupção não é coisa que seja nova no Egipto (ou já agora, em Portugal, ou nos Estados Unidos). O que é um elemento novo é a raiva que se espalha naquele país e noutros através do Médio Oriente e norte de África. E isso deve-se principalmente ao facto que o preço dos alimentos, uma boa parte dos nossos orçamentos familiares, estão a disparar para níveis insuportáveis. Porquê? Graças à concentração dos especuladores em torno da banca. Os governos estão a ajudá-los a eles e fazem orelhas moucas às dificuldades que a inflação provoca nos povos e, como se não bastasse, ajudando a afogá-los ainda mais com impostos. Todo o cêntimo conta para repor o dinheiro que os banqueiros fizeram evaporar na crise.
Especulação com os bens essenciais, mais uma cortesia monetária de Wall Street. (Commodity speculation = revolta) Fazendo jogos financeiros com a fome dos povos
Não é toda a gente que se pode gabar de obter biliões de dólares da Reserva Federal norte americana, que os envia a juro baixo para os Bancos Centrais de todo o mundo.
A maioria das pessoas trabalha para obter o dinheiro que consegue levar para casa. Isto cria um problema real para as pessoas cujos rendimentos estagnaram ou até declinaram… enquanto os Governos fazem chover triliões sobre os bancos para lhes cobrir as perdas nos jogos especulativos de que só lhes sobrou papel tóxico – o que é que esses bancos (de acumulação capitalista cada vez mais concentracionária) estão a fazer livremente no mercado com esse dinheiro?
Eles continuam a jogar com ele, “aquecendo” os preços, dos cereais, do crude, do gáz, arroz, borracha, cobre, etc. Não existe razão nenhuma na oferta&procura para os preços das matérias primas terem subido para os valores onde estão agora. Trata-se de especulação pura assente nas ajudas em dinheiro fabricado que têm sido entregues aos bancos. Provavelmente, face à revolta dos povos, os preços virão a cair – mas entretanto dezenas de milhões de pessoas são lançadas na miséria, na fome, ou no mínimo verão o seu modelo tradicional de vida decair de forma vertiginosa
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sexta-feira, fevereiro 11, 2011
o impasse
Hosni Mubarak retirou-se esta manhã de férias para o Palácio presidencial na estância balnear de Sharm el-Sheikh
actualização. 16;19 Mubarak resigna; Obama apela à democracia na praça Tahrir, o homem da CIA fica encarregue da governação
actualização. 18;10 a Igreja Copta cristã (alvo do atentado bombista de Dezembro de 2010) apoia Mubarak; saindo este e ficando a casa entregue ao pró-judeu Suleiman; cada vez existem menos dúvidas que o que se passa no Egipto se trata de um golpe pró-Sionista para Israel ganhar ascendência como potência regional no Médio Oriente
quinta-feira, fevereiro 10, 2011
o que acontece a quem denuncia a corrupção?
quarta-feira, fevereiro 09, 2011
Egipto: a Revolução acaba hoje
Parece que finalmente o Exército está a tomar as medidas necessárias para expulsar do palácio "o abominável ditador" Mubarak,,, Já se festeja, mas festeja-se o quê? já viram o curriculo do vice-presidente indigitado para governar no periodo de transição até às eleições? (e se calhar para lá delas). Omar Suleiman é mais sionista e homem de mão de norte americanos e israelitas que o presidente cessante... na Sábado, de onde foi extraido o recorte abaixo, não se informa contudo que Suleiman foi formado na famosa escola de biltres-marioneta de Fort Bragg e estagiou depois na Mossad...
terça-feira, fevereiro 08, 2011
"Estamos a ser definidos pelos outros, estamos a ser espoliados das nossas pessoais identidades, estamos a ser manipulados, manobrados, dirigidos, orientados, indiferentes ao facto de estarmos a ser reduzidos nas nossas liberdades. Querem mais?" Baptista-Bastos, in "Esta pobre gente rica"
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segunda-feira, fevereiro 07, 2011
Revolução, novas tecnologias, o Poder e os Media
Que hipótese existe de Revolução? Como funciona a repressão face às ameaças aos diversos poderes regionais instituidos e principescamente subornados pelo Império? (em 30 anos ao serviço do imperialismo judeu-americano Hosni Mubarak amealhou uma fortuna avaliada em 53 mil milhões de dólares)
No caso do Egipto foi assim que funcionou: um primeiro passo foi ordenar a detenção do executivo da Google, Wael Ghonim, tido como um dos elementos fulcrais na organização das manifestações de protesto no Cairo (ver video da detenção aqui) - o ciber-activista esteve preso durante 12 dias e ao ser libertado deu uma entrevista televisiva no final da qual se emocionou e chorou ao tomar conhecimento de ter havido imensos mortos enquanto permaneceu nos cárceres de Mubarak - de imediato Wael Ghonim acaba por ser transformado num ícone da revolução que continua na praça da Libertação.
Um segundo passo foi nomear para vice-presidente do mesmo regime que provocou os protestos um alto dignitário do Exército. Há muitos milhões em jogo investido no Egipto como tampão de segurança para Israel - e o general Omar Suleiman despiu a farda e já arenga ás massas televisivas de fato e gravata. Um terceiro passo foi retirar do terreno as cadeias de informação inconvenientes; a Al-Jazeera que fez uma cobertura inicial excepcional dos acontecimentos viu as suas instalações serem encerradas e as equipas de reportagem detidas, os equipamentos apreendidos, o sinal de satélite desligado, pelo que deixou de transmitir em directo. (Time Magazine 14/2)
Enquanto isso, quem no final acaba por pagar estes autênticos fretes, os contribuintes norte-americanos e os dos paises seus aliados, são impedidos de perceber minimamente o que quer que seja sobre este tipo de assuntos. Nos Estados Unidos a estação de televisão sedeada no Qatar Al-Jazeera viu construida para as grandes massas uma imagem de uma cadeia televisiva ao serviço de terroristas, embora tenha conquistado o respeito das diminutas elites urbanas; a Al-Jazeera nos EUA só está disponivel para assinantes de cabo e apenas em três cidades.
Do outro lado dos novos Media conquistados pelo Poder, temos o caso do blogue da garota das noticias de programa norte americano que viu o seu site ser comprados pela gigante empresa de Media judaica-estadounidense AOL-Time-Warner pela quantia de 231 milhões de dólares. Arianna Huffington tinha investido no seu pequeno empreendimento privado cerca de 1 milhão em 2005, mas o agora definido como"jornal online" tem perspectivas de atingir 100 milhões de visitas mensais apenas nos EUA; (des)Informação capitalista: Sempre a crescer e a ocultar os pontos de vista que se querem aldrabar
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No caso do Egipto foi assim que funcionou: um primeiro passo foi ordenar a detenção do executivo da Google, Wael Ghonim, tido como um dos elementos fulcrais na organização das manifestações de protesto no Cairo (ver video da detenção aqui) - o ciber-activista esteve preso durante 12 dias e ao ser libertado deu uma entrevista televisiva no final da qual se emocionou e chorou ao tomar conhecimento de ter havido imensos mortos enquanto permaneceu nos cárceres de Mubarak - de imediato Wael Ghonim acaba por ser transformado num ícone da revolução que continua na praça da Libertação.
Um segundo passo foi nomear para vice-presidente do mesmo regime que provocou os protestos um alto dignitário do Exército. Há muitos milhões em jogo investido no Egipto como tampão de segurança para Israel - e o general Omar Suleiman despiu a farda e já arenga ás massas televisivas de fato e gravata. Um terceiro passo foi retirar do terreno as cadeias de informação inconvenientes; a Al-Jazeera que fez uma cobertura inicial excepcional dos acontecimentos viu as suas instalações serem encerradas e as equipas de reportagem detidas, os equipamentos apreendidos, o sinal de satélite desligado, pelo que deixou de transmitir em directo. (Time Magazine 14/2)
Enquanto isso, quem no final acaba por pagar estes autênticos fretes, os contribuintes norte-americanos e os dos paises seus aliados, são impedidos de perceber minimamente o que quer que seja sobre este tipo de assuntos. Nos Estados Unidos a estação de televisão sedeada no Qatar Al-Jazeera viu construida para as grandes massas uma imagem de uma cadeia televisiva ao serviço de terroristas, embora tenha conquistado o respeito das diminutas elites urbanas; a Al-Jazeera nos EUA só está disponivel para assinantes de cabo e apenas em três cidades.
Do outro lado dos novos Media conquistados pelo Poder, temos o caso do blogue da garota das noticias de programa norte americano que viu o seu site ser comprados pela gigante empresa de Media judaica-estadounidense AOL-Time-Warner pela quantia de 231 milhões de dólares. Arianna Huffington tinha investido no seu pequeno empreendimento privado cerca de 1 milhão em 2005, mas o agora definido como"jornal online" tem perspectivas de atingir 100 milhões de visitas mensais apenas nos EUA; (des)Informação capitalista: Sempre a crescer e a ocultar os pontos de vista que se querem aldrabar
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domingo, fevereiro 06, 2011
o Estado de Direito ainda existe?
"A base de dados de informações da PSP está ilegal, (estaria, se ainda houvesse lei e esta fosse para cumprir) por conter informações sobre origem étnica, comportamentos privados, fé religiosa ou tendências políticas dos cidadãos" - vem no Público.
Se o Estado suspeita politicamente de nós e pretende registos sobre as nossas ideias privadas, podemos também retribuir a desconfiança. Dir-se-á,,, se por exemplo a Amazon, face à nossa tendência de pesquisas ou compras no seu site, nos envia posteriormante por email sugestões de compra em função dos meios que ficaram registados,,, assim também os serviços informáticos do Estado policial dispõe de meios para interferir causando dificuldades dirigidas essencialmente aos potenciais eleitores adversos. Visando a meta do desinteresse e pelo abstencionismo, não é nada que já não tivesse acontecido...
Se o Estado suspeita politicamente de nós e pretende registos sobre as nossas ideias privadas, podemos também retribuir a desconfiança. Dir-se-á,,, se por exemplo a Amazon, face à nossa tendência de pesquisas ou compras no seu site, nos envia posteriormante por email sugestões de compra em função dos meios que ficaram registados,,, assim também os serviços informáticos do Estado policial dispõe de meios para interferir causando dificuldades dirigidas essencialmente aos potenciais eleitores adversos. Visando a meta do desinteresse e pelo abstencionismo, não é nada que já não tivesse acontecido...
sábado, fevereiro 05, 2011
Cidades norte-americanas entram em colapso
Para sobreviver desde o principio da crise em 2008 a maioria dos Municipios e Estados norte americanos têm recorrido à emissão de "bonds" para se poderem continuar a financiar; porém quando estes valores, outrora de segurança garantida, deixam de ser pagos aos investidores o esquema começa a falhar, e existem muitos biliões emitidos. A maioria dessas entidades municipais e estaduais corre sérios riscos de entrar em colapso, um processo que já está em curso, segundo afirma o professor Richard Wolff da Universidade de Massachusetts - diz ele que isso se vai traduzir numa ainda mais abrupta quebra de qualidade de vida, numa altura em que os municipes mais precisariam dos serviços públicos, quando estão afectados por hipotecas e perda de residência. Não só estes, o novo agravamento da bancarrota afectará toda a gente...
* Chomsky: "O declinio da influência do Ocidente"
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* Chomsky: "O declinio da influência do Ocidente"
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sexta-feira, fevereiro 04, 2011
4 de Fevereiro, a génese da perpétua ditadura
“Não sendo o direito de conquista um direito, não pode fundamentar nenhum outro, ficando o conquistador e os povos conquistados em permanente estado de guerra entre si, a menos que a nação, reposta em plena liberdade, escolhesse voluntariamente o seu vencedor como chefe. Até então (…) não pode haver nessa hipótese nem verdadeira sociedade, nem corpo politico, nem outra lei senão a do mais forte”
(Jean Jacques Rousseau, “Discurso Sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade Entre os Homens)
Testemunhas da época, dizem que ao pé do que passou no 27 de Maio de 1977 em Luanda, os torcionários do Chile de Pinochet foram uns meninos de coro; dezenas de bairros inteiros suspeitos de albergarem simpatizantes do movimento de Nito Alves e José Van Dunen foram arrasados a blindados e buldozer de madrugada com pessoas que dormiam lá dentro - entulho e cadáveres foram espalhados por valas; os sobreviventes perseguidos e abatidos a tiro; alguns mais importantes foram presos e torturados pela policia politica do MPLA (a DISA então tutelada por Artur Carlos Pestana, vulgo "Pepetela"). Não perderemos tempo com julgamentos, teria dito Agostinho Neto. Estima-se que nesse dia foram assassinadas mais de 60 mil pessoas. E no entanto, a "comunidade internacional ocidental" não é lá muito lesta a pôr no index crimes contra a humanidade quando se trata de regimes subservientes e amigos...
O historiador Carlos Pacheco desmonta o processo inquinado da descolonização,,, de como Agostinho Neto nunca poderia ser considerado Marxista (foi libertado da prisão em Lisboa por obra e graça dos serviços secretos norte americanos para assumir a liderança da revolta em Angola contra o decrépito regime colonialista de Salazar), das contradições insanáveis entre os três movimentos guerrilheiros angolanos (embrião da futura guerra civil),,, da estreita colaboração entre a direita portuguesa e os Estados Unidos na ajuda ao MPLA para aniquilar os outros dois partidos,,, da herança do pior de dois mundos, o modelo da decadente e pouco democrática URSS (pós XXCongresso) conjugado com o capitalismo selvagem norte-americano. Enfim, dos implacáveis pogroms sobre os adversários politicos na conquista do poder do qual emerge o sempiterno camarada Zedu e a sua clique
“A dor, como recorda o escritor argentino Ernesto Sabato, é também um património dos povos [...], um valioso e sagrado património a que cabe ser fiel”. Seguir, portanto, na esteira dos que entoam hinos ao esquecimento é negar a dor e a história dos desaparecidos e sobreviventes, é contribuir para que o 27 de Maio se venha a deformar totalmente e o seu herói acabe por ser, exactamente como n`O Processo de Kafka, o olvido “[...] cujo principal atributo é esquecer-se a si mesmo”. Não me parece que esta última fórmula auspicie a tranquilidade do país. O que chamam de paz, embrulhada no manto do perdão, não é mais do que o rosto granítico do silêncio e da cobardia, junto com a incapacidade de assumir a memória desse passado traumático produzido por poderes públicos deliquentes. Só abrindo o livro da verdade e da justiça se apagarão as nódoas do horror e da vergonha que cobrem o Estado angolano”
(Carlos Pacheco, “Angola, um gigante com pés de barro e outras reflexões sobre África e o mundo”, Edições Vega, 2010)
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(Jean Jacques Rousseau, “Discurso Sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade Entre os Homens)
Testemunhas da época, dizem que ao pé do que passou no 27 de Maio de 1977 em Luanda, os torcionários do Chile de Pinochet foram uns meninos de coro; dezenas de bairros inteiros suspeitos de albergarem simpatizantes do movimento de Nito Alves e José Van Dunen foram arrasados a blindados e buldozer de madrugada com pessoas que dormiam lá dentro - entulho e cadáveres foram espalhados por valas; os sobreviventes perseguidos e abatidos a tiro; alguns mais importantes foram presos e torturados pela policia politica do MPLA (a DISA então tutelada por Artur Carlos Pestana, vulgo "Pepetela"). Não perderemos tempo com julgamentos, teria dito Agostinho Neto. Estima-se que nesse dia foram assassinadas mais de 60 mil pessoas. E no entanto, a "comunidade internacional ocidental" não é lá muito lesta a pôr no index crimes contra a humanidade quando se trata de regimes subservientes e amigos...
O historiador Carlos Pacheco desmonta o processo inquinado da descolonização,,, de como Agostinho Neto nunca poderia ser considerado Marxista (foi libertado da prisão em Lisboa por obra e graça dos serviços secretos norte americanos para assumir a liderança da revolta em Angola contra o decrépito regime colonialista de Salazar), das contradições insanáveis entre os três movimentos guerrilheiros angolanos (embrião da futura guerra civil),,, da estreita colaboração entre a direita portuguesa e os Estados Unidos na ajuda ao MPLA para aniquilar os outros dois partidos,,, da herança do pior de dois mundos, o modelo da decadente e pouco democrática URSS (pós XXCongresso) conjugado com o capitalismo selvagem norte-americano. Enfim, dos implacáveis pogroms sobre os adversários politicos na conquista do poder do qual emerge o sempiterno camarada Zedu e a sua clique
“A dor, como recorda o escritor argentino Ernesto Sabato, é também um património dos povos [...], um valioso e sagrado património a que cabe ser fiel”. Seguir, portanto, na esteira dos que entoam hinos ao esquecimento é negar a dor e a história dos desaparecidos e sobreviventes, é contribuir para que o 27 de Maio se venha a deformar totalmente e o seu herói acabe por ser, exactamente como n`O Processo de Kafka, o olvido “[...] cujo principal atributo é esquecer-se a si mesmo”. Não me parece que esta última fórmula auspicie a tranquilidade do país. O que chamam de paz, embrulhada no manto do perdão, não é mais do que o rosto granítico do silêncio e da cobardia, junto com a incapacidade de assumir a memória desse passado traumático produzido por poderes públicos deliquentes. Só abrindo o livro da verdade e da justiça se apagarão as nódoas do horror e da vergonha que cobrem o Estado angolano”
(Carlos Pacheco, “Angola, um gigante com pés de barro e outras reflexões sobre África e o mundo”, Edições Vega, 2010)
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quinta-feira, fevereiro 03, 2011
Tomem nota do recado: o dinheiro como garante de estabilidade evaporou-se
o Bloco Soviético já caiu, o Bloco Capitalista está em processo acelerado de queda…
mas, independentemente da ideologia formatada por países, uma nova classe burguesa que não reconhece fronteiras nem identidades nacionais, desponta para tomar conta da exploração dos escombros em nome da perpetuação dos privilégios de uma classe dominante transnacional
Ari Shavit no Haaretz:
“A Revolução Árabe e o Declínio do Ocidente”
“Dois tremendos processos estão a acontecer mesmo diante dos nossos olhos. Um é a revolução de libertação árabe (1). Depois de meio século durante o qual os tiranos governaram o mundo árabe, o seu controlo está enfraquecido. Depois de 40 anos de estabilidade decadente o apodrecimento está roer a estabilidade. As massas populares árabes não mais aceitarão o que habitualmente aceitavam. As elites árabes não mais permanecerão em silêncio (…)
O segundo processo é a aceleração do declínio do Ocidente. Por cerca de 60 anos o Ocidente deu ao mundo uma ordem imperfeita mas apesar de tudo uma estabilidade. Isso construiu uma espécie de Império pós-imperial que promete uma relativa calma e o máximo de paz. O despontar da China, Índia, Brasil e Rússia, assim como a crise económica nos Estados Unidos, torna claro que o Império está em principio de desmoronamento (…)
As cenas correntes são similares à Intifada Palestiniana em 1987, mas o colapso remete para o colapso soviético na Europa oriental em 1898. Ninguém sabe hoje onde a Intifada conduzirá. Ninguém sabe se ela trará democracia, teocracia, ou um novo modelo de democracia. Mas as coisas jamais serão iguais” (2)
(original aqui)
(1) O processo de libertação popular árabe no Egipto está a ser combatido com o lançamento governamental da "Operação Ajax"
(2) Nawal El-Saadawi: "Os voluntários que assaltam a multidão de manifestantes no Cairo receberam 50 libras e uma galinha cada um como incentivo pago pelo partido do presidente" (Newsweek)
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mas, independentemente da ideologia formatada por países, uma nova classe burguesa que não reconhece fronteiras nem identidades nacionais, desponta para tomar conta da exploração dos escombros em nome da perpetuação dos privilégios de uma classe dominante transnacional
Ari Shavit no Haaretz:
“A Revolução Árabe e o Declínio do Ocidente”
“Dois tremendos processos estão a acontecer mesmo diante dos nossos olhos. Um é a revolução de libertação árabe (1). Depois de meio século durante o qual os tiranos governaram o mundo árabe, o seu controlo está enfraquecido. Depois de 40 anos de estabilidade decadente o apodrecimento está roer a estabilidade. As massas populares árabes não mais aceitarão o que habitualmente aceitavam. As elites árabes não mais permanecerão em silêncio (…)
O segundo processo é a aceleração do declínio do Ocidente. Por cerca de 60 anos o Ocidente deu ao mundo uma ordem imperfeita mas apesar de tudo uma estabilidade. Isso construiu uma espécie de Império pós-imperial que promete uma relativa calma e o máximo de paz. O despontar da China, Índia, Brasil e Rússia, assim como a crise económica nos Estados Unidos, torna claro que o Império está em principio de desmoronamento (…)
As cenas correntes são similares à Intifada Palestiniana em 1987, mas o colapso remete para o colapso soviético na Europa oriental em 1898. Ninguém sabe hoje onde a Intifada conduzirá. Ninguém sabe se ela trará democracia, teocracia, ou um novo modelo de democracia. Mas as coisas jamais serão iguais” (2)
(original aqui)
(1) O processo de libertação popular árabe no Egipto está a ser combatido com o lançamento governamental da "Operação Ajax"
(2) Nawal El-Saadawi: "Os voluntários que assaltam a multidão de manifestantes no Cairo receberam 50 libras e uma galinha cada um como incentivo pago pelo partido do presidente" (Newsweek)
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