Haverá mais, quando um dia lá mais para a frente se descobrir as comissões (neste caso das swaps 2% à cabeça sobre o volume total do crédito) e negócios ocultos desta personagem nas privatizações de empresas nacionais fulcrais para uma gestão soberana da economia nacional. Porém, para já, o que se descobriu foi que o Goldman Sachs com este governo (sob o mote e contratos celebrados por anteriores governos - de Barroso em 2001 até 2011 com Sócrates) já "limpou" cerca de 100 milhões de euros em juros ao erário público (só sobre empresas públicas). Mas este é apenas um grão de areia, há muitos mais, com muito mais gente envolvida e responsável (2) pelo mesmo tipo de negócio ruinoso celebrado com quase todos os grupos de banqueiros internacionais que lançaram a "crise": o Merryl Linch, o J.P.Morgan, o Credit Suisse, o Deutsche Bank, Santander, Barclays Bank, ABN-AMRO Bank, o BNP Paribas, etc, incluindo bancos nacionais que lhes seguiram o exemplo como a Caixa Geral de Depósitos (3)
Como funciona?
"Imagine que tem um crédito à habitação indexado à Euribor a 6 meses e quer proteger-se de uma subida dos juros, para que não tenha de suportar custos adicionais caso a taxa supere os 2%. Para isso, contrata um instrumento financeiro junto de um banco que lhe paga sempre que a Euribor supera os 2%. Mas a operação tem riscos, todos os meses em que a Euribor se fixa abaixo dos 2%, é você que tem de pagar ao banco. É deste modo que funciona um "swap" de taxa de juro que, na prática, permite transformar uma taxa variável numa taxa fixa"(1) O presidente da Agência Governamental que faz a Gestão da Dívida Pública - João Moreira Rato - é também funcionário do Goldman Sachs, auferindo pelas suas funções no Governo português o salário de 10 mil euros mensais (fonte cm)
(2) Para além do dr. Rato (acima referido), outros nomes ligados ao P"SD" como Marco António Costa, Maria Gorete Rato, José Silva Rodrigues, o incontornavel Valentim Loureiro, Rui Rio, Narciso Miranda (P"S" para variar), Maria Luis Albuquerque e outros, num total de 170 indiciados, estão também envolvidos na burla dos swaps, (não tem outro nome) permanecendo contudo intocáveis nos seus lugares...
(3) No editorial do "Público" este jornal apressa-se a sugerir que "pode não haver dolo"... Como assim não há dolo e portanto culpados?
(4) Os 15 seguros de crédito no Metro do Porto, uma empresa que acumula perdas de 832,4 milhões de euros com o negócio das swaps, foram contratados com assessoria da empresa de advogados do eurodeputado do P"SD" Paulo Rangel, do qual é também sócio António Vitorino (P"S")
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