Ana Sá Lopes (DN 18/3)
Um dos aspectos mais glosados neste fim de semana foi o equivoco dos participantes no congresso do Pavilhão Atlântico, que constantemente se enganavam entrando pela sala maior onde decorria a Assembleia Geral do Sporting, enquanto os laranjinhas se confinaram à minúscula sala Tejo. Por coincidência o endividamento que "comeu o Sporting" deriva do mesmo modelo de gestão que a tropa partidária de Durão Barroso aplicou ao país. Podemos ter um défice gigantesco cozinhado pela "crise" provocada pelos governos neocons acoitados no interior do ex-partido dito Social-Democrata, mas o apetite pelo controlo do aparelho de Estado, mesmo com "prejuizos astronómicos" continua a ser voraz. Que estranha forma de vida aliciará esta gente? - Pergunta escusada. E gasta.
Who is Who?
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Muito se tem esforçado o inefável Fernandes director do jornal da Sonae por credibilizar e tornar "normal" (a Banda: um termo particularmente feliz do lider da debutante extrema-direita acoitada no CDS), dizia eu - a Banda Neocon que assentou praça no palácio cor-de-laranja de Belém como conselheiros do presidente, a propósito da não-presença de qualquer representante do BE e PCP no Conselho de Estado - que tinha sido igual a Sampaio, disse ele, mas o desmentido veio depressa:
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até Vasco Pulido saiu a terreiro insurgindo-se contra "este raminho de cabeças pensantes que vai pôr em pé de guerra a esquerda e a república" - "isto começa mal", notou, enquanto por outro lado realçava a importância de "na medida do possivel o Conselho de Estado dever representar toda a opinião do Regime e do País" ( o artigo de VPV pode ser lido na integra aqui). Entretanto um leitor trouxe à baila outra citação de VPV: "não fui feito para isto", que por sua vez era uma citação de Chateaubriand, recordando do mesmo autor, a propósito da liberdade de expressão agora tão em voga, uma outra citação:
"Nunca o Crime será para mim um objecto de admiração nem um argumento de liberdade"
por isso, vejam lá o que vão (continuar a) fazer, meus senhores, seríamos nós induzidos a pensar, mas,
é tempo perdido e pérolas a porcos - na edição de hoje do pasquim vem farto tempo de antena às guerras do Império, culminando com um artigo do carniceiro de Bagdad - Rumsfeld ele próprio - que com o raciocinio natural das bestas para quem tudo é simples - titula a diatribe assim: "Sair agora do Iraque, equivaleria a ter entregue a Alemanha aos nazis de Hitler". Que espécie de direito divino dá a estes canalhas, com 130 mil mortos no curriculo (apenas neste caso) o direito de falar em nome de outros povos?
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o inefável Fernandes está mesmo a pedir que lhe deixem de comprar o pasquim, mas enfim, os portugueses são o que são,,, e vão continuar a engordar esta gente - a ver a banda passar?
"A linguagem politica é desenhada para fazer com que as mentiras pareçam verdadeiras e a morte pareça respeitável, dando uma aparência sólida àquilo que é apenas puro vento"
George Orwell
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