Na actual fase intermédia de privatização neoliberal dos serviços públicos, no que respeita ao sector do Ensino, é sabido que quem pretenda educar os filhos paga na condição de qualquer vulgaríssimo contribuinte o ensino público, que não usará pela manifesta falta de qualidade deste, e paga ainda a opção pelo ensino privado onde ilusoriamente se pensa que não se tratam os alunos como “um produto” e se formam "licenciados" com cursos mirabolantes sem quaisquer saídas profissionais.
Este tipo de visão economicista na Educação oficializou-se recentemente com o aguerrido arrivismo, no sentido de chegada ao Ministério, da ministra de Sócrates. O nome da fulana não interessa pois não é de figuras tutelares que se pretende falar, mas sim das politicas que foram instauradas a partir da crise fabricada a partir de 2001 - do evento neocon do 11 de Setembro “ao governo da tanga”.
Baptista Bastos, sempre atento e pronto a distribuir merecidas biqueiradas, vai mais além: - “Os políticos portugueses, responsáveis pelo ensino nos últimos 30 anos, deveriam estar no banco dos réus, culpados de indignidade nacional” (Jornal de Negócios, 21-7)
No desmantelamento do que resta é assim que se “trabalha”: a ministra encomenda exames difíceis e desadequados, os alunos falham miseravelmente, atribuem-se as culpas por inteiro aos professores e, com base neste subterfúgio colocam-se os culpados no quadro de excedentes. Tomem lá que é para aprenderem que a Lei de Bases do Sistema Educativo (Lei nº 46/86) não chegará a cumprir o seu vigésimo aniversário com a presente forma. O debate prossegue organizado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e está aberto ao público no site www.debatereducacao.pt
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