Os
cortes governamentais na Saúde e a comunicação social que os pretende disfarçar produziram esta semana mais um "batedor de punho" que saltou para as páginas de destaque nos jornais com uma mensagem principal: "
é possivel prescindirmos do elitismo de demasiados médicos, porque podemos valorizar a prestação dos enfermeiros atribuindo-lhes mais responsabilidades - "
pode não ser fácil confiar logo e apenas no enfermeiro mas..." etc. O jovenzinho, que com o dinheiro das férias de que prescindiu, conseguiu pagar um estágio na Organização Mundial de Saúde em Genebra, gabarola-se de ter iniciado uma (pelos vistos e na sua opinião) promissora carreira... a tirar fotocópias e a fazer slides. Um fenómeno portanto, personalidade punheteira de quem o ex-Ministro Relvas não desdenharia ser tutor. Mais disse a
sumidade-que-virá-a-ser que
a avaliação "que faço deste governo é que fez coisas boas. Poupou-se dinheiro em muitos lados onde se esbanjava". Mas ainda há umas coisinhas "essenciais a fazer na prevenção"... (tais como? assinar contratos com companhias de seguro privadas?) "e nos cuidados de saúde primários"... (quer dizer, seriam precisos
os tais enfermeiros que precisamente este governo tem obrigado a emigrar aos milhares), mas que se calhar se podem importar outros mais baratuchos "salvados" das zonas de guerra e de fome que não faltam por esse mundo fora.
Brilhante, este rapaz.
Os médicos, enfermeiros e restantes trabalhadores do sector da saúde, unidos ao povo a que pertencem,
denunciam o contexto em que se inserem as manobras em curso, entre outras desmascarar o engodo da chamada factura virtual. O que o ministro
Paulo Macedo, em representação da política de traição deste governo, está a escamotear é que
o que se pretende é alocar os financiamentos que deviam ser destinados a assegurar um Serviço Nacional de Saúde ao pagamento de uma dívida ilegal, ilegítima e odiosa. É para garantir o seu futuro e
o futuro de um SNS tendencialmente gratuito e de qualidade como explicita a Constituição que todos estamos dispostos a lutar.
E é por isso que
a luta dos trabalhadores da saúde deve merecer o apoio sem reservas de todo o povo.
sim, sim, senhor ministro! isto é uma greve politica, contra as suas politicas
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