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quarta-feira, março 29, 2006

O roubo chega e sobra excelentíssimos senhores
como móbil de um crime que os fascistas,
e não só os de Salò, não se importariam de assinar.
Seja qual for a razão, e muitas há
que o Capital a Igreja e a Polícia
de mãos dadas estão sempre prontos a justificar,
Pier Paolo Pasolini está morto.
A farsa, a nojenta farsa, essa continua"

Eugénio de Andrade, Requiem a Pier Paolo Pasolini, 1977













A propósito da retrospectiva integral da obra de Pasolini em curso na Cinemateca Portuguesa, e do premonitório titulo da ultima obra, "Petróleo", que não chegou a concluir, trinta anos atrás.

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