Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
Pesquisar neste blogue
terça-feira, junho 07, 2011
e o CDS a subir...
24 horas depois do juiz que julga o caso de corrupção na aquisição dos famigerados submarinos à Alemanha pelo governo de Durão Barroso e Paulo Portas, num negócio de milhões espalhado por contas offshore, uma parte significativa do povo português manteve a confiança na mesma politica para fazer regressar ao Poder uma coligação destes dois partidos. Segundo o Eurostat-INE os indices de desigualdade social em Portugal é dos mais altos na Europa, só suplantado pela Letónia, Lituânia e a Roménia. Mas os 2 milhões 797.646 de portugueses que votaram PSD-CDS (num total de 9.429.024 votantes possiveis) ainda querem mais ... Apesar de serem menos de 1/3 dos eleitores, é muita gente a querer governar-se à custa de uma economia parasitária e corrupta
Se do ex-ministro da Defesa medalhado pelo Pentágono, por suspeitas de encobrimento de crime lesivo dos interesses do Estado, já se imagina ao que vem,,, do discurso oculto de Passos Coelho não reza suficientemente elucidatico o 4º Poder nas mãos dos capitalistas... ao não declarar cabalmente em Portugal o que declarou perante a opinião pública mundial no Wall Street Journal em 30 de Março de 2011: "que o seu partido (PSD) chumbou as medidas de austeridade propostas pelo governo "socialista" (PEC IV) por não irem suficientemente longe (ao não incluir um vasto programa de privatizações, incluindo serviços essenciais ou estratégicos, privatização parcial do Serviço Nacional de Saúde e do Sistema de Pensões)" dizendo que tudo fará "para Portugal não ser um fardo para os nossos amigos da União Europeia e do resto do mundo" - como comenta Boaventura Sousa Santos no "Ensaio contra a Flagelação": "são declarações de rendição que inviabilizam qualquer politica que defina os interesses nacionais com independência em relação ao que os "nossos amigos internacionais" disserem ser tais interesses. Não fazendo ressalvas, suspeita-se que entre os "nossos amigos" se incluam os especuladores financeiros.
Mas, juntando os novos arrivistas à politica anterior do P"S", há 4.355.510 portugueses que gostam disto
"Em todos os ramos de actividade humana são pequenas as elites de Portugal: em nenhum domínio, todavia, nos achamos tão pobres como no político. Aliás, percebe-se bem. Não houve da parte de diversos partidos a menor consideração pelos valores mentais, o menor interesse pelos nossos jovens. Por isso, o que há de mais lúcido no pensar português, de mais são e idealista nas aspirações populares, dispersa-se por aí impotente e vago, como simples nebulosa que não toma corpo, que não influi nos factos, que não chega a actuar" (António Sérgio, 1932).
"E tudo se desenrola sem que os conflitos rebentem, sem que as consciências gritem, é porque tudo entra na impunidade do tempo - como se o tempo trouxesse, imediatamente, no presente, o esquecimento do que está à vista, presente. Como tudo isto é possivel? É possivel porque as consciências vivem no nevoeiro"
(José Gil, 2004)
.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
... E que nevoeiro, xatoo!
Resumindo... estamos entregues à bicharada!
Enviar um comentário