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sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Libia, a segunda etapa da "revolta" colorida pela CIA

Após o fracasso da operação relâmpago shock&awe para expulsar o lider da "Revolução Verde" da Líbia e logo que o exército desmantelou rapidamente a "revolta popular" (uma coisa inexplicável num sistema de democracia de bases) ...

... os promotores da operação avançaram de imediato para uma segunda fase: o lançamento no terreno dos mercenários que al-Gadhafi classificou de pronto como pertencentes à famigerada al-Qaeda, a organização invisivel acusada de terrorismo contra a qual George W. Bush desencadeou um combate que tem posto o mundo de pantanas. Bush e al-Gadhafi de acordo? Confuso? - se os protestos organizados usando as redes de comunicação social a partir do exterior derivaram numa rebelião armada que se aproveita do trabalho psicológico previamente executado sobre as diferenças étnicas na Libia, foi porque os tais mercenários (apresentados no Ocidente como sendo assassinos contratados por al-Gadhafi) são de facto grupos (fundamentalmente islâmicos) mentalizados e treinados no Egipto por forças especiais dos Estados Unidos e Israel - a sua entrada em território líbio (ver mapa em baixo) congregou rapidamente a adesão popular à sua volta nas zonas tribais controladas pelos golpistas. Entretanto, as sanções impostas unilateralmente pelos Estados Unidos (num país semi-árido mas rico em petróleo e que o troca importando a quase totalidade dos alimentos que consome), a ameaça de intervenção armada pela NATO (o petróleo é nosso) e o fechar de portas com a expulsão da Libia da Organização das Nações Unidas fazem adivinhar para breve no país um panorama de fome colectiva generalizada
(ler análise em IARNoticias)

mapa da "revolta" introduzida a partir do exterior
(clique na imagem para ampliar)

4 comentários:

Zé_dopipo disse...

Para tentar entender mais este "puzzle", faço-lhe a pergunta fatal: - e qual o interesse dos EUA e/ou Europa, na queda do Gadhafi ou Kadhafi ou lá como se chama? Ainda não conseguí entender.

xatoo disse...

basta saber que o negócio do petróleo é controlado pela empresa nacionalizada pelo Estado libio - e o esforço com a ocupação do território (pela Nato, como Iraque) e a liberalização da exploração em beneficio das multinacionais ocidentais quod erat demonstrandum

Zé_dopipo disse...

Não lhe parece simplista essa justificação, tendo em conta que, já desde 2006, quando os EUA retiraram a Libia da lista dos países "terroristas", eles tiveram acesso à exploração do petróleo e gás, levando também à boleia, como se recorda, a Inglaterra ( depois de terem aceite compensar monetariamente as vítimas do avião da Pan-Am ), e a Alemanha com Schroeder ( depois de pagarem pelas vítimas do atentado em Berlim )? Até a Repsol lá estava...
Até pode ser verdade, mas acho que faltam peças ao puzzle.

Anónimo disse...

A Líbia produz 1 milhão e meio de barris por dia. De quem é a tecnologia de extração de petroleo existente na Líbia?- É ocidental, claro. Os EUA e a UE sempre estiveramna Líbia.
O filho do "comante" foi recebido na casa de férias do Barão de Rothchild in Corfú. Não constitui uma supresa. O que constiruir uma supresa para os defensores deste "socialista" é a sua riqueza pessoal. Para além das contas off-shore, que os comunistas como o Xatoo se dedicam tanto a denunciar, a família Gadhafi é dona de uma manção em Londres no valor de 10 milhões de libras. Grande socialista este que arregassa as mangas com a riqueza do seu país.