O que o soba da Madeira advoga como sendo o melhor para o país – uma grande coligação que enforme uma maioria coesa de massas ignaras ao centro entre o PS-PSD – é aquilo que, por antecipação, António Costa (convidado Bilderberg 2008) está a patrocinar na sombra entre a sua presidência na Câmara Municipal de Lisboa e a oposição liderada por Santana Lopes (convidado Bilderberg 2004).
Costa, numa espécie de santo António casamenteiro da paróquia municipal mais endividada do país, convidou a oposição para ocupar dois pelouros a criar para mais dois vereadores na CML eleitos pelas listas PSD-CDS, o que perfaz onze vereadores com responsabilidades executivas no “governo” da capital. O impacto económico na gestão é importante: mais dois vencimentos na ordem dos 2.500,00 Euros acrescidos das respectivas assessorias e máquinas de apoio, que representam aumentos muito significativos de custos. Isto a contra-corrente dos cortes determinados pelos credores estrangeiros que detêm a dívida. Mas o que está em jogo com a “grande coligação” é mais importante que o dinheiro. Torna praticamente imbatível esta aliança nas urnas para lá das eleições de 2013. Se atendermos à mais que provável revisão da lei eleitoral autárquica que já para as eleições de 2013 vai instituir os executivos maioritários, António Costa invocou este processo como uma boa razão para virar costas à presidência do PS, deixando esse lugar a insignificantes atravessadores de desertos como Assis e/ou Seguro. Se António Costa decidir, como é mais que provável, candidatar-se às eleições presidenciais de 2017 – em que a possibilidade de vitória depois do flop do governo PSD é muito alta – o vereador e vice-presidente Santana Lopes ascende à presidência da Câmara de Lisboa
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