O governo mais uma vez deixa transparecer que obedecerá a todas as imposições dos organismos financeiros internacionais decretando novas medidas de austeridade – aliás foi lesto mesmo antes de receber as ordens (hoje na Alemanha)
começando ontem por obrigar os estagiários a pagar mais de 30 por cento de impostos; enquanto o problema do desemprego atinge de novo um máximo histórico e a precariedade (resultado da politica de flexibilidade proposta por Cavaco Silva em 2006) faz o seu caminho: segundo a Comissão Europeia 22% da população empregada no nosso País já tem contratos a prazo, quando a média da UE17 é de 13,5% - O que leva alguém em nome da “geração à rasca” (ou mais concisamente: a escravatura perpétua como excedente descartável ao serviço do sistema, definido como funcionando “em nome do conforto pessoal e do bem estar das organizações instituidas dominantes” (Sara Sanz Pinto no jornal-I) a marcar um protesto público para o próximo dia 12 - por coincidência o mesmo dia em que se assinala o “Dia-Zeitgeist” (o espirito do tempo) em várias cidades do mundo. E por esta coincidência um filme de uma “teoria da conspiração” chegou aos jornais (pelo menos ao I)
Zeitgeist começou por ser um filme (de 2007 e referido aqui) e teve duas sequelas, Zeitgeist Addendum em 2008 e o terceiro que nos chegou já em 2011 “Zeitgeist, Moving Forward” (prólogo no video abaixo). Depois de uma cronologia histórica sobre os males que ameaçam fazer ruir os moldes da civilização ocidental – o modo de criação de dinheiro nas sociedades pré-capitalistas, a secular lavagem ao cérebro através da religião (a rejeição da lógica e do pensamento racional) e o contemporâneo beco sem saída do capitalismo financeiro gerador de fraudes e actos de banditismo – “uma sociedade baseada na ganância tem os dias contados” diz Peter Joseph Merola (nome ficticio) o principal mentor que conduziu à fundação do movimento Zeitgeist entretanto gerado e ampliado na internet.
Na generalidade a análise e sequências históricas em “Zeitgeist” estão correctas: o capitalismo declarou falência técnica (uma inevitabilidade) em fins do mandato de Bill Clinton (tanto que foi declarado culpado, junto com Alan Greenspan, pela recente “comissão de inquérito da crise”); a administração Bush executou um ”inside job” no 11 de Seyembro como modo de saída para acções de saque globais para alimentar e repôr a massa falida; e por fim o disfarce do crime: “o que Obama prometeu ficou por materializar, os seus comentários sobre acções futuras não passam de retórica, é o homem da linha da frente do sistema de Wall Street. A sua eleição foi um trabalho de engano psicológico para criar uma taxa de aprovação positiva, ele está lá para pacificar a opinião pública”. Entretanto os ideólogos do Complexo-Politico-Militar-Industrial prosseguem normalmente as suas actividades
Zeitgeist: Moving Forward 2011 - a estudar atentamente, numa perspectiva de tomada de consciência de classe, antes de sair para a rua sem saber para fazer o quê...
versão completa 2h:41min:25seg aqui
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1 comentário:
quem é o primeiro a sair à rua de cacete na mão bem oleado?
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