"Quem vive muito acima das suas possibilidades é o Estado, a classe politica, os gestores públicos" (Paulo Morais, em "Ditos e Mitos)
No seu livro "De Olhos Bem Abertos" Manuel Maria Carrilho realça o facto de Portugal receber da Europa, desde 1986 até agora, cerca de 8 milhões de euros por dia. Se calhar são esses mesmos milhões de que se queixa agora a imensa nova-rica burguesia que tem vivido a expensas dos subsidios da União com resultados sociais Zero. Acabou-se a mama e essas coisas estranham-se... viver só com o dinheiro dos impostos dos contribuintes é uma miséria para tão grande números de administradores e gestores com soberbos hábitos adquiridos por anos e anos de corrupção.
Que haja o atrevimento de ser um Troico estrangeiro a anunciar, em horário nobre na televisão pública, o que está a ser decidido nos bastidores é um acto de subserviência nunca antes visto. Foi assim na RTP porque há precedentes no exemplo - a opção confere com "o acto de vassalagem que foi prestado à Troica pelos deputados de TODOS OS PARTIDOS com assento na Assembleia da República – desde aqueles que assinaram o Memorando, ou seja, PS, PSD e CDS/PP, até aos que “reclamam” a “renegociação da dívida”, como o defendem PCP e BE – como de facto um autêntico exercício de reconhecimento de que os novos dirigentes do país são o FMI, o BCE e o FEEF - e os interesses estrangeiros reclamam salários de miséria para os portugueses
Por regra o Estado paga bem menos em retribuições sociais que os impostos que cobra - pelo que seria óbvio decidir qual seria o escalrracho que precisa de ser ceifado... mas não, os interesses estrangeiros apontam a tesoura ao direitos essenciais - àquilo que para efeitos de propaganda eles chamam cinicamente de "direitos humanos"
Para onde há dinheiro? para a concessão de favores a amigos do partido e isenções fiscais pelo Estado cavaquista a uma luxuosa Fundação de pesquisa médica multinacional para ricos (...) "o verbo de encher que se está a revelar António Costa, consentiu em suspender o PDM da cidade de Lisboa (1) para que a Fundação Champalimaud, contrariando as regras em vigor para todos, pudesse edificar a sua sede à beira-rio, na zona de Pedrouços. Ou seja, uma Fundação que nasce para fazer o bem público, começa por exigir e obter privilégios no espaço público que resultam no prejuízo de um bem comum, como é o direito a usufruir livremente da frente do rio, sem a ver tapada por construções avulsas, negociadas por favor político ou pessoal. Isto diz muito acerca da prática instalada entre nós de que não existe iniciativa privada sem favor do Estado" (Miguel Sousa Tavares, Expresso 6 de Outubro de 2008)
(1) ler Paulo Morais: "Municipios transformaram-se muitas vezes em centros de trocas de favores"
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Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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sexta-feira, novembro 18, 2011
enriquecer a crédito por via das esmolas do imperialismo falido
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