"Na verdade (Julian Assange) é um anarquista sem grandes escrúpulos (...) que promove violações de comunicações secretas não em nome da transparência, mas para tentar destruir a sociedade em que vivemos" (José Manuel Fernandes, Público)
Para quem era o homem mais procurado do planeta o espectáculo, fausto e luxo high-tech do espaventoso escritório pseudo altruista da sua organização não tem nada de secreto. Fará JMF a mais pequena ideia de quanto custam umas instalações destas? - de onde veio o dinheiro? outra questão: se as câmaras fotográficas podem penetrar no bunker e revelar imagens, Assange não pode com certeza ser considerado um "robin dos bosques" dos tempos modernos que rouba segredos aos poderosos para os dar ao cidadão comum… “os telegramas revelados são mediados - a selecção está a ser feita por jornais acima de qualquer suspeita” - jornais corporativos perfeitamente alinhados com a função das empresas jornalisticas (deveria o jornalista Miguel Portas ter dito) - jornais que filtram a informação sob censura prévia de um cartel da comunicação social de importância internacional significativa. Espere-se para ver: poder-se-ão consultar os 251.287 (fora outros mais recentes que sem dúvida teriam de surgir) nos sites desses jornais? Não!, unicamente serão publicados aqueles documentos que sejam considerados como não representando uma ameaça para a segurança de pessoas, entidades ou paises.
O mal para os pobres que a WikiLeaks ajuda é que é uma iniciativa que dispõem de uma enorme campanha publicitária que desvia a atenção das actividades mais negras dos governos. E a grande publicidade é outra actividade que se mede por milhões. De onde vem o dinheiro?
¿ Pode alguém crer que o Pentágono, a CIA e as demais agências de informações dos Estados Unidos, as mais herméticas do mundo, tenham sido infiltradas por um Robin dos Bosques moderno? Face ao que o misterioso Assange tem vindo a expor, claramente não. Esses serviços de Inteligentsia estão a usar a Wikileaks para debitar informação de importância mediana na Internet, (como esta) no sentido de que ela não influa em qualquer mudança no sistema pseudo-democrático dos EUA e da sua hegemonia, nem deterá a associação de interesses que se acoita nesse país de continuar a cometer actos criminosos por todo o mundo como forma de conseguir os seus objectivos – esperemos para ver como vão usar as “suas informações libertadas” para desestabilizar países que se opõem aos EUA, enquanto Israel permanece puro e límpido
Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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4 comentários:
Sabe qual o problema das pessoas excessivamente desconfiadas? Qualquer informação que obtenham não lhes serve de nada pois só a validam tarde demais. Qualquer aliado que consigam perdem-no por falta de tacto e por lentidão em o aceitarem.
O Estaline também recebeu a informação (Sorge, Japão) de que seria invadido pela Alemanha mas tanto desconfiou que foi surpreendido.
Isto tudo para dizer que neste post nada vi que pusesse em causa a genuídade do WikiLeaks. Sabe onde está o servidor que aloja o seu blog?
Só se justificaria aos americanos fazer a operação WikiLeaks, com a perda da face americana perante o mundo, a perda de aliados e fontes de informação, a obrigação de rodar os diplomatas que escreveram as passagens mais embaraçantes SE (repito SE)veiculassem uma informação falsa que fosse decisiva numa "guerra" que estivesse a decorrer. Não consigo perceber que esteja a decorrer uma "guerra" cuja vitória fosse tão "lucrativa" que justifica-se todos os prejuízos atrás referidos.
Em relação à questão que me deixou no blog, o amigo saberá que a Wikipédia, que eu tenha conhecimento, não tem qualquer relação com a WikiLeaks!!! É "normal" que a Wikipédia apague os mirrors da Wikileaks como é normal que a Amazon, DNS, Visa, Mastercard, Paypal, Postfinance, etc participem no cerco à WikiLeaks de que tanto desconfia.
Aproveito para chamar a atenção para o facto de quem se interessa por esta temática ter que ver um pouco mais além. Os "telegramas" valem o que valem mas já nos permitem adivinhar que eventuais directivas executivas terão sido emanadas pelos serviços secretos americanos espalhados pelo mundo a a partir da pouca informação recolhida pelas embaixadas. É importante ter consciência de que o "telegramas" não são nada comparados com os dossiers dos serviços secretos. Não são "nada" mas são melhor do que nada.
A maior filtragem do que é disponibilizado pelo WikiLeaks é feita por aqueles que anonimamente lhes enviam documentos. Há quem sem ler um único telegrama já pede os arquivos do Vaticano, etc. Mas esta gente ainda percebeu que não é a WikiLeaks que obtém a informação? E depois temos o problema da sensibilidade de cada pessoa no âmbito da opinião pública: os comunistas acham que o mais importante eram documentos sobre a banca, os homossexuais sobre a discriminação homofóbica no exercito americano, os ateus (como eu) acham que o mais importante eram os documentos do Vaticano! Não contribuem em nada para a defesa da "barricada" mas só acreditam naquilo que venha de encontro à sua sensibilidade. Assim não vamos lá. Os soldados Manning, os activistas Assange que eventualmente existam por ai porque hão-de revelar informação confidencial se a opinião pública não só não reage como desconfia de pessoas que estão a "apodrecer" numa cela. Perante uma opinião pública tão acéfala e pessoas tão desconfiadas porque hei-de arriscar a minha pele?! Não me admira que a próxima vaga de contestação no mundo ocidental seja do tipo nihilista: atentados em massa sem ter em conta eventuais vítimas civis pois estes não passam de carneiros cegos. Actualmente há dois tipos de cegueira; uma pela escuridão (a maioria), outra pelo excesso de luz (pequenos grupos os indivíduos isolados). O bom senso, a capacidade de analisar a informação disponível vai-se tornando uma qualidade rara.
boas,
uma correcção se me permite.
ainda que eu dê o benefício da dúvida ao wikileaks e a Julian Assange, como escrevo no meu blog, existem coisas que me mantém alerta como o ele afirma sobre o 11set2001.
mas nessas coisas não se incluem o datacenter onde estão alguns dos servidores da wikileaks.
o datacenter como é óbvio não é deles, qq pessoa pode ter lá ou alugar empresas de hosting cujos seus servidores se encontrem lá.
por acaso os donos desse datacenter são simpatizantes quer da causa wikileaks quer da que se tem espalhado por esse mundo fora através da criação de partidos politicos piratas, que é a partilha de ficheiros na rede e a liberdade de informação bem como o fim da vigilância dos EUA e empresas a todos nós.
ab
breve nota aos 3 coments anteriores.
1. o server que aloja os nossos blogues (como o blogspot) são uma bincadeira gratuita, se comparada com os servers de alojamento profissional como o da PionenBahnof qua aloja os milhares de docs de Assange. Prestação de serviços informáticos destes custam centenas de milhares de euros. São para empresas comerciais. Obviamente, é também muito fácil silenciá-los por ilegalidades
2. Não existe legitimidade para relativizar grupos sociais como por exemplo "comunistas, homossexuais, sócios do Sporting, etc" e meter todos no mesmo saco de interesses disto ou daquilo - pode parecer, mas universos distintos não são comparáveis. o Marxismo é uma teoria de organização social que advoga o comunismo seguindo o estudo das classes sociais pelo método dialéctico. Normalmente os Marxistas equacionam os problemas sempre atendendo que é a base económica de determinada sociedade que sustenta as instituições e agentes politicos dessa sociedade. Ora, para levar no cu não é precisa nenhuma teoria social, é um problema do foro individual de cada um.
3. Daí que seja relevante quem paga determinada actividade; colaboração de jornais, etc
4. Declarações de Assange sobre o 11 de Setembro. Existem milhares e milhares de whistleblowers. Mas continua-se a não ver nada publicado nesta "grave crise de imagem para os EUA" (entre aspas), nem em cablegates nem nos 5 jornais de referência ligados ao projecto
Logo, o sensato é esperar para vermos.
Entretanto, obrigado pela colaboração
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