o caso BPN tornou-se o tema da campanha presidencial. Por uma questão de saneamento básico do país, esperemos que isso seja péssimo para Cavaco Silva... "ao contrapôr o fracasso da gestão do BPN ao sucesso da recuperação dos bancos ingleses afectados pela crise financeira, Cavaco compara o incomparável: é que o banco nacional foi arruinado por uma gestão criminosa, enquanto os congéneres britânicos foram apenas vítimas de gestão irresponsável" (editorial no Público)
Em tempo o deputado João Semedo questionou o negócio que deu 360 mil euros de lucro a Cavaco Silva, graças à venda das 255.018 acções em 2003. "A SLN comprou as acções muito mais caras do que as tinha vendido (…)a família Cavaco Silva beneficiou com o BPN. O benefício directo que tiveram resulta de um jogo de influências, que era como funcionava aquele banco, "A recompra era feita por um valor que garantia mais-valias muito superiores às de outras aplicações financeiras disponíveis no mercado", classificando as recompras como "operações de favor para quem comprava". No caso da família Cavaco, a valorização foi de 140% em dois anos (ver dossier BPN)
relacionado
3º Congresso do Partido da Esquerda Europeia - Agenda para uma Europa Social
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Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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quinta-feira, dezembro 30, 2010
terça-feira, dezembro 28, 2010
O presidente nódoa limpa
A revisão da lei de financiamento dos partidos “abre a porta à pior das corrupções, ao mais alto nível”; e Cavaco aprovou-a sem pestanejar – “foi um dos seus dias mais negros de entendimento presidente-bloco central” (1). O que está em causa é a possibilidade dos dirigentes partidários poderem incluir nas despesas dos partidos as coimas a aplicar à ilegalidades praticadas (as que pela sua enormidade são descobertas). Em última análise, tal subversão permite que seja o erário público a pagar as infracções à lei com o próprio dinheiro dos contribuintes, que deste modo acabam por ser lesados duas vezes.
Cavaco: “Há uma campanha suja e desonesta que quer envolver-me no caso BPN. Mas para serem mais honestos que eu têm de nascer duas vezes” - Sua excelência o dinossauro presidente não compreende que o problema não é ele analisado só por si, mas a clientela que o suporta. Cavaco sabe muito bem que qualquer organização mafiosa que se preza se organiza deixando sempre um deles de fora, imaculadamente limpo, que dá a cara pelo grupo quando este enfrenta alguma adversidade.
Cavaco: “Já não convivo com essas pessoas há mais de 25 anos”
Dias Loureiro foi removido a custo de conselheiro de Estado (nomeado por Cavaco) no ano de 2009. Em finais de 1997 o ex-secretário de Estado no governo de Cavaco Silva, Oliveira e Costa, percorreu o país angariando nos meios politico-financeiros cavaquistas fundos para a tomada de um banco especializado em investimentos especulativos. Para proteger os accionistas, o grupo criou uma holding, a SLN-Valor, (é aqui que entram as acções de Cavaco), holding que não seria afectada caso o projecto corresse mal. Correu de facto mal (2).
Depois de alguns anos de regabofe especulativo (2006: 86 milhões de lucros, 77 milhões em 2007),. Em finais de 2008, descobertas as carecas das contabilidades criativas fraudulentas, os prejuízos ascendiam a 700 milhões de euros! (“desaparecidos” em paraísos fiscais). Como previsto, o Estado (via banco público CGD) interveio para salvar o mono falido e neste momento a factura a pagar já vai em 4,8 mil milhões de euros. O famigerado orçamento de Estado para 2011 que Cavaco aprovou, consagra-lhe mais uma injecção de 500 milhões. É deveras pornográfico que, no debate com Alegre, Cavaco tivesse afirmado não ter conhecimento disto
Dizem economistas de vários quadrantes que ainda faltam contabilizar 2 mil milhões de “activos tóxicos”, ou seja, lixo que vai ser pago pelos contribuintes. Tudo somado, termos 7,7 milhões de euros (3) a distribuir pelos anos vindouros, quase 5 por cento do PIB português. Com outro presidente que não pactuasse com a fraude, Portugal não precisaria de nenhum plano de austeridade e Sócrates já teria sido corrido em seu devido tempo.
(1) João Cravinho, autor de uma proposta de lei contra a corrupção na anterior legislatura que foi rejeitada na AR pelo PS
(2) António Vilarigues: “A pulhice humana revisitada”
(3) O salvado do BNP tem uma base de licitação para venda de 180 milhões de euros, mas não tem compradores interessados
(4) As citações dos recortes de jornal são de António Martins, presidente da Associação Sindical de Juízes Portugueses
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Cavaco: “Há uma campanha suja e desonesta que quer envolver-me no caso BPN. Mas para serem mais honestos que eu têm de nascer duas vezes” - Sua excelência o dinossauro presidente não compreende que o problema não é ele analisado só por si, mas a clientela que o suporta. Cavaco sabe muito bem que qualquer organização mafiosa que se preza se organiza deixando sempre um deles de fora, imaculadamente limpo, que dá a cara pelo grupo quando este enfrenta alguma adversidade.
Cavaco: “Já não convivo com essas pessoas há mais de 25 anos”
Dias Loureiro foi removido a custo de conselheiro de Estado (nomeado por Cavaco) no ano de 2009. Em finais de 1997 o ex-secretário de Estado no governo de Cavaco Silva, Oliveira e Costa, percorreu o país angariando nos meios politico-financeiros cavaquistas fundos para a tomada de um banco especializado em investimentos especulativos. Para proteger os accionistas, o grupo criou uma holding, a SLN-Valor, (é aqui que entram as acções de Cavaco), holding que não seria afectada caso o projecto corresse mal. Correu de facto mal (2).
Depois de alguns anos de regabofe especulativo (2006: 86 milhões de lucros, 77 milhões em 2007),. Em finais de 2008, descobertas as carecas das contabilidades criativas fraudulentas, os prejuízos ascendiam a 700 milhões de euros! (“desaparecidos” em paraísos fiscais). Como previsto, o Estado (via banco público CGD) interveio para salvar o mono falido e neste momento a factura a pagar já vai em 4,8 mil milhões de euros. O famigerado orçamento de Estado para 2011 que Cavaco aprovou, consagra-lhe mais uma injecção de 500 milhões. É deveras pornográfico que, no debate com Alegre, Cavaco tivesse afirmado não ter conhecimento disto
Dizem economistas de vários quadrantes que ainda faltam contabilizar 2 mil milhões de “activos tóxicos”, ou seja, lixo que vai ser pago pelos contribuintes. Tudo somado, termos 7,7 milhões de euros (3) a distribuir pelos anos vindouros, quase 5 por cento do PIB português. Com outro presidente que não pactuasse com a fraude, Portugal não precisaria de nenhum plano de austeridade e Sócrates já teria sido corrido em seu devido tempo.
(1) João Cravinho, autor de uma proposta de lei contra a corrupção na anterior legislatura que foi rejeitada na AR pelo PS
(2) António Vilarigues: “A pulhice humana revisitada”
(3) O salvado do BNP tem uma base de licitação para venda de 180 milhões de euros, mas não tem compradores interessados
(4) As citações dos recortes de jornal são de António Martins, presidente da Associação Sindical de Juízes Portugueses
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segunda-feira, dezembro 27, 2010
Um belo Presentinho de Natal dado a eles mesmo
No passado dia 22 de Dezembro tanto o Congresso como a Câmara dos Representantes aprovaram por unanimidade a autorização de investir 725 mil milhões de dólares no Pentágono, mais 17 mil milhões que a verba proposta pela Casa Branca, durante o ano de 2011 (National Defense Authorization Act for Fiscal Year 2011), o qual transita agora para o gabinete de Obama para este assinar de cruz.
O número proposto para a “defesa nacional” inclui, somado ao budget base, 158,7 mil milhões destinados àquilo que é eufemisticamente designado por “operações de contingência no estrangeiro”, leia-se a ocupação militar do Iraque e do Afeganistão.
Levando em linha de conta a inflação e a demografia, este é o orçamento militar mais alto de sempre “em tempo de paz” (desde 1945, o último ano em que houve uma guerra declarada). Esta estratégia financeira é fruto de um sistema de colonização global bem implantado, não de decisões avulso deste ou daquele presidente – no próximo ano para pagar a máquina de guerra do Pentágono serão gastos 2.354 dólares por cada cidadão norte-americano. Por comparação, a verba aprovada o ano passado foi de 680 mil milhões, 533,8 mil milhões como orçamento base e o resto para o Afeganistão e Iraque – acções que viram uma aprovação suplementar em Julho passado de mais 37 mil milhões (Supplemental Appropriations Act 2010)
Com 2.250.000 funcionários a tempo inteiro e o pessoal militar (excluindo a Guarda Nacional e os membros na reserva) o Departamento de Defesa é o maior empregador dos Estados Unidos. Por comparação, a maior empresa privada é a Walmart com 1.400.000 empregados e os Correios com 599.000.
(Este é um breve sumário do artigo de Rick Rozoff para a OpEdNews que pode ser lido no original aqui)
Não por acaso esta noticia passa em branco nos media. Como aliado incondicional da máquina de agressão imperialista os gestores nacionais não fogem à blindagem, só se preocupam em difundir à exaustão o aumento dos juros da dívida pública que lhes são necessários para pagar a guerra. Para fugir à bitola dominante, neste vídeo entrevista-se David Swanson, autor de “A Guerra é um Mentira” – em suma, a humanidade tem perante si uma corporação militar de endoutrinamento social, numa palavra, aquilo que os nazis não conseguiram implantar na Europa em 1945, está actualmente a ser tentado no mundo inteiro: Fascismo
O número proposto para a “defesa nacional” inclui, somado ao budget base, 158,7 mil milhões destinados àquilo que é eufemisticamente designado por “operações de contingência no estrangeiro”, leia-se a ocupação militar do Iraque e do Afeganistão.
Levando em linha de conta a inflação e a demografia, este é o orçamento militar mais alto de sempre “em tempo de paz” (desde 1945, o último ano em que houve uma guerra declarada). Esta estratégia financeira é fruto de um sistema de colonização global bem implantado, não de decisões avulso deste ou daquele presidente – no próximo ano para pagar a máquina de guerra do Pentágono serão gastos 2.354 dólares por cada cidadão norte-americano. Por comparação, a verba aprovada o ano passado foi de 680 mil milhões, 533,8 mil milhões como orçamento base e o resto para o Afeganistão e Iraque – acções que viram uma aprovação suplementar em Julho passado de mais 37 mil milhões (Supplemental Appropriations Act 2010)
Com 2.250.000 funcionários a tempo inteiro e o pessoal militar (excluindo a Guarda Nacional e os membros na reserva) o Departamento de Defesa é o maior empregador dos Estados Unidos. Por comparação, a maior empresa privada é a Walmart com 1.400.000 empregados e os Correios com 599.000.
(Este é um breve sumário do artigo de Rick Rozoff para a OpEdNews que pode ser lido no original aqui)
Não por acaso esta noticia passa em branco nos media. Como aliado incondicional da máquina de agressão imperialista os gestores nacionais não fogem à blindagem, só se preocupam em difundir à exaustão o aumento dos juros da dívida pública que lhes são necessários para pagar a guerra. Para fugir à bitola dominante, neste vídeo entrevista-se David Swanson, autor de “A Guerra é um Mentira” – em suma, a humanidade tem perante si uma corporação militar de endoutrinamento social, numa palavra, aquilo que os nazis não conseguiram implantar na Europa em 1945, está actualmente a ser tentado no mundo inteiro: Fascismo
domingo, dezembro 26, 2010
Quem governa os Estados Unidos?
"Os militares dos Estados Unidos estão agora mais dispersos por mais locais do que alguma vez estiveram durante a sua história" (Departamento de Defesa)
Bob Woodward, o jornalista que despoletou o caso Watergate, na companhia de Carl Bernstein, formula uma resposta a essa pergunta no seu livro mais recente "A Guerra de Obama" ("Obama’s War", edic. Simon & Schuster, New York, 2010): nem é o Poder executivo, nem o Poder legislativo e menos ainda o judicial. Quem governa realmente, diz Woodward, é o complexo militar-industrial, que dizer, o Pentágono e as grandes empresas produtoras de armamento, a cujo directório sonham entrar não poucos chefes militares quando se reformam. Lido o livro Michel Moore sentenciou: "O título de comandante-em-chefe (que o presidente ostenta) é tão cerimonial como o de "empregado do mês" do Burger King aqui do bairro. Leia-se o que "Obama’s War" revela.
* a parte visivel: "Hollywood e a Máquina de Guerra" (46min-57seg)
* "Para lá da Wikileaks: A Privatização da Guerra"
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Bob Woodward, o jornalista que despoletou o caso Watergate, na companhia de Carl Bernstein, formula uma resposta a essa pergunta no seu livro mais recente "A Guerra de Obama" ("Obama’s War", edic. Simon & Schuster, New York, 2010): nem é o Poder executivo, nem o Poder legislativo e menos ainda o judicial. Quem governa realmente, diz Woodward, é o complexo militar-industrial, que dizer, o Pentágono e as grandes empresas produtoras de armamento, a cujo directório sonham entrar não poucos chefes militares quando se reformam. Lido o livro Michel Moore sentenciou: "O título de comandante-em-chefe (que o presidente ostenta) é tão cerimonial como o de "empregado do mês" do Burger King aqui do bairro. Leia-se o que "Obama’s War" revela.
* a parte visivel: "Hollywood e a Máquina de Guerra" (46min-57seg)
* "Para lá da Wikileaks: A Privatização da Guerra"
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sábado, dezembro 25, 2010
uma bela prendinha de natal
Carmen. Uma verdade universal: uma jovem cigana é rebelde, nunca segue as regras. Ela é Elina Garanca, ele Roberto Alagna. Na Metropolitan Opera de New York. Em alguma época de boa vontade se haveria de descobrir algo aproveitável vindo do lado de lá do Atlântico: as luzes do palco, porque ela é da Letónia, ele é italiano e a direcção da peça é do inglês Robert Eyre
(e ainda ... a adivinhação do futuro... e a cena final)
(e ainda ... a adivinhação do futuro... e a cena final)
sexta-feira, dezembro 24, 2010
Paz na Terra
a paisagem é especulativa: as bandeiras católicas com o menino-jesus de janela custam 25 euros nos locais de culto da Icar, na loja do chinês custam 4 euros e meio
43 milhões de norte-americanos recebem senhas de racionamento para matar a fome. Os Estados Unidos estão muito longe do equilibrio (José Luis Fiori).
Que razões leva os dirigentes de um pequeno país como Portugal a insistirem numa aliança incondicional com o centro de controlo da máfia internacional que provocou deliberadamente a crise?
8º natal em Crise (a agravada, porque a anterior é endémica ao nacional-parasitismo). Obviamente, os usufrutuários do regime sentenciam que "isto está melhor" porque os portugueses este ano, nesta quadra, gastaram mais (é evidente, se o custo de vida está cada vez mais caro). Até o bom do Guterres foi à sua vidinha, quando imaginou que "com o êxito da entrada no Euro" lá para o final de mais uma breve década encher um depósito de combustível custaria 15 contos de réis e um saquinho de pão 600 escudos...
Enfim, estamos todos (os pobres) a pagar por (ninguém sabe lá muito bem pelo quê) um esquema fraudulento de que muito poucos têm uma percepção mínima. Embora seja cada vez mais breve o espaço de tempo em que se averiguam as trapaças. Por exemplo, o dinheiro fabricado à pressa (triliões) para colmatar as falências de 2008, cujos destinatários se desconheciam, já apareceu!... nos bancos que gerem a rede global de endividamento (que actualmente, no processo de concentração capitalista em curso, por insolvência das instituições tradicionais avulsas, já estão a atacar Estados por inteiro)
milhares de milhões para sustentar grandes causas (enquanto o salário minimo nacional aumentam 33 cêntimos por dia)
43 milhões de norte-americanos recebem senhas de racionamento para matar a fome. Os Estados Unidos estão muito longe do equilibrio (José Luis Fiori).
Que razões leva os dirigentes de um pequeno país como Portugal a insistirem numa aliança incondicional com o centro de controlo da máfia internacional que provocou deliberadamente a crise?
8º natal em Crise (a agravada, porque a anterior é endémica ao nacional-parasitismo). Obviamente, os usufrutuários do regime sentenciam que "isto está melhor" porque os portugueses este ano, nesta quadra, gastaram mais (é evidente, se o custo de vida está cada vez mais caro). Até o bom do Guterres foi à sua vidinha, quando imaginou que "com o êxito da entrada no Euro" lá para o final de mais uma breve década encher um depósito de combustível custaria 15 contos de réis e um saquinho de pão 600 escudos...
Enfim, estamos todos (os pobres) a pagar por (ninguém sabe lá muito bem pelo quê) um esquema fraudulento de que muito poucos têm uma percepção mínima. Embora seja cada vez mais breve o espaço de tempo em que se averiguam as trapaças. Por exemplo, o dinheiro fabricado à pressa (triliões) para colmatar as falências de 2008, cujos destinatários se desconheciam, já apareceu!... nos bancos que gerem a rede global de endividamento (que actualmente, no processo de concentração capitalista em curso, por insolvência das instituições tradicionais avulsas, já estão a atacar Estados por inteiro)
milhares de milhões para sustentar grandes causas (enquanto o salário minimo nacional aumentam 33 cêntimos por dia)
quinta-feira, dezembro 23, 2010
Assange não está a aguentar a pressão do jogo
Assange tranquilizou o mundo árabe sobre o alegado financiamento da sua organização, e prometeu publicar cerca de 3.700 documentos sensiveis sobre Israel - ao mesmo tempo que desmente ter efectuado qualquer acordo prévio com aquele país no sentido de não os revelar, afirmou à Al-Jazeera. Mas é curioso, esses documentos agora prometidos, só abrangem a guerra Israel-Líbano em 2006. E sobre o relacionamento entre Israel e os Estados Unidos? e sobre o papel da Reserva Federal norte americana (privada) gerida por um conglomerado de banqueiros maioritariamente judeus? (1)
Até ao actual momento dos "cables" publicados apenas 2% citam o nome de Israel - e sempre sem razões de queixa para os Sionistas, pelo contrário. Segundo um dos últimos telegramas diplomáticos recentemente revelados pela Wikileaks, membros da Fatah - o partido de Mahmud Abbas, actual presidente da Palestina - teriam pedido a Israel que atacasse o seu partido rival, o movimento Islãmico Hamas em 2007. Qual é a novidade? toda a gente sabe que Abbas é uma marioneta, um vendido que cumpre um programa imposto, contrário à independência do povo da Palestina. Veremos então que novidades "prejudiciais" para a grande coligação Estados Unidos-Israel trará Assange nos próximos tempos (isto é, se tiver tempo de se lembrar que neste ponto teve de sair a terreiro para se tentar defender de uma acusação grave) (fonte)
(1) É deveras curiosa "a coincidência" que a firma de advogados Finers Stephens Innocent - que represnta Assange e faz a gestão do "Julian Assange Defense Fund" seja também o consultor juridico do "Rothschild Waddesdon Trust" (ler o resto e seguir ligações em "Banqueiros, Oligarcas, Magnatas dos Media e "Reveladores" de Segredos de Estado")
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Até ao actual momento dos "cables" publicados apenas 2% citam o nome de Israel - e sempre sem razões de queixa para os Sionistas, pelo contrário. Segundo um dos últimos telegramas diplomáticos recentemente revelados pela Wikileaks, membros da Fatah - o partido de Mahmud Abbas, actual presidente da Palestina - teriam pedido a Israel que atacasse o seu partido rival, o movimento Islãmico Hamas em 2007. Qual é a novidade? toda a gente sabe que Abbas é uma marioneta, um vendido que cumpre um programa imposto, contrário à independência do povo da Palestina. Veremos então que novidades "prejudiciais" para a grande coligação Estados Unidos-Israel trará Assange nos próximos tempos (isto é, se tiver tempo de se lembrar que neste ponto teve de sair a terreiro para se tentar defender de uma acusação grave) (fonte)
(1) É deveras curiosa "a coincidência" que a firma de advogados Finers Stephens Innocent - que represnta Assange e faz a gestão do "Julian Assange Defense Fund" seja também o consultor juridico do "Rothschild Waddesdon Trust" (ler o resto e seguir ligações em "Banqueiros, Oligarcas, Magnatas dos Media e "Reveladores" de Segredos de Estado")
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quem paga é quem manda
"Na corrida entre o secretismo e a verdade, parece inevitável que seja sempre a verdade quem finalmente vencerá" (Rupert Murdoch, 1958)
Novas revelações confirmam que Assange acordou previamente com funcionários de Israel não publicar documentos que pudessem afectar a segurança e os interesses diplomáticos de Israel. Isto explica o porquê do primeiro ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmar que "as revelações eram boas para Israel" (depois de ter pactuado que os documentos prejudiciais seriam "eliminados", dando prioridade a outros)
De acordo com o site web árabe de jornalismo de investigação Al-Haqiqa, Julian Assange recebeu dinheiro de fontes israelitas semi-oficiais, num encontro secreto em Genéve gravado em vídeo, onde se comprometeu a não publicar documentos que pudessem afectar os interesses do Estado sionista de Israel.
Para Daniel Domscheit Berg, um dissidente da Wikileaks em entrevista ao diário alemão Die Tageszeitung, Assange na qualidade de editor-chefe actua como um "rei" contra os desejos de outros membros da equipa (ele é que negoceia os termos das "revelações", e quem paga é quem manda). A politica comercial de Assange passa por chegar a acordos prévios com os meios de comunicação seleccionados e tem por objectivo criar um "efeito explosivo" (para relançar as vendas de jornais cuja actividade está na falência, enquanto o Império yankee-sionista muda calmamente de paradigma). Vale muito a pena ler a descrição das medidas de secretismo que rodearam a publicação dos cables pelo ElPaís
James Petras ajuda a desmontar a fraude Wikileaks:
Novas revelações confirmam que Assange acordou previamente com funcionários de Israel não publicar documentos que pudessem afectar a segurança e os interesses diplomáticos de Israel. Isto explica o porquê do primeiro ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmar que "as revelações eram boas para Israel" (depois de ter pactuado que os documentos prejudiciais seriam "eliminados", dando prioridade a outros)
De acordo com o site web árabe de jornalismo de investigação Al-Haqiqa, Julian Assange recebeu dinheiro de fontes israelitas semi-oficiais, num encontro secreto em Genéve gravado em vídeo, onde se comprometeu a não publicar documentos que pudessem afectar os interesses do Estado sionista de Israel.
Para Daniel Domscheit Berg, um dissidente da Wikileaks em entrevista ao diário alemão Die Tageszeitung, Assange na qualidade de editor-chefe actua como um "rei" contra os desejos de outros membros da equipa (ele é que negoceia os termos das "revelações", e quem paga é quem manda). A politica comercial de Assange passa por chegar a acordos prévios com os meios de comunicação seleccionados e tem por objectivo criar um "efeito explosivo" (para relançar as vendas de jornais cuja actividade está na falência, enquanto o Império yankee-sionista muda calmamente de paradigma). Vale muito a pena ler a descrição das medidas de secretismo que rodearam a publicação dos cables pelo ElPaís
James Petras ajuda a desmontar a fraude Wikileaks:
quarta-feira, dezembro 22, 2010
liberdade em rede questionada
"As informações da Wikileaks foram disponibilizadas ao mais alto nível. A finalidade será o princípio do fim da liberdade na Internet"
O princípio da neutralidade da rede de Internet diz respeito à igualdade e ao sigilo dos dados que transitam pela Internet, em relação à prioridade e à velocidade com que as informações são transportadas. Como a administração central da Internet é fisicamente sediada nos EUA (por meio do ICANN, pessoa jurídica que gere a atribuição dos endereços da Web), a regulação norte-americana atinge, na prática, a rede no mundo inteiro. Ontem nos EUA votou-se pela primeira vez uma possivel regulação sobre o acesso online no país, quebrando um tabu quanto à não-interferência estatal na comunicação digital. Por enquanto (por 3 contra 2 votos) garante-se a continuação do livre acesso, sem restrições, a qualquer conteúdo legal para usuários domésticos (fonte)
informação livre
* Modus Operandis Neocons-Paulo Portas:
"O grupo Halliburton concorda em pagar 35 milhões de dólares à Nigéria para que o processo-crime contra o ex- vice-presidente Dick Cheney seja arquivado. Cheney era o director executivo da companhia em 1995 quando esta subornou (durante 10 anos) elementos do governo com luvas de 180 milhões para obter contratos por ajuste directo no valor de 6 mil milhões de dólares"
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O princípio da neutralidade da rede de Internet diz respeito à igualdade e ao sigilo dos dados que transitam pela Internet, em relação à prioridade e à velocidade com que as informações são transportadas. Como a administração central da Internet é fisicamente sediada nos EUA (por meio do ICANN, pessoa jurídica que gere a atribuição dos endereços da Web), a regulação norte-americana atinge, na prática, a rede no mundo inteiro. Ontem nos EUA votou-se pela primeira vez uma possivel regulação sobre o acesso online no país, quebrando um tabu quanto à não-interferência estatal na comunicação digital. Por enquanto (por 3 contra 2 votos) garante-se a continuação do livre acesso, sem restrições, a qualquer conteúdo legal para usuários domésticos (fonte)
informação livre
* Modus Operandis Neocons-Paulo Portas:
"O grupo Halliburton concorda em pagar 35 milhões de dólares à Nigéria para que o processo-crime contra o ex- vice-presidente Dick Cheney seja arquivado. Cheney era o director executivo da companhia em 1995 quando esta subornou (durante 10 anos) elementos do governo com luvas de 180 milhões para obter contratos por ajuste directo no valor de 6 mil milhões de dólares"
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terça-feira, dezembro 21, 2010
sinais do debate do dia
"Os políticos da esquerda à direita sempre falaram dos pobres para ganhar eleições e usaram os ricos para financiar as campanhas" (Diário Económico)
As alterações laborais, nomeadamente “o fundo para facilitar os despedimentos”, vai “destruir a economia nacional (...) Os patrões pediram, a direita pediu, o FMI pediu, o governo cedeu” e o cínico do presidente nem precisa de se pronunciar
Precaridade. Segundo a Comissão Europeia 22% da população empregada no nosso País já tem contratos a prazo, quando a média da UE17 é de 13,5%. Segundo dados constantes do Livro Branco, " a dinâmica do mercado de trabalho (criação e destruição de emprego) atingiu em cada trimestre e em média, mais de 300.000 pessoas, ou seja, cerca de 10% do emprego total durante o período 2001-2007. Depois da crise a situação tem vindo a agravar-se. Ou seja, perdem-se cerca de 322 empregos por dia. Se somarmos aos"contratos temporários” precários os trabalhadores obrigados a inscreverem-se como “sociedades unipessoais” para poderem continuar a trabalhar, a média é superior a 35% do emprego em Portugal. (Eugénio Rosa)
Digam lá os eleitores: este é um país substancialmente diferente daquele com o qual o Cavaco de há 5 anos dizia não se conformar, não é?... e assumir a culpa pela intrujice não é com ele, verdade? enquanto em vésperas de mais 500 milhões de euros serem usados para salvar o banco dos amigalhaços de partido, Sua Excelência o comandante em chefe das Forças Armadas de Portugal continua a desviar centenas de milhões de euros do orçamento de Estado para cumprir fretes negociais secretos assumidos com o patronato do Império... (Mas, por razões tácticas e estratégicas eleitorais, ou sabe-se lá por alma de quê, a este tipo de questões já não chegará o candidato Francisco Lopes)
As alterações laborais, nomeadamente “o fundo para facilitar os despedimentos”, vai “destruir a economia nacional (...) Os patrões pediram, a direita pediu, o FMI pediu, o governo cedeu” e o cínico do presidente nem precisa de se pronunciar
Precaridade. Segundo a Comissão Europeia 22% da população empregada no nosso País já tem contratos a prazo, quando a média da UE17 é de 13,5%. Segundo dados constantes do Livro Branco, " a dinâmica do mercado de trabalho (criação e destruição de emprego) atingiu em cada trimestre e em média, mais de 300.000 pessoas, ou seja, cerca de 10% do emprego total durante o período 2001-2007. Depois da crise a situação tem vindo a agravar-se. Ou seja, perdem-se cerca de 322 empregos por dia. Se somarmos aos"contratos temporários” precários os trabalhadores obrigados a inscreverem-se como “sociedades unipessoais” para poderem continuar a trabalhar, a média é superior a 35% do emprego em Portugal. (Eugénio Rosa)
Digam lá os eleitores: este é um país substancialmente diferente daquele com o qual o Cavaco de há 5 anos dizia não se conformar, não é?... e assumir a culpa pela intrujice não é com ele, verdade? enquanto em vésperas de mais 500 milhões de euros serem usados para salvar o banco dos amigalhaços de partido, Sua Excelência o comandante em chefe das Forças Armadas de Portugal continua a desviar centenas de milhões de euros do orçamento de Estado para cumprir fretes negociais secretos assumidos com o patronato do Império... (Mas, por razões tácticas e estratégicas eleitorais, ou sabe-se lá por alma de quê, a este tipo de questões já não chegará o candidato Francisco Lopes)
vemo-nos nas barricadas
segunda-feira, dezembro 20, 2010
mais consumir que produzir
Onde e quando é que já ouvimos isto e quem ainda se lembra do modelo "endividamento para se poder ter acesso à compra de tralha supérflua"?
Aproveitando uma visita de Estado tendo em vista melhorar a cooperação (?) bilateral entre Cuba e os EUA, a cubana Yoani Sánchez (uma bloguista subsidiada pelo grupo espanhol Prisa) pediu à subsecretaria de Estado adjunta dos Estados Unidos, Bisa Williams, para levantar a restrição que a impede de fazer compras pela Internet (wikileaks)
* Natal, uma quadra de boa vontade nos EUA?:
25 embaixadores pediram vistos para as esposas dos 5 prisioneiros cubanos presos injustamente nos EUA desde 1998
* 16 por cento dos norte americanos já acreditam que os seres humanos evoluiram por milhões de anos sem a ajuda de um qualquer deus. Com a crise bushista, desde 2001 a percentagem aumentou 7 por cento. Antes eram apenas 9 por cento os que acreditavam na obra científica de Darwin
Os grandes meios de comunicação, que geralmente não se ocupam a difundir literatura, têm promovido abundantemente a inexistência de obra de Yoani Sánchez e até lhe têm dado prémios
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Aproveitando uma visita de Estado tendo em vista melhorar a cooperação (?) bilateral entre Cuba e os EUA, a cubana Yoani Sánchez (uma bloguista subsidiada pelo grupo espanhol Prisa) pediu à subsecretaria de Estado adjunta dos Estados Unidos, Bisa Williams, para levantar a restrição que a impede de fazer compras pela Internet (wikileaks)
* Natal, uma quadra de boa vontade nos EUA?:
25 embaixadores pediram vistos para as esposas dos 5 prisioneiros cubanos presos injustamente nos EUA desde 1998
* 16 por cento dos norte americanos já acreditam que os seres humanos evoluiram por milhões de anos sem a ajuda de um qualquer deus. Com a crise bushista, desde 2001 a percentagem aumentou 7 por cento. Antes eram apenas 9 por cento os que acreditavam na obra científica de Darwin
Os grandes meios de comunicação, que geralmente não se ocupam a difundir literatura, têm promovido abundantemente a inexistência de obra de Yoani Sánchez e até lhe têm dado prémios
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domingo, dezembro 19, 2010
Acontece, ou o Canto do Fantoche Lusitano
Na sondagem encomendada pela TVI (!) o PSD terá 41,6 por cento das intenções de voto relegando o PS para 30,1 por cento. Os autores da sondagem cumprem uma encomenda trabalhando para o fim do mal para que se lhe suceda a peçonha, agora optimizada pela manipulação dos media na perspectiva de re-eleição de Cavaco Silva
Saber e Educação. Um conhecido exemplo do estilo de trabalho em governação PSD. Entrevista sobre o “Perfil Sociológico dos Jornalistas Portugueses” (2006), patrocinada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e a publicar pela Gulbenkian.
Carlos Pinto Coelho, 1944-2010
- Como é que silenciaram o Acontece?
- “O Acontece durou quase dez anos, de 1994 a 2003, com o alcance cultural que, francamente, toda a gente sabe. Acabou à maneira das ditaduras dos coronéis, por imposição do ministro da tutela, Morais Sarmento (ver origens). Ele teve o arrojo de afirmar na televisão que o meu programa tinha um orçamento tão elevado que saíria mais económico oferecer uma viagem de volta ao mundo aos seus espectadores. Uma rotunda falsidade (...) no dia seguinte a SicNoticias convida-me a ir ao seu jornal em directo. Antes de responder, e tratando-se de uma televisão concorrente, fiz o que mandam os estatutos da RTP e falei para a minha administração a informar do convite. Apareceu-me um administrador, cheio de bons modos e cautelas, dizendo-me que sim, que podia is à Sic, mas que tinha recebido um telefonema do senhor ministro a explicar que aquilo fora um faux pas, uma força de expressão que eu não devia levar a peito... “coisa sem importância nem significado, percebe”?
Lá fui à SicNoticias e lá repeti o que tinha ouvido: o Acontece não estava em perigo, ora essa, estava apenas de férias, mas voltaria em Setembro. Não sei se o fiz por convicção tola, se por parvoice, se por aquilo a que os ingleses chamam wishful thinking. Mas o que é verdade é que o Acontece nunca mais voltou e que eu saí semanas depois da RTP, ao fim de 23 anos. O fim do próximo capitulo desta telenovela já o conhecemos, enquanto perdurar o enredo da subordinação do serviço público de radiofusão ao poder arbitrário dos governos do dia”.
- Qual é a representação que o publico hoje faz da actividade dos jornalistas e do papel dos media na sociedade? Que peso tem o estatuto social dos jornalistas?
- “Hoje o papel dos media na sociedade é mais influente do que nunca. O que a televisão desconhece nunca existiu; os três poderes instituidos exercem-se através dos media, ou deixam de ser poder; a escola vê-se cerceada pelos valores mediáticos e deixa-se subjugar por eles. Apesar do enorme poder dos media, sinto que o grande publico não tem pelos jornalistas o apreço e até o respeito que tinha há 40 anos. Porque dantes liam-se mais jornais e a palavra tinha valor maior do que hoje? Porque hoje a oferta de grande consumo é sobretudo a do sensacionalismo e da imprensa de escândalos, nada abonatória do jornalismo? Ou será que o peso do jornalismo televisivo, mais superficial e espectacular, como é próprio deste media, derroga a excelência do jornalismo de causas e da própria narartiva jornalistica? Em meu entender, nos tempos de hoje a profissão tem menos importância social do que este ou aquele professional que se notabiliza. Um apresentador de telejornal, competente ou não, tem mais estatuto social do que o melhor dos repórteres de investigação”
João Paulo Guerra investigou a operação yankee para fabricar o medo do comunismo na Europa do pós guerra:
Saber e Educação. Um conhecido exemplo do estilo de trabalho em governação PSD. Entrevista sobre o “Perfil Sociológico dos Jornalistas Portugueses” (2006), patrocinada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e a publicar pela Gulbenkian.
Carlos Pinto Coelho, 1944-2010
- Como é que silenciaram o Acontece?
- “O Acontece durou quase dez anos, de 1994 a 2003, com o alcance cultural que, francamente, toda a gente sabe. Acabou à maneira das ditaduras dos coronéis, por imposição do ministro da tutela, Morais Sarmento (ver origens). Ele teve o arrojo de afirmar na televisão que o meu programa tinha um orçamento tão elevado que saíria mais económico oferecer uma viagem de volta ao mundo aos seus espectadores. Uma rotunda falsidade (...) no dia seguinte a SicNoticias convida-me a ir ao seu jornal em directo. Antes de responder, e tratando-se de uma televisão concorrente, fiz o que mandam os estatutos da RTP e falei para a minha administração a informar do convite. Apareceu-me um administrador, cheio de bons modos e cautelas, dizendo-me que sim, que podia is à Sic, mas que tinha recebido um telefonema do senhor ministro a explicar que aquilo fora um faux pas, uma força de expressão que eu não devia levar a peito... “coisa sem importância nem significado, percebe”?
Lá fui à SicNoticias e lá repeti o que tinha ouvido: o Acontece não estava em perigo, ora essa, estava apenas de férias, mas voltaria em Setembro. Não sei se o fiz por convicção tola, se por parvoice, se por aquilo a que os ingleses chamam wishful thinking. Mas o que é verdade é que o Acontece nunca mais voltou e que eu saí semanas depois da RTP, ao fim de 23 anos. O fim do próximo capitulo desta telenovela já o conhecemos, enquanto perdurar o enredo da subordinação do serviço público de radiofusão ao poder arbitrário dos governos do dia”.
- Qual é a representação que o publico hoje faz da actividade dos jornalistas e do papel dos media na sociedade? Que peso tem o estatuto social dos jornalistas?
- “Hoje o papel dos media na sociedade é mais influente do que nunca. O que a televisão desconhece nunca existiu; os três poderes instituidos exercem-se através dos media, ou deixam de ser poder; a escola vê-se cerceada pelos valores mediáticos e deixa-se subjugar por eles. Apesar do enorme poder dos media, sinto que o grande publico não tem pelos jornalistas o apreço e até o respeito que tinha há 40 anos. Porque dantes liam-se mais jornais e a palavra tinha valor maior do que hoje? Porque hoje a oferta de grande consumo é sobretudo a do sensacionalismo e da imprensa de escândalos, nada abonatória do jornalismo? Ou será que o peso do jornalismo televisivo, mais superficial e espectacular, como é próprio deste media, derroga a excelência do jornalismo de causas e da própria narartiva jornalistica? Em meu entender, nos tempos de hoje a profissão tem menos importância social do que este ou aquele professional que se notabiliza. Um apresentador de telejornal, competente ou não, tem mais estatuto social do que o melhor dos repórteres de investigação”
João Paulo Guerra investigou a operação yankee para fabricar o medo do comunismo na Europa do pós guerra:
Em principio só o lobie judaico é que saberá de facto aquilo de que toda a gente fala sem perceber lá muito bem a que facção poderá beneficiar o asssunto...
Wikileaks, de grupo terrorista a grupo de contra-informação da CIA* - o judeu é o pivot do rap...
* Alex Jones e Webster Tarpley: A Agenda Oculta por detrás da WikiLeaks
* Cuba. Raul Castro convoca rectificação de politicas, admite ter havido erros, mas nega qualquer abertura ao capitalismo
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Wikileaks, de grupo terrorista a grupo de contra-informação da CIA* - o judeu é o pivot do rap...
* Alex Jones e Webster Tarpley: A Agenda Oculta por detrás da WikiLeaks
* Cuba. Raul Castro convoca rectificação de politicas, admite ter havido erros, mas nega qualquer abertura ao capitalismo
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sábado, dezembro 18, 2010
Wikiliquidação do Império?
Boaventura Sousa Santos, Carta Maior
O mundo irá mudar depois destas revelações? A questão é saber qual das globalizações em confronto - a globalização hegemônica do capitalismo ou a globalização contra-hegemônica dos movimentos sociais em luta por um outro mundo possível - irá beneficiar mais com as fugas de informação.
A revelação é tão impressionante pela tecnologia como pelo conteúdo. A título de exemplo, ouvimos horrorizados este diálogo – Good shooting. Thank you – enquanto caem por terra jornalistas da Reuters e crianças a caminho do colégio, ou seja, enquanto se cometem crimes contra a humanidade. Ficamos a saber que o Irão é consensualmente uma ameaça nuclear para os seus vizinhos e que, portanto, está apenas por decidir quem vai atacar primeiro, se os EUA ou Israel. Que a grande multinacional famacêutica, Pfizer, com a conivência da embaixada dos EUA na Nigéria, procurou fazer chantagem com o Procurador-Geral deste país para evitar pagar indemnizações pelo uso experimental indevido de drogas que mataram crianças. Que os EUA fizeram pressões ilegítimas sobre países pobres para os obrigar a assinar a declaração não oficial da Conferência da Mudança Climática de Dezembro passado em Copenhaga, de modo a poderem continuar a dominar o mundo com base na poluição causada pela economia do petróleo barato. Que Moçambique não é um Estado-narco totalmente corrupto mas pode correr o risco de o vir a ser. Que no “plano de pacificação das favelas” do Rio de Janeiro se está a aplicar a doutrina da contra-insurgência desenhada pelos EUA para o Iraque e Afeganistão, ou seja, que se estão a usar contra um “inimigo interno” as mesmas tácticas usadas contra um “inimigo externo”
(artigo completo aqui)
* relacionado:
"Wikileaks provoca o desejo de controlo da Internet por utilizadores livres"
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O mundo irá mudar depois destas revelações? A questão é saber qual das globalizações em confronto - a globalização hegemônica do capitalismo ou a globalização contra-hegemônica dos movimentos sociais em luta por um outro mundo possível - irá beneficiar mais com as fugas de informação.
A revelação é tão impressionante pela tecnologia como pelo conteúdo. A título de exemplo, ouvimos horrorizados este diálogo – Good shooting. Thank you – enquanto caem por terra jornalistas da Reuters e crianças a caminho do colégio, ou seja, enquanto se cometem crimes contra a humanidade. Ficamos a saber que o Irão é consensualmente uma ameaça nuclear para os seus vizinhos e que, portanto, está apenas por decidir quem vai atacar primeiro, se os EUA ou Israel. Que a grande multinacional famacêutica, Pfizer, com a conivência da embaixada dos EUA na Nigéria, procurou fazer chantagem com o Procurador-Geral deste país para evitar pagar indemnizações pelo uso experimental indevido de drogas que mataram crianças. Que os EUA fizeram pressões ilegítimas sobre países pobres para os obrigar a assinar a declaração não oficial da Conferência da Mudança Climática de Dezembro passado em Copenhaga, de modo a poderem continuar a dominar o mundo com base na poluição causada pela economia do petróleo barato. Que Moçambique não é um Estado-narco totalmente corrupto mas pode correr o risco de o vir a ser. Que no “plano de pacificação das favelas” do Rio de Janeiro se está a aplicar a doutrina da contra-insurgência desenhada pelos EUA para o Iraque e Afeganistão, ou seja, que se estão a usar contra um “inimigo interno” as mesmas tácticas usadas contra um “inimigo externo”
(artigo completo aqui)
* relacionado:
"Wikileaks provoca o desejo de controlo da Internet por utilizadores livres"
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sexta-feira, dezembro 17, 2010
Concerto na Cerimónia de atribuição do Prémio Nobel da Paz 2010
como vem sendo apropriado no mundo blogosférico preferencialmente frequentado por funcionários públicos e outros veraneantes, ao fim de semana temos música, (cançonetismo bíblico)
O israelita Idan Raichel & e a norte americana India Arie:
Findo o Espectáculo (como Ilusão da Realidade, na perspectiva de Guy Debord),
depois da cerimónia de cadeira vazia (o que é que estavam à espera?) sobram os assuntos sérios. O Comité quis dar uma lição à China, ignorando os pontos de vista do seu herói Liu Xiaobo. Para que conste, Liu Xiaobo afirmou publicamente que no seu ponto de vista:
(a) "o drama da China consiste em não ter sido colonizada durante pelo menos 300 anos por um poder ocidental ou pelo Japão". Isto, ao que parece, tê-la-ia civilizado para sempre;
(b) "as guerras da Coreia e do Vietnam feitas pelos EUA foram guerras contra o totalitarismo e aumentaram ‘a credibilidade moral de Washington"
(c) "Bush teve razão em ir para a guerra com o Iraque e as críticas do Senador Kerry foram uma 'promoção da difamação"
(d) O Afeganistão? Nenhuma surpresa aqui: "pleno apoio à guerra da NATO".
Ele tem direito a essas opiniões (!?), mas será que elas deviam obter um prémio pela paz?
Tariq Ali, London Review of Books, (via Esquerda Net)
O israelita Idan Raichel & e a norte americana India Arie:
Findo o Espectáculo (como Ilusão da Realidade, na perspectiva de Guy Debord),
depois da cerimónia de cadeira vazia (o que é que estavam à espera?) sobram os assuntos sérios. O Comité quis dar uma lição à China, ignorando os pontos de vista do seu herói Liu Xiaobo. Para que conste, Liu Xiaobo afirmou publicamente que no seu ponto de vista:
(a) "o drama da China consiste em não ter sido colonizada durante pelo menos 300 anos por um poder ocidental ou pelo Japão". Isto, ao que parece, tê-la-ia civilizado para sempre;
(b) "as guerras da Coreia e do Vietnam feitas pelos EUA foram guerras contra o totalitarismo e aumentaram ‘a credibilidade moral de Washington"
(c) "Bush teve razão em ir para a guerra com o Iraque e as críticas do Senador Kerry foram uma 'promoção da difamação"
(d) O Afeganistão? Nenhuma surpresa aqui: "pleno apoio à guerra da NATO".
Ele tem direito a essas opiniões (!?), mas será que elas deviam obter um prémio pela paz?
Tariq Ali, London Review of Books, (via Esquerda Net)
quinta-feira, dezembro 16, 2010
o candidato desastrado
Esse Girassol, amarelo e só
tem do que é o Sol
apenas a luz que lhe roubou
tem do que é o Sol
apenas a luz que lhe roubou
Fernando Nobre foi encomendado pelos partido soarista dos Lelos com o evidente propósito de partir o chamado “eleitorado de esquerda” em dois, não fosse o diabo tecê-las, Alegre ganhar demasiado lastro e pôr em causa a reeleição de Cavaco.
Sempre pronto a embarcar para a desgraça dos pobres, (mas nunca por demasiado tempo porque a miséria é entediante), com bilhete de avião, roupa lavada e cama de hotel reservada, quando se levanta dos caixotes com mantimentos abandonando o chorudo negócio das catástrofes humanitárias, Fernando Nobre é uma nulidade politica. Só um zero podia realmente desempenhar tão importante frete na matemática eleitoral burguesa.
Assumindo-se como candidato anti-sistema trata de desancar tudo o que lhe cheire a proposta comunista (“uma ideia fossilizada que causou demasiados males ao mundo”, disse ele) – e assim, Nobre apresenta como grande originalidade da sua lavra uma proposta de salário mínimo europeu. Não sabemos a idade de Fernando Nobre, mas chegou demasiado tarde a estas coisas. Um salário mínimo equiparado para todos os trabalhadores europeus em qualquer país da União (aplicável também às pensões de reforma) só seria possível com uma revisão do Tratado de Lisboa, cujos fautores que manobraram anti-democraticamente precisamente contra essas e outras ideias de emancipação laboral.
A ideia de um Salário Mínimo Europeu, (actualmente em Portugal menos de 500 euros (o mais baixo da EU a 15), acima de 1000 euros na Europa desenvolvida, Espanha e Grécia 728 e 628 respectivamente, 150 nos países de Leste, 844 nos Estados Unidos) foi relançada por alguns candidatos durante a campanha eleitoral para o PE em 2009, mas face às perspectivas de inviabilização pelo espectro politico dominante na Europa a eurodeputada pelo PCP Ilda Figueiredo começou por uma “proposta de rendimento mínimo europeu”. Sujeita a escrutínio, foi pela escassa margem de 1 voto que foi admitida a discussão. Votada finalmente em 2009 a proposta acabaria por ser aprovada como lei. Só que, como o grupo neoliberal no PE não conseguiu escamotear a urgência da tomada deste medida social por meios legais, faz letra morta da aprovação e a lei está na prática relegada para as calendas da não aplicação como acção concreta. Seria isto que Fernando Nobre haveria de ter perguntado no debate televisivo: Porque é que esta Lei proposta pelo PCP no Parlamento Europeu não entra imediatamente em vigor?
* Evidência de policias infiltrados para provocar distúrbios na manifestação de Roma
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quarta-feira, dezembro 15, 2010
Berlusconi continua, o Povo saiu à rua
Fazendo frente à austeridade e à politica criminosa admitida pelos gestores europeus face às imposições do Império, Roma já está a arder. A rejeição na Câmara dos Deputados, das duas moções de censura contra o Governo do mafioso Silvio Berlusconi. (existem provas que é mafioso) fez sair milhares de trabalhadores e estudantes à rua numa acção em que a repressão policial devastou o centro histórico da cidade. Na foto, um bófia de pistola em punho (assinalada pelo circulo vermelho) acabará por ser neutralizado por um grupo de cidadãos. (ver na Ansa.it)
Europa debaixo de ataque: 2011, um ano de luta!
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Europa debaixo de ataque: 2011, um ano de luta!
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Rabis Judeus contra o Sionismo
Existe um só Estado na Palestina, um Estado multiétnico que possa ser governado democraticamente por árabes e judeus. Israel, tal como hoje existe, não tem direito direito algum para governar a Palestina. Este não é um problema religioso, sempre convivemos em paz durante muitos anos. Foi a politica Sionista que criou a actual monstruosidade no Médio Oriente. Muito bem (numa primeira fase). Fazemos uma clara distinção entre Judaísmo e Sionismo. Judaismo de prática livre dentro das sinagogas, Sionismo condicionado pelo plebiscito popular da totalidade da população, árabe e judaica. Só que a opinião da corrente politica pacífista é censurada, não pode ser vista nem ouvida nos grandes meios de difusão de informação. Se a liberdade de expressão fosse possível, já a guerra civil na Palestina tinha acabado.
Apoio incondicional ao movimento Neturei Karta no desmantelamento do Estado ilegal de Israel
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Apoio incondicional ao movimento Neturei Karta no desmantelamento do Estado ilegal de Israel
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terça-feira, dezembro 14, 2010
Wikileaks, mais um inside job
Julian Assange, um tipo com uma história vaga, mulherengo, viaja intensamente pelo mundo sem meios de suporte visíveis, oriundo de uma família de culto LSD abusadores de crianças, (humm) Não é contra a guerra, odeia o movimento “Verdade sobre o 11 de Setembro”… não dispõe de canais de informação acerca da Casa Branca de Bush ou de Obama… ou do sistema bancário da Reserva Federal… ou tampouco do Goldman Sachs (mas está a dar uma ajuda a deitar abaixo o Bank of América). As suas “revelações de informação” (leaks) pintam o Paquistão como uma ameaça… e os políticos estrangeiros de que a CIA não gosta como gente desprezível, idiotas… Assange acredita que Osama Bin Laden existe e está vivo… e provavelmente encontra-se no Paquistão… Todas as outras merdices que ele, e os jornais associados, revelam são lixo que toda a gente já conhecia – a imprensa de referência adora-as, de outro modo não teria como encher capas e dúzias de páginas.
Tomando dois casos portugueses, um sobre a espionagem da Banca nacional ao Irão, a próxima vítima na mira do imperialismo, não merece comentários (remetendo-os para o vídeo abaixo), no outro… a trama serve para ludibriar por mais uma vez a opinião pública. Focam-se as autorizações para “repatriar prisioneiros de Guantánamo” utilizando bases áereas em território nacional pelos aviões da CIA. José Sócrates mentiu quando em 2007 disse no Parlamento que “nunca tinha dado ordem no sentido de autorizar tal ilegalidade”. E daí? Quem em Portugal não sabe que Sócrates é mentiroso? Mas com esta mentira encobre-se uma mentira muito maior: o verdadeiro crime não está no “repatriar”, está no transporte na ida para Guantánamo, no encarceramento e na tortura de prisoneiros, que é um dossier muito mais vasto que envolve todos os poderes nacionais desde 2001, desde Sampaio a Barroso, de Sócrates a Cavaco. Existe um pacto de regime neocon. E daí? Qual a contribuição dos "cablegates" para qualquer alteração de rumo? Alguém se demite? Algum dos actores em cargos públicos está sequer disposto a debater o problema neste contexto alargado?... pelo contrário. Obama viu esta semana ser bloqueado o encerramento do campo de concentração de Guantánamo pela Câmara dos Representantes dos EUA (acto pelo qual esperou pacientemente, conforme lhe ordenaram, durante os dois primeiros anos do seu mandato)
e tudo continuará na estaca zero inicial na linha de partida de George W. Bush em 2001 - sobre “mudanças” pode realmente verificar-se que Luís Amado ou Sócrates venham a ser corridos por insustentabilidade nos poleiros, a “esquerda” (a da mansa verborreia oficial bem-compor- tadinha anti-“direita”) terá ganho uma batalhazinha… e daí? Depois de Sócrates vem Passos Coelho e o Portas de novo, ou, se possível, pior ainda… quem lucra com a campanha do herói Julian Assange? – os nossos amores da direita estão mortinhos para o usarem como justificação para censurar a Internet. O tipo parece um pato, é ouvido por patos e todo este cozinhado cheira a pato – mais um espectáculo das agências de contra-informação…
Sexo, Mentiras, Irão, Israel e Wikileaks
Quando em Julho passado sobre a publicação de documentos sobre o Afeganistão James Corbett e James Evan Pilato elaboraram o vídeo “Wikileaks: Trazida até Si pela CIA” (“Wikileaks: Brought to you by the CIA”), começou a tornar-se claro que este seria mais um, o enésimo episódio da Nova Ordem Mundial – Seis meses depois da chocantes imagens de soldados norte-americanos a abaterem civis desarmados, quais foram as consequências? Os EUA e os seus Aliados desistiram da invasão? A guerra foi suspensa? No mínimo, alguém sequer se demitiu? - Eis como as coisas se passam. No vídeo demonstra-se que a forma como as corporações mediáticas controladas pela CIA estão a manobrar o circo Wikileaks é um verdadeiro sonho para Israel e para os seus objectivos de obrigar os Estados Unidos a atacar a República Islâmica do Irão
Tomando dois casos portugueses, um sobre a espionagem da Banca nacional ao Irão, a próxima vítima na mira do imperialismo, não merece comentários (remetendo-os para o vídeo abaixo), no outro… a trama serve para ludibriar por mais uma vez a opinião pública. Focam-se as autorizações para “repatriar prisioneiros de Guantánamo” utilizando bases áereas em território nacional pelos aviões da CIA. José Sócrates mentiu quando em 2007 disse no Parlamento que “nunca tinha dado ordem no sentido de autorizar tal ilegalidade”. E daí? Quem em Portugal não sabe que Sócrates é mentiroso? Mas com esta mentira encobre-se uma mentira muito maior: o verdadeiro crime não está no “repatriar”, está no transporte na ida para Guantánamo, no encarceramento e na tortura de prisoneiros, que é um dossier muito mais vasto que envolve todos os poderes nacionais desde 2001, desde Sampaio a Barroso, de Sócrates a Cavaco. Existe um pacto de regime neocon. E daí? Qual a contribuição dos "cablegates" para qualquer alteração de rumo? Alguém se demite? Algum dos actores em cargos públicos está sequer disposto a debater o problema neste contexto alargado?... pelo contrário. Obama viu esta semana ser bloqueado o encerramento do campo de concentração de Guantánamo pela Câmara dos Representantes dos EUA (acto pelo qual esperou pacientemente, conforme lhe ordenaram, durante os dois primeiros anos do seu mandato)
e tudo continuará na estaca zero inicial na linha de partida de George W. Bush em 2001 - sobre “mudanças” pode realmente verificar-se que Luís Amado ou Sócrates venham a ser corridos por insustentabilidade nos poleiros, a “esquerda” (a da mansa verborreia oficial bem-compor- tadinha anti-“direita”) terá ganho uma batalhazinha… e daí? Depois de Sócrates vem Passos Coelho e o Portas de novo, ou, se possível, pior ainda… quem lucra com a campanha do herói Julian Assange? – os nossos amores da direita estão mortinhos para o usarem como justificação para censurar a Internet. O tipo parece um pato, é ouvido por patos e todo este cozinhado cheira a pato – mais um espectáculo das agências de contra-informação…
Sexo, Mentiras, Irão, Israel e Wikileaks
Quando em Julho passado sobre a publicação de documentos sobre o Afeganistão James Corbett e James Evan Pilato elaboraram o vídeo “Wikileaks: Trazida até Si pela CIA” (“Wikileaks: Brought to you by the CIA”), começou a tornar-se claro que este seria mais um, o enésimo episódio da Nova Ordem Mundial – Seis meses depois da chocantes imagens de soldados norte-americanos a abaterem civis desarmados, quais foram as consequências? Os EUA e os seus Aliados desistiram da invasão? A guerra foi suspensa? No mínimo, alguém sequer se demitiu? - Eis como as coisas se passam. No vídeo demonstra-se que a forma como as corporações mediáticas controladas pela CIA estão a manobrar o circo Wikileaks é um verdadeiro sonho para Israel e para os seus objectivos de obrigar os Estados Unidos a atacar a República Islâmica do Irão
domingo, dezembro 12, 2010
cortes nos orçamentos
Há décadas que o Estado social está a ser assaltado por individuos que realizam negócios e sugam lucros ilegais do erário público, gerido por amigalhaços. Ex-administrador da EDP recebeu "como contrapartida da adesão ao plano delituoso gizado por Manuel Godinho (figura de referência junto do Partido Socialista segundo as investigações do processo Face Oculta) um automóvel da marca Mercedes, modelo SL500 no valor de 50 mil euros. E ainda outras contrapartidas para favorecer outras empresas do mesmo Godinho (CM). Existem centenas e centenas de casos similares nunca julgados, ou outros de reduzida importância que o foram, não existindo porém ninguém de relevo condenado por corrupção.
Para pagar os custos desta e de outras vicissitudes, o Governo resolveu torpedear o contrato assinado para 2011 com um honesto grupo de Teatro e cortar-lhe 23 por cento da verba a receber (ler manifesto). É uma opção política. Trata-se, evidentemente, de censura financeira à liberdade de criação. Mas os 150 mil euros que o Teatro Municipal de Almada não irá receber dará para pagar 3 Mercedes a furtempresários godinhos "socialistas".
Os politicos nos governos, não acreditam que são meros funcionários das vontades com que foram eleitos. Que fazer com vigaristas que, uma vez chegados aos postos de gestão pública rasgam os votos e trabalham em programas de sentido diametralmente oposto à da vontade popular expressa em eleições? - Jorge Palma, ontem em Almada: "queremos o nosso dinheiro de volta!"
Éramos mais de mil os que fomos dar um abraço (azul, da cor do seu Teatro) à obra de 40 anos do Joaquim Benite, para que "seja desmascarada a politica encapotada de enfraquecimento das Companhias teatrais livres (e outras obras da cultura, cortando as verbas dos miseráveis contributos do Ministério de 0,7% para 0,4%) com o pretexto da crise. Atendendo ao total do orçamento de Estado de 177.000 milhões de euros ( que inclui blindados, submarinos e contrapartidas) estes subsidios quadrienal representam 0,0016%, o que é uma verba insignificante. No Público saiu a noticia do acção de protesto no TMA (manipuladora como sempre) com metade do espaço gráfico ocupado com a fotografia da Ministra em pose de mona lisa.
Com passo firme se passeia hoje a injustiça
Os opressores se dispõem a dominar por dez mil anos mais
A violência traz a garantia: “tudo continuará igual”
E não existe outra voz senão a dos dominadores
E no mercado grita a exploração: “Agora é que vou começar!”
E entre os oprimidos, muitos dizem agora:
“Jamais se logrará atingir o que queremos”
Quem ainda estiver vivo não diga nunca “jamais”
O que é firme não é firme
Tudo não continuará igual
Quando quem fala são os que dominam
¿Quem pode atrever-se a dizer “jamais”?
¿ De quem depende que a opressão continue?
De nós mesmo
¿ De quem depende que ela acabe?
De nós mesmo também
Que se levante aquele que se sente abatido
Aquele que está perdido que combata!
¿ Quem poderá deter aquele que conhece a sua condição?
Se os vencidos de hoje são os vencedores de amanhã
E o jamais se converte em hoje mesmo
Bertolt Brecht, Ode à Dialéctica, 1932
Para pagar os custos desta e de outras vicissitudes, o Governo resolveu torpedear o contrato assinado para 2011 com um honesto grupo de Teatro e cortar-lhe 23 por cento da verba a receber (ler manifesto). É uma opção política. Trata-se, evidentemente, de censura financeira à liberdade de criação. Mas os 150 mil euros que o Teatro Municipal de Almada não irá receber dará para pagar 3 Mercedes a furtempresários godinhos "socialistas".
Os politicos nos governos, não acreditam que são meros funcionários das vontades com que foram eleitos. Que fazer com vigaristas que, uma vez chegados aos postos de gestão pública rasgam os votos e trabalham em programas de sentido diametralmente oposto à da vontade popular expressa em eleições? - Jorge Palma, ontem em Almada: "queremos o nosso dinheiro de volta!"
Éramos mais de mil os que fomos dar um abraço (azul, da cor do seu Teatro) à obra de 40 anos do Joaquim Benite, para que "seja desmascarada a politica encapotada de enfraquecimento das Companhias teatrais livres (e outras obras da cultura, cortando as verbas dos miseráveis contributos do Ministério de 0,7% para 0,4%) com o pretexto da crise. Atendendo ao total do orçamento de Estado de 177.000 milhões de euros ( que inclui blindados, submarinos e contrapartidas) estes subsidios quadrienal representam 0,0016%, o que é uma verba insignificante. No Público saiu a noticia do acção de protesto no TMA (manipuladora como sempre) com metade do espaço gráfico ocupado com a fotografia da Ministra em pose de mona lisa.
Com passo firme se passeia hoje a injustiça
Os opressores se dispõem a dominar por dez mil anos mais
A violência traz a garantia: “tudo continuará igual”
E não existe outra voz senão a dos dominadores
E no mercado grita a exploração: “Agora é que vou começar!”
E entre os oprimidos, muitos dizem agora:
“Jamais se logrará atingir o que queremos”
Quem ainda estiver vivo não diga nunca “jamais”
O que é firme não é firme
Tudo não continuará igual
Quando quem fala são os que dominam
¿Quem pode atrever-se a dizer “jamais”?
¿ De quem depende que a opressão continue?
De nós mesmo
¿ De quem depende que ela acabe?
De nós mesmo também
Que se levante aquele que se sente abatido
Aquele que está perdido que combata!
¿ Quem poderá deter aquele que conhece a sua condição?
Se os vencidos de hoje são os vencedores de amanhã
E o jamais se converte em hoje mesmo
Bertolt Brecht, Ode à Dialéctica, 1932
sábado, dezembro 11, 2010
músicas presidenciáveis
Putin: "I found my thrill on Blueberry Hill", isto é, ganhei uma tusa do caraças desde que senti que tinha jeito para cantar rock americano:
lembrando a versão original, o editor inicialmente rejeitou-a por achar a ideia uma aberração: os mirtilos não crescem no cimo dos montes (mas da ilusão vive o homem); os tempos são outros e Putin não passa de uma aberração de outro quilate, mas nunca se sabe quando pode vender milhões.
O espectáculo original do único e da sua propriedade, como é sabido, reside noutro lado, conquanto a filosofia do individualismo vá estando cada vez mais desactualizada - Concerto de homenagem a Dave Brubeck pela Banda das Forças Armadas:
BreakingNews
Wikileaks: Expodiu uma bomba no centro de Estocolmo,
lembrando a versão original, o editor inicialmente rejeitou-a por achar a ideia uma aberração: os mirtilos não crescem no cimo dos montes (mas da ilusão vive o homem); os tempos são outros e Putin não passa de uma aberração de outro quilate, mas nunca se sabe quando pode vender milhões.
O espectáculo original do único e da sua propriedade, como é sabido, reside noutro lado, conquanto a filosofia do individualismo vá estando cada vez mais desactualizada - Concerto de homenagem a Dave Brubeck pela Banda das Forças Armadas:
BreakingNews
Wikileaks: Expodiu uma bomba no centro de Estocolmo,
(um pretexto para?...)
mais James Bond (acção em bolsa) que Robin Wood (um santinho de pau)
"Na verdade (Julian Assange) é um anarquista sem grandes escrúpulos (...) que promove violações de comunicações secretas não em nome da transparência, mas para tentar destruir a sociedade em que vivemos" (José Manuel Fernandes, Público)
Para quem era o homem mais procurado do planeta o espectáculo, fausto e luxo high-tech do espaventoso escritório pseudo altruista da sua organização não tem nada de secreto. Fará JMF a mais pequena ideia de quanto custam umas instalações destas? - de onde veio o dinheiro? outra questão: se as câmaras fotográficas podem penetrar no bunker e revelar imagens, Assange não pode com certeza ser considerado um "robin dos bosques" dos tempos modernos que rouba segredos aos poderosos para os dar ao cidadão comum… “os telegramas revelados são mediados - a selecção está a ser feita por jornais acima de qualquer suspeita” - jornais corporativos perfeitamente alinhados com a função das empresas jornalisticas (deveria o jornalista Miguel Portas ter dito) - jornais que filtram a informação sob censura prévia de um cartel da comunicação social de importância internacional significativa. Espere-se para ver: poder-se-ão consultar os 251.287 (fora outros mais recentes que sem dúvida teriam de surgir) nos sites desses jornais? Não!, unicamente serão publicados aqueles documentos que sejam considerados como não representando uma ameaça para a segurança de pessoas, entidades ou paises.
O mal para os pobres que a WikiLeaks ajuda é que é uma iniciativa que dispõem de uma enorme campanha publicitária que desvia a atenção das actividades mais negras dos governos. E a grande publicidade é outra actividade que se mede por milhões. De onde vem o dinheiro?
¿ Pode alguém crer que o Pentágono, a CIA e as demais agências de informações dos Estados Unidos, as mais herméticas do mundo, tenham sido infiltradas por um Robin dos Bosques moderno? Face ao que o misterioso Assange tem vindo a expor, claramente não. Esses serviços de Inteligentsia estão a usar a Wikileaks para debitar informação de importância mediana na Internet, (como esta) no sentido de que ela não influa em qualquer mudança no sistema pseudo-democrático dos EUA e da sua hegemonia, nem deterá a associação de interesses que se acoita nesse país de continuar a cometer actos criminosos por todo o mundo como forma de conseguir os seus objectivos – esperemos para ver como vão usar as “suas informações libertadas” para desestabilizar países que se opõem aos EUA, enquanto Israel permanece puro e límpido
Para quem era o homem mais procurado do planeta o espectáculo, fausto e luxo high-tech do espaventoso escritório pseudo altruista da sua organização não tem nada de secreto. Fará JMF a mais pequena ideia de quanto custam umas instalações destas? - de onde veio o dinheiro? outra questão: se as câmaras fotográficas podem penetrar no bunker e revelar imagens, Assange não pode com certeza ser considerado um "robin dos bosques" dos tempos modernos que rouba segredos aos poderosos para os dar ao cidadão comum… “os telegramas revelados são mediados - a selecção está a ser feita por jornais acima de qualquer suspeita” - jornais corporativos perfeitamente alinhados com a função das empresas jornalisticas (deveria o jornalista Miguel Portas ter dito) - jornais que filtram a informação sob censura prévia de um cartel da comunicação social de importância internacional significativa. Espere-se para ver: poder-se-ão consultar os 251.287 (fora outros mais recentes que sem dúvida teriam de surgir) nos sites desses jornais? Não!, unicamente serão publicados aqueles documentos que sejam considerados como não representando uma ameaça para a segurança de pessoas, entidades ou paises.
O mal para os pobres que a WikiLeaks ajuda é que é uma iniciativa que dispõem de uma enorme campanha publicitária que desvia a atenção das actividades mais negras dos governos. E a grande publicidade é outra actividade que se mede por milhões. De onde vem o dinheiro?
¿ Pode alguém crer que o Pentágono, a CIA e as demais agências de informações dos Estados Unidos, as mais herméticas do mundo, tenham sido infiltradas por um Robin dos Bosques moderno? Face ao que o misterioso Assange tem vindo a expor, claramente não. Esses serviços de Inteligentsia estão a usar a Wikileaks para debitar informação de importância mediana na Internet, (como esta) no sentido de que ela não influa em qualquer mudança no sistema pseudo-democrático dos EUA e da sua hegemonia, nem deterá a associação de interesses que se acoita nesse país de continuar a cometer actos criminosos por todo o mundo como forma de conseguir os seus objectivos – esperemos para ver como vão usar as “suas informações libertadas” para desestabilizar países que se opõem aos EUA, enquanto Israel permanece puro e límpido
sexta-feira, dezembro 10, 2010
onde pára a Greve Geral?
Para a gestão corrente na fase de dissimulação politica, 30 mil pessoas em protesto na rua foi "um não-acontecimento". Para que serve o sindicalismo subsidiado pelo Estado? Ao fim de 3 semanas a central sindical amarela conseguiu ser recebida pelo Governo... e a CGTP alcatifou o Camões de vermelho" - "Dissimular: virtude de rei e de camareira" (Voltaire) - Entretanto o ataque aos direitos dos trabalhadores, dissimulado, intensifica-se...
entrevista de Garcia Pereira ao DN (8/12), sobre as medidas da legislação laboral que o Governo se esforça por esconder
- Faz sentido indexar parte dos salários à produtividade individual?
- O que eu sei pela experiência é que a introdução de componentes de produtividade no salário, por exemplo na banca, tem servido para baixar o custo das indemnizações em caso de despedimento. E suspeito que o que está em causa nessa discussão sobre a ligação entre salários e produtividade é isso mesmo, até porque responderia a pressões do FMI e da OCDE.
- Uma generalização dessa regra facilitaria os despedimentos?
- Sim. O Código do Trabalho faz reportar o valor das indemnizações não a toda remuneração mas apenas ao salário-base. O que se passa já na banca, por exemplo, é que num salário de 2000 euros só 700 correspondem a salário-base, pois uma parte é subsídio de disponibilidade e desempenho, outra é prémio de produtividade, outra de assiduidade, etc. Ora, o valor da indemnização por despedimento baixa significativamente.
- Esta modalidade já existe na lei?
- Não há nenhuma novidade em ter a produtividade como uma componente da retribuição; está prevista no Código do Trabalho e, como disse, é muito usada na banca.
- Mas como se mede a produtividade individual e sectorial?
- Esta é que é a questão. Primeiro porque a produtividade é antes de mais um problema da organização. E depois porque, se não se criam critérios objectivos sujeitos a escrutínio, entramos no terreno da arbitrariedade completa. E infelizmente tanto a Autoridade para as Condições do Trabalho como os tribunais do Trabalho têm sido completamente incapazes de fazer valer os direitos dos trabalhadores. E ainda temos taxas de justiça altíssimas face a outros países europeus, que limitam os direitos e a justiça
* "Quem é que o Governo ainda quer enganar?"
.
entrevista de Garcia Pereira ao DN (8/12), sobre as medidas da legislação laboral que o Governo se esforça por esconder
- Faz sentido indexar parte dos salários à produtividade individual?
- O que eu sei pela experiência é que a introdução de componentes de produtividade no salário, por exemplo na banca, tem servido para baixar o custo das indemnizações em caso de despedimento. E suspeito que o que está em causa nessa discussão sobre a ligação entre salários e produtividade é isso mesmo, até porque responderia a pressões do FMI e da OCDE.
- Uma generalização dessa regra facilitaria os despedimentos?
- Sim. O Código do Trabalho faz reportar o valor das indemnizações não a toda remuneração mas apenas ao salário-base. O que se passa já na banca, por exemplo, é que num salário de 2000 euros só 700 correspondem a salário-base, pois uma parte é subsídio de disponibilidade e desempenho, outra é prémio de produtividade, outra de assiduidade, etc. Ora, o valor da indemnização por despedimento baixa significativamente.
- Esta modalidade já existe na lei?
- Não há nenhuma novidade em ter a produtividade como uma componente da retribuição; está prevista no Código do Trabalho e, como disse, é muito usada na banca.
- Mas como se mede a produtividade individual e sectorial?
- Esta é que é a questão. Primeiro porque a produtividade é antes de mais um problema da organização. E depois porque, se não se criam critérios objectivos sujeitos a escrutínio, entramos no terreno da arbitrariedade completa. E infelizmente tanto a Autoridade para as Condições do Trabalho como os tribunais do Trabalho têm sido completamente incapazes de fazer valer os direitos dos trabalhadores. E ainda temos taxas de justiça altíssimas face a outros países europeus, que limitam os direitos e a justiça
* "Quem é que o Governo ainda quer enganar?"
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