Pesquisar neste blogue

quinta-feira, março 03, 2011

um ar de “renovação” na esquerda, ou seja, mais do mesmo

"Resta uma explicação “instintiva”, a de que o BE se quis livrar do vírus da colaboração com o PS, no rescaldo das presidenciais. Isto seria uma dupla crise de confiança: do bloco em si mesmo como oposição; e do eleitorado no bloco como partido compreensível" (Rui Tavares)

“A história da moção de censura, anunciada pelo Bloco de Esquerda, constitui um verdadeiro tiro no pé de um tacticismo saloio, sem menosprezo para os saloios. Foi uma erro colossal que chocou e confundiu os próprios simpatizantes do Bloco” (Mário Soares, DN, 15 Fev)

No tempo do menino Oliveira era fino inscrever-se no PCP, daria curriculo e um rápido ganhar de vida, um sonho de sucesso no meio de todos aqueles velhinhos jarretas – se melhor o pensou melhor o tentou mas deu para o torto, só a esperteza saloia por si mostrou-se insuficiente, era preciso trabalhar desinteressadamente, sacrificio, mérito, essas pequenas minudências de que se alimentam os anónimos heróis da classe operária – e assim o adolescente Oliveira na primeira oportunidade e à boleia do conceituado doutor Pina Moura (hoje um gestor capitalista de sucesso também com curriculo construido no PCP) pendurou-se numa coisa com o pomposo nome de “Politica XXI” – daí a submarino social democrata infiltrado no BE foi só mais uma vaga na maré da ambição pessoal. Mas mandar bocas em vez de estudar é como tentar subir por uma escada sem degraus... e o agora já comentador encartado senhor Oliveira resolveu meteu-se por atalhos como “ideólogo” no caminho mais rápido para o Partido dito socialista na sua versão neoliberal actual, mas estatelou-se e está à beira do despedimento politico: “os média não dão cartão de eleitor no Bloco”, como se viu bem pelo •caso• da Tonicha, perdão, da Joana Amaral Dias, sem menosprezo para a Tonicha, diz-se por aí ...
(parafraseando o Luis Fazenda)

"Chegara mesmo ao ponto de pensar que a escuridão em que os cegos viviam não era, afinal, senão a simples ausência da luz, que o que chamamos cegueira era algo que se limitava a cobrir a aparência dos seres e das coisas, deixando-os intactos por trás de seu véu negro. Agora, pelo contrário, ei-lo que se encontrava mergulhado numa brancura tão luminosa, tão total, que devorava, mais do que absorvia, não só as cores, mas as próprias coisas, tornando-os, por essa maneira, duplamente invisíveis" (José Saramago, “Ensaio sobre a Cegueira”)
.

Sem comentários: