"Será (a tolerância de ponte) uma maneira subtil de mostrar aos nossos amigos gregos que há outras formas, mais tranquilas, de reagir ao descalabro financeiro?" (Miguel Esteves Cardoso, Público)
Estamos em plena semana da uva messiânica. Um tsunani de Fé perpassava ontem por um país ansioso. Sentia-se no ar. No final as promessas de dilúvio de felicidade cumpriram-se. E não houve cão nem gato nem adepto que não saísse à rua, como é habitual nestes escassíssimos eventos que são à borla.
À pala, muito justamente foram decretados três dias de festa e o que mais se verá. Hoje no segundo dia (a não perder) na varanda da Câmara Municipal às 18,30, só ao terceiro dia Jesus se deverá des-ressuscitar de volta à gruta-balneário e se porá uma ligeira pedra temporária para o defeso no assunto, até ao I Gotta a Feeling mundial. Por isso, num acto de lesa-pátria benfiquista, devido à solenidade do dia não há razão nenhuma para os beatos autocarros da Carris andarem antecipadamente engalanados com as bandeirinhas do Estado do Vaticano. E depois não se diga
que o privatizável aparelho sanitário nacional é incapaz de lidar com os problemas da saúde mental dos portugueses. Milhares de caranguejos otarius-peregrinus percorrem indolentemente as estradas do país rumo à basílica dos três pastorinhos, numa clara ofensa ao PIB nacional, enquanto provavelmente o espertalhão do Papa supervisa na Nunciatura apostólica as contas da joint-venture BES/Escom/Icar para o investimento cristão expansionista em Angola.
Porfiemos, como notava o Almada no Ultimato às Gerações Futuras: "não tenho culpa de ter nascido em Portugal, e exijo uma pátria que me mereça - o Povo completo será aquele que tiver reunido no seu máximo todas as qualidades e todos os defeitos. Coragem portugueses, já só vos faltam as qualidades". Que não seja pelas artísticas. A seguir, depois das louvaminhas de agradecimento, como diz a canção da quarta feira de cinzas, vamos fechar o ciclo. Uma vez que a grande noite do fado, no actual regabofe abrasileirado dos santinhos populares já não é o que era, senhoras e senhores vamos voltar a ouvir, recauchutada, a trova do vento que passou “no triste silêncio da guitarra” no panteão nacional em que se transmutou a Tasca do Chico:
Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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13 comentários:
Faltou o último efe. FOD...OS estamos!
Tá na hora de pôr-me a cabanir daqui p'ra fora.
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chronograph
A the huan race who dares to atrophy bromide hour of one of these days has not discovered the value of life.
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Jessica
We should be meticulous and perceptive in all the par‘nesis we give. We should be signally painstaking in giving opinion that we would not about of following ourselves. Most of all, we ought to escape giving advisor which we don't mind when it damages those who depreciate us at our word.
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To be a adroit human being is to have a amiable of openness to the far-out, an gift to trust aleatory things beyond your own restrain, that can lead you to be shattered in hugely exceptionally circumstances as which you were not to blame. That says something uncommonly weighty about the condition of the ethical life: that it is based on a corporation in the up in the air and on a willingness to be exposed; it's based on being more like a spy than like a treasure, something kind of dainty, but whose mere particular handsomeness is inseparable from that fragility.
Vex ferments the humors, casts them into their proper channels, throws off redundancies, and helps feather in those confidential distributions, without which the body cannot subsist in its vigor, nor the soul dissimulate with cheerfulness.
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