Apresentada como uma grande vitória, foi concedido a Portugal mais sete anos para cumprir os critérios comunitários relativos ao endividamento, mas a Europa impõe condições.
o Colapso da Globalização
No final dos ano 70, a primeiro ministra britânica Margaret Thatcher declarou que não havia alternativa (“There Is No Alternative”, TINA) para as receitas económicas neoliberais, que não fosse ajudar a desregulamentar o mercado e expandir o comércio. Esta abordagem viria a ficar conhecida como “Globalização”. Vinda ao de cima para preencher a ressaca da onda deixada após 45 anos de keynesianismo, toda a gente fez então muitas promessas, (como Cavaco, o Lulu da Baronesa Thatcher) mas todas têm vindo a fracassar.
John Ralston Saul apresenta uma lista desses embustes no seu livro "O Colapso do Globalismo e a Reinvenção do Mundo" A cada nova crise o paradigma quebra-se e os extremistas de direita aplicadores da doutrina são puxados para as cada vez mais profundas catacumbas da credibilidade.
é isto que queremos?
A chocante verdade do colapso pendente sobre a “União” Europeia foi congeminada no re-arranjo em Lisboa de um autêntico “Tratado da Dívida” que começou com 700.000.000.000 euros cunhados e entregues ao Mecanismo de Estabilização Europeu (artigo 8º) sendo os membros que usem esses fundo do MEE obrigados incondicional e irrevogavelmente a pagar todo o capital e juros nos prazos estipulados, sendo a sua maturidade, caso Bruxelas tenha necessidade do reembolso imediato, no máximo de 7 dias (artigo 9º). O Conselho dos Governadores dos Bancos Centrais têm plena liberdade para decidir aumentar o capital autorizado e alterar o artigo 8º, quer dizer que, no afluxo de juros para a UE sobre o capital emprestado, os 700 mil milhões foram apenas o principio. O “European Stability Mechanism” (em inglês porque deve vassalagem ao Dólar) pode instaurar processos judiciais contra os paises incumpridores; mas os activos, fundos e propriedades do ESM gozam de imunidade face a qualquer forma de processo judicial (artigo 27º) Governadores, Directores e Executivos da instituição serão igualmente imunes a quaisquer processos legais que digam respeito a actos de gestão cometidos e a inviolabilidade de cartas e documentos oficiais são garantidas; Auditorias independentes não serão autorizadas, os governos não têm qualquer capacidade de intervenção no Mecanismo Europeu de Estabilidade e todas as verbas geridas ficam irreversivelmente sujeitas ao fim que o MEE lhes entender dar...
* O negócio da re-estruturação da Dívida que o PS-BE pretendiam... acaba de ser feito pelo PSD-CDS em Dublin. Em vez dos 63 mil milhões de euros que os trabalhadores e o povo português seriam obrigados a pagar nos próximos 13 anos, passam a ter de pagar 70 mil milhões nos próximos… 20 anos!
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