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sábado, novembro 29, 2008

sobre a vida das peras

eis a que seria uma (im)possivel tese comunicada a um improvável Congresso da Alternativa Socialista da Esquerda Unificada

Uma pêra
pode passar a sua vida
sob o domínio das folhas
colhendo os carinhos do vento
até despencar na podridão do humus

O que uma pêra realmente saberá da vida
é o prazer de ser mordida

(Mauro Iasi, 1986)

“É por acreditar que somos este ser colectivo que se encontra submetido na fragmentação individualista pela sociedade do capital, que não me espanta o facto dos pequenos poemas que lancei no mundo encontrarem abrigo noutros camaradas tão distantes e em tão diferentes lugares.
Porque quando falamos das nossas dores e esperanças, dos nossos amores e das nossas lutas, falamos desta substância comum que nos liga na indissolúvel solidariedade da nossa classe, na matéria colectiva que nos faz homens e mulheres que se levantam contra a indignidade da exploração levantando a bandeira da humanidade - Estes poemas devem ser lidos como quem conspira... a respiração firme e segura dos que sabem, ou estão dispostos a aprender, que aqueles que não ultrapassam aquilo contra o que lutam, acabam por reforçar ou se acomodar... àquilo que queriam transformar” - Luiz Carlos Scapi na apresentação do livro de poemas “Meta Amor Fases” de Mauro Iasi

sobre a trajectória empreendedora da militância que dedicou toda uma vida para a construção do Partido dos Trabalhadores, para depois vê-lo desmoronar-se como um Partido da Ordem (Marx)
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