Hounen Matsuri
culminado pela soleníssima prosápia comunicacional de hora de telejornal, as imediações de Belém ficaram ontem engalanadas de bandeirinhas multicores – para engulho do actual locatário do palácio – que a contragosto saído do armário lá teve de promulgar a legislação que estabelece para tod@s o mesmo direito de acesso aos convénios assumidos em espaço público. Não se compreende porque Cavaco se mostrou relutante, uma vez que o amplo caminho mostrado consagra abertura para outras e mais diversificadas formas de união de facto – como por exemplo a de famílias inteiras com celibatários assumidos pelo uso do hábito (celibatário, nem sempre, nem para toda a hierarquia dos clérigos).
Sua excelência deixou bem explicito que a lei foi assinada a contragosto para não exorcisar ainda mais “a Crise” – mais uma banhada ritual apostólica dos publicanos do Reino, que não olham a meios, por muito extravagantes que sejam, ou a escrúpulos por muito milionários que se contabilizem, para estupidificarem cada vez mais os idiotas seguidores e re-eleitores da Seita.
Claro que é dos carcanhóis com que se compram os melões que se trata. Contudo, sobre bens materiais, as fontes primitivas indicam-nos que “as lavagens rituais foram rejeitadas” (Marcos 7-1) e “tudo quanto de fora penetra no Homem não o pode contaminar, pois não penetra no seu coração, mas no ventre e daí é expulso na latrina” diz que disse a instituição chamada “Jesus”, citado na”boa nova nº7” por Marcos em 18-19
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1 comentário:
O objecto que aparece na imagem de cima pode ter sido um engulho para o actual locatário do palácio de Belém, mas seria uma tentação para o locatário de São Bento.
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