"é evidente que o lider social-democrata já tinha confessado que o programa da troika tinha dado uma excelente ajuda ao PSD para apresentar uma proposta eleitoral muito mais radical..." (Editorial "PPC o eleito da troika", do pasquim ultraconservador Correio da Manhã)
as sondagens, como manipulações organizadas, colocam na recta final destas eleições inúteis (o programa de "governo já está estabelecido antecipadamente pela Troika) a convicção que o engenheiro José Sócrates "será finalmente expulso da governação" segundo o manifesto desejo expresso pela antiga ministra das finanças de Cavaco Silva. Se os resultados da campanha mais estupidificante de sempre correrem como as leis de Murphy determinam, os ratos eleitores correm com o gato preto e vão consentir amavelmente no regresso do gato branco...
Um exemplo concreto do estilo de actuação da alternância entre os dois partidos do Bloco Central é o esquema que está montado em torno da privatização do actual maioritariamente sistema público de Ensino. Durante os consulados de Cavaco Silva, para suprir a insuficiência da oferta o Estado subsidiou escolas privadas que iniciaram uma alternativa à educação, montada como um negócio.
Face aos cortes impostos nos subsidios à escola privada, o governo PS resolveu "reformar" o sistema, "aumentar a eficiência da componente de ensino público e entregou a gestão das escolas públicas a uma única entidade, a Parque Escolar, uma empresa também pública que tem vindo a proceder a obras de beneficiação (sem concurso) em dezenas de escolas. Estas escolas passaram a pagar uma renda mensal exorbitante à Parque Escolar. Quando o governo PSD (coligado com quem quer que seja) voltar ao governo, para cumprir o programa de privatizações exigido pela Troika, uma das primeiras empresas públicas a ser vendida é a Parque Escolar E.P.E. - e com ela marcha a rede de escolas "reformadas" com dinheiro do Estado, que passam a ser privadas. E os alunos passam a pagar propinas em conformidade e a ser obrigados a recorrer a empréstimos bancários como se faz nos Estados Unidos. Um privilegio para muito poucos.
Outra pequena habilidade é o que se passará com a redução da taxa social única descontada pelas entidades patronais (TSU). Para compensar a perda de receitas pagas pelas empresas privadas o Estado aumentará o IVA. Quer dizer, aquilo que os patrões não vão pagar, vai ser pago pela generalidade da população enquanto consumidora de bens essenciais. De um modo geral as politicas PSD-PS-CDS a prosseguir tratarão de continuar as transferências de capital aplicado naquilo que actualmente é social directamente para os bolsos dos patrões
.
Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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sexta-feira, junho 03, 2011
o Bloco Central prepara-se para deglutir os ratos, que são os únicos incapacitados de intervir no rumo do navio
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6 comentários:
xatoo... que povo miserável! Leia esta entrevista que vale a pena!
Pedro Passos Coelho concedeu uma entrevista à Brites, que será publicada aqui na passada quinta-feira, ontem.
Qual o seu projecto, para tirar Portugal da crise?
- O meu projecto é muito claro. Proponho uma ampla convergência nacional.
E o que é isso de convergência nacional?
-O programa do PSD é muito claro nessa matéria. Os patrões criam empresas, contratam trabalhadores e estes pagam impostos sem receber salários, porque os empresários não podem estar a alimentar vícios.
Defende uma política assente no liberalismo. Onde foi beber essas ideias?
-Aos Estados Unidos em geral e a Nova Iorque em particular.
A Nova Iorque?
-Claro! Aquela cidade encanta-me. Veja só aqueles arranha céus. Sem liberalismo os prédios de Nova Iorque não tinham mais de 20 andares. O Estado não pode intervir na altura dos edifícios, tem de estar aberto ao arrojo da iniciativa privada
E em matéria de educação, o que é que o PSD propõe?
-Nessa matéria, o nosso programa é muito claro. Somos a favor da iniciativa privada , mas aceitamos que a escola pública continue a existir, para educar os mais desfavorecidos. É isto o Estado Sovcial, que o PS aniquilou. Precisamos de ter empregadas domésticas, motoristas e jardineiros com alguns conhecimentos. Somos completamente contra as criadas, ou sopeiras, como dizia a minha mãezinha. Queremos empregadas domésticas que percebam que o direito ao trabalho é inalienável e, por isso, folgas ao domingo só da parte da tarde. Sabe, eu casei com África e sou do tempo em que contratávamos uma empregada num dia e a despedíamos no dia seguinte sem qualquer problema. É preciso fomentar a concorrência e o meu governo compromete-se a traçar políticas sérias nesse sentido. Trabalho precário e responsável, de molde a que os trabalhadores percebam que o trabalho é uma dádiva e não lhes assiste o direito de reivindicar salários. Cada patrão deve pagar o salário que considere justo. Só assim poderemos pôr a economia a crescer 3% ao ano.
O Dr Santana Castilho manifestou desacordo em relação à sua apolítica educativa…
-Ainda bem que me faz essa pergunta. O nosso programa foi muito bem estudado e testado, especialmente na área da educação. Não tem quaisquer falhas. Por isso, quando o professor Santana Castilho manifestou a sua discordância, manifestei imediatamente a minha disposição para rever o nosso programa na área da educação.
Muito bem, estou a perceber o raciocínio. E na área da saúde, qual é o programa do PSD?
-Mais uma vez lhe digo que o programa do PSD é muito claro nessa matéria. Foi muito bem estudado, testado e estamos em condições de garantir aos portugueses que será um programa que terá em atenção as verdadeiras necessidades dos portugueses .
A Ordem dos Médicos já veio dizer que o programa do PSD , em matéria de saúde, apresenta deficiências graves...
-Ainda bem que me faz essa pergunta. O PSD está disponível para, quando for governo, discutir o programa da saúde com a Ordem dos Médicos, de molde a ir de encontro aos interesses da classe.
E os interesses dos doentes?
-Essa pergunta é demagógica e certamente foi-lhe encomendada por um membro do governo do engº Sócrates. Mas eu não fujo à sua pergunta e respondo-lhe olhos nos olhos. Não estamos em condições de andar a discutir essas minudências dos doentes. Os interesses da saúde vão muito mais além de uma dor de garganta, uma apendicite ou um cancro da laringe. O importante é termos bons médicos e serviços de saúde privados capazes de responder às necessidades de quem os possa efectivamente pagar. Não queremos doentes parasitas que nem sequer têm dinheiro para pagar um transplante da medula. Isso é ridículo! O meu governo não pactuará com doentes parasitas.
Como pensa combater o desemprego?
-O programa do PSD é muito claro no concernente às questões laborais. Defendemos o Estado Social. Não queremos mendigos nas ruas, nem desempregados lascivos. Nessa medida, comprometo-me a arranjar emprego para todos os portugueses, colocando os desempregados ao serviço da comunidade. Combatendo incêndios, trabalhando na agricultura, ocupando as vagas de outros desempregados que foram despedidos porque as empresas não têm dinheiro para lhes pagar ou, inclusivé, combatendo a criminalidade.
Combatendo a criminalidade?
-Claro! Cada desempregado, por cada 10 criminosos que apanhar ou por cada 50 que denunciar, receberá um cheque crime que poderá descontar nos supermercados do meu amigo Alexandre Soares Santos
Votou a favor do aborto?
-Claro que sim! Sou muito liberal nos costumes, sabe…
Mas numa entrevista à RR admitiu convocar um novo referendo para rever a lei da IVG...
-Claro que admiti. A RR é da Igreja e quem me estava a ouvir, enquanto rezava o terço e uma novena a Nossa Senhora de Fátima, precisava de receber uma mensagem forte que a despertasse para o programa que o PSD e o meu governo pretendem implantar para construir um Portugal novo.
Portanto, essa ideia foi só para católico ouvir, não é verdade?
Não sou sectário. Testemunhas de Jeová, Criacionistas e mesmo Católicos de Segunda Geração incorporados com I-Pad também terão apreciado a minha mensagem, que representa um compromisso forte com uma sociedade mais justa e mais solidária, onde a IVG não tem lugar, salvo em casos especiais, devidamente fundamentados em requerimentos dirigidos ao ministério da tutela, certificado por dois estabelecimentos da freguesia de residência do requerente e um depósito bancário, que servirá de caução, num montante que o governo determinará.
Mantém a sua promessa de constituir um governo com apenas 10 ministérios?
-Ouça. Eu não estou agarrado ao poder e não faço promessas que não vá cumprir. O meu governo terá 10 ministérios e os meus ministros irão trabalhar de bicicleta ou em transportes públicos . Se for obrigado a coligar-me com o CDS eles que tenham os ministérios que quiserem, mas isso não é nada comigo
- Ministros a andar de transportes públicos?
-Claro! Audis A 8 , BMW ZX , Mercedes 250 SL, Land Rovers ( só para o ministério da agricultura) Tudo carros pagos com o dinheiro dos contribuintes. Quer transportes públicos melhores do que estes?
O Presidente da República manifestou alguma preocupação pelo facto de o senhor insistir em ter um governo apenas com 10 ministros. Isso não o fará mudar de ideias?
-Claro que não e ainda bem que me coloca essa questão. Posso-lhe garantir que meu governo terá apenas 10 ministros. Agora se tiver que me coligar com o CDS, isso é lá com eles.Que tenham os ministérios que quiserem, que eu não me oponho. Agora, ministros do PSD serão apenas 10, posso garantir-lhe.
-O senhor tem uma boa imprensa que o apoia entusiasmada Como conseguiu atrair a simpatia dos jornalistas?
-Não foi fácil, sabe… Primeiro convidei uns jornalistas para um brunch, mas eles não ficaram satisfeitos. Como sou muito pragmático, disse-lhes para se disfarçarem de bloggers e irem almoçar comigo. A partir daí tudo correu bem. Principalmente no DN tenho um núcleo de fãs muito apreciável. Devo dizer-lhe que me sinto muito comovido com a deferência com que me tratam naquele jornal.
Acredita que vai ganhar as eleições no dia 5 de Junho?
-Claro que acredito. Fiz um investimento muito grande junto da comunicação social e estou confiante na capacidade dos jornalistas transmitirem a minha mensagem de confiança para o país. Portugal precisa de governantes sérios, com ideias de desenvolvimento e preocupados em defender os interesses dos portugueses e não de um grupo de amigalhaços.
Isso aplica-se à Madeira?Madeira?
Você falou em Madeira? Está a querer colocar dificuldades no meu relacionamento amistoso, quase fraterno, com o dr Alberto João Jardim? Olhe… dou por finda a entrevista, porque não suporto jornalistas tendenciosas.
* Nota final: Ainda tentei publicar a entrevista ao DN, mas o núcleo laranja que ocupou as instalações do jornal vetou a publicação.
obrigado Fada pela seu contributo. Realmente é abjecto, como ainda há gente disposta a votar nestes mesmos dois partidos de sempre. Daqui a um ano falamos, quando virem o engano em que mais uma vez vão ser induzidos e quando já só lhes restar pele e osso talvez haja muito mais gente predisposta a mudar de ideias... mas depois já ser tarde... e quanto mais tarde pior
.
Não vai tardar um ano a ficarem em pele e osso!... veja esta Notícia aqui
xatoo, quando puder veja este pequeno vídeo.
http://www.youtube.com/watch?v=OSLsaXb9U1Y&feature=player_embedded#at=320
Um abraço e força!
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