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sábado, julho 29, 2006

a caminho da “Califórnia” vai um país aos trambolhões,,, (II)







Fazendo jus ao glorioso epíteto de "droga dura" com que o apelidou o João Pedro George, o "almôndega peluda" pronunciou-se ontem em rodapé na sua coluna do "Público" sobre a situação no Médio Oriente:

"(...) gostaria de dizer que neste momento me parece urgente criar condições de paz, dadas as mortes de civis tanto libaneses como israelitas, e a terrivel deslocação de populações. Mas, para além disso, considero o Irão uma sociedade politica odiosa, dirigida por um verdadeiro psicopata, cujo exterminio seria um bem para a humanidade e um assinalável contributo para um horizonte de paz". Sim senhor. Direi então a este indefectivel apoiante de Mário Soares e da social democracia em abstracto,,, que as práticas dos correlegionários do vosso regime, que levaram o país ao esgoto onde se encontra, não tem nada de odioso e podemos então passar aos assuntos que nos dizem respeito e,,,

à velha musica de que vocês tanto gostam

* sócio de referência como Bagão Félix, o famoso Benfiquista Bibi, empresário famoso da construção civil, que ultrapassou por cima, junto dos confrades da Banca, do Futebol e da Politica o estatuto de pato-bravo, figura lendária originária do lumpen lisboeta, conseguiu por expedientes próprios inerentes à sua cultura, mais uma vez, em conluio
com a actual gestão da Câmara Municipal de Lisboa promover a construção do mega-empreendimento clandestino da Avenida Infante Santo.
O crime urbanistico cuja contestação pelos municipes já dura há alguns anos, culmina agora com um processo judicial contra a CML e “ameaça” a perda de mandato dos herdeiros de Santana Lopes. “Ameaça”, dizem eles nos seus títulos aos cépticos, que já sabem que não vai acontecer nada. O prédio do Marquês de Pombal, do mesmo Bibi, construído com umja série de caves clandestinas, esteve embargado durante anos e isso até deu muito jeito ao BES e à Igreja Católica que lhe têm utilizado sistematicamente a fachada para afixação de grandiosos painéis publicitários.
















* a mesma gestão camarária, que legou um endividamento astronómico à cidade, que pagou uma mão cheia de milhões ao arquitecto-estrela Frank O`Gherry pelo ante-projecto megalómano de cariz neoliberal para o Parque Mayer anuncia agora, em definitivo, a desistência da sua construção. Mais valia terem promovido o lançamento do dinheiro (ou das letras de crédito) pelas janelas do palacete da Praça do Municipio, onde, cá em baixo no solo, poderia ter sido regateado pela cada vez maior vaga de mendigos e sem abrigo que deambulam pela cidade – com algum marketing, a TVI ainda patrocinava o show-off.

"o mundo não é dos vivos. É dos mais vivos"
provérbio brasileiro



* uma empresa pública, os CTT pagam 19 mil euros a Scolari por palestra de 45 minutos que teve como tema “como fortalecer o espírito de grupo


* Um conhecido actor amigo pessoal do 1º ministro conseguiu, vá-se lá saber como e porque carga de água, o usufruto em exclusividade de um teatro municipal que, para o propósito, foi objecto de vultosos investimentos em obras faraónicas pagas pelo erário público (EGEAC). Que as obras tipo “morangos com paprika” levadas ao palco sejam um fracasso de audiências é praticamente irrelevante, desde que se note algum alarido das camadas mais jovens, assépticas e estupidificadas por uma educação cretina. Por contraste a peça “o Terramoto de 1755” em cena no Teatro da Trindade, sempre com lotações esgotadas, acaba prematuramente, ao fim de uma dúzia de representações, por impossibilidade de ocupação da sala.

* e mais o que não consta dos jornais “de referência”: “Estado vende 15 toneladas de ouro” à surrelfa – não é dificil imaginar para pagar o quê,,,

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