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entrevista de Garcia Pereira ao DN (8/12), sobre as medidas da legislação laboral que o Governo se esforça por esconder
- Faz sentido indexar parte dos salários à produtividade individual?
- O que eu sei pela experiência é que a introdução de componentes de produtividade no salário, por exemplo na banca, tem servido para baixar o custo das indemnizações em caso de despedimento. E suspeito que o que está em causa nessa discussão sobre a ligação entre salários e produtividade é isso mesmo, até porque responderia a pressões do FMI e da OCDE.
- Uma generalização dessa regra facilitaria os despedimentos?
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- Esta modalidade já existe na lei?
- Não há nenhuma novidade em ter a produtividade como uma componente da retribuição; está prevista no Código do Trabalho e, como disse, é muito usada na banca.
- Mas como se mede a produtividade individual e sectorial?
- Esta é que é a questão. Primeiro porque a produtividade é antes de mais um problema da organização. E depois porque, se não se criam critérios objectivos sujeitos a escrutínio, entramos no terreno da arbitrariedade completa. E infelizmente tanto a Autoridade para as Condições do Trabalho como os tribunais do Trabalho têm sido completamente incapazes de fazer valer os direitos dos trabalhadores. E ainda temos taxas de justiça altíssimas face a outros países europeus, que limitam os direitos e a justiça
* "Quem é que o Governo ainda quer enganar?"
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1 comentário:
Ora aqui está a prova dos nove e a mudança de paradigma!
http://resistir.info/peak_oil/whipple_08dez10.html
O pico petrolifero foi em 2006!!Bye-bye american way of life e,países (classes)clientes vão pelo ralo.Mad Max ou uma Nova Sociedade sem ricos(exploradores) nem pobres(explorados).
O Judeu Marx via muito longe...
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