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quinta-feira, março 29, 2012

hoje somos todos todos ibéricos...

... por uma saída operária para a crise 

informação sobre a Greve Geral em Espanha, momento a momento, aqui 



Num tempo de proximidade, (40 anos), que é aquele que mais nos afecta e coincide com a eclosão do Neoliberalismo, um acontecimento chave é fulcral: em 1971 os Estados Unidos, a potência hegemónica que gere a moeda de referência fiduciária global, declarou unilateralmente o fim da convertibilidade do Dólar em Ouro.

Quer isto dizer que as famosas reservas de ouro guardadas em Fort Knox já não existiam em quantidade suficiente que pudessem garantir aos fornecedores estrangeiros a troca de promissórias de pagamento por metal precioso. Quer isto dizer que os Estados Unidos passaram literalmente a pagar a sua dívida externa com a emissão de papel verde impresso à medida do necessário, quanto baste. Quem não gostaria de ter uma máquina destas? Assim, para além do papel e tinta, o valor fiduciário do Dólar assenta no factor “Confiança”, que permite a compra de títulos do Tesouro por investidores estrangeiros que, deste modo, financiam a dívida dos Estados Unidos. Esta dívida, em finais de 2011 ultrapassava a astronómica quantia de 15 triliões de dólares. E a “Confiança” assenta numa rede de mais de 1000 Bases Militares espalhadas pelo mundo inteiro. De que meios operacionais dispõem os Povos para tomar o poder em Washington e destruir este paradigma?

Os meios de manifestação usados, tanto pelos sindicatos como pelos movimentos sociais, continuam a ser os mesmos – protestos que ocupam fugazmente o espaço público e greves reivindincando melhores salários sobre uma ilusão de “crescimento”. Mas o paradigma neoliberal assenta já sobre uma sustentação social mínima extraída sobre o valor dos impostos, que incidem principalmente sobre o consumo… O sector produtivo no Ocidente tornou-se irrisório. Pelo acordo do Instituto Smithsonian decidido e imposto pela administração Nixon em finais de 1971, que destronou o paradigma anterior obtido em Bretton Woods, alterou-se irreversivelmente o modelo de acumulação que tinha funcionado assente no Sector Empresarial do Estado, como motor do desenvolvimento (capitalista).

Reivindicar sobre a Produção e não reivindicar sobre o Consumo?


 A decisão unilateral dos Estados Unidos de poderem livremente emitir dinheiro sem qualquer relação com os valores atendíveis na produção de economia real - sendo evidente que essas emissões de dólares são investidas em projectos que lhes trazem vantagens no domínio estratégico dos mercados globais – significou que os EUA passaram a investir na criação de bolhas ao Consumo em beneficio das suas próprias corporações multinacionais. Em vez de investir no sector produtivo, a braços com uma crise de sobreprodução instalada, hoje em dia só uma única produção é rentável: a de material de guerra. Como pensou Saramago inquirir no livro que não chegou a acabar: “porque é que nunca houve uma Greve numa fábrica de armamento?” 
Assim, as reivindicações operárias apenas sobre a produção tornaram-se só por si rituais ineficazes. É necessário igualmente a Greve Geral ao Consumo criado artificialmente (com dinheiro fictício). É preciso boicotar as grandes superfícies comerciais, principais responsáveis pela sangria de capitais exportados para pagar negócios em beneficio de estrangeiros, em detrimento dos produtores locais
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quarta-feira, março 28, 2012

a deposição da Dívida

"Na Biblia há o jubileu: o cancelamento da dívida de 6 em 6 anos. As terras eram restituidas, os servos libertados" (Mariana Mortágua)



"a Dívida foi sempre um instrumento de chantagem. Não é uma coisa nova, no livro (a Dividadura) defendemos que ela é anterior à moeda cunhada. Na economia local a moeda fisica era um elemento raro, mas havia registo de dívidas. E ficámos a saber que as sociedades encontraram mecanismos de cancelamento e renegociação da dívida, para não permitir que fosse um factor de desestabilização, de agravamento da situação, de entropia"
Mas deixou de ser assim...
- Na sociedade moderna, nas crises da América Latina, da Argentina, a dívida passou a ser usada para impor politicas. Pelo FMI, por exemplo" (ibidem)
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curriculos psd

Quando o British Hospital surge numa conversa, tendemos a perguntar: o de Campo de Ourique ou o das Torres de Benfica? O hospital pertence ao Grupo Português de Saúde desde o início dos anos 1980.
O Grupo Português de Saúde pertence ao universo da Sociedade Lusa de Negócios, a tal que tinha um banco dentro. Exactamente: o BPN.
O banco serviu para financiar a compra do British Hospital. Um fiasco. Entre 1999 e 2009, o British Hospital recuou de uma média anual de 12 mil consultas para cerca de 1800. Entre 2004 e 2007, o presidente do Grupo Português de Saúde foi o economista, o qual, quando saiu do grupo, deixou um passivo de perto de cem milhões de euros.
Pois foi precisamente José António Mendes Ribeiro que o Sr. Ministro da Saúde Paulo Macedo, foi buscar para coordenar o grupo de trabalho que está propor os cortes a aplicar no Serviço Nacional de Saúde
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terça-feira, março 27, 2012

"Catastroika"

dos mesmos realizadores de "Dividocracia" - uma retrospectiva histórica da privatização das coisas públicas

Naomi Klein e Luis Sepúlveda, entre outros, falam sobre a criminosa imposição aos cidadãos do pagamento de dívidas criadas artificialmente pelos bancos

das razões da Greve,

(com as quais a CGTP nada tem a ver)

que espécie de gente se deixa treinar como se fossem animais?

"Assim, a liberdade do trabalhador, tão exaltada pelos economistas, juristas e republicanos burgueses, é apenas uma liberdade teórica, sem quaisquer meios de realizar-se, e, consequentemente, é apenas uma liberdade fictícia, uma absoluta mentira. A verdade concreta é que toda a vida do trabalhador é simplesmente uma sucessão contínua e horrível de períodos de servidão - voluntária do ponto de vista jurídico, mas compulsória pela lógica económica - interrompida por momentâneos e breves intervalos de liberdade acompanhados de fome; por outras palavras, é a verdadeira escravidão"

 in: "O Sistema Capitalista" de Mikhail Bakunine

Robert Koehler, a Greve
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segunda-feira, março 26, 2012

de derrotado, Sarkozy passa a vencedor nas sondagens

mais um caso, através do qual, não podem subsistir dúvidas que somos governados por criminosos e pela ralé às suas ordens 

A receita é a habitual. Alicia-se um inadaptado social a cumprir uma determinada missão, de preferência que vá ao encontro das suas convicções ideológicas. Atribui-se-lhe um nome sonante: não é todos os dias que nos cruzamos com um Maomé de carne e osso. Os resultados, encomendados por facinoras ligados ao poder sem quaisquer espécie de escrúpulos, estão assegurados. É uma receita infalivel, conforme nos recorda o dissidente israelita Gilad Atzmon, sobre estes casos de false-flags passados na década de 40 para conseguir vantagens sobre o inimigo.

Dizem todos os jornais que Mohamed Merah teria sido formado no Paquistão e no Afeganistão (Neste último, para andar livremente por ali, como os yankees têm a jurisdição da área há uma década, o "terrorista" teria 13 anos). Mohamed é um assassino de judeus, as vitimas pseudo- historicamente perfeitas; mas Merah também tem no curriculo uma viagem, pelo menos, para o Estado Sionista de Israel (de onde vem meia-costela de Sarkozy). Morto quando fugia, ou em legitima defesa quando atacava, segundo a policia (1), o Expresso informa que afinal o homem poderia ter sido capturado com vida. Mas para que raio quereria Sarkozy a batata nos Media? para botar a boca no trombone?

Para rematar a questão, o episódio da professora que pediu aos alunos um minuto de silêncio por mais uma vítima muçulmana, afirmando que Sarkozy tinha fabricado os laços de ligação de Merah com a al-Qaeda, é também de cabo de esquadra. A professora lecciona e é natural da cidade de Rouen, isto é, a mesma cidade de onde é natural François Hollande, o candidato que se preparava para derrotar Sarkozy. Mensagem subliminar para um dos povos mais xenófobos, racistas e conservadores da Europa: Rouen é uma cidade de socialistas amigos de terroristas. A professora foi suspensa por um "durão".A causa está ganha. Mais um criminoso pró-sionista que se mantêm no Poder.

"Se quiseres ter uma visão do futuro, imagina uma bota estampada num rosto humano - para sempre" (George Orwell)

(1) a falsa informação sobre o abate do "terrorista" já está completamente dismistificada 

o que dizem os Media: "Sarkozy foi brilhante na gestão politica do caso do acéfalo fundamentalista. Atentato em Toulouse são boas abertas para o Eliseu.

a "tanga" do atentado contra judeus era demasiado óbvia; há que corrigir o efeito nos Media

domingo, março 25, 2012

Kony, mais uma false-flag

Nestas últimas semanas o documentário produzido pela organização Invisible Children, “Kony 2012” foi o maior sucesso da história da Web, com 77 milhões de visitas no YouTube em todo o mundo.

Kony é um chefe de guerrilha que sequestrava crianças, usava-as e treinava-as para as suas guerrilhas, fazendo delas escravas sexuais ou soldados precoces. Kony tem 27 esposas e queria instalar o reino do velho Testamento na terra. É muita treta e desgraça junta; Então qual é o propósito da farsa?

O documentário, mais uma false-flag, procura sensibilizar o Congresso americano, consciencializar senadores e parlamentares para elaborarem um plano de acção, visando uma intervenção urgente em Uganda. Por outras palavras, o documentário sugere que os EUA façam uma intervenção militar quanto antes no Uganda, cujo o objectivo é retirar Joseph Kony de cena até o final de 2012. Mas o real propósito é incentivar os Estados Unidos a enviar tropas para o Uganda para de apossar das suas fontes petrolíferas. Tem acontecido assim com muitas nações petrolíferas, como no caso do Iraque ou da Líbia, a elite do complexo industrial militar norte-americana fabrica mentiras, alegando que Saddam Hussein possuía armas biológicas de destruição em massa, ou al-Gadhafi não era "democrático" e vendeu essas iscas ao mundo, que as compraram prontamente. Conclusão : nenhuma arma de destruição massiva foi encontrada no Iraque, Saddam Hussein foi encurralado, preso e posteriormente assassinado - e os EUA apossaram-se do Iraque, da Líbia, do seu petróleo e esperam vir a fazê-lo em breve no Irão. Com o Uganda não vai ser diferente.

False Flag 
 

Kony, à esquerda na foto acima com um alto representante da ONU, está no Congo há seis anos sem se envolver em acções de guerrilha, sem que nunca estivesse envolvido nas acusações que constam do video. Existem no you-tube dezenas de vídeos com diversas pessoas do Uganda afirmando que Kony não está lá. Pessoas que não são financiadas por ninguém. Como mandar tropas para capturar um sujeito que não está lá? Milhares de crianças e adolescentes anualmente em toda África são sequestradas, vendidas para redes de pedofilia e tráfico humano, muitas delas são brutalmente assassinadas. Porque só agora é alertada a opinião pública mundial para este facto que teria ocorrido no Uganda? Isto acontece há muito tempo, e pelo que consta não houve qualquer tipo de empenhamento global para impedir uma prática que se alastra há décadas.

O patrocinador da campanha mediática é George Soros. Soros está também por trás das manifestações globais “Occupy”, patrocinando muitos desses movimentos nos EUA. Soros como investidor quer usar as tropas americanas para se apropriar economicamente dos poços de petróleo e quebrar a soberania económica nacional do Uganda. Essa manobra é algo a que George Soros chama de "responsabilidade de proteger" Kony 2012 é um engodo do Sistema, para omitir a verdade, aplicando dessa forma a regra: Problema – Reacção – Solução, e deixar que a solução seja solicitada por nós, pelas próprias massas. Dessa forma a intervenção militar no Uganda será acatada pelas pessoas devido à prévia mobilização feita pelos Média
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sábado, março 24, 2012

a tradição sagaz para as sequências...

"Comemora-se em todo o país uma promulgação do Despacho número Cem da Marinha Mercante Portuguesa, a que foi dado esse número não por acaso mas porque ele vem na sequência de outros noventa e nove promulgados". Presidente da República Portugueza, Américo Thomaz (Revista Opção, ano II nº 30)

50 anos depois...

"Hoje reparei no sorriso das vacas, que estavam satisfeitíssimas, olhando para o pasto. Fiquei surpreendidissimo por ver que as vacas avançavam, umas atrás das outras..." Presidente da República Portuguesa, Anibal Cavaco Silva (dos jornais)
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e agora, entremeado, como se o tempo não se tivesse passado:

"...É uma terra [Manteigas] bem interessante, porque estando numa cova está a mais de 700 metros de altitude..."
 
"Ainda não sei quanto irei receber. Tudo somado, quase de certeza que não vai chegar para pagar as minhas despesas"

"Eu prolongo no tempo esse anseio de V.Ex.ª e permito-me dizer que o meu anseio é maior ainda. Ele consiste em que, mesmo para além da morte, nós possamos viver eternamente na terra portuguesa, porque se nós, para além da morte vivermos sempre sobre a terra portuguesa, isso significa que Portugal será eterno, como eterno é o sono da morte"

"Será possivel que alguém ande a escutar o presidente da República?"

"O Sr. Prof.Oliveira Salazar, ao longo de mais de trinta anos, é uma vida inteiramente sacrificada em proveito do país, e desconhecendo completamente todos os prazeres da vida, é um homem excepcional que não aparece, infelizmente, ao menos, uma vez em cada século, mas aparece raramente ao longo de todos os séculos"

"Para serem mais sérios que eu teriam de nascer duas vezes"

o país dos pidescos valentões de Cavaco Silva:



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sexta-feira, março 23, 2012

aconteceu ontem em Lisboa

um "valentão" com uma merda de uma farda vestida agride à bastonada uma jovem que por acaso até estava ali a desempenhar funções como profissional pela AFP

as imagens correram mundo

Seria preciso e urgente identificar este homem. Saber quem é; se algum marginal, ex-integrante de algum gangue, ou traficante que conseguiu infiltar-se na instituição de segurança que devia providenciar a defesa da população. Se agiu por conta própria; ou se agiu por ordem superior, deliberadamente com a finalidade de provocar e diabolizar os manifestantes que desfilavam pacificamente. Precisamos de saber, para tomarmos consciência com que espécie de gente somos desafiados a lidar... Talvez o senhor ministro Macedo queira responder, ou talvez queira fazer como da última vez: misturar-se com a prática de marginais

quinta-feira, março 22, 2012

Viva a Greve Geral de 22 de Março!

Tempo de antena do PCTP/MRPP transmitido na RTP 
 


Garcia Pereira analisando a situação actual e os objectivos da greve:

Dentro da própria tróica estoiraram as divergências quanto ao plano de resgate
a Tróica fugiu da conferência de imprensa conjunta
a entrevista tem o objectivo de desviar as atenções da Greve Geral
Nenhum dos objectivos previstos no memorando da tróica será cumprido
a Tróica já percebeu que a dívida soberana não diminuirá, mas sim aumentará (Défice do Estado é quase o triplo de 2011)
o governo está a vender o país a retalho
a Greve não é apenas da CGTP
a Greve deve parar o país, sendo um passo importante para derrubar o Governo
(estes pontos podem ser vistos aqui em video)

quarta-feira, março 21, 2012

Mister Gaspar Goes to Washington (ou o tipo que arranjou emprego como cobrador do fraque)

Dia 23 de Setembro de 2013 será o dia em que Portugal regressará aos “Mercados”...

... garante o mago Gaspar do ministério da Mirra, Ouro e Incenso. É uma questão de estudo – dir-se-á – mas é sobretudo uma questão de Fé.

Em previsões antes do jogo que ficaram famosas também o arcebispo primaz da Irlanda James Ussher na sua interpretação da lenda Biblica em 1658 concluiu que a Terra e toda a bicharada contribuinte nela existente tinha sido criada por Deus a 22 de Outubro do ano 4.040 antes da nossa era (da parte da tarde).

Segundo o principal órgão de desinformação do regime (1) o ministro das Finanças ter-se-ia deslocado aos Estados Unidos com a finalidade, entre outras, de concertar a transferência dos valores de crédito detidos pela Banca nacional sobre a habitação para o Fundo da Agência de Avaliação Lazard, que por sua vez, coordenada com o Banco de Portugal, os irá tentar vender a investidores internacionais. “Informa” o Expresso: “A ideia é montar uma fórmula que atraia investidores estrangeiros que comprem créditos imobiliários junto dos bancos nacionais. Tal permitiria aliviar os bancos de créditos que estão a consumir liquidez necessária noutras frentes. Será uma espécie de titularização para testar o mercado no final de 2012, início de 2013”


Numa primeira vista de olhos poder-se-ia pensar que a Lazard é mais uma entre tantas agências cujo móbil é especular no imobiliário. Mas é mais que isso. A Lazard pertence ao Grupo Lazard (Lazard Group LLC) que é um dos sete bancos privados que são proprietários da FED, a Reserva Federal norte americana, a entidade com aura de coisa pública que emite a moeda de referência global cobrando juros à cabeça. É esta a divina origem terrena da Fé do ministro (2).

Tem-se tentado criar a ideia que em Portugal não existe, (ao contrário de Espanha), uma bolha imobiliária. Mas há. O total do crédito que a Banca portuguesa concedeu a privados para a compra de habitação está estimado em 60 mil milhões de euros, os quais contribuem para o aumento da Dívida, uma vez que esses empréstimos são refinanciados junto de bancos estrangeiros.
No final do século XX Portugal tinha, em relação aos países da Europa, o maior rácio de habitações por habitante (3). Em 2005 (como vimos aqui depois em 2007), em vésperas do rebentamento da bolha imobiliária, Portugal tinha um parque habitacional construído de 25 milhões de fogos… para pouco mais de 10 milhões de habitantes. Era portanto o pais recordista da multiplicação de imóveis (modo de acumulação capitalista básico literalmente assente em tijolos), o que contribuia como a segunda maior parcela para o endividamento (a primeira causa é a dívida assumida de 90 mil milhões das Parcerias Público Privadas), ou seja, a segunda maior parcela de importação de capitais - 72% do crédito concedido para compra de habitação própria, representando 18% do PIB. Por contraste, “Portugal possuía mais de 1 milhão de habitações degradadas ou mesmo inabitáveis”. Construia-se casas novas sem uma politica urbana de reabilitação e, deste modo, cresceu artificialmente o preço da habitação – os preços atingiram níveis excessivos, sugando uma parte importante da poupança das famílias” que agora depois da “crise” estão condicionadas sem meios para aquilo que é básico para a sua subsistência.


(1) Expresso, 17 de Março 2012

(2) Quem controla a Reserva Federal?
O monopólio bancário dos Rothschild de Londres e Berlim, a Lazard Brothers de Paris, o banco de Israel Moses Seif de Itália, o banco “Kuhn Loeb and Warburg”, a Goldman Sachs, a falida Lehman Brothers e o grupo empresarial dos Rockefellers. No entanto, esta composição é extremamente evolucionária, subdividindo-se gradualmente numa infindável panóplia de sociedades subsidiárias. O Sistema de Reserva Federal (desde 1913) aparenta ser uma corporação sem outro interesse que não seja servir a causa pública. Mas a FED leva para os seus cofres todos os anos 1 trilião de dólares livres de impostos. As famílias de banqueiros acima mencionadas são os destinatários finais desse dinheiro. Emitindo dólares e lançando-nos nos mercados como dívida cobram qualquer coisa como 40 cêntimos de juros progressivos sobre cada dólar pago em impostos pelos contribuintes (fonte)

(3)“Portugal Agrilhoado, a Economia Cruel na Era do FMI”, de Francisco Louçã, 2011 (dados citados nas pags 173/4)

(4) ver Lazard Frères & Co. (wikipedia)

O que os "nossos" ministros (os vasconcelos traidores dos nossos dias) têm presentemente em mãos é o dossier de devolução dos bens penhoráveis às origens das fontes financeiras que emitiram os créditos usurários


Lazard, sempre a bombar desde o "Gold Rush"

A história começa quando três judeus franceses, Alexandre, Simon e Elie Lazard emigram para o Novo Mundo. Inicialmente estabeleceram-se em New Orleans como muitos outros empresários judeus que viviam da escravatura, mas com a Grande Corrida ao Ouro da Califórnia mudaram-se para San Francisco (1848) onde começaram a sua actividade para-bancária. No período entre as 2 grandes guerras (1914-1939) a Lazard internacionalizou-se. No pós-guerra, a partir de 1945 a empresa financeira conheceu uma enorme expansão. Hoje em dia o banco de investimentos está cotado globalmente em Bolsa (Nyse:Laz), tem aproximadamente 2.300 funcionários em 42 cidades de 27 paises, desde a América do Norte até à Europa passando por todos os outros continentes. A sua sede multinacional é no mesmo edificio do Império Rockefeller em New York. Como curiosidade, importa referir que este grupo bancário nunca conheceu nenhum administrador executivo na sua já longa história que não fosse de etnia judaica, a saber: Alexandre Weill, David David-Weill, André Meyer (inicio da Lazard Frères Real Estate Investors), Pierre David-Weill (até 1977), Michel David-Weill (1977-2001) designado de “o Último Imperador de Wall Street” por ser o herdeiro de uma fabulosa dinastia de banqueiros, cujo avô era… Edouard Stern, um dos fundadores do grupo terrorista que manobrou pelo estabelecimento do Estado de Israel no sítio onde ele actualmente se encontra (desde 1948); Bruce Wasserstein (2001-2009) e Kenneth Jacobs (desde 2009) (wikipedia)

terça-feira, março 20, 2012

da finalidade da Greve

Para nós, comunistas marxistas-leninistas, o objectivo da greve geral nacional de 22 de Março é derrubar o governo de traição nacional Coelho/Portas, rejeitar a politica imposta

 pela Tróica e constituir, com todas as forças democráticas e patrióticas, sem excepção, um governo democrático que rejeite o pagamento da dívida, nacionalize os bancos e as grandes empresas e os submeta ao controlo directo dos trabalhadores. A próxima greve geral nacional deve representar um substancial avanço nas condições e formas de luta a adoptar pelos operários e trabalhadores portugueses.

Stachka! (Greve!), de Sergei Eisenstein, 1925. Aqui lutava-se pelas oito horas de trabalho diário, pelas 6 horas de trabalho para os menores, tratamento justo por parte dos empregadores, aumento de salários de 30% - o destino de uma vida melhor estava na mão dos trabalhadores
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segunda-feira, março 19, 2012

Vida Social e Dinheiro do Povo

segundo a revista Caras: ... Ana Paula dos Santos, mulher do presidente de Angola, deslocou-se a Portugal para assistir ao casamento de Irina França, prima da família. Na festa, que se realizou no hotel Penha Longa, em Sintra, (onde ficaram alojados os convidados, entre eles Nogueira Pinto e o embaixador António Menteiro) e juntou parte da elite angolana, onde não faltaram luxos. A noiva, filha do general António dos Santos França “Ndalu” e da ex-embaixatriz de Angola nos EUA Maria João Jardim, deu o nó com Sérgio Pugliese (um dos directores da petrolífera BP em Angola), numa cerimónia que contou com cerca de 600 convidados. Irina chegou com uma hora de atraso numa charrete, vestida de branco pérola e a acenar aos convidados, entre eles, (num breve break à "crise") a ministra da Agricultura de Portugal, Assunção Cristas...

"vida é para quem topa qualquer parada. Não para quem pára em qualquer topada"

Angola: Activistas em vésperas de "eleições": Dois jovens contaram em vídeo como foram capturados por carros sem matriculas e barbaramente espancados; apesar do ar confiante do Mário Domingos no futuro de Angola, o que é um facto é que ele foi mais uma das vitimas torturadas por um regime que não respeita os direitos humanos - e esta Cristas?
não importa, Cristas seguiu esta segunda-feira para Angola em negócios de Estado com os amigalhaços, onde vai permanecer até sexta-feira



uma velha bandeira do activista Rafael Marques. (Ver mais no MakaAngola)

Artur Carlos Pestana, aliás "Pepetela", ex-ministro do governo de Angola e ex-Inquisidor da repressão que se seguiu aos acontecimentos de 27 de Maio de 1977, nunca investigados, condena actual Governo angolano (genericamente o mesmo de então) pela actual onda de repressão (aqui)
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ad eternum dividium

"as dividas são para se ir gerindo" disse o nosso ex-primeiro ministro e actual proto filósofo parisiense 



e o Banco de Inglaterra está apostado em dar-lhe razão:

O Tesouro britânico pretende emitir dívida a mais de 50 anos ou mesmo perpétua, revivendo iniciativas tomadas em 1720 e 1932. Portugal emitiu títulos a 99 anos em 1902 no âmbito da reestruturação da dívida. Os títulos de dívida britânica são designados por "gilts". O governo britânico já recorreu à emissão de gilts perpétuos em 1720 a seguir ao estoiro da bolha financeira ligada à Companhia dos Mares do Sul (a terceira grande bolha financeira depois da das túlipas na Holanda em 1634-1638 e da ligada à companhia francesa do Mississippi entre 1719 e 1720) e em 1932 para cobrir os custos da 1ª Guerra Mundial. Desde 1998 é a referida agência DMO que procede à emissão de dívida em nome do Tesouro. Como curiosidade refira-se que, aquando da reestruturação da dívida portuguesa em maio de 1902, os negociadores conseguiriam que os credores externos aceitassem convertê-la num novo empréstimo amortizável a 99 anos, até 2001, com títulos rendendo 3%. A troca de títulos então feita reduziu a dívida soberana em 38% e diminuiu o serviço da dívida anual em 50%. Esta reestruturação concretizou-se dez anos depois da declaração de bancarrota parcial em junho de 1892. (fonte: Expresso)

relacionado
"É possivel encontrar hoje conservadores empedernidos de braço dado com esquerdistas assumidos, cantando em uníssono o refrão da reestruturação da dívida"
(Viriato Soromenho Marques)
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domingo, março 18, 2012

o "perdão" da divida grega

"Portugal vai no caminho da Grécia se apenas cortar o défice" (Papandreou) e outros

Uma operação financeira de corte de cabelo (haircut) consiste em cortar uma parte ao valor de mercado de um activo que vai ser usado como garantia. O tamanho do corte reflecte o risco associado com a futura realização do activo. No entanto, o credor permanece na sua posse com uma penhora (lien) para a totalidade do activo (wikipedia) Numa relação jurídica , um penhor é uma forma de garantia concedida sobre um item de propriedade para assegurar o pagamento de uma dívida ou o desempenho de algum outro compromisso. No contrato o proprietário do imóvel (neste caso do povo grego ou do povo português), que concede a garantia, é referido como o hipotecado e a pessoa ou instituição que tem a vantagem da garantia penhorável é referida como o proprietário do bem penhorado (lienee)

Revisão da matéria dada; a falsa ajuda da Troika

A Grécia conseguiu assegurar uma taxa de participação de 84% no acordo de troca de dívida por novas obrigações gregas, que poderá ser ainda maior se as cláusulas de acção colectiva forem activadas (obrigam os reticentes a aceitar o mesmo acordo dos voluntários). Bancos portugueses são responsáveis por 1500 milhões deste total. A declaração à imprensa do governo sobre o acordo pode ser vista aqui.
Esta troca de dívida era necessária para que o novo "resgate" fosse disponibilizado à Grécia, com o intuito místico de reduzir a relação de dívida com o PIB para 120% até 2020. No mundo real, como a Grécia continua mergulhada em austeridade, a situação vai continuar a piorar, como é atestado pelos 350.000 gregos que perderam o emprego em 2011 e o desemprego jovem na ordem dos 50%.
Para Mario Draghi, presidente do BCE, está tudo perfeitamente encaminhado. A desconexão entre a ideologia e a realidade é palpável. Entretanto, o lucro do BCE quadruplica em 2011...
(fonte: CADPP)
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"Mesmo com o novo acordo de troca de dívida, a economia grega sujeita à austeridade continua a morrer pedaço a pedaço, criando a inevitabilidade de um novo e maior incumprimento no futuro" (via CADPP)

sábado, março 17, 2012

invasão do Afeganistão: o Fantoche e o Mercenário

O estado da "Nação"

Lido no mesmo jornal, no mesmo dia, mas em páginas diferentes. Um quer a soldadesca invasora fora das vistas do povo enfurecido, o outro (assessorado por Portas, Passos e o Generalato amanuense) vai tratar de que ninguém entre ou saia do protectorado sem que se corra o risco de Karzai vir a meter bedelho no assunto

relacionado:
o Caos Afegão: Nas forças armadas dos EUA reapareceu a síndrome vietnamita

Léon Panetta no Afeganistão com medo das suas próprias tropas. Durante o discurso que pronunciou os Marines foram desarmados 

sexta-feira, março 16, 2012

pimenta no cu do vizinho

leitura prévia: A campanha de desinformação sobre a dívida grega e o plano de salvamento dos credores privados

a "crise da dívida" é global. Crise está entre aspas, porque toda a gente mais ou menos sabe que Crise sempre existiu (para os pobres quem não trabalha não come). Portanto, do que esta "crise" trata é de uma outra coisa: um gigantesco golpe com o qual, invocando uma dívida criada artificialmente, um determinado grupo de capitalistas se pretende apropriar da gestão privada de tudo o que ainda não foi alvo da privataria neoliberal: fundos de segurança social, aeroportos, redes rodoviárias, companhias aéreas de bandeira nacional, rede hospitalar pública, serviços de educação, forças de segurança, recursos naturais, enfim, o governo de serventuários que foi investido sob a égide de Cavaco Silva está a tentar converter tudo isto em negócios de monopólios privados - os famosos "Mercados" de que enchem a boca a toda a espécie de charlatães

O preço do “mercado”, supondo que este funcionava de modo transparente, pode avaliar o valor económico de um corte de cabelo, porque os cabeleireiros competem entre si pelos melhores preços, o que não pode de forma alguma ser o caso dos serviços médicos, do ensino público, dos serviços públicos em geral, de segurança e dos seus executores.
Entrevistada pelo canal “Euronews” sobre a re-estruturação da dívida em curso na Grécia, uma cabeleireira local respondia deste modo à sigla na gíria técnica em inglês “Haircut” (Corte de Cabelo) que designa o tipo de operações financeiras de "reestruturação da dívida": “já sabemos que quanto mais cortamos o cabelo mais ele cresce
Na sua ingenuidade a cabeleireira está certa: ao “perdoar” parte dos títulos em risco de default por outros novos , com um prazo mais longo, novas garantias e com outros juros, a dívida expande-se no tempo e vai crescendo cada vez mais. No final o endividado pagará quase tanto ou mais como se não tivesse havido a operação de re-estruturação (haircut). Por exemplo, a divida portuguesa resultante da bancarrota de 1892 que foi depois renegociada com os credores estrangeiros só acabou de ser paga em 2001, recorrendo a sucessivos empréstimos pelo caminho para pagar juros. Quer dizer, cortam tanto e tantas vezes até que um dia o objecto do corte fica irremediavelmente careca


o “Sistema da Dívidae a Crise da Grécia - Maria Lucia Fattorelli, Novembro 2011:

A auditoria da dívida Grega (e por simbiose a portuguesa) deve ser integral, isto é, a auditoria deve cuidar não somente dos números referentes a cada emissão ou transacção com titulos soberanos e sua contabilização, mas também deve olhar para todos os aspectos e circunstâncias que levaram a Grécia a esse ponto, tais como:

1. Qual a parcela da dívida soberana grega correspondente a dívida emitida para salvar bancos?
2. Qual a responsabilidade do Banco Central europeu e da Comissão Europeia na evolução do processo de endividamento grego?
3. Qual a responsabilidade das agências de risco pelo rebaixamento dos titulos gregos, provocando a elevação das taxas de juros?
4. Quais as responsabilidades do FMI e da Comissão Europeia pelas suas imposições ao governo grego para que implementasse reformas contra o povo, beneficiando os bancos?

5. Qual a responsabilidade dos bancos por :
a. Não revelarem a realidade acerca do volume de dívida grega com o objectivo de impulsionar a tomada de sucessivos novos empréstimos, tornando a dívida exagerada?
b. Especularem com os titulos gregos no Mercado secundário com o objectivo de promover a contínua elevação das taxas de juros e forçar a intervenção do FMI?
c. Jogarem em Bolsa com derivativos, “Credit Default Swaps” e outros papéis tóxicos?

6. Qual a origem da dívida grega? A Grécia efectivamente recebeu essa quantia? Onde foram parar esses recursos? Quem se beneficiou desses empréstimos? Qual o propósito dessas dívidas?
7. Quais as dívidas privadas que foram transformadas em dívidas públicas? Qual o impacto dessas dívidas privadas sobre o orçamento grego?... www.divida-auditoriacidada.org.br

divida pública portuguesa

quinta-feira, março 15, 2012

o prefaciador implacável

Cavaco Silva é bom em redacções ao estilo antiga terceira classe, perdão, prefácios... dele diz Ricardo Araújo Pereira hoje na Visão: "Julgo que Cavaco tem um sonho parecido com o de Sá Carneiro: um governo, uma maioria, um presidente. Só que, no sonho de Cavaco, ele desempenha todos os cargos (...) anseio por conhecer os factos gravíssimos que estão a ocorrer em Portugal neste momento lendo o Prefácio do próximo livro de Cavaco, daqui a um ano"

Antes, já se sabe como era a perspicácia mafiosa de Cavaco, a propósito do BPN em Novembro de 2008 sobre o escândalo que acabara de estalar:

o dossier BPN já custou ao erário público cerca de 7 mil milhões de euros, agravando o défice de 4,6 para 6,6% em 2011 (aqui)
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quarta-feira, março 14, 2012

o P"S" no lugar oportunista da abstenção

Quando neste regime (de modo de acumulação capitalista) se falar em “dívida sustentável” ou em “saldo equilibrado”, é porque se falam em medidas populistas e eleitoralistas

... é necessário e urgente que Seguro se deixe de ginásticas oportunistas e responda claramente às questões do momento:

- Seguro vai ou não defender o pagamento da dívida pública, e, se vai defender o seu pagamento, irá ou não exigir, e em que termos, a renegociação da dívida?
- Seguro, se alguma vez chegar ao governo, vai ou não revogar toda a legislação do PSD/CDS que alterou o Código de Trabalho?
- Seguro vai ou não criticar publicamente a política de Sócrates à frente do último governo do PS, e em que termos definirá essa crítica?
- Seguro, se for governo, vai ou não revogar toda a legislação do PSD/CDS que retirou aos trabalhadores direitos sociais arduamente conquistados em lutas heróicas e históricas?
- Seguro, se for governo, revogará ou não a legislação do PSD/CDS que praticamente liquidou o Serviço Nacional de Saúde e a Educação e Escola públicas?
- Quais são, em concreto, as linhas gerais da reforma fiscal que Seguro propõe?
- E como se propõe desenvolver a economia e aumentar os postos de trabalho?
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seria como pedir a um bando de ladrões que façam a segurança de um prédio que eles costumam assaltar

O vice-presidente da Transparência e Integridade, a organização não-governamental de luta contra a corrupção, acusa o Parlamento de ser a origem de vários casos de corrupção. Paulo Morais disse que desta forma é difícil o combate a este crime e deu exemplos concretos

terça-feira, março 13, 2012

então como é... dr. Louçã, pagamos tudo?

diz Francisco Louçã no seu novo livro a "DividaDura", na introdução, página 12:
"afirmamos também que se deve separar o trigo do joio e que há uma dívida legítima que deve ser defendida: a dívida aos contribuintes, aos depositantes, a quem aplicou as suas poupanças emprestando-as ao Estado sob a forma de certificados do Tesouro ou de Aforro, ou ainda aos Fundos da Segurança Social, que garantem as Pensões futuras de quem para elas tem descontado. Essa dívida deve ser paga"

o dinheiro que um depositante confia a um banco não é dívida; é um valor que lhe pertence por direito legal. As poupanças de particulares investidas em certificados de dívida emitida pelo Estado têm vindo a ser preteridas há mais de uma década, através do pagamento de juros cada vez mais baixos, em favor de investimentos de grupos privados privilegiados que cobram juros e rendas cada vez mais altos; por fim, os Fundos da Segurança Social têm vindo a ser, desde Ferreira Leite e Bagão Félix (2002), investidos no jogo da Bolsa com perdas assinaláveis. Então como fazemos? pagamos tudo? ou devemos exigir a suspensão imediata do pagamento e uma auditoria à natureza da Dívida e pelo caminho metemos umas centenas de corruptos na pildra?

segunda-feira, março 12, 2012

isto é o paraiso dos corruptos

lei sobre criminalização de enriquecimento ilicito (aprovada no Parlamento em Setembro de 2011) foi enviada para o Tribunal Constitucional porque o senhor presidente da república tem dúvidas...
entretanto:

Mais uma pequena amostra de PPP

Em 2004 era primeiro ministro Santana Lopes, depois de ter sido presidente da Câmara Municipal de Lisboa, quando o Fundo Financeiro Privado FundBox adquiriu um imóvel na Estrada da Malveira da Serra com a finalidade de o reconverter para um "Lar de Cuidados Continuados para Idosos". A intenção do investimento é ceder a nova instalação à entidade públicaSanta Casa da Misericórdia” mediante o pagamento de uma (provavelmente choruda) renda mensal.

Passados 8 anos, em 2012, Santana Lopes é presidente da Santa Casa da Misericórdia (SCM), o imóvel construído pela FundBox está pronto, mas o actual staff da SCM (para onde entretanto transitou a santanete Eduarda Napoleão oriunda da vereação da Câmara Municipal de Lisboa, cargo onde enfrentou uma acção judicial relacionada com a corrupção no caso Bragaparques) desconhecia até agora em absoluto a existência desta obra e respectivo contrato. As consequências da pretensa gestão destas coisas ser feita por indigentes profissionais, socialite-girls e corruptos reciclados tem custos não dispicientes.

A obra, cuja construção custou 5 milhões de euros, está pronta, mas ninguém da Santa Casa mexeu uma palha (nem presumivelmente haverá mais dinheiro) para tratar da segunda empreitada que há-de instalar os equipamentos e mobiliário para o funcionamento proposto para o edifício. As rendas estão prontas a ser cobradas (se é que já não foram), mas decorrerão largos meses, ou anos, até que o edificio sirva para o uso contratual definido em 2004. Não interessa. O Fundo de Investimento FundBox, cujo presidente é Carlos de Sottomayor Vaz Antunes, que integrou as listas a deputado pelo PSD na 11ª posição (não ilegível) não sai prejudicado no negócio. E isso é que interessa. O depósito financeiro da FundBox está alojado na CGD, inclusivé a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa é accionista da FundBox com 4,82% do capital. O que está aqui em causa, mais uma vez (e esta parece ser a matriz na promiscuidade público-privada) é a recolha por privados de grossas maquias percentuais na forma de rendas e comissões extorquidas aos bens públicos

relacionado:
a promiscuidade nas Empresas Municipais ligadas à Câmara de Lisboa

domingo, março 11, 2012

"faz-me pena" (as obras de fachada)

mais uma obra da tribo surripiadora económica anibalesca, num local privilegiado extorquido à comunidade sem contrapartidas conhecidas para o bem público. Esta luxuosa e paradisiaca well-designed inutilidade é superiormente dirigida pela ex-ministra da Saúde e conselheira de estado correligionária de Cavaco: Leonor Beleza

"a Fundação Champalimaud tem parques de estacionamento, muitos seguranças, jardins bonitos... Tem tudo menos o principal, que são os doentes com cancro que precisam de ser curados. Faz-me pena..." (Jorge Rosa Santos, director do Instituto Português de Oncologia, citado pela revista Sábado desta semana)

Não existem doentes no turístico "Center for Unknown" da Leonor Beleza, não é porque não tenha havido as esperadas pressões desta Instituição privada, que pretende sacar fundos públicos, sobre os decisores do Serviço Nacional de Saúde. Mas as condições a pagar pela transferência de doentes do SNS para aquela unidade seriam de tal forma leoninas que ninguém no seu perfeito juizo se atreveria a subscrevê-las (Abril de 2010)

ler mais:

Não há dinheiro para Hospitais. "Para onde há dinheiro? para a concessão de favores a amigos do partido e isenções fiscais pelo Estado cavaquista a uma luxuosa Fundação de pesquisa médica multinacional para ricos" (Miguel Sousa Tavares, 2008)
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sábado, março 10, 2012

Porque não aplicá-la tambem em Portugal ?

É uma decisão histórica, que deveria fazer jurisprudência em qualquer país do mundo. "Ficha Limpa" é uma lei brasileira originada de um projecto de lei de iniciativa popular que reuniu mais de 2 milhões de assinaturas. A Lei da Ficha Limpa foi promulgada e aprovada rapidamente. Porquê ? Porque o povo exigiu, e a nosso ver, porque a Presidente...quis! A história do Projecto de Lei Popular 519/09 começa com a campanha "Combatendo a corrupção eleitoral" (1)

O Projecto foi aprovado na Câmara dos Deputados no dia 5 de Maio de 2010 e também foi aprovado no Senado Federal no dia 19 de maio de 2010 por votação unânime. Foi sancionado pela Presidência da República, transformando-se na Lei Complementar nº 135, de 4 de Junho de 2010. Esta lei proíbe que políticos condenados em decisões judiciais de segunda instância se possam candidatar a cargos públicos

Lei de Reforma do Congresso de 2011 (emenda da Constituição do Brasil)

1. O congressista será assalariado somente durante o mandato. E não terá aposentadoria proveniente somente pelo mandato.
2. O Congresso contribui para o INSS ( Instituto Nacional do Seguro Social ). Todo o fundo (passado, presente e futuro) actual no fundo de aposentadoria do Congresso passará para o regime do INSS imediatamente. O Congresso participa dos benefícios dentro do regime do INSS exactamente como todos outros brasileiros. O fundo de pensões de reforma não pode ser usado para qualquer outra finalidade (2).
3. o Congresso deve pagar para seu plano de aposentadoria, assim como todos os brasileiros.
4. o Congresso deixa de votar seu próprio aumento de salário.
5. o Congresso perde seu seguro actual de saúde e participa do mesmo sistema de saúde como o povo brasileiro.
6. o Congresso deve igualmente cumprir todas as leis que impõem ao povo brasileiro.
7. Servir no Congresso é uma honra, não uma carreira. Parlamentares devem servir os seus termos (não mais de 2), depois ir para casa e procurar emprego. Ex-congressista não pode ser um lobyista

notas:
(1) Wikipedia
(2) Ver o exemplo português
(3) Brasil ultrapassa a Grâ-Bretanha - é agora a 6ª mais importante economia mundial - medida por determinados indices estatisticos: há 1 pessoa que come dois bifes, sobram duas que não comem bife nenhum - Guardian
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quinta-feira, março 08, 2012

Dia Internacional da Mulher (II)

Ana Gomes diz que há excesso de testosterona nos Directórios Partidários e nos Conselhos de Administração das Empresas (não é tudo a mesma coisa?...)
Testosterona? ... olhe que não... a avaliar pelos lingrinhas que temos no governo, o problema não será esse, é mesmo a politica facínora aplicável por gajos que se não fosse a roupinha que trazem vestida no esqueleto seriam praticamente invisiveis
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De como uma Judia destemida deu a cara ao enfrentar os nazi-Sionistas da AIPAC
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Portugal: Lei assegura igualdade no trabalho, mas mulheres continuam a ser discriminadas