Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
Titulo da Time: “O que significará o desastre petrolífero nos Estados Unidos para o futuro da Energia?” (1) Uma primeira reacção foi, como habitualmente, medir a catástrofe em termos financeiros. Obama prometeu extrema dureza ao operador da plataforma Deepwater Horizon. Mas algum interesse privado, quanto maior pior, pode medir o rating ambiental do planeta? – a BP não tem dimensão em relação à enormidade do problema, o qual, muito pior que o derrame do Exxon Valdez em 1989, só pode ser comparado em termos petrolíferos ao desastre nuclear de Chernobyl.
Também aqui, numa primeira fase, se pretendeu encobrir a real dimensão do que está a acontecer. Uma das perfurações rompeu um gigantesco depósito subterrâneo no fundo do mar que se pensa conter dezenas de milhões de barris de crude (Bryan Walsh). Quase um mês depois do colapso inicial da plataforma sob a pressão da bolha de gases libertados, um fluxo constante de 800 mil litros diários de crude continua a jorrar do fundo do mar, a mais de 5 quilómetros de profundidade. Irremediável, perante os meios disponíveis, porque esta gruta de petróleo, até onde a tecnologia actual pode sondar, se poderá localizar até 30 quilómetros de profundidade. Chegam agora (via Guardian) as primeiras filmagens sub-aquáticas do desastre do Golfo de México:
Jim Kirwan, um engenheiro especialista no ramo petrolífero entendeu de imediato a magnitude dos efeitos tóxicos no oceano e os perigos para a vida das espécies na natureza: “Estão a declarar guerra ao Universo?” - o problema persiste, não com o fluxo de 5.000 barris diários como se disse a principio, mas sim de 70.000 barris diários disseminados pelas águas; uma terça parte do liquido existente no Golfo do éxico ja estará contaminado pelo crude e pelos detergentes nocivos à saúde humana usados para dispersar as manchas. Ver esquema de extracção e tentativas falhadas para colmatar os danosaqui.
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