Em semana de óscares de hollywood, tomadas de posses mediáticas do Clero com a presença em peso da Nobreza, e por fim o Paulinho da Feiras como comentador de TV,,,
* p/e o curtido autor do sítio "Portugal para Iniciados" goza que nem um perdido com a grunhice tuga e pergunta logo nas FAQ de entrada - "I`m still not entirely convinced you are really portuguese. Could you say something in Portuguese that only a genuine Portuguese would say?" - sim pá!, Vão Bardamerda!
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por fim, em exibição, um filme português notável,,, muito bom.
trailer/entrevista
a critica de Rodrigues da Silva, no Jornal de Letras:
"Portugal é – maioritariamente – um país católico apostólico romano? Não. Na intrincada mescla de religiosos, agnósticos e ateus, Portugal é – isso sim – um país profundamente pagão. O que não admira: se nos escasseia o rasgo para a Filosofia, preferimos os matrecos ao xadrez e só sabemos contar pelos dedos, está de ver que Deus teria que ser (como, de facto, é) demasiada areia para a nossa camioneta. Santos & santas, bentinhos & o senhor padre-cura, esses sim, estão ao nosso nível. Mas não nos bastam. É que nós, filhos dilectos de um povinho um tanto grunho, esperto porém e para mais pobreta, cedo aprendemos à nossa custa a não pôr todos os ovos no mesmo cesto. Daí que, crentes & incréus, amiúde não desdenhemos de ir à bruxa & seus múltiplos similares. Daí que, com íntimo e mal confessado temor, receemos o escuro, descortinando nele larga soma de fantasmas, tal como os nossos antepassados de Quinhentos, na dobra de todos os cabos, viam sempre Adamastores. Modernizámo-nos, mas, num certo sentido, continuamos ainda medievos. O que nos dá a espantosa capacidade de, simultaneamente, profanizar o sagrado e sacralizar o profano"
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disse esta semana o prof. José Hermano Saraiva a propósito do processo de Bolonha e das licenciaturas portuguesas. Está bem abelha!, Depois que se acabou com as Escolas públicas de Formação Profissional em beneficio de "cursos de formação" promovidos por ladrões de fundos comunitários (veja-se aqui exemplos da Evolução do Ensino), enquanto fechar escolas continua a sancionar a endémica desertificação do interior do país e quando a maioria dos alunos chega ao 9º ano sem saber a tabuada, já ninguém em boa verdade acha isso anormal, embora as estatísticas sejam inquietantes:
- Há cerca de meio milhão de jovens entre os 18 e os 24 anos (45%) sem o Ensino Secundário completo;
- As taxas de retenção e desistência no Ensino Básico e Secundário são ainda de 13% e 33% respectivamente;
- O número médio de alunos de escolarização da população adulta em Portugal é de 8,2 enquanto a média dos paises da OCDE se situa nos 12 anos;
- Apenas cerca de 20% da população adulta completou o Ensino Secundário;
- Dois milhões e meio de activos não completaram a actual escolaridade obrigatória. (Fonte: JL Educação)
Deverá existir algum nexo nisto: afinal estamos a "formar" eleitores de Cavacos - e "os clubes de futebol definem-se por contas simples, assim: 2-0, 3-0, 1-1... é por contas destas, mixurucas, que os adeptos gritam e choram, se empolgam ou desanimam" (CM) e por fim, o "pobrêma" não e só nosso:uma pequena noticia deu conta há pouco tempo que qualquer americano médio conhecia melhor os Simpsons, slogans de anúncios publicitários ou o nome de intervenientes em concursos televisivos que os preceitos da Constituição.
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Paulo Freire nasceu no Brasil numa área das mais pobres dessa grande nação latino-americana. Embora criado numa família de classe média, Freire interessou-se pela educação dos oprimidos da sua região. Formou-se em advocacia e desenvolveu um "sistema" de ensino para todos os níveis de educação. Foi preso e encarcerado duas vezes no seu país e tornando-se depois o seu método famoso no exterior. Hoje, o Método de Paulo Freire é considerado como o mais conhecido processo educativo do nosso tempo. Em todos os lados, menos aqui.
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o "pobrêma" é que os donos deste Regime têm andado e andam apostados em formar élites com a finalidade exclusiva de perpetuarem o sistema de Dominação - mas,,, contra isso sobrar-nos-á sempre o direito de nos reportarmos à Pedagogia da INDIGNAÇÃO!
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